Em 2014 eu escrevia o blog Questões do Futebol, da revista Piauí, e me propus a fazer uma análise rápida e rasa das trinta e duas seleções que participariam da Copa do Mundo. Quando chegou a vez da Grécia, pensei: me estrepei.
Conhecendo o futebol grego tanto quanto o idioma, não vi outra saída a não ser tratar o embrulho com leveza e algum humor. (Diferentemente do que eu viria a fazer com a seleção alemã: publicado em 11 de junho, um dia antes do jogo de abertura da Copa em Itaquera, o post trazia o premonitório título de “A grande ameaça”. Reproduzo aqui as últimas linhas: “Existe uma chance bastante boa de termos Brasil e Alemanha na semifinal. Um dos chavões do futebol diz que quem quer ser campeão do mundo não pode escolher adversário. O discurso é bonito, mas ajudaria um bocado se os alemães caíssem antes.” Desculpem o momento biscoito.)
A seleção grega permitia brincar, e fiz isso logo na chamada: “Existe arroz à grega, iogurte grego, churrasco grego. Mas futebol grego não existe.” Um dos leitores chiou, comentando que meu texto ignorava a conquista da Eurocopa, ocorrida dez anos antes em Lisboa. Sim, em 2004 os gregos venceram a competição europeia, adotando a indigesta mistura de disciplinada retranca com uma enxurrada de bolas aéreas na área adversária. Na partida decisiva do torneio, vitória de um a zero sobre os donos da casa, gol de cabeça de Charisteas. Um toucinho do céu ao primeiro que acertar o nome de quem treinava a seleção de Portugal.
Embora a crítica do leitor se justificasse, o eurotítulo não poderia virar referência. Seria mais ou menos como começar o Brasileiro de 2020 preocupado com a performance do Coritiba, campeão em 1985. Além do que, em 2004 o futebol decidiu botar as manguinhas de fora. O Porto levantou a Champions League, o Once Caldas conquistou a Libertadores, o Zaragoza levou a Copa del Rey, o Werder Bremen beliscou o alemão, o São Caetano ficou com o paulista e o Santo André, bem, deixemos o Santo André para outra ocasião.
Pois agora o futebol grego se assanha novamente e põe em campo sua improvável pujança, provocando a terceira baixa entre os campeões rubro-negros de 2019. Raçudo, folgado, dono de profunda consciência tática e boa técnica – não foram poucos os lances de perigo criados pelo Flamengo nos estilosos cruzamentos em que ele parecia dar uma tacada seca na bola –, Rafinha parte para o Olympiacos e nos obriga a refletir.
Minha mudança do Rio para São Paulo aconteceu em 2005, ano em que a rapaziada do Morumbi passou o rodo, ganhando o paulista, a Libertadores e o Mundial. Titular absoluto de uma zaga que abusava da segurança, Lugano se transformou em um dos ídolos da história do clube. Entretanto, em 2006 ele jogou a idolatria pro alto e se transferiu para o Fenerbahçe. Apesar de não ter nada com isso, eu não me conformava. Se fosse o Manchester United, o Real Madrid, o Bayern de Munique ou outro poderoso de uma liga idem, ok, nosso castigado dinheirinho não tinha como encarar essa ricalhada. Mas perder um ídolo incontestável – experimente falar mal do Lugano na frente de um torcedor do São Paulo, para ver o tamanho do barulho que você compra – para um time da Turquia? Por mais que se ressaltasse a paixão turca pela bola ou a formidável rivalidade com o Galatasaray, havia algo fora da ordem. Detalhe: na ocasião o euro valia cerca de R$ 2,70, menos da metade do que vale hoje. O São Paulo abrir mão de Lugano, por não conseguir cobrir a proposta de uma liga que deveria ser a sétima ou oitava do cenário europeu, era uma prova assustadora da indigência arrecadatória do futebol brasileiro.
Corta. Passagem de tempo, mudança de personagens, outra locação. De 2006 para 2020, de Lugano para Rafinha, do futebol turco para o bem menos qualificado futebol grego.
A maior contribuição da Grécia ao universo boleiro deu-se em 1982, quando foi lançado Monty Python Ao Vivo no Hollywood Bowl e um dos quadros apresentava a seleção dos filósofos gregos derrotando a dos filósofos alemães. Com algo em torno de 11 milhões de habitantes, a Grécia tem hoje uma população três vezes menor do que a torcida do Flamengo. De acordo com o site chancedegol.com.br, no final de 2018 o Olympiacos contabilizava 3 milhões de torcedores; o Flamengo, 34 milhões. Já o site transfermarkt.com.br informa que o Olympiacos mantém 42 jogadores em seu elenco, dos quais somente um com valor de mercado superior a 10 milhões de euros. Com 28 jogadores no elenco profissional, o Flamengo tem quatro deles avaliados acima disso.
Ao jogar esses números no liquidificador, o resultado que se obtém é uma pergunta: como é que o Olympiacos oferece a Rafinha bem mais do que o dobro de seu salário rubro-negro? No Flamengo, os ganhos do lateral giravam em torno de 750 mil reais por mês, equivalentes a 125 mil euros. No Olympiacos, parece que o salário mensal ultrapassará 300 mil euros. Repito o argumento do caso Lugano: se fosse o Manchester United, o Real Madrid, o Bayern de Munique, mas o Olympiacos? Futebol grego? Mesmo a incalculável fortuna do dono do clube, o influente e polêmico Evangelos Marinakis, não parece suficiente para explicar. Milionários não costumam ser perdulários.
Se não há como o futebol brasileiro possa agir para neutralizar o desequilíbrio monetário, é para ontem seu amadurecimento e sua reinvenção. Exigência quanto a gestões responsáveis nos clubes – que diabo é isso que o Atlético Mineiro anda fazendo? –, modernização do sistema federativo, calendário bem elaborado, estaduais repensados, gramados decentes, treinadores atualizados, arbitragens profissionais e qualificadas, menos interferência e lentidão do VAR (basta observar como os ingleses lidam com a engenhoca). Tudo isso desaguaria em competições cada vez mais atraentes, capazes de amplificar o interesse de torcedores, patrocinadores, emissoras de tevê e mercado de streaming, gerar o bom e indispensável dindim para a manutenção dos craques, proporcionar um número crescente de jogos memoráveis. A tão ambicionada máquina que se autoalimentaria e jamais pararia de girar.
O contrário de tudo isso é a consolidação do futebol brasileiro em um plano secundário, o que faz com que a gente se borre de medo que venha cá o Benfica – clube de outro país que tem menos de 11 milhões de habitantes e cuja liga também briga para ser a sétima ou oitava da Europa – e faça a limpa. Lembremos: ano passado o Benfica vendeu João Félix por 126 milhões de euros. Quantia suficiente para aterrissar na Gávea com uma oferta hostil no valor integral das multas rescisórias e levar três ou quatro dos nossos de uma só vez. Vai ser assim para sempre?
O Flamengo está se aprumando, já conseguiu o que, confesso, eu havia perdido as esperanças de ver, mas a saída de um dos titulares do time devido a uma proposta do futebol grego mostra que, para além do complexo de vira-latas, é preciso encarar a realidade, entender que futebol não se joga sozinho e admitir que ainda há muita estrada a percorrer.
Boa sorte, Rafinha. Bem-vindo, Isla. E Domènec, por favor, tenha juízo.
PS: Não deixe de clicar aqui, para conferir a mais filosófica de todas as partidas da história do futebol.
Muito boa a reflexão, mas não tem jeito a diferença de propostas, o aspecto financeiro penso pesar bastante na decisão aliado a problemas pessoais em família e pensando também em sua aposentadoria .
Brilhante como sempre amigo, Jorginho.
Receba um forte abraço
Fala, Eliezer.
Sim, sem dúvida. Não questiono a decisão do profissional. Se eu fosse ele, teria decidido com a mesma rapidez e segurança – mesmo sendo o futebol grego.
O que o nosso futebol precisa é se organizar para criar as condições que permitam manter aqui nossos jogadores mais importantes. Não vai ser fácil e não vai ser rápido, mas se não conseguirmos isso, viveremos sempre o círculo de formar e vender, ou então, trazer, servir de vitrine e assistir à saída sem ter o que fazer.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
PS essencial a todos os que estiverem lendo essa resposta: Eliezer, meu amigo de infância, foi um dos maiores craques que eu vi no futebol soçaite. Está merecidamente citado no post que publiquei aqui em 11 de abril de 2020, com o título “Histórico de atleta é isso aí”.
Tenho uma profunda desconfiança que, sem Rafinha, não passaríamos do Emelec. Ou alguém mais ia cavar aquele penal safado que ele arrumou – e depois ainda converter na disputa, com aquela tenacidade? Élan, seu nome é Marcio Rafael. E ainda esbanja no partido alto!
Grande Dunlop!
Aquele pênalti foi maroto toda vida, foi não? Mas é como disse um amigo aqui de São Paulo, corintiano roxo, numa discussão na hora do almoço sobre um suposto pênalti a favor do Corinthians, que não tinha sido marcado na noite anterior: “Meu, não tem conversa: se o jogo é no Pacaembu e o atacante corintiano cai na área, tem que dar pênalti!”
Tenho cá minhas dúvidas quanto ao partido alto. O cara pode até esbanjar no banjo, mas na rima ele falha na marcação.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Texto muito legal, Murtinho! Parabéns !
Valeu pela força, Henrique.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Prezado Murtinho,
Penso que no caso do Rafinha surgiu uma oportunidade imperdível.
Desde sua chegada ao Flamengo ele sempre falava em jogar sua última temporada pelo Coritiba. Dava a entender, pelo menos para mim, que ele cumpriria o contrato com o Flamengo – dois anos, acho – e encerraria a carreira em Curitiba. Mas surgiu a Grécia, contrato de dois anos, salário excelente, para um jogador com 35 anos não teria como recusar. É a minha visão do negócio.
Quanto ao nosso futebol, falta “apenas” os clubes se organizarem individualmente e entre si. Temos times, torcida, estádios. Ainda somos celeiro, se não de craques em abundância como antes, continuamos a formar bastante jogadores de bons para ótimos, e também craques, poucos, mas continuam surgindo.
Além do Flamengo, que se organizou como acredito que nenhum rubro-negro tenha imaginado, outros clubes também estão se profissionalizando, como Ceará, Fortaleza, Bahia, Atlético Paranaense, este último creio que o primeiro de todos.
Quem sabe no futuro eles finalmente criem a própria Liga, livrem-se de CBF e federações estaduais, pratiquem um calendário racional, mantenham seus campos de jogo em condições de jogo, seus estádios, e entornos, oferecendo conforto, transporte e segurança ao público, programem os jogos em horários decentes, façam vantajosos – para os clubes – contratos de televisionamento, de venda de direitos, aproveitando o melhor e mais rentável de cada mídia que a tecnologia hoje disponibiliza.
Se fizerem isso, certamente será possível arrecadar verba suficiente para não ter que se desfazer de nossos meninos bons de bola, trazer estrangeiros de renome em idade ativa, montar times competitivos, jogando bonito. Enfim, sonhar não custa nada.
Triste é ver que tivemos essa união em 87. Os clubes, unidos, promoveram um dos melhores campeonatos de nossa história. Mas a união não prosperou, e voltamos à triste rotina.
Lembremo-nos que o Clube dos 13 foi criado 5 anos antes da Premier League. Se tivesse vingado, imagine onde estaríamos hoje!
Quanto ao Atlético, também vejo muita loucura no que estão fazendo. Uma pena. Parece o Palmeiras da Parmalat, o Flamengo, o Corinthians e o Grêmio da ISL; o Fluminense da Unimed e acredito que haja outros casos semelhantes. Todos, depois da glória efêmera, deram-se muito mal. Aliás, o Cruzeiro está sofrendo as trágicas consequências de quem deu o passo maior do que a perna. Ainda bem que saímos ileso!
SRN
Pra cima deles, Flamengo!
Embora dirigido ao Murtinho, vou meter o meu pitaco neste comentário.
Os motivos são vários.
Pela seriedade, pela sensatez, pela inteligência.
A lembrança feita ao Clube dos 13 é mais do que justa e nos deixa entristecidos.
O futebol brasileiro atravessava uma fase ruim.
Tão ruim que a CBF, em assim dizendo, não tinha mais cacife para bancar o Brasileirão.
A idéia prosperou, só pelo ano de 1987, quase não se sabe como.
A inveja, a prepotência impediu que continuasse.
Como consequência, continuamos no mesmo patamar de antes, com os brucutus de plantão dominando a safardanagem.
Desculpando-me pela intromissão, parabenizo o Amadeo.
Carlos Moraes, por favor, não se desculpe. Que intromissão, que nada. Fico é envaidecido pelo seu aparte e verdadeiramente emocionado, emocionado mesmo, pelo elogio do grão-mestre dos comentaristas.
Receber tamanho carinho de um rubro-negro dos quatro costados, é de deixar lágrimas nos olhos.
Com certeza meu pai, quem me ensinou a ser Flamengo, quem me ensinou a escrever, está lá em cima orgulhoso!
SRN
Pra cima deles, Flamengo!
Fala, Fernando.
Excelente comentário. Alguns pontos eu já abordei em outras respostas aqui, mas vamos lá.
1) Absolutamente, eu não questionei a decisão do Rafinha. Se eu fosse ele, também não teria pensado duas vezes. O que discuto é que a maneira como nosso futebol é (des)organizado permite que até mesmo clubes de ligas menores da Europa venham aqui e façam propostas irrecusáveis aos nossos jogadores. Aí é que está a questão.
2) É bastante curioso que a reorganização do futebol brasileiro esteja acontecendo com mais força entre os clubes menores. O consultor César Grafietti, especialista em análises das finanças dos clubes brasileiros, garante que há oito deles no bom caminho: Flamengo, Grêmio, Palmeiras, Athletico Paranaense, Bahia, Goiás, Ceará e Fortaleza. Dos nossos doze historicamente grandes, apenas três – e reforço as restrições que faço ao Palmeiras, devido à questão do mecenato. No dia em que Leila Pereira fizer beicinho e partir, como é que fica?
3) Por favor, dá uma olhada na resposta que dei ao comentário do Maxwel, em que cito uma entrevista do Juvenal Juvêncio (presidente do São Paulo) à ESPN. É fundamental que cheguem à direção dos nossos clubes caras com a capacidade gerencial da atual diretoria do Flamengo (alinhamentos políticos à parte, ok?) e mentalidade semelhante à de Guilherme Bellintani, atual presidente do Bahia. Se continuarmos com dirigentes que tenham como modelo a visão individualista de Eurico Miranda, permaneceremos na roça. Aliás, em parte foi isso o que matou prematuramente a liga ensaiada em 1987 pelo Clube dos 13.
4) Acaba de começar Flamengo x Botafogo. Bora lá.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Um esclarecimento, talvez desnecessário.
A UEFA, extremamente organizda, já tem elaborado o calendário da CHampions 2020/2021, que já até começou, com a primeira série dos jogos eliminatórios.
No que interessa, já estão designados os ^cabeças de grupo^.
Os oito times em questão são o campeão da Espanha IReal Madrid), o da Inglaterra (Liverpool), o da Alemanha (Bayern), o da Itália (Juventus), o da França (PSG) e o da Rússia (Zenit), além dos campeões da Champions e da Europe League deste ano (Internzaionale ou Sevilla).
Como os finalistas da Champions já estavam classificados, veio a entrar o campeão do sétimo campeonato em importância, o de Portugal, que foi o Porto.
Verifica-se, em assim sendo, que ninguém imagina o menor poderio, técnico ou financeiro, para o Olimpiakos, campeão da Grécia.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Parabéns, Murtinho!
Você foi no ponto central: como manter um time de qualidade – no país 5 vezes campeão do mundo – com essas porras de Federações e CBF dando as cartas (int). Tem jeito não, companheiro!
Menos mal que a diretoria agiu rápido e trouxe um lateral (apesar de achar o João Lucas fraco, ele é na média do futebol brasileiro, ou seja, uma merda…).
SRN
Fala, Ricardo.
E a gente se pergunta o que precisa acontecer para as coisas mudarem. O sete a um não deveria ter sido suficiente? A sensação é que, de lá pra cá, o que mudou pra valer no futebol brasileiro foi o Flamengo. Talvez o Grêmio, o Palmeiras (com restrições) e outros poucos clubes que têm sido elogiados pela gestão, mas com peso menor em nosso cenário boleiro (Athletico Paranaense, Bahia, Goiás, Ceará e Fortaleza).
Isla tem um bom currículo, agora é torcer pro cara entrar logo e acertar rápido. Acho que o Flamengo deu mole, no início da temporada, em não tentar a contratação do Victor Ferraz ou do Orejuela – ambos foram parar no Grêmio. Acho os dois melhores que o Guga. Seriam bons reservas para o Rafinha e permitiriam mais tranquilidade na reposição do elenco.
Obrigado pela força. Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Murtinho,dentre tantas coisas gregas,só faltou citar o beijo KKKKKK.Brincadeiras a parte,já desisti da tal união de todos pro bem do futebol brasileiro.Se nem nós,a turma bem-vestida,consegue essa coesão,imagine quando precisarmos,nem que seja de uma trégua entre os demais amantes do futebol para estas tais melhorias.E sendo assim,segue o nosso pobre futebol enriquecendo de talento outros campeonatos mundo afora.SRN
Hahahahahaha!
Boa, Maxwel. Mas, rapaz, a Piauí era uma revista de família, e nosso humilde bloguinho também. Deixemos certas coisas entre quatro paredes.
Você está certíssimo. Uma vez eu vi uma entrevista do Juvenal Juvêncio, presidente do São Paulo, em que ele dizia mais ou menos isso a respeito da tese de limite salarial. Ele defendia a união dos clubes em torno da ideia, mas tinha certeza de que, na primeira oportunidade, o Palmeiras ia ferrar o São Paulo, que ia ferrar o Corinthians, que ia ferrar o Palmeiras. Aliás, o comportamento institucional do São Paulo na história da bendita Taça das Bolinhas é um ótimo exemplo.
O que nos resta é revelar e vender talentos, contratar e, um ano depois de servir de vitrine, perder bons jogadores.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Timeo Danaos et dona ferentes. Vai com Deus!
… e lá vem o cavalinho !
Fala, Arthur.
Temer e desconfiar, sempre.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Murtinho sobre o Rafinha não tinha multa então dificilmente o Flamengo poderia fazer uma contra-proposta , como vc disse o cara já ganha 750 pilas, vai ganhar três vezes mais com 34 anos, não tem como segurar.
Agora que o nosso futebol brasileiro é muito mal aproveitado com toda certeza e pelo jeito vai demorar muito ainda no mínimo uns 5 anos isso se a política, os times , as federações , os cartolas , a imprensa e a CBF se unirem em prol do futebol brasileiro, mas como sabemos vai ser difícil acontecer essa simetria de pensamentos .
Por essas e outras que ainda vamos perder muitos jogadores pra essas ligas ditas fracas mas com organização muito melhor que a nossa.
O Flamengo de uns 6 anos pra cá está servindo de modelo, pena que essa imprensa não consegue fazer o trabalho que ela deveria que é mostrar o caminho.
Como é ótimo ser flamenguista e saber que temos uma nação que ama o Flamengo assim como o Murtinho e eu.
Fala, Alê. Tudo certo?
Sim, a existência da multa dificulta, embora ela tenha se transformado, quase sempre, em história pra boi dormir. A multa rescisória do Everton Cebolinha, recentemente vendido pelo Grêmio ao Benfica, era de 120 milhões de euros. Saiu por 22. De qualquer forma, creio não ser esse o eixo do texto.
No caso do Rafinha, ok, embora não invalide o argumento: continuamos sem ter como competir com ligas de quinta categoria – como bem classificou nosso amigo Carlos Moraes.
E o que dizer do temor que sentimos quando começou a boataria de que o Benfica viria aqui fazer a limpa? Por motivos óbvios, temos muito mais identificação com o futebol português do que com o grego, mas Portugal é um país pequeno, com uma economia pequena, não dá pra entender. Além da nossa organização pra lá de atrasada e dos abundantes interesses escusos da maioria dos nossos dirigentes e de todas as nossas federações, não há razão para um clube português ser mais forte financeiramente do que um grande clube brasileiro. Nem o euro.
Discordo de você quanto à imprensa. Ano passado, vi a reestruturação do Flamengo ser exaltada pela imprensa séria. (Falo da imprensa séria, e não de caçadores de cliques ou espalhadores de sensacionalismos.) Esse ano é que o bicho pegou, sobretudo por algumas questionáveis ações políticas da nossa diretoria. Mas no que se refere à gestão em si, o clube tem sido elogiado e constantemente citado como exemplo.
O Flamengo precisa continuar no rumo certo. No entanto, rivalidades à parte e mesmo com o que representa de delicioso o rebaixamento alheio, os outros também precisam mudar. Não dá para querer crescer e encarar a força do futebol globalizado imaginando um campeonato disputado pelo Flamengo A contra o Flamengo B.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Alessandro,
novidades, indago.
Tô na expectativa.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Nasceu , uma menina flamenguista cheia de vida e muita força, Elisa . Carlos Moraes ainda bem que ela não entende nada, pois o nosso Flamengo está fora dos trilhos, espero que volte logo no caminho das vitórias, a nação agradece e em especial a Elisa, rsrsrs.
Como é ótimo ser flamenguista e saber que temos uma nação que ama e segue religiosamente o Flamengo assim como o Moraes, eu e a Elisa.
Grande!
Parabéns ao pai e à mãe, vida longa e sempre saudável pra Elisa.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida e cuida bem da família.
Um PS atrasado.
Murtinho, parabéns.
2004 é ano para todo e qualquer rubro-negro procurar outro santo de devoção.
Santo André, NUNCA !
Pois é. Você tem toda razão.
Quando escrevi pra gente deixar o Santo André para outra ocasião, na verdade quis dizer para deixarmos o Santo André pra nunca mais.
Abração.
Verdade verdadeira.
Rigorosamente incompreensível que os gregos tenham levado o Rafinha, até porque gol igual ao do Sócrates (o velho) ele nunca marcou e jamais marcará.
Ingleses, alemães, espanhois, italianos e franceses ostentam as cinco principais colocações do mundo europeu de futebol, vindo a seguir russos e portugueses.
Os turcos do Lugano talvez fiquem em oitavo, mas, depois que Platão, o goleiro, Aristóteles e Sócrates se aposentaram, os gregos talvez nem em nono estejam colocados.
E as juras de amor eterno do Rafinha, foram parar aonde.
Em suma, para quem pretende ser o maior do mundo, um senhor vexame.
Envergonhadas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu amigo Carlos Moraes,
Não sei se podemos considerar vexame – a palavra tem sido meio que banalizada no futebol –, mas no mínimo serve pra gente encarar a verdadeira verdade.
Deixa eu te perguntar uma coisa: nessa hierarquia aí do futebol europeu, em que posição você coloca os holandeses? Acho que eles entram na briga com portugueses e russos, não?
Acho que você foi injusto ao comparar Rafinha com o velho Sócrates. Se o parâmetro for o banjo, o lateral-direito leva de barbada.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
texto foda !
falando somente de futebol,como deve ser sempre por essas bandas.
e por falar em futebol,alguém tem alguma coisa pra falar do neymar ???
SRN !
Eu tenho. Há muito tempo o maior jogador brasileiro. E já há alguns anos está entre os três maiores, os óbvios Messi e Cristiano Ronaldo. Essas coisas que só acontecem aqui nesse país que degringolaram: o ódio gratuito ao Neymar.
concordo xisto
SRN !
Grande Xisto!
D’accord.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Fala, Chacal. Obrigado pela força.
Não sei se estou esquecendo alguém, mas acho Neymar o maior jogador de futebol surgido no Brasil desde Ronaldinho Gaúcho.
Fez lá suas bobagens, claro, aquelas exageradas rolagens pelo gramado – apesar de apanhar muito – deram uma boa queimada na imagem dele, mas é um cracaço. Dentro da ideia de que Garrincha ganhou a Copa de 62 sozinho, Maradona a de 86 e Romário a de 94 (a ideia é discutível, embora defensável por um certo ponto), podemos dizer que Neymar ganhou sozinho a Libertadores de 2011. Era titular absoluto no time do Barça campeão da Champions League de 2014/2015, e tem um currículo recheado de conquistas. Dois campeonatos espanhóis, três Copas del Rey, três campeonatos paulistas consecutivos, Copa do Brasil e, com o luxuosíssimo auxílio do espetacular Mbappé, periga beliscar outra Champions logo mais. Vou torcer.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.