Tomei um café no Lamas. Em seguida atravessei a Payssandu. Uma das ruas mais encantadoras do Rio. Uma rua de alma rubro-negra. Ela ligava a residência da princesa Isabel, logo ali no Palácio Guanabara (meu destino naquela manhã), à Praia do Flamengo. Um caminho de palmeiras imperiais plantadas a pedido do imperador Pedro II para criar aquele ar monumental, para casa que tinha dado pra sua filha como presente de casamento. Com meu espírito flâneur, no melhor que há em mim do Baudelaire, sendo eu uma pessoa que anda pela cidade a fim de experimentá-la, pensava no Flamengo enquanto caminhava. Crise. Contas. Sonhos. Decepções. Desejos. Amores. Sexo. Textos para ler. Pautas para trabalhar. Nada disso. Eu sempre me rendo ao Flamengo quando estou flanando por aí. E naquela manhã eu lembrava dos 450 km que atravessei “só” para ver o Flamengo jogar em Itaquera. Uma daquelas viagens cheia de amores. Pelo Flamengo. Com o Flamengo. Acima de tudo Flamengo. Pensava de forma seletiva por motivos óbvios. Mas, pensava. E a voz infernal da mestre de cerimônias do estádio que anunciava os feitos dos donos da casa não saía da minha cabeça. Aquilo era coisa de quem tinha estádio. E aquela maldita lembrança foi meu basta. Meu chega. Eu quero entrar para a história como uma torcedora que lutou por um estádio do Flamengo. E meu tempo é hoje. Não existe amanhã para mim.
Nós, rubro-negros, “somos ainda hoje uns desterrados em nossa terra” como bem analisou – por outros tão intensos motivos, claro – Sérgio Buarque de Hollanda, o pai do meu marido Chico (casamento-licença-poética), em Raízes do Brasil. O Flamengo é ainda hoje um clube desterrado dentro da sua própria terra. NÃO temos estádio. Uma vergonha. Uma afronta. Um descaso comigo, com meus 11 leitores, com uma Nação. Uma ausência que carregamos por conta de uma história de dirigentes incompetentes, de políticos mal intencionados e de uma torcida que se apropriou de um templo e criou nele seu maior espaço de devoção. Não temos estádio. A voz da locutora do Itaquera parece repetir isso, invadindo meus pensamentos e tornando minha travessia um calvário rubro-negro: NÃO TEMOS ESTÁDIO, senhoras e senhores.
Um morador de rua passa por mim vestido com um manto sagrado desbotado, rasgado, surrado com as marcas da história daquela camisa que atravessou o tempo. Esperei ele passar para ver o número nas costas. DEZ. Deus existe. E estava ali, me tirando do transe-recalque e me transportando para 1920. O Flamengo tinha sido campeão carioca com duas rodadas de antecedência. A única vez que isso aconteceu na história do clube. O título foi conquistado de forma invicta; sendo 13 vitórias e 5 empates, em 18 jogos. A partida decisiva foi disputada no estádio da Rua Payssandu, no dia 28 de novembro daquele ano. O Flamengo venceu o Andarahy por 2 x 1, com gols de Junqueira e Sydney Pullen. No primeiro turno, derrotou Fluminense e Botafogo, bem ali, pelo mesmo placar, 2 x 1. E eu lá. Na rua do “nosso estádio”, sofrendo pela falta de um.
Flamengo, torna-te aquilo que és. Certeza que o velho Friedrich (Nietzsche) seria rubro-negro. Eu não quero entrar para história de omissão (ou cumplicidade) de quem não lutou por um estádio para chamar de NOSSO. Hoje “temos” o Maracanã, a Gávea, e até um projeto de estádio. E nenhuma certeza. Os dirigentes incompetentes insistem em nos rodear, os políticos mal intencionados também. Mas o torcedor e a torcedora do Flamengo tem história de luta e resistência. Não somos os mesmos a entrar nesse “rio”. As águas são outras. Eu, você e a torcida do Flamengo NÃO vamos mais nos calar em relação a isso. Por vil metais peregrinamos por jogos em casa, fora de casa. Pelos milhões das rendas aceitamos que a torcida adversária não tema mais as cores do pavilhão do nosso amor. E aceitamos passivamente que invadam nosso território, em busca do dinheiro e do selfie da torcida mista. Homens que NUNCA pisaram numa arquibancada, nunca cruzaram 450 km (e muito mais) para ver o Flamengo jogar, nunca tomaram um Café no Lamas, nem atravessaram a Payssandu a pé só para sentir o espírito do Flamengo nela. Esses homens-ceo ditam hoje o nosso destino. BASTA. Queremos o nosso estádio e LUTAREMOS por ele. Nas redes, nas ruas, nas URNAS. 45 milhões de torcedores, fora o baile. Força necessária para combater a vaidade, o jogo de poder, a politicagem da Gávea, a má intenção e o DESTINO. Vamos pras ruas em busca de um sonho em forma de desejo. Vamos em busca do nosso estádio. Nossa arma é a nossa voz. Nosso grito de VAI PRA CIMA DELES, MENGO. Nossa força que emana das arquibancadas da vida. E depois que a tarde nos trouxesse a lua, se o amor (e o ESTÁDIO) chegasse eu não resistiria. E a madrugada acalentaria a nossa paz. Fica, ó brisa fica, pois talvez quem sabe o inesperado rubro-negro faça uma surpresa.
Pra vocês,
Paz, Amor e um Estádio.
Vivi,
o garçom chegou e você pediu a ele um estádio para o nosso Flamengo. Eu cheguei um pouco depois, pedi dois chopps e uma porção de pastéis. Depois de meia hora conversando, o garçom perguntou: madame vai querer o estádio agora ou quer levar para viagem? rsrsrs.
Querida, acho que você faltou as aulas de matemática. Mesmo tirando as réplicas e tréplicas, com 37 comentários, dá uns 20 leitores e não 11 como você comentou.
Contando comigo, 21 leitores. rsrsrs.
Bjs.
É claro que o Flamengo com estádio seria a assim chamada sopa no mel, mas eu como torcedor fanático, prefiro o Flamengo com (ou como) Flamengo , explico Flamengo Flamengo, e não essa estranha figura que corre ( corre?) no campo como alma penada, enquanto o verdadeiro Flamengo paira lá em cima como um fanstasma de braços dados com os urubus (esses tão decantados nossos irmãos). Quero o Flamengo de antigamente que jogava em Bariri, em Teixeixeira de Castro, em Figueira de Melo ( royalties para o Carlos Moras) que se não ganhava todas, passava raspando. Quero o Flamengo esmagando seus adversários seja aqui ou no cacete a quatro, na conchinchina, onde o Judas perdeu as botas, por aí e…até no Maracanã, mas quero o Flamengo vencendo todas.
Vivi, sempre com a poesia nos dedos. Com relação a forma de escrever, não há um senão, mas vou me permitir discordar um pouco do que vem pós poesia. Moro em SP capital, como você bem sabe. Aqui temos 5 estádios (Itaquerão, Morumbi, Alianz, Pacaembú e, pq não, o da Lusa). O maior é Morumbi, o melhor é o Alianz e nenhum tem a grandeza, imponência e simbolismo do Maracanã. Não acho que precisamos de outro estádio, precisamos do Maracanã, lá o Flamengo é o Flamengo.
Me agrada a idéia de pegar o Maraca mesmo que seja com as tricoletes. Ficaria como um casal gerindo a casa.. He, he.. Não me ufano e nem me impressiono com o estádio dos curicas, mesmo que tenha sido usado como licença poética, acho que a escolha não foi boa. Se fosse dos porquinhos, acho que faria mais sentido por ter sido um estádio construído mais dignamente, sem o submundo que envolveu políticos, um partido dito de trabalhadores e um sapo barbudo que nunca sabe de nada mas age sempre nas sombras. Bom, não vou falar de política mas conheço bem a história desse estádio, um dia na Confraria te conto.
Sei o quanto vc ama o Flamengo e o quanto vc entende que o Flamengo já transcendeu o RJ e a responabilidade que isso traz com toda a Nação, por isso não concordo com que atribuam a você o regionalismo em relação ao mais querido como feito em comentários abaixo. Vivi é pura emoção e delicadeza.
Eu fico com o Maracanã e ponto.
Beijo Vivi e SRN
Eu estou desde ontem analisando o brilhante e poético texto da minha amiga Vivi, bem como os contestantes comentários do Ronaldo, e, por outro lado, confrontando os dois entendimentos.
Vivi quer o estádio próprio. Ronaldo quer o Flamengo jogando por este Brasil afora.
Mas, será que estes dois desejos são mesmo conflitantes?
Será que, em sentido contrário, a Vivi não quer ver o Flamengo jogando por este Brasil afora e o Ronaldo não quer que o Flamengo tenha um estádio próprio?
Eu creio que não. Nem subliminarmente eu vislumbrei estas hipóteses. Tudo apenas uma questão de redação.
Se não são conflitantes, nada impede de o Flamengo ter o seu estádio próprio e continuar jogando algumas partidas fora do Rio de Janeiro.
Aliás, no Campeonato Brasileiro, na Taça Brasil e na Primeira Liga, o Flamengo sempre estará visitando este imenso Brasil. Não é verdade?
Entretanto, Vitória-ES e Brasília, como exemplos, infelizmente, não têm clubes disputando estas competições. Assim, se o Flamengo deixar de realizar partidas nestas duas regiões, só restará aos nossos torcedores a televisão.
Eis aqui a reclamação do Ronaldo e, talvez, a dos nossos confrades de Brasília.
Há mais de 40 anos, eu venho visitando Vitória pelo menos duas vezes por ano. E posso garantir sem qualquer receio: flamenguistas mais apaixonados não há. Podem existir tanto quanto.
Por isso, eu até venho sugerindo que na ausência do Maracanã, o Flamengo bem que poderia adotar o “Kléber Andrade” como sua casa. Vitória fica a 45 minutos do Rio de Janeiro.
Acrescente-se que, excluindo-se o Maracanã, a média de torcedores nos demais estádios situados no Estado do Rio de Janeiro é de 5 mil pagantes. Qualquer jogo do Flamengo, em Vitória, não dará menos de 15 pagantes.
Por fim, cumpre destacar que este nosso RP&A sempre foi um blog democrático, por sinal, já desde os antigos tempos do Urublog. O nosso grão-mestre jamais exigiu que se concorde com tudo.
Entretanto, meu caro Ronaldo, principalmente o encerramento do seu comentário foi no mínimo deselegante com a Vivi. O termo “porra”, no contexto da frase, configurou-se uma enorme descortesia. Vivi é uma doçura de pessoa, por quem sou, confesso, poeticamente, apaixonado.
“Há que endurecer-se, sem perder a ternura jamais.”
Nem vou citar o autor da frase, para não ser amanhã massacrado pela Confraria Rubro-Negra. (risos)
Paz & Amor.
Este tal de Áureo nunca me enganou.
Evadido de Guantanamo …
Bolivarianas (risos) SRN
FLAMENGO SEMPRE
Aureo, qualquer um que tenha MEIO neurônio e tenha condições de realizar um terço de uma sinapse, consegue raciocinar minimamente a ponto de perceber que o Flamengo jogar fora do Rio durante a temporada NÃO TEM ABSOLUTAMENTE NADA A VER COM POSSUIR SEU ESTÁDIO PRÓPRIO.
Até o Ronaldo sabe disso. Mas a vontade dele de ser do contra, grosseiro e destilar sua inveja e raiva do Rio de Janeiro é maior.
Qualquer clube de futebol do mundo precisa ter uma CASA. Se vai ser o Maracanã (o que eu prefiro) ou construiremos uma, é outra discussão.
Agora dizer que o Flamengo não deve ter um estádio no Rio porque a torcida está espalhada pelo país é algo que nem dá pra ser chamado de asneira, porque seria uma ofensa aos asnos, animais dóceis, trabalhadores e bem mais inteligentes que o estúpido que escreve uma merda dessas.
Peguemos pra gente então o Serra Dourada, que fica na meiúca do país e é perto pra todo mundo. PST vai dar desconto pra geral na passagem de avião!!!
PQP…
SRN
Parabéns pelo belo texto, tomara que esse chegue a alta cúpula do flamengo.
Yeah!
Vc me deixa maluco de amor.
Rubroenegresso de felicidade com sua poetica ética, ou ética poética. Como melhor lhe convier.
Os saludo. Gracias, querida.
B Melo
vivi,sou um dos maiores admiradores que vc tem.
esse tema é de uma profundidade tremenda…o flamengo tem que conseguir um estádio,seja na zona oeste ou o próprio maracanã.
por mim o flamengo não jogaria nunca mais no maraca se não for pra administrar o estádio.
temos que parar de encher o bolso desses canalhas….ter as rendas pra beneficio do próprio clube.
ser o trem pagador de times de segunda e até terceira divisão é um acinte para toda nação rubro-negra.
precisamos priorizar esse assunto até conseguir.
bandeira de mello que vem fazendo um ótimo trabalho na area administrativa,pagando as contas em dia.
vai se eternizar se concretizar esse nosso sonho de ter um estádio pra chamar de seu.
um grande beijo.
SRN !
ROBERTO FLA definiu muito bem o texto – emocionante e poético, como sempre.
Da minha parte, também ENDOSSO – alias, há algum tempo passei a endossar – a idéia, mas, da mesma forma, faço ressalvas, não necessariamente a mesma do colega citado.
No lindo texto, afirmou a nossa Vivi – ^uma ausência que carregamos por conta de uma HISTÓRIA (destaquei) de dirigentes incompetentes, de políticos mal intencionados e de uma torcida que se apropriou de um templo e criou nele seu maior espaço de devoção.^
Três motivações históricas – dos dirigentes, dos políticos e da própria torcida.
Não há a MENOR DÚVIDA em relação à ação da torcida, perfeitamente justa e mais perfeitamente ainda explicável.
No tocante aos dirigentes e aos políticos, apesar de muitos comentários de apoio, tenho que discordar, exatamente com base nos dados históricos.
Em razão da minha idade, sou anterior ao dilúvio e, consequentemente, ao Maracanã.
Frequentei a grande maioria dos estádios cariocas e um fluminense (Caio Martins).
Passei por Teixeira de Castro, Conselheiro Galvão, Bariri, Figueirinha, Campos Salles e os dos grandes cariocas.
São Januário parecia-me uma imensidão, palco maior do Sulamericano de 49, o maior do Brasil,junto com o Pacaembu.
Laranjeiras era relativamente pequeno, lembro-me de um Fla x Flu (turno de 48 – 5 x 2 para nós) em que quase ^morri^ sufocado pelos grandões, General Severiano ainda um pouco menor e a nossa Gávea ficava atrás de todos.
Não me dava conta dos motivos que assim determinaram, mas a verdade é que todos os torcedores pouco reclamavam. Espremiam-se e vibravam intensamente.
Copa do Mundo de 1950.
Tudo mudou. Heroicamente, pode-se assim dizer, foi construído o Gigante de Cimento Armado (Waldir Amaral).
Um colosso, algo INACREDITÁVEL.
TODOS os GRANDES CLUBES logo aderiram, até mesmo o Vasco, apesar de seu estádio.
Assumimos o lado esqquerdo das Tribunas, com o Fluminense como nosso ^reserva^, o lado direito ficou com o Vasco, o Botafogo na sua ^reserva^.
Jamais abdicamos do NOSSO LADO.
Vieram os triunfos, após uma década de insucessos, através do fabuloso TRI de 53;54;55 (pele enésima vez registro, acabou em 04.04.56, citando de memória).
O MARACANÃ, àquela altura era dos CARIOCAS, de todos, sem exceção.
Flamenguistas à frente, seguidos de vascaínos, tricolores e botafoguenses, todos NÃO IMAGINAVAM a possibilidade de QUALQUER outro ESTÁDIO.
O Dirigente que ousasse imaginar em contrário, seria considerado um louco, digno de uma imediata entrada no Pinel.
Assim perdurou por muitos e muitos anos, diria mesmo que até a malfadada Copa de 14 ou o o Pan de 07, que obrigou a realização de obras no Gigante, a ponto de transformá-lo, lamentavelmente, no MaracANÃO.
Com as conquistas inimagináveis dos anos 80, a Magnética, de uma vez por todas, ASSUMIU DEFINITIVAMENTE o então fabuloso estádio, que passou a ser o nosso TEMPLO SAGRADO.
De resto, ao longo deste período, pelo Brasil a fora, um só clube, o São Paulo, ousou – e fê-lo (fora Temer) muito bem – na construção de um grande estádio.
Até certo ponto (e olhe lá), o Santa Cruz, com o ^Mundão do Arruda^.
Um pouco mais tarde, o Inter, com o Beira-Rio.
Cabe acentuar, no entanto, que estes times sentiam uma necessidade que não era a mesma dos cariocas, eis que continuavam a jogar em campos ridículos, sobretudo diante das dimensões até então insuperáveis do Maracanã, até mesmo o Pacaembú, assim como São Januário.
Resumindo – não fossem os interesses escusos promovidos pela FIFA, com total apoio da CBF, o Maracanã seria mais do que suficiente.
Atualmente, tudo mudou, porém BEM RECENTEMENTE.
Tornou-se, no meu entendimento, indispensável a construção de um estádio próprio, até porque o MaracANÃO comporta, ao invés dos 150 mil do passado, sequer a metade deste público.
Mãos à obra, portanto.
Expectantes SRN
FLAMENGO SEMPRE
Belíssimo, Vivi! Fico contente que você revisou teus conceitos. “Aquele” Maraca, o Maraca do hino, o que era nosso, não existe mais. Construíram outro em seu lugar. E esse outro, é um outro qualquer. É inadmissível que o Flamengo não tenha seu estádio próprio, com suas cores e sua bandeira, do jeito que merece, no lugar que faz jus.
srnp&a
Parabéns pelo retorno.
FRATERNAS SRN
Que texto maravilhoso,
Muito bom! eu também defendo um estádio próprio, os dias atuais são outros são novos tempos.. e maracanã bem não é mais maracanã. se um dia foi nosso ou não hoje muito menos..
está na hora de sair debaixo da saia da mamãe* maracanã. virar ADULTO e fazer nosso estádio PRÓPRIO.. ganharemos muito mais com um estádio próprio em TODOS quesitos, do que com o maracanã…
Espero um dia ver isso ver nosso Clube com um lindo estádio PRÓPRIO um caldeirão, e pra chamar de nosso de FATO!
Hoje os antis já não nos zoam dizendo que não temos CT..temos o ninho sendo construido que somos endividados, chegara o dia que não vão mais zoar dizendo que não temos ESTÁDIO aí restara a eles. zoar dizendo que ‘ganham” partidas a mais em confronto direto.. e isso também vai acabar caso continuamos assim a passos largos na restruturação do clube. por isso DEFENDO um estádio próprio pra continuarmos a crescer e a gigantar o clube..
SRN
Perfeita como sempre, Vivi. Tamo junto nessa empreitada.
Embora eu ache que o estádio do Flamengo é, sempre foi e sempre será o glorioso Maraca.
Mas não adianta ser nosso só por afeição.
Enquanto não estiver todo pintado de vermelho e preto e tocando nosso hino em versão rock’n roll (não em versão Chico Buarque, por favor) na entrada em campo do time (em vez do hino do chorinthians, como eu presenciei ano passado), não é nosso mesmo.
Se não for pra ser assim, que se construa nosso estádio. E tem que ser prioridade.
E desde que não seja em Nova Iguaçu, Niterói ou Barra de não-sei-o-quē, porque o Flamengo é um time CARIOCA e não FLUMINENSE (com trocadilho) e nossas RAÍZES não podem ser abandonadas.
SRN
OBS: Vivi, eu elogio seus textos não apenas por vc ser uma (linda) mulher. Mas principalmente porque é uma grande e genial flamenguista.
Se não fosse assim, e fizesse comentários que denegrissem nosso amado clube, jamais te apoiaria, seu sexo não importaria em nada , a não ser na escolha dos impropérios que eu te dirigiria. Se isso significa “não ser feminista”, então aqui vou ser MACHISTA com muito orgulho.
Claro que esse recado não diz respeito a vc, de quem sou fã incondicional. Mas a destinatária sabe.
SRN
Vivi, eu quero o Maracanã! Lá é a Pedra de Adoração dos 45 milhões ( fora o baile) de rubro negros. A alma rubro negra está lá.
O Maracanã é do Flamengo, é uma Marca Mundial, como o Flamengo. Se, hipoteticamente, o Cristiano Ronaldo fosse indagado sobre o Estádio de Futebol do Brasil, diria: “Maracanã, casa do Mengão!”. Ele não saberia responder sobre Itaquera, ou Curintia. SRN!
São mais de 120 anos de história, esquece o que merda de Cristiano Ronaldo pensa, ô imbecil! Geração FIFA Soccer.
Não entendeu, fazer o que? E ainda agride quem nem conhece. Triste.
Querida, desculpe perguntar o óbvio, mas vc diz, num momento que ” Pelos milhões das rendas aceitamos que a torcida adversária não tema mais as cores do pavilhão do nosso amor.”, para, mas adiante, mencionar “45 milhões de torcedores, fora o baile.” Agora, explica pra mim: como é que, as torcidas adversárias não temem mais nossas cores se somos 45 milhões, espalhados pelo Brasil? Como podem temer menos se somos maioria jogando em qualquer lugar do Brasil? Esse raio desse estádio vai comportar 45 milhões? Se não, como vão ser virar os que são off Rio? Vão ter que se contentar em acompanhar via Embratel? Não sei se vc tem filhos, mas do jeito que anda a transmissão de jogos europeus, tá ficando difícil convencer os guris a torcer para times brasileiros. Se eles não tiverem a oportunidade de assistir ao vio joguinho, fica ainda pior. Aqui no E.Santo, somos maioria absoluta e nas duas vezes em que o Flamengo veio aqui, pusemos, em média, 19.000 num estádio que comporta 20.000. 95% de lotação. Esse estádio vai estar sempre tão cheio? Olha, continue amando sua cidade – ela é realmente linda (apesar dos esfoços dos políticos que apenas vcs elegem, fazem para f*&¨er com ela) – mas aprenda: o Flamengo não é de uma cidade, o Flamengo é de todos esses 45 milhoes de torcedores que vc mencionou. PAREM DE OLHAR APENAS PARA OS PRÓPRIOS UMBIGOS, porra!
Você entendeu absolutamente TUDO errado.
Na boa Ronaldo Acho que o Fla sim é do Brasil……..Mais sua Sede é no RJ,,,,,,Logo temos que jogar 70% no Minimo no RJ.Concordo com você em relação a perda de torcedor Jovem para times da Europa….Mais isto acontece muito mais devido a falta de Grande Jogadores atuando por aqui do que de o foto do Flamengo jogar em Estádio Próprio ou Não, e este problema no momento não afeta tanto clubes muitos Grandes….Talvez seja problema daqui a 15 anos……Sabe porque.devido a Tradição que vai de Pai para Filho……….Hoje vejo este problema com times Médios como Botafogo, que não conseguem passar mais a paixão……..
Claro que o Fla tem que jogar no ES. Brasilia. Sergipe…….Amazonas….. no Brasil todo…….Mais também precisa jogar aqui…….onde é sua Cidade…….è preciso agradar os OFF-RIO…….Quantos os “ON-Rio.
SRN
O Flamengo é um clube fundado e sediado na cidade do Rio de Janeiro. Sua sede atual se localiza no bairro do Leblon.
Qualquer dúvida sobre geografia, ou os conceitos de sede e domicílio, estou à disposição.
Só educação que eu não vou poder te ensinar.
Agora, quanto ao tema estádio próprio, explorado pela Vivi, seu comentário não teve CU NENHUM A VER COM AS CALÇAS.
Sei que o Flamengo foi fundado e é sedidado no R.de Janeiro. Mas não foi isso que fez dele grande. A grandeza dele vem dos tais 45.000.000.
Educação vc não vai me ensinar por que é burro demais para entender o que eu falei – e reafirmo – que o texto é provinciano e quer transformar o Flamengo – UNVIERSAL – em algo provinciano. Logo, não pode querer falar de educação comigo.
EStádio próprio não faz um time ficar grande, vide grandes clubes que não tem o tal “estádio próprio”. Agora,qualquer timinho de porqueira tem estádio. Ele fica grande por conta disso? O Vasco agora é maior que o Flamengo? Claro que não.
Eu entendi tudo.
Se soubesse interpretar textos, não escreveria tanta merda.
SRN
Sei interpretar textos. Tanto que vi que esse é mais um daqueles textos escritos com o olhar no umbigo e que não é capaz de ver que o Fla é de um país e não de uma cidade. Mas tem uma galera que não consegue ver isso e fica embarcando nesse papo de estádio próprio. Ficam tirando essa onda de “casa do Flamengo” e não enxergam o óbvio: a casa do Flamengo é onde ele joga.
Aliás, se o texto fosse meu, naõ haveria essa óbvia contradição que apontei. Mas acho que vc, muito esperto, não viu. E quem não sabe interpretar textos sou eu… Me poupa.
Ronaldo, sr vc tivesse 0,0001% da inteligência e rubro-negrismo da nossa linda musa e poeta rubro-negra teria entendido o texto.
Mas não passa de um ignorante incapaz de entender um texto com figuras de linguagem.
Quando se entra na casa dos outros, e é recebido, se faz com RESPEITO E EDUCAÇÃO.
Aqui, se não for assim, vai apanhar de todos os lados.
Eduque-se. Depois tente debater com pessoas inteligentes.
Calalo
Prezada Vivi,
acredito que sou tão rubro negro quanto você e quero o bem do Flamengo tanto quanto você, mas não acho que o Flamengo precisa de um estádio próprio. O Flamengo precisa do Maracanã! Lá e nossa casa, é onde está gravado nossa história, já está de pé e é o estádio do tamanho que o Flamengo precisa.
Podemos debater e nos aprofundar em diversas razões para o meu pensamento, mas acho que isso resume os diferentes motivos diferentes para dizer: Eu sou Flamengo e não quero estádio próprio.
Quanto a essa historinha de limitar carga de ingresso pra visitante, estádio caldeirão, pressão no adversário… Pra mim não há nada menos Flamengo que isso, pois o Mengão, pra mim, deve arrastar multidões e sempre impôr seu gigantismo pelo gigantismo de sua torcida.
Portanto, quando for escrever opiniões particulares use a 1ª pessoa do singular. Não se arrisque a escrever em nome da torcida do Flamengo.
PS: Esse estadio em Itaquera que você citou, eu arrisco a dizer que foi o maior erro de seu “proprietário”, pois gerou uma dívida difícil de ser paga, comprometeu o patrimônio do clube e nem se compara ao Pacaembú. E digo mais, só saiu do papel pela “boa vontade” e “competência” de políticos e dirigentes “bem intencionados” e “comprometidos” com o bem estar da população e com as finanças públicas.
Contem comigo, no país dos absurdos , o FLAMENGO não ter um estádio é mais um absurdo inaceitável .
Fora interesses políticos , fora incompetências administrativas , fora olho gordo.
Com todo nosso respeito , somos maiores , somos fortes, somos uma NAÇÃO CHAMADA “FLAMENGO”
E Vivi Le Fay se faz presente…embelezando…brincando com as letras como quem brinca inocente num play infantil…Desculpe, mas o bruxo precisa dizer que te ama a cada texto seu, vindo das profundezas de Avalon…
Abençoada Seja
)O(
SRN
Excelente texto, contundente e poético. Queremos nosso estádio!
Vivi, mais uma vez, coberta de razão.
A falta de visão ou, em alguns casos, a falta de opção nos trouxe para essa vexatória posição em pleno século XXI.
É certo que os políticos do Rio de Janeiro são o que há de pior em termos esportivos no Brasil. Fazem festa com chapeu dos outros (gratuidades infinitas, meias-entradas indiscriminadas) e castram as perspectivas dos clubes como se fossem os maiores rivais dos outros Estados.
Nem o mais ferrenho palmeirense conseguiria fazer com o Flamengo o que os políticos do Rio fizeram e fazem.
O clube quer reformar a Gávea para 30 mil torcedores. O Estado aceita. Depois muda de ideia. Promete o Maracanã para administrarmos. Nega o Maracanã. Repassa pros “amigos”. Não consegue derrubar o patrimônio histórico. Os “amigos” não ganham dinheiro como pretendiam. E, agora, depois de tudo isso, dizem que irão repassar o Maracanã para o Flamengo.
Coincidência, ou não, isso acontece depois que aparece em todos os sites a notícia de um projeto consistente de Estádio. Com investidores já definidos, local definido, projetos de urbanização definidos e expectativa da torcida.
É como se dissessem: “Pelo amor de Deus!! Não transformem o Maracanã em um outro “elefante branco”!!
O quê? Nós transformarmos o Maracanã em “elefante branco”??
Não fomos nós que gastamos mais de R$ 2 bilhões em “reformas” (para o Pan-americano/2007 e para a Copa do Mundo/2014) e deixamos o estádio com a manutenção mais cara do país (ao lado do Mané Garrincha).
Não fomos nós que desvirtuamos o formato clássico do estádio e o transformamos em uma arena com metade da capacidade anterior. Não fomos nós.
Mas, somos nós que podemos salvar o estádio.
E a pergunta que fica: E NÓS?? E O NOSSO ESTÁDIO?? VAI FICAR PRA NUNCA??
Eu tenho a opinião que devemos seguir com o plano do estádio próprio em Guaratiba. Pode ser que hoje o local não seja o mais próximo; o mais acessível; o mais confortável. Mas, a Barra da Tijuca (menos de 20 anos atrás) também não o era. E vejam só como está hoje.
Um estádio do Flamengo naquelas bandas aceleraria vertiginosamente o desenvolvimento da região. E é por isso que já há vários investidores certos para o caso de aprovação do projeto do estádio. Gente que vai ganhar muito dinheiro em parceria com o Flamengo; não do Flamengo.
O problema é: a quem esse projeto beneficia? Ou melhor dizendo, a quem esse projeto NÃO beneficia??
Não tenho a menor dúvida de que é possível fazer história com um patrimônio desses. Mas, não sei o que os atuais dirigentes defendem; nem sei o que os outros dirigentes defendem. O que eu sempre espero é que eles defendam o Flamengo.
SRN a todos
Texto perfeito, como a autora… S2
Infelizmente, gente que não se importa (tanto) com o Flamengo não pensa a mesma coisa, pois preferem viver de aluguel a ter sua própria casa, gente que ama tanto o Flamengo que vai a todo jogo, mas só se puder ir a pé, então estádio longe de São Cristóvão ou Méier ou Zona Sul ou Centro ou PQP nem pensar (como se não houvesse torcedor do Flamengo em qualquer canto da cidade/mundo)… Enfim, contem comigo para apoiar qualquer projeto de estádio próprio, foda-se o Maracanã, mas a esperança é diminuta de que algo nesse sentido possa acontecer agora, infelizmente.
Muito legal, emocionante e poético, como sempre. Endosso e abraço esta ideia, mas faço uma ressalva. Nada de estádio padrão fifa, o Flamengo tem que construir um para no mínimo 100 mil torcedores, com direito a geral, com ingressos baratos. Não podemos tirar o Flamengo do povão.
Vivi, como já disse várias vezes, é muito bom acordar e ler um texto seu.
Beijos, Abraços e SRN.
Roberto