Não conheci meu avô por parte de pai, de quem herdei o nome, mas costumava me divertir com as histórias que se contavam sobre suas superstições. O compenetrado homeopata Dr. Jorge Murtinho era decerto um figuraço. Antigetulista até a medula, só se referia ao então presidente da República como “aquele baixinho que mora no Catete”. Acreditava que a simples pronúncia do nome Getúlio seria capaz de atrair azares e desgraças. Nossa família, além de grande, tinha por hábito acolher agregados, o que às vezes gerava transtornos na hora do jantar: Dr. Jorge não se sentava à mesa com outras doze pessoas. Se fosse catorze o número de comensais e, por qualquer motivo, um deles se levantava, meu avô saía junto. Treze à mesa, nem pensar.
Meu pai preservou algumas tradições. Não admitia que fosse servido peru no almoço de Ano Novo: sustentava que no primeiro dia do ano era imprescindível comer porco, que fuça pra frente, enquanto peru cisca pra lá, cisca pra cá e custa para ir adiante. Não lembro de ter visto meu pai tão aborrecido comigo quanto no dia em que, de brincadeira e inadvertidamente, deitei meu sobrinho sobre a mesa da sala. Só entendi o motivo de tamanha contrariedade paterna quando ele, sério e tenso, me advertiu: quem deita direto sobre a madeira é defunto.
Quanto a mim, carrego mais implicâncias do que propriamente superstições – sobretudo no futebol.
Duas delas: implico radicalmente com a expressão “deixou chegar” e com o lazarento canto de “o campeão voltou”. Não sei se foi ali que essa história começou, mas a primeira vez em que ouvi uma torcida entoar “o campeão voltou” foi a do São Paulo, por volta de 2010, 2011. E o São Paulo nunca mais ganhou nada, com exceção da indigente Copa Sul-Americana – uma espécie de subCopa do Brasil bilíngue que, se Deus quiser, disputaremos agora para nunca mais.
Ano passado, vínhamos no sapatinho. Ganhamos, seguidamente, do São Paulo, Sport, Avaí, Fluminense, Cruzeiro e Chapecoense. Entramos no G4 – outra das minhas implicâncias – e começamos a ouvir esse papo torto de “deixou chegar”. (Até o PVC escreveu um post com esse título, lá no UOL.) Pronto. Foi o que bastou. Tomamos um couro do Coritiba, outro do Atlético Mineiro, mais um do Vasco, e o campeonato morreu pra nós. Algo me diz que o tal do deixou chegar é a senha para acabar com a seriedade e o jogo coletivo, para descalçar as sempre necessárias sandálias da humildade imortalizadas por Nelson Rodrigues, para achar que somos os fodões do Bairro Peixoto e para pôr tudo a perder.
Numa de suas inúmeras entrevistas, logo que chegou ao Flamengo, Muricy falou sobre a estratégia especial montada para Neymar nas partidas decisivas da Libertadores 2011, conquistada pelo Santos. Segundo o treinador, ele pedia a Neymar para, no início dos jogos, manter-se fixo no lado esquerdo do campo, facilitando a marcação. Somente lá pelos quinze ou vinte minutos, quando o inimigo julgava que a situação estava sob controle e Neymar não traria problemas, o atacante começava a se movimentar e a desequilibrar as coisas.
Quem sabe não seria essa nossa melhor estratégia para um campeonato brasileiro recordista em equilíbrio? Deixa o povo brigar por uma fugaz liderança aqui, um tênue G4 – ô praga! – acolá, e vamos comendo feito mingau quente. Com o primeiro colocado somando 36 pontos, o segundo 35, o terceiro e o quarto 34, o quinto 33 e o sexto 32 (com um jogo a menos), nesse momento não faz diferença estar em primeiro ou em sexto. E como se diz nas Minas Gerais, o negócio é fingir de morto pra comer o cu do coveiro.
Enquanto o time acerta o muito que ainda precisa ser acertado, o que importa é permanecer na parte de cima do bolo e continuar apavorando, fungando no cangote, tocando o terror. Deixou chegar é bravata tola. O que vale é não deixar ninguém fugir, para poder atropelar na hora certa.
Em caso de dúvidas, lembremo-nos de 2009.
PS: No texto mais recente do Arthur, com o alucinado título “Flamengo em 1º. Vem, Estado Islâmico.”, quem veio foi nosso treinador Zé Ricardo, que apareceu na caixa de comentários para agradecer o apoio – apesar das críticas, sempre inevitáveis e nem sempre ponderadas – e assegurar que o time está unido e comprometido em busca do hepta. Suponho que Zé Ricardo não consiga ler todos os posts (eu, se fosse ele, jamais perderia tempo lendo os meus), mas é bem bacana, pra Nivinha, pra Vivi, pro Arnaldo, pro Arthur, pra mim e pra todos os leitores do blog, saber que o RP&A está sendo lido e avaliado pelo cara que decide as coisas no futebol rubro-negro. Volte sempre, Zé. E se algum de nós perder a linha, releve. É tudo pelo Flamengo.
[…] REPÚBLICA PAZ E AMOR: Não conheci meu avô por parte de pai, de quem herdei o nome, mas costumava me divertir com as histórias que se contavam sobre suas superstições. O compenetrado homeopata Dr. Jorge Murtinho era decerto um figuraço. Antigetulista até a medula, só se referia ao então presidente da República como “aquele baixinho que mora no Catete”. Acreditava que a simples pronúncia do nome Getúlio seria capaz de atrair azares e desgraças. Nossa família, além de grande, tinha por hábito acolher agregados, o que às vezes gerava transtornos na hora do jantar: Dr. Jorge não se sentava à mesa com outras doze pessoas. Se fosse catorze o número de comensais e, por qualquer motivo, um deles se levantava, meu avô saía junto. Treze à mesa, nem pensar. Meu pai preservou algumas tradições. Não admitia que fosse servido peru no almoço de Ano Novo: sustentava que no primeiro dia do ano era imprescindível comer porco, que fuça pra frente, enquanto peru cisca pra lá, cisca pra cá e custa para ir adiante. Não lembro de ter visto meu pai tão aborrecido comigo quanto no dia em que, de brincadeira e inadvertidamente, deitei meu sobrinho sobre a mesa da sala. Só entendi o motivo de tamanha contrariedade paterna quando ele, sério e tenso, me advertiu: quem deita direto sobre a madeira é defunto. Quanto a mim, carrego mais implicâncias do que propriamente superstições – sobretudo no futebol. Duas delas: implico radicalmente com a expressão “deixou chegar” e com o lazarento canto de “o campeão voltou”. Não sei se foi ali que essa história começou, mas a primeira vez em que ouvi uma torcida entoar “o campeão voltou” foi a do São Paulo, por volta de 2010, 2011. E o São Paulo nunca mais ganhou nada, com exceção da indigente Copa Sul-Americana – uma espécie de subCopa do Brasil bilíngue que, se Deus quiser, disputaremos agora para nunca mais. Ano passado, vínhamos no sapatinho. Ganhamos, seguidamente, do São Paulo, Sport, Avaí, Fluminense, Cruzeiro e Chapecoense. Entramos no G4 – outra das minhas implicâncias – e começamos a ouvir esse papo torto de “deixou chegar”. (Até o PVC escreveu um post com esse título, lá no UOL.) Pronto. Foi o que bastou. Tomamos um couro do Coritiba, outro do Atlético Mineiro, mais um do Vasco, e o campeonato morreu pra nós. Algo me diz que o tal do deixou chegar é a senha para acabar com a seriedade e o jogo coletivo, para descalçar as sempre necessárias sandálias da humildade imortalizadas por Nelson Rodrigues, para achar que somos os fodões do Bairro Peixoto e para pôr tudo a perder. Numa de suas inúmeras entrevistas, logo que chegou ao Flamengo, Muricy falou sobre a estratégia especial montada para Neymar nas partidas decisivas da Libertadores 2011, conquistada pelo Santos. Segundo o treinador, ele pedia a Neymar para, no início dos jogos, manter-se fixo no lado esquerdo do campo, facilitando a marcação. Somente lá pelos quinze ou vinte minutos, quando o inimigo julgava que a situação estava sob controle e Neymar não traria problemas, o atacante começava a se movimentar e a desequilibrar as coisas. Quem sabe não seria essa nossa melhor estratégia para um campeonato brasileiro recordista em equilíbrio? Deixa o povo brigar por uma fugaz liderança aqui, um tênue G4 – ô praga! – acolá, e vamos comendo feito mingau quente. Com o primeiro colocado somando 36 pontos, o segundo 35, o terceiro e o quarto 34, o quinto 33 e o sexto 32 (com um jogo a menos), nesse momento não faz diferença estar em primeiro ou em sexto. E como se diz nas Minas Gerais, o negócio é fingir de morto pra comer o cu do coveiro. Enquanto o time acerta o muito que ainda precisa ser acertado, o que importa é permanecer na parte de cima do bolo e continuar apavorando, fungando no cangote, tocando o terror. Deixou chegar é bravata tola. O que vale é não deixar ninguém fugir, para poder atropelar na hora certa. Em caso de dúvidas, lembremo-nos de 2009. PS: No texto mais recente do Arthur, com o alucinado título “Flamengo em 1º. Vem, Estado Islâmico.”, quem veio foi nosso treinador Zé Ricardo, que apareceu na caixa de comentários para agradecer o apoio – apesar das críticas, sempre inevitáveis e nem sempre ponderadas – e assegurar que o time está unido e comprometido em busca do hepta. Suponho que Zé Ricardo não consiga ler todos os posts (eu, se fosse ele, jamais perderia tempo lendo os meus), mas é bem bacana, pra Nivinha, pra Vivi, pro Arnaldo, pro Arthur, pra mim e pra todos os leitores do blog, saber que o RP&A está sendo lido e avaliado pelo cara que decide as coisas no futebol rubro-negro. Volte sempre, Zé. E se algum de nós perder a linha, releve. É tudo pelo Flamengo. JORGE MURTINHO TagsBlogs […]
http://elpaissemanal.elpais.com/documentos/el-negocio-del-futbol/
Reportagem imperdível. Infelizmente confirma o que venho dizendo há anos: a entrada da grana pesada no futebol acabou com a pureza e a beleza do espetáculo. Os mais velhos têm condições de comparar e a diferença é abissal. A entrada dos tais “agentes” no meio foi fatal pra que a corrupção se instalasse e o sonho fosse pras picas. E esse tem sido o motivo da minha broxada. Será que o Flamengo, com toda sua transparência e retidão, tá livre dessa? Ou será exatamente esse o motivo pra sermos retaliados por arbitragens enquanto outros, como o curíntia, são claramente beneficiados? Não sei. Só sei que tá cada vez mais difícil me iludir e seguir em frente. Não dá pra ser bobo consciente.
srnp&a
Amigos do RP&A, o que vou falar é chover no molhado, mas as escolhas do Zé Jayme estão dando nos nervos, não dá mais pra aturar alguns jogadores, nem vou citar nomes porque já foram elencados em inúmeros comentários, até entendo não ser culpa do nosso distribuidor de camisas estes jogadores medianos estarem no elenco, mas é de sua total responsabilidade eles estarem em campo. Acredito que demos sorte em vencer algumas partidas com estes elementos em campo, o que ajudou a mascarar suas deficiências e consequentemente manter a escalação destes inúteis. É inegável a melhora do time após a saída do Muricy, mas poxa Zé, um time que durante um jogo não dá um chute no gol do adversário? Temos que ser temidos, respeitados e nos impor diante dos adversários, inclusive nos bastidores, para que árbitros não saiam distribuindo cartões para nosso lado, recebemos 3 cartões neste jogo, 2 por reclamação de faltas não marcadas, não defendo este tipo de atitude, mas entendo ser enervante ver o adversário bater e o soprador de apito nada marcar. Estão deixando de apitar faltas ou penalidades para nosso lado, sabem que o DVD feito pelo Bandeira em todos os jogos não vai dar em nada. Agora quem sabe esta partida pelo menos não serve para baixar o oba-oba e vencermos um adversário direto no próximo domingo. Pelo amor de Deus Zé, use o OLX e desapegue destes jogadores de time pequeno e escale os melhores.
Vamos que ainda dá,
saudações RN.
Olá Zé Ricardo,
Dê uma olhada nessa esclalação:
MURALHA
RODINEI
DONATTI
RAFAEL VAZ
JORGE
CUELLAR
ARÃO
ALLAN PATRICK
DIEGO
MANCUELLO
GUERREO
Esse é o time, zé ricardo, bote fé !
SRN
Esse negócio de “Deixou chegar fudeu” é pura fanfarronice.
Agora que sei que o Zé Ricardo conhece e frequenta esse blog, quero deixar um recado para ele:
– Zé, o time tem que jogar com 2 meias. O Diego está chegando, e é bom você rever essa formação do 433. Até porque, Cirinos e Fernandinhos não tem jogado nada faz tempo. 433 só é bom, se os “pontas” estiverem arrebentando, o que não é o caso. Nossos atacantes “pontas” estão horrorosos.
Nós perdemos ontem, Zé, o time não jogou porra nenhuma. Ainda bem que você reconhece. O Flamengo não pode desgarrar, então temos que vencer o Grêmio de qualquer maneira naquele amaldiçoado estádio de Brasília. Por mim a gente jogava em Cariacica, uma possível derrota no Estádio Neutro de Brasilia não valem os tostões.
Que Deus te ilumine !
Srn
Grande Murtinho,
Saudações nas Três Pontas do Tridente !!!
Entendo sua posição. Tudo é possível e relativo. O Flamengo tanto pode alcançar a liderança, e tornar-se vítima de uma conjunção nefasta que a liderança pode trazer, ou não, e disparar, ganhar gordura, e administrar os resultados com mais calma para chegar com folga no final…….sem emoção, mas campeão…..
Tudo pode acontecer, e cada um crê e fica mais a vontade naquilo que acredita que seja o melhor caminho, que tanto pode ser de uma maneira, como de outra……
Historicamente, na era dos pontos corridos, poucos foram os clubes, se é que teve algum, que liderou a competição de ponta a ponta, do começo ao fim do campeonato, embora alguns chegaram a disparar na liderança, mas foram exceções…….isso serve para mostrar, que muitos times durante um certo período, ostentaram a condição de Líder, mas que acabou sendo apenas de forma provisória e que não redundaram em título……
Compreendo também, que num campeonato equilibrado, em que ninguém consegue abrir uma boa frente de liderança, o importante então é estar nesse bolo dos candidatos……
Não ser o Líder, e correr no “bolo”, claro que isso não é uma estratégia, o Flamengo não joga para perder pontos para não ser o líder em determinada etapa. O Flamengo procura jogar para ganhar todas, sempre, o que demonstra a vontade e o desejo de, se possível, liderar de ponta a ponta…….
Só que devido ao equilíbrio, como vencer todas as partidas ou quase todas não tem sido possível para ninguém, a situação mais realista para quem deseja ser o Líder na 38ª rodada, é se manter pelo menos na cola e no bolo dos pretendentes, ou mesmo conseguir manter uma liderança provisória e perigosa até o final da competição…..
Liderança provisória e perigosa porquê ? De que adianta liderar boa parte da competição, se na 38ª rodada deixá-la escapar ? O que estou querendo dizer, é que a liderança que nos importa, é a da 38ª rodada, o que não implica que não se pode também ser campeão com antecedência de algumas rodadas, o que para mim, seria maravilhoso…..
Mas não importa, o que importa é ser Campeão, ou Heptacampeão, e a liderança antecipada, provisória, é só um meio não essencial de se chegar lá, que pode ser menos sofrida, ou mais emocionante……
De qualquer forma, o Flamengo tem que jogar querendo ser Líder de ponta a ponta, ou seja, jogar para vencer todas, mas como vencer todas ou a grande maioria não tem sido possível, essencial é ficar no bolo até o final, sem deixar ninguém desgarrar, para poder dar o bote na reta final, e quem sabe, até abrir uma boa margem na 37ª rodada, para que não tenhamos tanta emoção assim na 38ª rodada.
A liderança é uma etapa, um meio, que somente no final, adquiri um outro nome: o de Campeão.
Grande abraço do Lúcifer !
SRN
Concordo com o Aureo Rocha e discordo do Murtinho, o Flamengo é clube gigante, sempre se espera uma boa campanha e até a conquista do título, essa história de dar o bote no final além de perigosa é conversa para clube pequeno, o campeonato é de pontos corridos, se algum clube se distanciar vai levar uma baita vantagem e que esse clube seja o Flamengo!!!
Ainda acho difícil até o Flamengo se manter no G-4 sem treinador, o Zé Jayme tem se dado bem com o pessoal da panela que tem corrido por ele, mas, esse pessoal não é flor que se cheire, tem a turminha da Stella no meio, tem quem torceu para a eliminação do clube numa competição para poder descansar e parar de viajar, tem quem provoca cartões para ficar de fora de jogos, tem quem faz corpo mole em campo para deletar treinador, etc…
Se o Zé, iniciante, inexperiente e covarde acha que trazendo essa turminha para o seu lado é bom para ele, além de estar enganado, também não é bom para o Flamengo!!!
Esse pessoal é o mesmo que tem dado com os burros n’água todo ano, seguidamente…
Eles estão contaminando o ambiente do clube, já é raro se ver a identidade Rubro-Negra em campo com esse pessoal!!!
Só acredito no Flamengo nesse ano por causa das suas Tradições, também porque tem reforços a estrear e por causa da Torcida Magnética que vai acompanhar o time a partir de outubro no Maraca e espero que com a torcida presente esse treineiro não a contrarie, mantendo esses indesejáveis em campo em detrimento das boas contratações e do pessoal da base!!!
BARCAÇA JÁ!!!
AINDA ESPERANÇOSAS SRN!!!
Murtim,
Eu, “como mineiro”, rachei da anedota do coveiro. Concordo em tudo demais, inclusive me diverti com todas as superstições das suas gerações. Todo mundo tem um monte.
“Deixou chegar” só pode ser dito após um título. Nunca antes, nunca durante. É que nem a gente no Maraca – ou em qualquer campo que se jogue nesse campeonato – e a torcida, antes do juiz acabar (ou estar uns 4 a 0) começar a cantar “ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô que torcida é essa?!!” NÃO, NÃO PODE, trás mau agouro, é anti-desportivo. Pára e continua concentrado!!
Valeu de novo.
Aquele abraço, Maia.
Obs.: moro em BH e os atleticanos são nojentos por aqui, tentam corromper nossos filhos (deve ser porque não sabem que se nasce rubro-negro) a qualquer custo. Ontem, meu lindo flamenguista de 4 anos, o Davi, ao se provocado por um atleticano, olhou com olhos marejados em meus olhos e disse: “eu não quero que o galo ganhe. Só o Mengo ganha papai”. Pronto, é isso.
Murtinho, acho que muitos de nossos títulos aconteceram pela crença e entusiasmo de nossa torcida. Sempre que o Flamengo se aproximava perigosamente ( para os adversários) do título, a torcida criava uma onda de otimismo que reverberava no time, às vezes transformando equipes medíocres em rolos compressores. SRN!
Murtinho, na sequência de vitórias que você citou há um detalhe no mínimo curioso, o jogo foi vendido por míseros tostões para Brasília, se eu não me engano,mesmo muita gente chiando, e o time desandou e nunca mais se aprumou. O “professor” da época era Oswaldo de Oliveira, que pelo visto não rezou aquele ramerrão de autoajuda para a rapaziada. Talvez, naquele momentouma superstiçãozinha funcionasse. Agora, na atual fase, eu acho que o nosso time deveria, ao invés de crendices mirabolantes, viver a realidade, aproveitar o momento e esmagar o usurpador (mais um nesse país) ixipó e iniciar uma temporada de caça aos pequenos.
Obs. Por favor, é so no futebol essa minha convicção, não me confundir com os nazifascistas que estão pululando e poluindo por aí.
Concordo, deixa os holofotes para quem quer aparecer o negocio é ficar ali no bolo de cima, vale lembra que ainda estamos no inicio do returno e tem gente para estreia e entrosar com o time, o grande reforço começa mês que vem( Assim esperamos) o camisa 12 lotado cantando em uma só voz..” Conte comigo mengão acima de tudo Rubro-negro’.
Sobre o textos gosto muito são bem coerente e não tem aquela palhada de sensacionalismo e de longe é o melhor Blog da nação ja conhecia o Arthur pelo GE. Excelente parabéns!
Mais uma vez, vejo-me obrigado a procurar a necessária coragem para discordar dos meus amigos e ilustres cronistas Arthur Muhlenberg e Jorge Murtinho.
Ainda jovem, aprendi no meu tempo acadêmico duas frases que as trago como guia norteadora de conduta de vida: “o homem tem que saber se impor” e “evite comer nas mãos dos outros.”
Digo isto, a fim de tentar justificar o meu entendimento que prefiro o Flamengo disparado na ponta do campeonato, a ficar vivendo na corda bamba do dúbio “deixou chegar, fudeu”. Ora, quem vice na corda bamba é artista de circo.
Eu quero sim a liderança do campeonato. Eu quero vitórias e mais vitórias. Essa história de ter que passar os fins de semana torcendo por derrotas ou empate dos adversários nunca fez parte do meu programa. Sim, pois se passarmos muito tempo somente colocado entre os quatro primeiros, por exemplo, há de chegar o momento que teremos que torcer desesperadamente pelo insucesso daqueles que nos precedem. E eu não aprendi a comer na mão dos outros.
Não. Eu não tenho medo da liderança. Aprendi a saber me impor.
Vejamos as vantagens da liderança. Cito como simples exemplo: hoje o Flamengo tem dois pontos de vantagens sobre a Gaymio. Vencendo amanhã a Genérica Pernambucana, vamos para 37 pontos. Domingo a Gaymio faz jogo de empate com a Curiquinha. Na rodada seguinte, quando formos enfrentar as gaúchas a diferença terá subido para 4 pontos. E, vencendo-as sobe mais ainda para 7 pontos.
E é isso que eu quero em relação a todos os nossos concorrentes, para quando nas últimas rodadas, já no Maracanã, eu possa estar ao lado dos meus confrades Romano, ele saboreando tranquilamente a sua importada, e Taquiupa esbofeteando a sua predileta. Isso sim que é vida!
“Posso partilhar tudo, menos o sofrimento.”
(Oscar Wild)
Saudações Rubro-Negras.
Jorge, Jorge, Jorge…
Aprendi que no futebol quem deixar pra rir por último tem grandes chances de perder a piada e ao final não tantos motivos assim para sorrir.
Cantemos o campeão voltou! gritemos deixou chegar fudeu! e outras bravatas que temos direito nato, por ser torcedor!
Deixa a ponderação e o pedido de perseverança para os psicólogos, técnico e outros profissionais que espero esteja aparecendo pelo o ninho do urubu para colocar a rapaziada no sapatinho.
Tens razão quanto as tuas ponderações, o futebol e o campeonato é uma roda gigante, uma hora em cima, outra hora em baixo. Mas, essa de ficar no cantinho esperando a hora, pode Por isso mesmo, riamos em quanto nos é dado o direito e deixemos para nos calar se a vida nos de algum motivo…
Deixou chegar fudeu!
ps: tirando o antigetulismo do seu avô, gostei das histórias de família… rs
Kkkkkk!! Eu deixo essas implicâncias (superstições mesmo!) para os botafoguenses. Se fosse o Botafogo na mesma situação, seus torcedores já estariam esperando pelo pior. Pelo menos, nós nos deliciamos em alegria e felicidade, mesmo que efêmeras, como aquelas quase 24h de liderança. No fim das contas, quem vai decidir são os nossos jogadores e treinador mesmo (será que era ele mesmo comentando?). De qualquer forma, as histórias de família foram muito legais!
murtinho,
gostei do texto,eu tbm tenho uma implicancia com esse negocio de deixou chegar fudeu ou o campeão voltou.
coisa de tme que não se garante,precisou de ajuda alheia.
o flamengo está na parte de cima da tabela por meritos e grande parte disso vem do zé ricardo que tem treinado bem a equipe.
por outro lado esse mesmo zé ricardo tem insistido com jogadores mais combativo do que criativo.
ou seja o cara gosta de um carregador de piano.
eu gosTaria de ver ouTras formações no tme principal…por exemplo,mancuello,Damião de titulares junto do Diego e cuellar.
colocar jogadores com mais recurso tecnico no time.
tipo o que fez zagallo na copa de 70..
o zé ricardo tem que ser mais ousado se quiser ser campeão.
SRN !!!
É isso aí, Chacal. “Ousadia” é a palavra-chave. Junto com “criatividade”; são complementares. E isso o Zé ainda não mostrou. “O medo é a derrota antecipada”, já dizia um sábio qualquer que sisqueci o nome. Se ultrapassar o cagaço primordial, vai ser um grande técnico. Espero que ainda esse ano.
srnp&a
grande rasiko,
acho que a frase que simboliza o cagaço do nosso treinador é…o medo de perder tira a vontade de ganhar.
SRN !!!
JORGE, ok, faz todo o sentido sua opinião.
Lembro-me bem desse jogo contra o CORITIBA no ano passado. Vínhamos passando o rodo e veio esse jogo, meio de semana. Nesta noite embarquei para a Itália e não pude ver a partida.
Ao chegar lá, após as burocracias de viagem, já deixando o aeroporto acessei a internet para, naquele momento, VER DE QUANTO HAVÍAMOS VENCIDO…
pqp…
Agora, o deixou chegar é totalmente sintonizado com nossa inigualável histrionice. Somos dados a exageros sim, 2 vitórias seguidas já corro para os sites a fim de avaliavar o how much pra tóquio em dezembro do ano seguinte.
essa é a Nação.
quanto à presença do sr. técnico… NOSSO DNA É PRA FRENTE! não se esqueça ! 1×0 não é resultado pra segurar contra esses bambalas locais !!
SRN