Campeonato Brasileiro, 23ª rodada.
Um dos bambambãs de uma das agências de propaganda em que trabalhei era um cara ligado à área de planejamento estratégico. Inteligente, raciocínio rápido nas reuniões, palestrante divertido e carismático. A respeito dos pretensamente definitivos relatórios de pesquisas, lançava mão de uma frase que eu não sei se era dele, mas que a utilizava como se fosse: “Talvez não seja bem assim. Se você tortura um número, ele acaba revelando o que você quer.” Decidi pôr a máxima em prática, torturando alguns números do Campeonato Brasileiro para fazê-los jogar a nosso favor.
Entre as mais recentes edições, nenhuma foi tão surpreendente como a de 2017. Com bastante equilíbrio e uma eficiência irritante, o Corinthians abriu considerável vantagem já no primeiro turno, e mesmo com alguns tropeços no início do segundo, gerenciou a dianteira com segurança e garantiu o caneco com três rodadas de antecedência.
Pois bem. Ao final da 23ª rodada, aquele Corinthians dirigido por Fábio Carille havia acumulado 50 pontos. Nesse final de semana, 5 e 6 de outubro, foi disputada a 23ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2019. Líder da competição, o Flamengo chegou aos 52. Dois pontos a mais do que o time que, há dois anos, assombrara o Brasil pela consistência e efetividade.
Mais que isso: com o texto do post já pronto, li na edição digital de O Globo, em matéria assinada por Marcello Neves, que nunca antes na história do Campeonato Brasileiro um clube conseguiu somar 52 pontos na 23ª rodada. São Paulo em 2007, Fluminense em 2012, Cruzeiro em 2013, Corinthians em 2015 e 2017 – os recordistas até agora –, todos bateram nos 50. Todos foram campeões.
Em 2017, após a 23ª rodada o Corinthians tinha sete pontos a mais que o Grêmio, então na segunda colocação. Começo a escrever o post logo após o empate entre Palmeiras e Atlético Mineiro, que nos fez abrir cinco pontos. E uma bem-vinda combinação entre competência e sorte pode fazer, já no meio da semana, a diferença crescer: o Palmeiras tem pela frente a dura parada do Santos na Vila Belmiro; apesar dos desfalques que, conforme pudemos notar contra a Chapecoense, reduzem significativamente nossos índices de inteligência tática e objetividade, vamos encarar o Atlético Mineiro no Maracanã. Não há chance de ser uma carne assada, porém são boas as possibilidades de adicionarmos três pontinhos ao nosso já recheado bolso.
A partida com a Chape começou intensa e fácil, terminou preguiçosa e tensa. Não precisava. Vestindo uma camisa desenhada sob medida para quem quer ser rebaixado, a Chapecoense foi mais uma vítima do massacre que vimos acontecer algumas vezes em nossa sequência de oito vitórias no Campeonato Brasileiro, e sobretudo no primeiro tempo do jogo de ida pelas semifinais da Libertadores.
Entretanto, a exemplo do que fizemos contra o Ceará, o Palmeiras e o Avaí, era o caso de descer para o intervalo com, no mínimo, dois gols de frente. Fatura como essa é para ser liquidada o mais depressa possível, a fim de evitar desgastes físicos desnecessários e – pior – a eventualidade de se atirar dois pontos ao ralo.
No primeiro tempo, Diego Alves voltou a exercer seu direito de assistir às partidas de um lugar privilegiado. Willian Arão e Gerson armaram, desarmaram, pegaram todas as segundas bolas e, como se dizia no tempo em que comecei a acompanhar futebol, “alugaram o meio-campo”. Com participação e criatividade, Everton Ribeiro organizou as manobras ofensivas. Bruno Henrique meteu uma na trave, botou uma pra dentro, teve ao menos duas outras oportunidades reais. E mesmo com as grandes atuações desses quatro, o destaque maior vai para Reinier. Entrou poucas vezes no time, sendo essa apenas a segunda como titular, e mostrou uma série de qualidades que podem transformá-lo num jogadorzaço. Movimentação, talento, ousadia, presença, confiança, verticalidade. Das duas, uma: ou vai ajudar o Flamengo a ganhar muitos títulos, ou vai fazer com que o Flamengo ganhe muito dinheiro.
O segundo tempo veio impregnado pelo domínio e o controle do primeiro, só que isso traz sempre um risco: no futebol, basta uma bola boba para fazer a maionese desandar. Vai que um cabeçudo acerta uma cabeçada, abraço. E da mesma forma que Reinier foi o destaque do primeiro tempo, dessa vez Jorge Jesus levou o troféu abacaxi do segundo, ao tirar o garoto para colocar Berrío. Ainda que tenha sido uma substituição de caráter educativo – Reinier tinha tentado um toque de calcanhar junto à linha de fundo, embora ele fosse ali a única solução técnica possível –, a produção despencou quando ele saiu.
Diante dos desfalques, da gigantesca energia gasta contra o Grêmio na quarta-feira anterior, da trágica situação do adversário na tabela e da pauleira da temporada, valia muito mais o resultado que o desempenho. Mas faltou um tiquinho assim de capricho. Porque, no final do jogo, se não passamos por perigos reais e imediatos, não foi nada agradável voltar a conviver com o sentimento de “vai dar merda”.
Felizmente, não deu.
Lances principais.
1º tempo:
Com menos de 1 minuto, a envolvente troca de passes rubro-negra. Renê, Willian Arão, Renê, Pablo Marí, Rodrigo Caio, Rafinha, Pablo Marí, Renê, Pablo Marí, Rodrigo Caio, Rafinha, Arão e daí a Everton Ribeiro, que aumentou a velocidade da jogada e esticou para Reinier na direita, nas costas do lateral Roberto. Reinier cruzou e Bruno Henrique pegou de primeira, com perigo. A bola passou à esquerda do gol de Tiepo.
Aos 11, Willian Arão brigou pela posse de bola na direita, Gerson pegou a sobra, rolou a Everton Ribeiro e daí a Vitinho, que experimentou. O chute bateu em Douglas, subiu, Bruno Henrique ganhou no alto de Bryan e tocou de cabeça para Reinier, nas costas da zaga. Reinier se atirou de carrinho, mas conseguiu apenas roçar com o bico da chuteira, mandando à esquerda do gol de Tiepo.
Aos 13, Pablo Marí saiu jogando com Reinier, que abriu na direita a Everton Ribeiro. Ele carregou para o meio e buscou Vitinho próximo à marca do pênalti. Vitinho se antecipou a Bryan e cabeceou meio sem jeito, por cima do gol de Tiepo.
Aos 16, Rafinha cruzou com estilo, de trivela (como fizera no cruzamento contra o Ceará, para o golaço de bicicleta de Arrascaeta), Reinier subiu mais que Rafael Pereira e cabeceou por cima do travessão.
Aos 17, Willian Arão tentou sair jogando pelo meio com Bruno Henrique, Márcio Araújo cortou e a sobra ficou com Everton Ribeiro. Ele deu um lindo drible em Elicarlos, tabelou com Reinier e tocou a Bruno Henrique, que ajeitou para o pé direito e bateu, forte e colocado, de fora da área. Tiepo não alcançou, a bola explodiu na trave esquerda.
Aos 19, Pablo Marí recebeu de Arão um pouco além do meio-campo, avançou sem ser combatido, ultrapassou a intermediária da Chape e decidiu arriscar. A bola passou, com perigo, perto da trave esquerda de Tiepo.
Aos 30, depois de uma lambança da zaga da Chape, Reinier recebeu de Vitinho na entrada da área e deu um totozinho, por cima de Douglas, para Bruno Henrique. Tiepo saiu bem e abafou o chute. Só que o goleiro pôs a bola no chão, para sair jogando, sem perceber que Bruno Henrique permanecera marotamente colocado entre ele e a trave. Esperto, Bruno Henrique roubou, girou e tocou para o gol. Tiepo conseguiu se recuperar e mandou a escanteio.
Aos 34, Rodrigo Caio interceptou uma das raras tentativas de ataque da Chape, adiantou a Gerson, daí a Vitinho, a Willian Arão, a Gerson e novamente a Vitinho, que viu Bruno Henrique se movimentando às costas de Rafael Pereira e enfiou um bolão. O zagueiro Douglas saiu atrasado para fazer a linha do impedimento e, livre na área, Bruno Henrique roçou de cabeça, desviando a bola para o canto esquerdo de Tiepo. Um a zero.
Aos 42, Pablo Marí tocou a Willian Arão, daí a Reinier e a Everton Ribeiro, na direita. Ele recolheu, esperou a entrada de Renier e lançou. Reinier cruzou forte, a bola bateu em Rafael Pereira e encobriu o travessão. Everton Ribeiro cobrou o escanteio, Rodrigo Caio se livrou da marcação de Gustavo Campanharo e cabeceou para o chão, com muito perigo. A bola passou rente à trave direita de Tiepo.
2º tempo:
Aos 2 minutos, Everton Ribeiro recebeu de Rafinha junto à linha de fundo e tentou o drible em Rafael Pereira, que cedeu escanteio. Na cobrança, Everton Ribeiro ameaçou rolar para Rafinha, enganando Márcio Araújo, e tocou para Vitinho livre, junto à linha lateral da área. Vitinho cruzou na medida para Pablo Marí, que emendou de primeira (podia ter dominado), por cima do travessão.
Aos 8, boa jogada da Chapecoense pela direita. Régis foi lançado nas costas de Renê, entrou na área, deu um corte para dentro em Pablo Marí e bateu forte de pé esquerdo, com perigo, por cima do travessão de Diego Alves. O bandeirinha Danilo Manis marcou impedimento, mas a posição de Régis pareceu boa. Tivesse a bola entrado, possivelmente o pessoal do VAR confirmaria o gol.
Aos 15, troca de passes. Diego Alves, Rodrigo Caio, Pablo Marí, Willian Arão, Rodrigo Caio, Arão, Pablo Marí e daí a bola esticada para Renê, que empurrou a Vitinho na meia-esquerda. Vitinho dominou e lançou Bruno Henrique, nas costas de Douglas. O goleiro Tiepo saiu bem, fechou o ângulo e abafou o chute.
Aos 18, Vini Locatelli trabalhou com Régis pela direita, chegou à linha de fundo e, apertado por Willian Arão, bateu forte e cruzado. Bem colocado, Diego Alves defendeu firme.
Aos 22, depois de uma jogada confusa pela esquerda, Gerson cruzou, Tiepo tirou de soco e a sobra ficou com Everton Ribeiro. Ele tentou colocar por cobertura e acabou atrasando a bola nas mãos do goleiro da Chape.
Aos 28, Diego Alves saiu jogando com Rodrigo Caio, daí a Willian Arão, a Gerson e a Everton Ribeiro, quase no meio-campo. Everton Ribeiro acelerou, carregou da meia-direita para a meia-esquerda, driblou Márcio Araújo, protegeu e, um pouco antes de chegar à área, chutou forte. A bola passou perto da trave direita.
Aos 32, Everton Ribeiro recebeu de Piris da Motta e lançou Berrío na direita. Ele cruzou, a bola tocou em Rafael Pereira e foi a escanteio. Everton Ribeiro cobrou com um toque curto para Rafinha, que levantou na área. Pablo Marí ganhou no alto de Elicarlos e testou firme, na trave direita de Tiepo.
Aos 43, Diego Alves saiu jogando errado, a Chape tomou a bola no meio-campo e fez a jogada pela direita. Márcio Araújo foi lançado junto à linha de fundo e cruzou. Apertado por Rodrigo Caio, Everaldo tocou de cabeça, a bola deu uma quicada e chegou traiçoeira às mãos de Diego Alves, que defendeu, soltou e tornou a defender.
Ficha do jogo.
Chapecoense 0 x 1 Flamengo.
Arena Condá, 6 de outubro.
Chapecoense: Tiepo; Bryan, Douglas, Rafael Pereira e Roberto; Márcio Araújo, Elicarlos e Gustavo Campanharo (Vini Locatelli); Régis (Arthur Gomes), Everaldo e Renato Kayser (Camilo). Técnico: Marquinhos Santos.
Flamengo: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Renê; Willian Arão, Gerson, Everton Ribeiro e Reinier (Berrío) (Lucas Silva); Bruno Henrique e Vitinho (Piris da Motta). Técnico: Jorge Jesus.
Gol: Bruno Henrique aos 34’ do 1º tempo.
Cartão amarelo: Elicarlos.
Juiz: Vinicius Araújo. Bandeirinhas: Emerson de Carvalho e Danilo Manis.
Renda: R$ 921.310,00. Público: 12.152.
Prezado Murtinho,
Infelizmente não tive oportunidade de assistir esse jogo, assim como o anterior contra o Grêmio.
Entretanto, assim como na época do saudoso Waldyr Amaral, quando a chamada era “assista o jogo ouvindo a rádio Globo” – não sei se ainda usam essa expressão – pude assistir os ”melhores momentos” lendo seus precisos e detalhados lances principais. Claro, sem desmerecê-lo, também assisti os vídeos dos gols.
Murtinho, tomo a liberdade de uma vez mais voltar ao tema “VAR”.
Pelas redes sociais ouvi o áudio da análise, feita pelos “árbitros de ar condicionado”, do 2º gol anulado do Gabigol. Um verdadeiro drama, digno dos melhores tangos argentinos. Ninguém entendia ninguém. Foi um tal de pedir ao operador para adiantar/retornar o vídeo da jogada, confundindo-se entre eles próprios e, pior, confundindo o Pitana. Lembrou uma má comédia pastelão.
Não entro no mérito se a decisão foi ou não acertada, mas a inevitável comparação com o VAR bem aplicado me veio sábado passado, quando assistia o jogo do campeonato inglês entre o Crystal Palace contra não lembro quem.
Para mim, o importante desse jogo foi a ação do VAR no 2º gol do Palace. Lance difícil, na verdade dois em um: a posição do jogador do último passe e, na sequência, a do autor do gol.
Os “árbitros de ar condicionado” decidiram, se não estou enganado, em menos de dois minutos, baseado nas imagens, acrescidas de toda a parafernália tecnológica disponível, para não deixar margem a dúvidas. E tudo simultaneamente transmitido pela TV (não sei se também apresentadas no estádio). Que inveja!
SRN! Prá cima deles, Flamengo!
Fala, Fernando.
Rapaz, isso era muito bom! Mas era “veja”, não? “Veja o jogo ouvindo a Rádio Globo”. Primeiro tempo, Waldyr Amaral; segundo tempo, Jorge Cury (ou vice-versa); comentários de João Saldanha; para espinafrar a arbitragem, Mário Vianna “com dois enes”.
O gol a que você está se referindo foi o primeiro do Gabriel, certo? Segundo do Flamengo, já que o primeiro foi o do Everton Ribeiro. Cara, foi mais ou menos o que escrevi sobre a regra da mesma linha. Se os bonitões lá no ar-condicionado, com café passado na hora e sanduichinho para aplacar a fome, demoram mais de dois minutos para avaliar se o atacante está ou não impedido, é porque não está. Se estivesse adiantado, já teriam visto. Portanto, gol.
Não vi o jogo do Crystal Palace, mas não é difícil perceber que, lá fora, os juízes absolutamente não são reféns do VAR. E quando são orientados a ouvi-lo ou consultá-lo, é tudo muito mais rápido e sem mimimi.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Felizmente nao deu merda, hahaha
Dos comentários da tabela, eu viria com o melhor possível pra ganhar em casa na quinta e descansaria a rapaziada no domingo. Todo mundo sabe que o Sinthetico-Paranaense é osso duro de roer e o gramado falso exige muito fisicamente dos jogadores. Se tem um jogo pra perder pontos no caminho, é esse. SRN!
Oi, Vanessa.
Creio que é a primeira vez que você aparece aqui, não? É uma honra.
Então: assistindo ao jogo, você também não teve esse sentimento? Eu tive. Os caras mal entraram na nossa área. No primeiro tempo, nenhuma vez. No segundo, houve um chute perigoso aos 8 minutos, uma jogada de linha de fundo aos 18 e uma cabeçada meia-boca aos 43, nas mãos do Diego Alves. Só. Quando Bruno Henrique fez aquela falta desnecessária, já nos acréscimos, temi pelo pior. Felizmente, não deu merda.
Gostei da estratégia que o Márcio Costa sugeriu e você endossou. Só que, pelo pouco que já pudemos conhecer do Jorge Jesus, não vai rolar. E o cara tá conseguindo tanta coisa que – quem sabe? – é capaz de conseguir algo que ainda não fizemos neste século: ganhar do Athletico Paranaense, em Curitiba, pelo Campeonato Brasileiro.
(Você chegou a ler o post sobre o primeiro jogo contra eles pelas quartas de final da Copa do Brasil, na estreia do Jorge Jesus? Foi publicado, aqui no RP&A, no dia 11 de julho. O segundo parágrafo diz o seguinte: “Neste século, juntando Campeonato Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil, o Flamengo foi dezenove vezes à capital paranaense para enfrentar o Athletico. Sete empates, doze derrotas.” É osso mesmo.)
Beijo grande. Apareça sempre. SRN. Paz & Amor.
Aí, pessoal: quem não tem ingresso pro jogo contra o Grêmio e quer concorrer a um
https://www.vakinha.com.br/vaquinha/rifa-do-doze
https://paulosampaio.blogosfera.uol.com.br/2019/10/08/torcedor-rifa-entrada-de-flamengo-x-gremio-para-tratar-cao-com-cancer/
Boa, Bia!
Linda iniciativa.
Beijo grande. Paz & Amor.
PS: Faça-me o favor de aparecer mais por aqui. Você faz muita falta.
Vou compartilhar meus achismos, nas próximas 3 rodadas poderemos ter a definição do campeonato.
Quarta feira santos e palmeiras se enfrentam e quem perder, para mim, dará adeus ao título.
Mesmo desfalcado , flamengo terá boas chances contra o atlético mg, se vencer é bem possível que a diferença suba para 7 ou 8 pontos até o segundo lugar, tendo a nosso favor os critétio de desempate.
Nas próxima duas rodadas o palmeiras terá adversários fracos em casa (botafogo e chapecoense), provavelmente fará seis pontos.
O flamengo terá dois jogos fora (atlético pr e fortaleza).
Se a diferença se mantiver na casa dos 5 / 6 pontos , após estas rodadas. Não acredito que palmeiras nem santos tenham forças para chegar. lembrando que eles tem muitas dificuldades para manter longas sequências de vitórias. E o flamengo terá adversários mais acessíveis para pontuar.
Concordo com essas previsões!
O jogo de amanhã entre Santos x Palmeiras é muito interessante para o Flamengo em caso de derrota dos Porcos. Acontecendo essa hipótese, o lance é ir com tudo pra cima do Atlético-MG para garantir essa “gordura”. Aí é que Flamengo e Mister têm que ser inteligentes para administrá-la.
Nessa situação, acharia prudente nem levar o time titular para jogar no campo sintético do Atlético-PR, presumindo que o risco de lesão lá maior. Daí iria com o time titular pra pegar o Fortaleza e novamente pouparia o time principal no jogo contra as Flores, três dias antes da decisão contra o Grêmio.
No pior dos cenários do Brasileirão, o Fla ficaria 2 ou 3 pontos de diferença pro 2º colocado, mas com o time com bem mais chances de estar na final da Libertadores, além do elenco descansado para trazer as taças!
SRN
Fala, Márcio.
Trata-se, sem dúvida, de uma bela estratégia.
Minha única dúvida (me amarro no Brasileiro): será que não é o caso de tentar definir de uma vez essa bagaça? Porque se a gente abre, sei lá, nove pontos, um abraço. Mas a ideia de jogar com um time reserva contra o Athletico Paranaense é interessante. Jorge Jesus não vai fazer isso, mas seria mesmo um caso a pensar.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Fala, Flavio.
O Campeonato Brasileiro é mestre em apresentar jogos muito doidos e surpresas extraordinárias, o que torna as previsões sempre perigosas. Mas às vezes é bom a gente desenvolver alguns raciocínios lógicos.
Seus “achismos” são excelentes. Espero que a gente consiga, rapidamente, chegar a nove pontos de diferença, que representam três rodadas de vantagem. Aí, estará pelada a coruja. Vamos aguardar e torcer.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Obrigado.
Muitas vezes as pessoas acreditam que o campeonato por ser longo (38 rodadas) duas ou três não fazem diferença. Mas vejam só, após o jogo contra o fortaleza, o flamengo terá mais 12 partidas, sendo 8 delas no rio (7 no maracanã e uma no engenhão). Portanto eu acredito que abrir ou manter a diferença de pontos até o jogo com o fortaleza será decisivo, Jogaremos fora contra grêmio, goiás, palmeiras e santos, e é até possível que os jogos contra palmeiras e santos sejam irrelevantes para a classificação. O que estou comentando é que nos momentos em que a tabela lhe favorece é preciso acelerar, quando estiver contra qualquer ponto é lucro.
Então, Flavio.
Lá atrás, quando Palmeiras e Santos vinham cabeça com cabeça, junto com a gente, eu me preocupava com os dois jogos que teremos de fazer contra eles, fora de casa, nas três últimas rodadas. Hoje, diante da possibilidade real de abrirmos vantagem, tô achando ótimo, porque é bastante razoável a chance de transformarmos essas duas partidas (dificílimas) em amistosos.
Você está certo: o Campeonato Brasileiro – como todo campeonato de pontos corridos, longo e equilibrado – exige mesmo que seja disputado com raciocínio estratégico.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Flávio, então… Tchau peppas!
A situação do palmeiras em relação a título, nem é tão ruim devido ao número de pontos que o separa de nós. O maior problema deles é o nível do futebol que jogam, todos os jogos mais difíceis eles tem fraquejado, só conseguem ganhar de csa, fortaleza e times de nível mais modesto. Provavelmente ganharão de botafogo e chapecoense mas só estas vitórias não bastam. Caso o flamengo consiga uma vitória nos próximos dois jogos ficaremos com uma boa margem na frente.
Salve, Murta. Nessa altura do campeonato você já deve saber que o Atlético MG vem com 8 desfalques. Isso mesmo: 8.
Abração e SRN!
Fala, irmãozinho.
Comentei isso na resposta ao Aureo Rocha. O campeonato é assim, todo mundo está sempre desfalcado, não dá pra ficar reclamando.
Além disso, hoje em dia o número de desfalques é contabilizado de um jeito diferente do que era antigamente, quando só levávamos em conta os titulares. Hoje em dia, se o Dantas está machucado, é considerado desfalque. Coisas do futebol moderno.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Quanto ao “das duas uma” sobre o Reinier, dá perfeitamente pra ocorrerem as duas coisas: Reinier joga 2, 3 temporadas no Flamengo, conquista títulos importantes e, ainda em idade adequada, vai pra Europa recheando nossos cofres. É só planejar e organizar direitinho.
Quanto ao jogo, não há o que falar. Os números nem precisam ser torturados para revelarem um massacre imposto por um time que “apenas” tava sem Filipe Luís, Gabigol e Arrascaeta.
Ah, mas era o lanterna. Sim, mas em uma comparação com um time do G-4, este lanterna enfrentou o Corinthians (4° colocado) completinho na última quarta-feira e teve mais posse de bola, finalizações e passes certos.
Em outras palavras, continuamos sobrando na turma.
Fala, Trooper.
Sim, é bastante possível que as duas coisas – títulos e grana – aconteçam.
Eu também não caio nesse papo de lanterna. No tal campeonato de 2017, que citei no post, logo no início do segundo turno o Corinthians perdeu – em casa – para o Atlético Goianiense, que terminou em último lugar.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Se o Flamengo jogará sem três titulares absolutos, o Atlético-MG perderá também alguns para a partida desta quinta-feira, a saber, Guga e Cleilton, titulares garotos da base convocados para a selecinha, Otero pela Venezuela e Luan pelo terceiro amarelo. Claro que não existe a menor possibilidade de comparação entre os nossos e os dele.
Mas, o que anda mesmo me intrigando e o pouco aproveitamento dos nossos jogadores vindos da base.
Que Rodinei, Piris da Mota e Berrio são bem fraquinhos, poucos duvidam. Entretanto, apesar de estarem sempre sendo testados e reprovados, entram no time, invariavelmente.
Por que o JJ não dá oportunidade, por exemplo, para, João Lucas, o Hugo Moura e Vitor Gabriel ou Lucas Silva?
Por que o Bill, de apenas 20 anos de idade, jogador de extrema habilidade que joga pela ponta direita, e que tem uma multa contratual de aproximadamente 200 milhões de reais, foi emprestado para a Ponte, mantendo-se o irregular Berrio no elenco?
O César é um grande exemplo do total desprezo que o Flamengo vem dando aos jogadores da base. Contrataram o Muralha e emprestaram o César para times de segunda divisão do interior de São Paulo, onde, em quase dois anos, somente atuou em uma partida. Não fosse o Muralha um emérito frangueiro e a carreira do César, provavelmente, já estaria encerrada.
Que mistério é esse de preferir contratar perebas de países sul-americanos, a aproveitar bons jogadores da Base? Será que Pires da Mota joga mais bola do que o Hugo Moura? Em caso afirmativo, só me restará afirmar que o Hugo Moura é uma boa merda.
No Flamengo é assim: se é ótimo vende, se é bom empresta.
Diz, aí, meu caro Murtinho, que mistério é esse?
E, para não perder a oportunidade, “tortura nunca mais”. Números, até pode.
S.R.N.
Pois é, Aureo, o campeonato é assim. Todo mundo está sempre desfalcado, não dá pra ficar reclamando. É por isso que, para o ano que vem, teremos que repensar o elenco e reforçar o banco. A tendência é o time brigar por todos os títulos, tem que estar pronto pro que der e vier.
Concordo que os caras da base precisam receber oportunidades e ser testados. Mas tenho cá minhas dúvidas quanto a esse número tão grande de talentos vindos da base. O maior time da história do Flamengo tinha oito caras formados na Gávea. Só nesse comentário aí você citou cinco (João Lucas veio do Bangu). Será que eles são tudo isso mesmo? Ou será que a gente cultiva certas ilusões apenas porque são crias da casa? Agora, uma coisa é indiscutível: certas contratações são incompreensíveis. Só que isso está mudando, né? Nossas últimas contratações foram na veia.
Abração. SRN. Paz & Amor.
PS: Nunca mais.
Desta vez vou discordar (enfim !) do nosso Murtinho.
Reinier tem muito FUTURO, mas o PRESENTE deixa o menino a uma distância estrastosférica do Arrascaeta.
É metidinho, além do mais, pelo que foi substituído pelo JJ e tomou um esporro monstro ao fim do espetáculo.
Espetáculo, diga-se, de péssima qualidade.
Além do Reinier, René e Vitinho estão a anos-luz do futebol de Filipe Luiz e Gabriel, agravado pelo fator que o futuro não se lhes faz nada animador.
Tudo bem, Gabriel, depois da temporada na seleção, volta pro time, pois não estará mais suspenso, nem lesionado.
Arrascaeta e Filipe Luiz estão contundidos, gerando uma angustiante dúvida.
Nem pensar em contusão do Gerson.
Não tenho mais a menor dúvida, Arrascaeta e Gerson são os dois melhores jogadores do nosso ótimo time.
Pelo menos um deles tem que ser presença obrigatória.
No mais, Diego Alves uma tranquilidade, Rafinha, que de tranquilo nada tem, sempre muito bem, Rodrigo Caio um bom zagueiro, Pablo Marí simplesmente fantástico, tratando a bola como um bom jogador de meio campo, Willian Arão subindo sempre, Everton Ribeiro, apesar de momentos em que fica desligado, compõe de forma notável o nosso meio, ao passo que Bruno Henrique muito oportunista.
Não vejo como perdermos o HEPTA.
O empate do Palmeiras não tem a menor significação, para mim. Continua a duas vitórias de distância.
O único problema, vou repetir, são as contusões, se vierem a acontecer, além das duas já assustadoras.
Os números, levantados pelo Murtinho, são confortadores.
Vamos em frente que atrás vem gente.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu caro Carlos Moraes, não sei em que parágrafo do artigo do Murtinho, você leu ele fazer uma comparação entre o futebol de Arrascaeta e o do Reinier.
Realmente, é muito cedo para se fazer qualquer tipo de comparação entre eles, até porque o garoto só tem 17 anos. Mas, a verdade é que a sua multa contratual foi fixada em 300 milhões de reais.
Pergunte a qualquer grande time europeu quem eles comprariam agora: Reinier ou Arrascaeta?
O JJ é inegavelmente um excelente técnico de futebol, mas não entende porra nenhuma de psicologia. Eu aprendi e sempre agi em relação aos funcionários que eu comandava da seguinte forma: elogiava em público e dava bronca reservadamente dentro da minha sala.
Se eu levasse um esporro como o que o JJ deu no Reinier, eu responderia na cara dele: “ei, JJ, vai tomar no c*.” Com 21 anos de idade, eu peitei um coronel do Exército em plena Ditadura Militar, na Light
onde eu trabalhava.
S. R. N.
Não, de forma direta o Murtinho não comparou o Reinier ao Arrascaeta, até porque ele não é maluco. muito pelo contrário.
De forma indireta, é óbvio, pois o garoto entrou exatamente no lugar do uruguaio, assim como René no do Filipe Luís e Vitinho no do Bruno Henrique, que passou para o do Gabriel.
Os elogios, exagerados na minha opinião, que não quero tirar patente, implicitamente levam à conclusão de que a ausência do craque uruguaio não fez a mínima falta, o que, simplesmente, é impossível.
Arrascaeta, assim como Gerson, é um jogador diferenciado, joga ^chupando laranjas^ (que não são as de MG), com um toque de bola primoroso, impossível para um garoto de 17 anos, a não ser que se tratasse da segunda (e provavelmente última) versão do melhor de todos em todos os tempos, o nosso Pelé.
Há um outro dado que muitos dos nossos colegas ^repianos^ estão se esquecendo, qual seja a mediocridade espantosa do time catarinense. Time fraquíssimo, ainda por cima desfalcado dos dois laterais titulares, sendo que os substitutos – Brayan e Roberto, salvo engano -estavam nitidamente intimidados, não acertando jogada alguma.
Muitos estão dizendo que o Atlético MG é fraco, sendo que, como esclarecido por outro ^coleguina^ nosso, vai entrar com uma porrada de desfalques.
Pode ser verdade, mas, acima de qualquer situação, tem uma camisa de peso, que sempre pode trazer dificuldades (não creio).
Nem camisa a CHape tem, sendo PERFEITA a observação do nosso Guru II no tocante a que foi utilizada, um verdadeiro horror, convite ao rebaixamento.
Tenho dito.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu querido Carlos Moraes: não sei se o texto deu a entender isso, mas não comparei o Reinier ao Arrascaeta. Apenas achei que ele fez um primeiro tempo muito bom e não vi esse problema todo no toque de calcanhar. Pelo contrário: não enxerguei outra jogada que ele pudesse fazer ali. Quanto a discordar, ora, ora, essa é a graça.
Um ponto muito bem destacado por você: a categoria do Pablo Marí. No primeiro tempo do empate com o São Paulo, ele fez, se não me engano, três viradas de jogo perfeitas, em três lances consecutivos. É muito tranquilo, muito sério, muito técnico. Um pouquinho lento – ninguém é perfeito.
Sim, os números confortam e animam, mas nada garantem. Temos que continuar fazendo a nossa parte.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Não concordo que o jogo foi ruim. Apenas fizemos só um gol e demos a falsa esperança à Chapecoense. Vamos sofrer um pouco, mas com este time dá para ir bem nos dois próximos jogos… Atlético MG é fraco, e espero que vençamos. O paranaense acha que é grande e costumamos perder lá na casinha deles, mas devemos conseguir um empate no mínimo.
Acho que o título será nosso, mas não será uma manga.
Fala, Maroog.
Também não acho que o jogo tenha sido ruim. Deveríamos ter fechado a tampa no primeiro tempo. Como não conseguimos, o time acabou se desgastando além do necessário.
Manga, jamais. Sobretudo porque o Flamengo virou o time a ser batido. Todo mundo quer a glória, e quem tiver o mínimo de condição técnica vai dar trabalho.
Vamo que vamo.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, eu acho que a gente só perde essa se acntecer “uma catastre” como diria o Neném Prancha. Mesmo na pelada de ontem, o time parecia incansável, ficou martelando o inimigo ali, o tempo todo, é assim que se faz, não dar mole nem para os mais fracos. Nem sei se isso é bom o ruim, ficar se escornando até a última gota de suor com um adversário tão fraco. O Berrio e o Vitinho devem arrebentar nos treinos, só assim se justifica o JJ insistir com eles. Eu até que simpatizo com o Berrio por ele me lembrar uma figura também muito simpática, o Blecaute, o nosso saudoso general da Banda, mas ele não joga porra nenhuma (desculpe o porra, mas meu atual sonho de consulmo é falar aquele porrrrra como aquele astrólogo que se diz filósofo).
Grande Xisto!
Pois é. Tem que fazer logo dois ou três, pra poder, no intervalo, tirar o Gerson, tirar o Bruno Henrique, tirar alguém mais que esteja precisando. Não faz, os caras têm que ficar se esfalfando até o fim.
Não sei se Berrío e Vitinho arrebentam no treino. A questão é que não há ninguém para entrar. Para a temporada do ano que vem, ou os meninos da base deixam claro que é possível contar com eles, ou teremos que reforçar o banco.
Abração. SRN. Paz & Amor.
PS: Aqui nesse humilde espaço, os comentaristas têm ampla liberdade para falar o “porra” na hora e do jeito que quiserem. Sinta-se à vontade.
Discordo que não havia outra jogada. Se ele corta para trás (podia ser até de letra, para manter uma “nota artística”) e toca para o ER já pra dentro da área, o nosso 7 iria entrar de frente pro gol. Ademais, jogada de efeito não se tenta, ou faz ou paga mico e segura a onda do esporro. E pelo visto o lance foi a cereja do bolo de outras broncas pretéritas. Cabe frisar que nosso Paquetá tem sofrido críticas na mesma linha no Milan e é bom pro garoto levar essas chamadas enquanto é tempo. Menino Ney não aprendeu e estamos vendo no que deu.
Fala, Fabio.
Vamos lá.
Tive essa sensação na hora em que vi o lance, mas posso estar enganado.
A bola foi esticada na direita, Reinier vinha em velocidade, com um zagueiro da Chape chegando junto e um jogador rubro-negro (não lembro quem era) um pouco atrás. Talvez houvesse outra opção, como a que você citou, mas não me pareceu uma firula. Era uma saída.
Não tenho nada contra esporro, pelo contrário: perco a paciência com narradores e comentaristas que fazem mimimi em relação a jogadores do mesmo time discutindo em campo. Aliás, escrevi um post sobre isso quando houve o problema entre Rhodolfo e Felipe Vizeu, na partida com o Corinthians, em 2017. Esporro é do jogo. Só acho que, ao trocar Reinier por Berrío, Jorge Jesus não castigou apenas Reinier: castigou quarenta milhões de torcedores rubro-negros.
E sigo o seu raciocínio: da mesma forma que jogada de efeito ou faz ou paga mico, e aí segura a onda do esporro, com substituição acontece a mesma coisa. Ou dá certo ou piora o time, e aí tem que segurar a onda das críticas.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Caro, Murtinho. O JJ poderia arriscar com o Vitor Gabriel, não?
SRN
Fala, Felipe.
Sim. Poderia.
Não acompanho as categorias de base, acho algo um tanto enganoso. O que conta é a hora em que o cara veste o manto diante de 60 mil pessoas, contra adversário casca-grossa. É o tal momento que separa os homens dos meninos.
Mas, claro, fico sabendo aqui e ali quem é que tá pintando bem. Tenho um amigo que acompanha tudo de Flamengo e ele sempre me garantiu que o Vitor Gabriel é muito melhor que o Lincoln.
Concordo contigo: bota o cara e vamos ver.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Ontem eu parecia estar assistindo a mais um jogo do Corinthians – Vitória pelo placar mínimo. Muita disposição e ruindade. Pouca técnica. Erros crassos de passe e um marasmo de dormitar. Além da Vitória, a maior comemoração foi o apito final do encerramento do jogo. Aleluia! Acabou o sofrimento.
A única certeza é de que não podemos contar com os reservas para um jogo mais pegado. Os caras conseguem complicar um jogo fácil contra um adversário sem poder de ataque. É muito angustiante para um precoce idoso. Masoquismo televisivo.
Sabedor que o Mister é rigoroso – o garoto já levou um corretivo. Simplicidade, menino – São esperançosas as mudanças de elenco para 2020.
Fica a expectativa dos adversários tropecarem nas próprias deficiências e de que o treinador consiga inspirar os reservas a desenvolverem um mínimo de qualidade técnica.
As previsões do The Trooper começam a se projetar. Me parece que mais cedo do que o anunciado.
SRN
Fala, João.
Ô, meu camarada, eu acho que você está exigente demais. Fizemos, mais uma vez, um primeiro tempo bastante bom. O erro – grave, diga-se – foi o de não ter conseguido matar o jogo, como fizemos contra Ceará e Avaí, além do próprio Palmeiras. Mas, concordo: no final, fiquei apreensivo. Quando Bruno Henrique fez aquela falta boba junto à lateral, dando aos caras da Chape a chance que, com a bola rolando, eles não conseguiam criar, temi pelo castigo.
Rapaz, você sabe que volta e meia eu penso naquele comentário do Trooper? Tomara, João, tomara.
Abração. SRN. Paz & Amor.
O que me deixa aborrecido é que normalmente quando o time está encaixado, todos querem jogar. Há uma disputa pela titularidade e nesses momentos alguns reservas despontam e chegam a tomar a vaga do titular. Há vários exemplos. No Flamengo isso não acontece. Os caras recebem muito bem, mas não demonstram disposição. Estão tomando o lugar da base ou de outro jogador.
Não espero mais nada de Piris da Motta, Berrio e Vitinho. Chances eles têm. Resta saber aproveitar.
A substituição do Renier, de acordo com o próprio JJ, foi educativa, mas acho que ele deve controlar mais seus pitis e reserva-los pra intimidade do vestiário. Dar esporro em público não é uma boa estratégia pra manter a unidade do grupo.
Berrío mais uma vez se contunde e, que ninguém nos ouça e eu não seja castigado pelos pensamentos impuros, não lamento. O cara é muito ruim e como diz a velha máxima do futebol, o problema de ter pereba no banco e que uma hora ele pode ser a única opção. É o caso do simpático colombiano – ruim demais.
Já o Vitinho fez um bom 1º tempo e não deveria ter saído, até pra ganhar ritmo e confiança, já que vamos precisar dele anyway.
Estamos todos um tanto apreensivos com o desgaste dos nossos jogadores, mas o JJ não dá sinais de que vá mudar a não ser que alguém faleça em pleno relvado – e ainda por cima sugeriu que a cbf criasse uma regra que proibisse mais de 5 substituições de um jogo pro outro. Como o sistema defensivo, incluindo Arão e Gérson, tá a mil por hora, relaxo e me contento com qualquer 1 x 0. A única pedreira que vejo nos próximos jogos é com os genéricos na gélida Curitiba. Não só pelo bom futebol deles mas pelo gramado fake.
srn p&a
Como essa diretoria tá dando show de organização e planejamento imagino que esteja mapeando e sondando reforços pra 2020, já que o JJ, como haviam alertado, não é muito chegado a trabalhar com a base. O Banana de Mello antes de sair deixou o cocô na porta renovando com o Rodiney até 2022, mas o João Lucas mostrou seu valor. O Renê até que quebra o galho, mas quebra também a qualidade e até agora não conseguiu corrigir o defeito de errar passes demais. O Frank deve sair no fim do ano quando seu contrato termina e é preciso repor com um zagueiro à altura dos titulares. Piris da Motta, Berrío e Rodiney, se JJ seguir a linha europeia, devem ser colocados à disposição – nenhum dos 3 têm condições de sequer estar no banco. Também não entendo porque o Bill foi emprestado, o Hugo Moura ou o Vinícius não recebem oportunidades, idem o Vítor Gabriel. Se a base tem tantas jóias é o caso de lapida-las. Enfim, com o time titular que temos, temos também a chance única de empilhar Brãos, CBrasil e Libertadores pra calar pra sempre qualquer argumento dos anti. Mas pra isso é preciso não só o time mas um elenco que não deixe cair a peteca.
srn p&a
Fala, Rasiko.
Como deixei claro no texto, não concordei com a substituição. E também acho que Jorge Jesus seria ainda melhor se agisse com um pouco menos de histrionismo. Não acho que ele jogue para a plateia, aquilo faz parte da personalidade dele, mas receio que acabe virando contra. E a gente sabe o que um elenco de futebol é capaz de fazer quando não aguenta mais um técnico.
Tomara que a gente queime a língua, porém o nosso simpático Berrío parece mesmo um caso perdido. Além de muito abaixo, tecnicamente, do restante do time, o cara não sai do estaleiro. No primeiro tempo, Vitinho deu ótima bola para Bruno Henrique no lance do gol; no segundo, deu outra que Pablo Marí, precipitadamente, completou por cima. Mas é nítida a insegurança dele. Parece que joga com medo de errar, e não há quem jogue noventa minutos sem cometer um erro. Quando Jorge Jesus o tirou, estava sumidão. O problema não foi ele ter saído, e sim o Piris da Motta ter entrado.
Athletico Paranaense vai ser um osso duro. Sobretudo porque vamos entrar desfalcados (Rodrigo Caio, Filipe Luís, Arrascaeta, Gabriel, possivelmente Bruno Henrique, que acho que está pendurado e nem sempre segura a onda) e, no Campeonato Brasileiro, eles são franco atiradores.
Abração. SRN. Paz & Amor.