Na dimensão dos sonhos o empate com o 8º colocado do campeonato foi desastroso. No sábado os Sem Mundial pipocaram no Ceará e o jogo com os maloqueiros passou a ser encarado pela ala viajandona da torcida como a única chance da vida para o Flamengo encurtar ainda mais a distância para a ponta da tabela. Como se o Brasileiro fosse terminar semana que vem.
Muitos alcoólatras abstêmios, maconheiros que não fumam maconha e cheiradores que não curtem um cheirinho, que se embriagam só de Flamengo, dia e noite, acreditam na existência dessa dimensão onírica onde o Flamengo sempre oscila entre a glória celestial e o vexame ignominioso. Essas intensas criaturas que não toleram o gradualismo ficaram desoladas com o paupérrimo empate que o Flamengo conseguiu em Itaquera. Mas vão ter que lidar com esse resultado como homenzinhos. Porque ainda faltam 27 rodadas do Brasileiro, mais de dois terços do campeonato.
Já na dura dimensão dos fatos e concretudes o empate foi devidamente comemorado por quem viu o jogo e tem alguma noção das grandezas que se enfrentaram naquele gramado que ainda não foi pago. O curica é medíocre e joga um feijão com arroz sem feijão. Mas tem camisa. Feia, mas tem. Ganhar deles lá no seu pardieiro sem escritura definitiva, hábito que recém começamos a cultivar, nunca nos foi fácil.
E não teria porque ser fácil enfrentar os “donos” da casa com três desfalques que levariam 98% dos times brasileiros à bancarrota. As ausências de jogadores como De Arrascaeta, Everton Ribeiro e Rafinha seriam sentidas até no Bayern. Ainda mais com o time vindo de uma desclassificação na Copa do Brasil e submetido ao lamentável evento intimidatório realizado pela ala mentalmente retardada da torcida no aeroporto Santos Dumont.
Como se a cota de infortúnios a nós reservada para esse domingo não fosse suficiente o Flamengo ainda encarou pela proa o notório antiflamenguista Vuaden no comando da arbitragem. Que para surpresa de ninguém cometeu suas lambanças habituais e marcou um pênalti altamente discutível para o time da casa.
Não é novidade pra ninguém que quando há jogo em Itaquera forças ocultas e parafutebolisticas costumam operar naquela jurisdição. O que as imagens da TV mostram para qualquer observador neutro e desinteressado é o Love cometendo uma auto penalidade ao trançar as próprias pernas e se estabacar deliberadamente no gramado. Vuaden não precisou nem de um décimo de segundo para apitar com o dedo em riste em direção à marca fatal. E só depois fazer a consulta de praxe ao VAR, deixando claro para todos que na sua proba opinião tinha sido pênalti mesmo.
Na hora do gol do Flamengo Vuaden não exibiu a mesma rapidez de reflexos e equanimidade na aplicação da lei. Gabriel pegou o rebote e jogou a nêga no barbante, mas Vuaden não correu pro meio. Parou o jogo por mais de 6 minutos, ficou de papinho com o VAR e com os curica que o cercavam, como se procurasse qualquer vírgula fora do lugar na redação da Regra 11, para só então, muito a contragosto, finalmente validar o 19º gol de Gabriel no ano. Deixando bem claro urbi et orbi, que se dependesse dele aquele gol do Flamengo não valeria.
O empate do Flamengo foi análogo à situação de quando o ladrão rouba a sua carteira mas deixa você ficar com os documentos. Podia ser pior. Tem muita gente que vai dizer que isso tudo é normal, que juízes fazem isso o tempo todo. Mas no meu entendimento o juiz que abdica da imparcialidade na cara de pau não passa de um ladrão.
Diante da macabra reunião de forças que atuaram em nosso desfavor, o simples fato do Flamengo não ter perdido o jogo já pode ser considerado uma das grandes façanhas rubro-negras do ano. Não tão grande quanto ganhar mais um carioqueta em cima do bacalhau, mas certamente maior em significados e em resultados práticos do que a tão exaltada Copa Mickey.
Foi um jogo feio e sem muita emoção. A mão de Jorge Jesus pouco apareceu, o Flamengo jogou espaçado, sem verticalidade, com muita bolinha pro lado e pra trás. Os destaques foram Rodrigo Caio, sempre firme lá atrás e Gabigol, que se fosse pouquinha coisa melhor ou mais atento não estaria jogando no Flamengo. É um dos centroavantes mais regulares (no sentido de regularidade) que passaram pela Gávea nos últimos anos. No fim das contas foi um excelente empate e o terceiro lugar na classificação do Brasileiro é um lugar justo pro que o Flamengo apresentou até agora. A perereca rubro-negra precisa levar um choque de sossego. A única rodada em que a liderança vale alguma coisa é a 38a.
Semana que vem é Libertadores, o time vai jogar todo remendado lá no Equador. Mas dada a proverbial fragilidade do Emelec empatar lá será um mau resultado. Considerando-se as contusões e as novidades do elenco vai levar pelo menos umas três ou quatro rodadas do Brasileiro até o Flamengo conseguir colocar em campo sua força máxima. As perspectivas são boas, desde que não ocorram tragédias extraordinárias o futuro do Flamengo parece promissor.
Mengão Sempre
Telegraminha à Nação Rubro Nigérrima
Poderiam os senhores e as senhoras, de azul e rosa respectivamente, parar de reclamar da valiosíssima Florida Cup, jogada, é vero, na verdadeira Terra do Mickey, mas de profundo valor moral e internacional, a ponto de elevar o Mengão ao terceiro posto de melhor time dazoropa, ja que o Ajax, a quem demos uma surra eficaz, é o numero 4????!!!!
Viva a Copa Mickey!!! Viva Frankfurt e dan Haag!!!
Espero que ano que vem não acabe a cerveja do estádio!
Saudações Rubro Nigérrimas
Tite e Abel é, ou são, o caralho!!!
Bill Duba,
Valorizamos tanto essa copa que aqui no meu mundo tumular batizamos o rato filósofo, o nosso rato-mestre de Miki, fazendo também uma homenagem embutida ao torcedor rubro-negro que querem nossos dirigentes seja analfabeto.
Grande Xisto, não esperava menos! Saudações ao rato!
Sou o Francisco da Clinica Vitta, e gostaria de fazer parte
desse grupo para postar seu material em meus sites obrigado.
https://www.institutovitta.com.br
Dos mais de 5 minutos utilizados para confirmar nosso gol, 30 segundos provavelmente bastaram para verificar a posição regular do Gabriel. No tempo restante, o VAR se dedicou a revisar cada movimento na área do Corinthians e desesperadamente achar uma falta que pudesse invalidar o gol. Alguém dúvida disso?
Vuaden é nojento demais. Perdi as contas de quantas vezes ele prejudicou o Flamengo. O seu modo de agir é a incoerência. A faltinha apitada no meio de campo é mesma do atacante no zagueiro, que resulta em gol, e ele ignora. VIce e versa. Ontem, o Junior Urso atropelou o Gerson na ponta esquerda de ataque do Flamengo. Nada! Alguns minutos depois, o Love se enrola sozinho. Pênalti! Penso que o critério de falta para penalidade máxima deva ser mais severo. Para o Vuaden, a medida é sua conveniência no prejuízo ao Flamengo.
Mesmo com as atrapalhadas do juiz, poderíamos ganhar se tivéssemos jogador melhor, o que, pelas razões já listadas pelo Arthur, mostrava-se algo improvável de acontecer nesse jogo.
Por outro lado, já é possível exigir que o JJ dê uma organizada no lado direito de defesa do Flamengo. Tem sido comum atacantes adversários entrando na cara do gol daquele lado.
No fim de tudo, o Flamengo diminuiu em 1 ponto a vantagem do líder. Então, a razão diz que a rodada nos foi favorável.
Vamos pensar em quarta agora. Em como tornar esse Flamengo criativo pelos pés do Diego.
SRN
Um bom artigo com uma frase antológica – ^o juiz que abdica da imparcialidade na cara de pau não passa de um ladrão^.
Palmas, palmas de pé para uma ^sentença^ inatacável.
O jogo. Um horror, quase impossível de ser comentado.
Alias, tivemos também no futebol um fim-de-semana lamentável.
Nada poderia superar a atitude da torcida colorada no Beira-Rio, atacando um garoto de seus oito anos.
A nossa torcida fez força, no Aeroporto, porém não tinha condições de êxito. Afinal, o Diego e alguns coleguinhas já são bem grandinhos.
No campo, só para contrariar os poderosos, a glória ficou com os nordestinos cearenses.
Encaçaparam o ^invencível exército de Brancaleone^ e viraram pra cima da turma das Gerais.
Há que se embromar, pois falar da pelada é quase impossível.
Para não dizer que não falei de pimenta azeda, concordo com o Grão Mestre. Salvaram-se Rodrigo Caio e Gabriel, o único jogador, entre os que sobraram, que sabe fazer gols no nosso Flamengo.
Vamos ao Emelec.
Não haverá desculpa de altitude, pois o fraquíssimo rival é da cidade de Guayquil, a beira-mar.
Provavelmente, teremos desfalques, mas nada justificará outro resultado que não a vitória.
Frustradas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Uma coisa parece que mudou, agora, mesmo atabalhoado o time luta até o fim, pelo menos essa a impressão que fica. Vou repetir um lugar-comum da torcida rubro-negra, esses timecos quando jogam contra o Flaemengo tiram força não se sabe de onde para não perderem. Afirmo, se o Flamengo não trouxesse esse nome e essa camisa invejada por todos, a arco-íris que o diga, mesmo com os piores times dessa nova era ( inclui-se aí, gabrieis, márcios araújos, et caterva) seria campeão muitas vezes sem contar carioquetas. Como exemplo gritante cito o genérico que colocou “h” no nome achando que com isso ficaria mais “homem” que os outros e vive aí aterrorizando todo mundo, inclusive nós, e todos batendo palma e pedindo bisque isso, simplesmento porque só é rubro-negro por reles imitação. Já que mudar de nome a gente não pode, nem tem onde colocar um “h”, o jeito é montar um elenco próximo de uma seleção galática para ter sobras de vencer os medíocres e os juízes ladrões. Além de tudo isso o Flamengo tem mania de entrar em campo com dez, ou arranjar durante a partida um meio de fazê-lo. Estou me referindo ao Berrío, até um sujeito que eu nutro muita simpatia por ele parecer com o Blecaute, o eterno general da banda, criador de marchinhas inesquecíveis, Maria Candelária, por exemplo, os mais antigos sabem a quem me refiro, agora é difícil acreditar que o Berrío ainda vague pelos gramados não sintéticos de nosso CT, mais inacreditável é que ele ainda é escalado.
pedindo bis, risquem queisso
Tudo como dantes no quartel de Abrantes.
Passada a eliminação, a balbúrdia da torcida, a derrota do líder com a consequente possibilidade de encostar na liderança, vinha a expectativa de uma atuação condizente com o badalado elenco. Diria Chico Buarque: ” Qual o quê”. O time, no melhor estilo Abelão, voltou com as mesmas inutilidades de sempre. Uma completa bagunça.
A única diferença com o anterior treinador foi que Cuellar desaprendeu a jogar futebol. Mais uma atuação sofrível, como a maioria do restante do time. Eu não entendo essa mania de colocar a culpa na arbitragem. O time não está jogando nada. Cada vez pior. Querer encobrir a ruindade?
Diego voltou a reinar absoluto. O time vai no seu embalo e melhor estilo, passando o tempo de jogo sem nenhuma objetividade. Um completo marasmo.
Já se passaram três anos com esse jogador e nada. Vai ficando e a mesmice continuando. Há algo de nebuloso nesse ambiente.
Daqui a pouco a própria torcida se acostuma com essa pasmaceira. Do jeito que está, o Flamengo em pouco tempo irá se transformar no São Paulo.
Como diria um certo colega, é melhor se recolher na própria tumba. Fui!
SRN
bom é ler sua coluna….. me diverte…..sobre o “arbitro”, que se chama tambem “juiz” para quem e das antigas…ta aprendendo com o moro a jogar a favor da mare, sem prejudicar o mandante!!!!!
A pergunta é: pq raios a diretoria do Flamengo não se manifestou até hoje formalmente contra esse apitador desgraçado????
“Tem muita gente que vai dizer que isso tudo é normal, que juízes fazem isso o tempo todo. Mas no meu entendimento o juiz que abdica da imparcialidade na cara de pau não passa de um ladrão.”
Entendi a referência e concordo plenamente!!
Mais uma vez parabéns pelo texto e pela lucidez.
O repórter esportivo, Diogo Dantas, apresentou na edição de ontem, domingo, de O Globo, uma análise do inicial trabalho do JJ no Flamengo.
Em síntese, expõe o cronista o planejamento do novo técnico de utilização do elenco:
“… No duelo contra o Corinthians, o português deve seguir com o rodízio que, em três partidas, contou com sete mudanças e 17 atletas foram utilizados… os primeiros jogos indicaram que Cuéllar e Arão podem alternar como primeiro volante ou jogar lado a lado quando Diego não estiver. Nas laterais, as trocas também devem ser frequentes, principalmente pela adaptação de Rafinha, que deu lugar a Rodinei nas duas últimas participações como titular. Do outro lado, a escolha entre Renê e Trauco será também tática, já que o primeiro marca melhor mas de desgasta mais.
No ataque, as lesões de Arrascaeta e Bruno Henrique sugeriram uma dificuldade para encontrar atletas com características semelhantes. No caso do uruguaio, Vitinho deve ser o escolhido, mas Berrio já entrou em campo. Como Jorge Jesus utiliza Gabriel mais solto, Lincoln teve brecha…
A rotatividade promete aumentar com o meio-campo Gérson à disposição… Já o zagueiro Pablo Marí deve revezar com Léo Duarte…”
Talvez, eu ainda esteja preso ao passado, mas a verdade é que sou do tempo em que sabíamos de cor a escalação dos times do Flamengo. Lembro-me perfeitamente do Garcia, Tomires e Pavão, Jadir, Dequinha e Jordan, Joel, Rubens, Índio, Dida e Zagalo, que cito apenas como exemplo, entre tantos outros.
João Saldanha e Telê Santana foram técnicos que escalavam um time titular, colocavam para realizar treinos de conjunto e só mudavam os titulares em caso de contusão ou suspensão. Definiam em esquema tático e davam ao time um padrão de jogo.
Em 1970, o Brasil tinha umas quatro seleções, tantos eram os jogadores convocáveis. João Saldanha assumiu o comando escalou os Onze Feras do João, que serviu de base para Zagallo levantar o Tri.
Bem sei que ainda é muito prematuro, mas até agora eu ainda não sei qual o esquema tático, qual o padrão de jogo e qual o time titular do Flamengo.
Ao final do empate contra o Corinthians, o time do Flamengo parecia um bando dentro de campo, buscando desesperadamente o resultado como nas velhas peladas do meu passado.
Entretanto, porque conheço muito pouco sobre o futebol europeu, quero desde logo esclarecer que este meu comentário pode estar afastado da atual realidade do futebol, uma vez que lá na Europa possa ser comum essa rotatividade.
E não obstante este meu ranzinza comentário,
In Jesus I trust! (ainda)