Sou careca e sou flamengo, não necessariamente nessa ordem. Ser careca tem suas vantagens. É quase uma sociedade secreta. A gente se cumprimenta na rua com um código que vocês, cabeludos, nem desconfiam.
Ser flamengo também tem suas vantagens, seus dramas, seus códigos. Foi o que aprendi em novembro, no Uruguai.
Todo rubro-negro que foi para Montevidéu viveu uma saga. A definição do trajeto, a ansiedade na compra do ingresso, a comemoração com o PCR Negativo. Tudo que antecedeu o embarque já fez parte da viagem.
No meu caso, com os amigos com tudo fechado para enfrentar um ônibus de Porto Alegre até a capital uruguaia, jamais me ocorreu fazer outro trajeto que não fosse chegar em terras gaúchas para encontrá-los. Porém, como deixei para comprar a passagem depois de ter certeza que iria, ou seja, depois de garantir o ingresso, só me restavam duas alternativas: vender um combalido rim ou encarar um voo pinga-pinga de ida e volta, comprado de forma separada, por um preço caro, porém pagável. Meio rim, diria.
Na quarta-feira de tarde, 24 de novembro, embarquei para o início da jornada. Rio–Campinas, e depois Campinas–Maringá, onde dormiria num hotel ao lado do aeroporto para, de manhã, seguir viagem.
Subestimei totalmente a Magnética, imaginando que seria o único bem vestido a realizar o inusitado trajeto. Já no embarque, me deparei com um jovem de cabelo descolorido, atabalhoado com a documentação e outras duas meninas, visivelmente nervosas, que se sentaram perto de mim. Difícil saber se a tosse que acometeu minha vizinha de assento era do nervoso de estar a caminho do Uruguai ou a bordo de um avião de hélices, sem turbinas. Na dúvida, todos ajeitamos a máscara.
Meu plano era à prova de falhas. Dormir no hotel ao lado do aeroporto, descansar, acordar bem cedo, quem sabe dar uma corridinha na esteira antes do café e partir. Porém, ao fazer o check-in no hotel, encontro as meninas, que tinham reservado um quarto para elas, e o platinado atabalhoado, que tinha feito reserva num hostel a dez quilômetros de distância e, agora, estava começando a desconfiar que achar táxi em Maringá, a tempo de pegar o voo antes das sete, talvez fosse missão complicada.
Papo vai papo vem, decidi salvar a pele do jovem mancebo e deixei a fera ficar no meu quarto, mesmo sabendo que era uma cama de casal. Sem qualquer grau de machismo ou homofobia, não eram os meus planos iniciais, mas achei que seria uma boa história começar estendendo a mão para um irmão flamengo em apuros. E o salvei duplamente: quando ele ligou para cancelar o hostel, foi informado que não tinha vaga – a reserva dele havia sido um erro de sistema.
JM poderia ter me agradecido de diversas formas, mas escolheu a que melhor convinha a um garoto de seus 20 poucos anos, mas que cobra um preço caro para quem passou dos 40. Não me deixou dormir para virarmos a noite bebendo e falando de Flamengo. Fizemos amizade com todo o estafe do hotel e carrego no coração especialmente o carinho da Néia, garçonete rubro-negra fervorosa, cujos olhos brilhavam a cada história do Maracanã. Tiramos fotos, JM deu para ela uma bandeira que ele não usava muito e até hoje mantenho contato com ela por zap. Hei de cumprir a promessa de levá-la ao Maracanã.
Trôpegos, fomos tomar o café e fazer checaute antes de partir claramente atrasados. Chegamos no balcão do aeroporto e meu porre passou na hora quando a atendente falou: – O senhor não fez check-in e o voo fechou, não tem como o senhor embarcar.
Pense num pânico. Agora triplique. É muito maior do que você pensou. Depois da cabeça pensar “fudeufudeufudeufudeufudeu”, revisei meu check-in, comecei a argumentar, dizer que tinha que haver um jeito, eu não tinha bagagem para despachar, o avião estava ali e ainda tinha passageiro para entrar… A atendente, irredutível, conferiu e mesmo no voo do dia seguinte não haveria vaga.
Eu tinha utilizado, pela primeira vez, o aplicativo da companhia aérea, querendo dar uma de moderninho. Para nunca mais; sem papel eu não voo. E por que cacetes eu fui me meter a ajudar aquele moleque cacatua dos infernos, era para ter chegado cedo e bem disposto, mas agora eu estava ali, tentando invadir a pista de decolagem, contido pela polícia federal.
Dentro do avião, o pelotão RJ da Fla-Maringá segurou o voo aguardando o embarque de seu último soldado. Nessa hora, Nosso Senhor Jesus Zico iluminou a atendente que disse: – Senhor, só tem uma possibilidade… Se alguém fez o check-in e não apareceu. Aí eu consigo substituir.
Dito e feito. Por obra e graça de alguém que perdeu o voo, pude embarcar, depois de já estar fazendo as contas de quanto sairia um Uber de Maringá a Porto Alegre (14 horas). Mas até agora desconfio que a atendente era palmeirense e o passageiro que “não apareceu” era eu mesmo.
Entrei no avião, comoção dos meus pares. Parecia gol do Michael. Só parei de tremer quando apaguei. Depois do sono revigorante e da ressaca sem dó, era hora de encarar, direto, o busão pra Montevidéu. Menos de 600km, em condições normais, acredito que demoraria umas 12h. Com alfândega cheia, nossa estimativa eram 14h de bumba, regados a cerveja (para rebater), amendoim, polvilho e balinha 7Belo.
Dormi lindamente logo depois que o coletivo zarpou e devo ter roncado igual a um dinossauro. Pausa para comer, dorme de novo, chegamos à alfândega já de noite. Desce todo mundo do bumba, revista geral, todas as malas e mochilas. Igual cena de filme, todo mundo entrega os passaportes e demais documentos para o motorista, que bota numa sacola das Sendas e parte na escuridão. O famoso “reza e confia”.
Foram três horinhas nessa agonia. Voltaram os documentos e seguimos viagem, até o ônibus quebrar e parar na estrada, no lado uruguaio e no meio da madruga, num breu danado.
Essa parte me contaram, pois eu dormia o sono dos justos, emendei o sono atrasado com a parcela atual. Fato é que tinha um McGyver tupiniquim entre os passageiros, que conseguiu fazer uma gambiarra com um elástico e isqueiro nos freios para seguirmos. Segurança em primeiro lugar, claro.
Chegamos finalmente, sexta-feira, por volta de meio-dia, 22 horas de viagem. Fomos para a casa que alugamos, fizemos compras e, além da ficha começar a cair, algo começou a me preocupar. Uma hemorroida, sim amigos, uma singela hemorroida que vinha me acompanhando havia pouco dias, começou a sair do controle, não voltava para dentro e começou a doer. Era o que me faltava. Mas ainda assim, fomos para a guerra, desbravar a capital uruguaia, conhecer o Mercado Municipal e interagir com a torcida que pintava as ruas de rubro-negro.
A minha versão embriagada achou que seria razoável mostrar uma selfie de baixo para cima para os amigos, que bravamente seguravam a ânsia. Dois deles reagiram de maneira icônica: o Vergueiro, advogado experiente, fitou a foto atônito e se benzeu; e o Tijolo, curiosamente um proctologista, cravou o diagnóstico: – Cara… É uma hemorroida trombosada.
Não vou entrar em detalhes anatômicos porque pode ter alguém comendo, mas a dor, no dia seguinte, dia do jogo, da grande final, era lancinante. Foi a pior forma de descobrir que a gente contrai o esfíncter, involuntariamente, para quase tudo. Subir e descer escada, pular, espirrar, tossir. Tudo isso passou a ser um drama. Imagina torcer! Mesmo o churrasco pré-jogo e a altíssima qualidade da carne adquirida na Carniceria La Tropa não era capaz de me arrancar um sorriso.
A marcha ao estádio, de cerca de 20 quadras, era um misto de sentimentos. De medo daquele meu novo rabinho estourar, de emoção por estar ali, de dor a cada passada com a perna direita, e era tudo junto. Não bastasse o sofrimento para chegar até ali, havia mais essa provação.
Assisti ao segundo tempo sozinho, de longe da arquibancada, perto de uma das saídas. Era o local mais seguro para evitar movimentos bruscos. No gol do Gabi, me isolei e chorei. Motivo não faltava. Depois do apito final, marchei sozinho de volta para casa, deitei em posição fetal e ali fiquei.
Meus amigos saíram para comer e afogar as mágoas. Eu não tinha condições físicas ou espirituais. Onde estava, ali fiquei, até ser acordado, no meio da madrugada com barulhos estranhos da vizinhança.
Iniciamos a volta domingo. Eu, minha dolorosa e meus amigos. O ônibus não teve qualquer problema, paramos novamente em Jaguarão para comer a melhor milanesa dos pampas (obrigado, hotel Sinuelo).
Fui para um hotel perto do aeroporto de Porto Alegre para um banho, renovar a demão de pomada onde o sol não bate e iniciar a volta, que seria mais tranquila. Bem mais tranquila – Porto Alegre a Brasília, conexão de 30 minutos e, enfim, Santos Dumont.
Mesmo com a companhia aérea atrasando o primeiro voo, me fazendo perder a conexão e ter me oferecido um belo chá de cadeira (acreditem, sentar não está sendo fácil), cheguei a casa com uma certeza:
O meu pé atrás com a possível reencarnação de Jesus é o fato dele não ser muito chegado ao aproveitamento da garotada da base, exato no momento em que a necessidade de renovação do elenco é imperativa.
Quando vejo o zagueiro do Santos, de apenas 17 anos, ser eleito uma das revelações do Brão e as nossas crias serem pouco aproveitadas, meu olhar crítico, julgador e condenador mira o tal do Mauricinho.
Joza Novalis, um dos maiores conhecedores de futebol do país, aponta Noga como “grande zagueiro”, Cleiton é outro enaltecido, Otávio também. Mas vamos de Gustavo Henrique e Léo Pereira, que já se provaram perebas com louvor.
Enquanto não colocarem um dirigente profissional no futebol, QUE CONHEÇA A PORRA DO ASSUNTO, e não um vereador dividido entre 2 trabalhos, sem fazer bem nenhum deles, a coisa não anda.
O cenário político do país projetando as eleições presidenciais de 2022 mostra que não vamos escapar de Lula, o ladrão, ou de Boçalnaro, o genocida. Isso mostra claramente o nível intelectual/cultural/educacional de um povo que nunca se esforçou pra sair dessa situação de mendicância existencial, se colocando como vítima e como vítima se eternizando.
A situação do Flamengo não é muito diferente, que reelege, com larga margem de votos de míseros 1.800 sócios em nome de mais de 42 milhões de torcedores, uma diretoria comprovadamente incompetente, especialmente no futebol, onde o único que se salva, Rodrigo Tostes, é exatamente o responsável pela reestruturação financeira do clube e é apartidário, não faz parte de nenhuma corrente política para quem tenha que dar satisfação.
Não há nada mais asqueroso do que política na história da humanidade. Não existe política sem corrupção, seja lá em que nível ou modus operandi for.
Me cansei só de ler o comentário, tive até medo de ter uma exacerbação de meu DPOC. Mas fica a constatação que na minha idade viajar sem sair do lugar, mais especificamente, na cadeira do computador, ainda é um dos grandes prazeres da vida. Viajar ou ansiedades, como essas que o Flamengo está me impondo ultimamente. Ainda noutro dia estavam perguntando aqui, o que fazer para ultrapassar esses surtos, respondo ainda que tardiamente, mete um Rivotril, cara, goela abaixo, de preferência, se beber, é claro, com um Teacher envelhecido em 12 minutos, esse mesmos de ressacas inesquecíveis. Pois, de um polo a outro, ontem tive a ousadia de assistir Flamengo e Santos, não é que, inexplicavelmente, caiu na minha mente a imagem de uma fechadura, manjam aquelas fechaduras antigas que estão quase extintas , aquelas mesmas com design perfeito, um triângulo com uma bola no vértice superior, lembrando a sombra de uma boneca, ou uma freira, conforme o espírito da ocasião. Pois me lembrei de fechaduras, e me deu uma saudade incrível, o que esses meus olhos quando criança já viram pelos buracos das generosas fechaduras de então… Todas as coxudas primas foram devidamente visitadas nuinhas enquanto tomavam banho. Deslumbrantes primas de então, umas ainda deixavam a calcinha pendurada na maçanete, até hoje não sei de pra me toldar a visão ou pra aumentar meu tesão. E enlevado com o cheirinho viajei empolgado para plagas lunares, escorregando de joelhos nas cascas de bananas devidamente descascadas. Aprofundei minha doentia mente, porra, por que lembrar de fechaduras num jogo horrendo ( mais um) do Flamengo? Acabei deslindando esse profundo arcano mental. Tem a ver, pasmem os senhores ouvintes, com o Jorge Jesus. Dizem que o cara chegou aqui com sua trupe e não deixou ninguém penetrar nos seus treinamentos, o que já depõe contra ele, porque o verdadeiro sábio tem prazer em propagar sue conhecimentos, não conhece esse egoísmo tosco de guardar o que sabe só para si. Aí vem a resposta da tal fechadura antiga, será que a incompetência dos auxiliares, por exemplo, esse tal de Maurício de Souza, que não sabe nada de nada, não passa de um Renight revisitado, aliás, com as mesmas palavras, esse Renight repetido de cabo a rabo, não teve nem a competência (ou onipotência?) de olhar pelo buraco da fechadura o que o míster estava fazendo? A bem da verdade, não só ele, onde estavam os outros caras do futebol que não se dignaram a dor uma olhada à sorrelfa para o trabalho cotidiano do míster? É, olhar pelo buraco da fechadura requer competência…
Hahahaha! Vou provar esse teacher com rivotril, estou precisando! Nos buracos de fechadura atuais, eu só vejo o vazio do fracasso. Nada se salva atrás da fechadura; nada de primas gostosas, é tudo uma só grande massa amorfa de merda. Todas as noites sonho que estou espancando algum filho da puta; só essa noite foram quatro filhos da puta espancados em um boteco sombrio. Mas a pancadaria não dá alívio, na verdade só aumenta a raiva. É como esse Flamengo atual e essa gente que está no poder (no Flamengo e no país), só alimenta a raiva. Aí sempre acontece de pensar seriamente em esquecer toda essa merda de futebol, abandonar essa sina irracional de longos sofrimentos e alegrias raras. Mas não tem jeito, o amor sempre vence, mesmo que seja movido a raiva.
Que puta chaga !
Ainda bem que Montevideu é uma bela cidade.
Pelo menos isso valeu a pena.
2022 seerá em Guayaquil ?
Não conheço.
Quem sabe?
Viva meu xará Darwin !
Galápagas SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – com 84, ano que vem, creio que fica um tanto ou quanto difícil. Pelo menos uma coisa é certa. Encarar a aventura do Careca, de modo algum.
Meu caro ladrilheiro, louvo as suas aventuras; esse texto longo e cheio de aventuras daria um belo filme. Ademais, nosso time não estava confiável ao ponto de nós torcedores cravar a famosa frase “foi traumático, mas valeu apena”. Não, ao contrário, caso me oferecessem essa oportunidade de viajar a “la ventura”, certamente eu não iria devido ao meu pessimismo realista. Mas, o que eu deixo de lição pra vocês aventureiros é: nunca desistam de seus objetivos. Certeza que nosso Flamengo não passará mais por esse vexame. Acredito que essa derrota doída nos deixou uma clara lição: Egoismo desse time leva a uma grande decepção.
Como flamenguista de coração estaremos na final em 2022 e dessa vez aprenderemos a lição.
Saudações Rubro-Negras.
Já que o Flamengo tem me dado muita raiva, vou atrás da alegria na certeza de encontrar.
É um prazer compartilhar com os amigos.
https://www.youtube.com/watch?v=obINCC5n19g
O meu pé atrás com a possível reencarnação de Jesus é o fato dele não ser muito chegado ao aproveitamento da garotada da base, exato no momento em que a necessidade de renovação do elenco é imperativa.
Quando vejo o zagueiro do Santos, de apenas 17 anos, ser eleito uma das revelações do Brão e as nossas crias serem pouco aproveitadas, meu olhar crítico, julgador e condenador mira o tal do Mauricinho.
Joza Novalis, um dos maiores conhecedores de futebol do país, aponta Noga como “grande zagueiro”, Cleiton é outro enaltecido, Otávio também. Mas vamos de Gustavo Henrique e Léo Pereira, que já se provaram perebas com louvor.
Enquanto não colocarem um dirigente profissional no futebol, QUE CONHEÇA A PORRA DO ASSUNTO, e não um vereador dividido entre 2 trabalhos, sem fazer bem nenhum deles, a coisa não anda.
O cenário político do país projetando as eleições presidenciais de 2022 mostra que não vamos escapar de Lula, o ladrão, ou de Boçalnaro, o genocida. Isso mostra claramente o nível intelectual/cultural/educacional de um povo que nunca se esforçou pra sair dessa situação de mendicância existencial, se colocando como vítima e como vítima se eternizando.
A situação do Flamengo não é muito diferente, que reelege, com larga margem de votos de míseros 1.800 sócios em nome de mais de 42 milhões de torcedores, uma diretoria comprovadamente incompetente, especialmente no futebol, onde o único que se salva, Rodrigo Tostes, é exatamente o responsável pela reestruturação financeira do clube e é apartidário, não faz parte de nenhuma corrente política para quem tenha que dar satisfação.
Não há nada mais asqueroso do que política na história da humanidade. Não existe política sem corrupção, seja lá em que nível ou modus operandi for.
Me cansei só de ler o comentário, tive até medo de ter uma exacerbação de meu DPOC. Mas fica a constatação que na minha idade viajar sem sair do lugar, mais especificamente, na cadeira do computador, ainda é um dos grandes prazeres da vida. Viajar ou ansiedades, como essas que o Flamengo está me impondo ultimamente. Ainda noutro dia estavam perguntando aqui, o que fazer para ultrapassar esses surtos, respondo ainda que tardiamente, mete um Rivotril, cara, goela abaixo, de preferência, se beber, é claro, com um Teacher envelhecido em 12 minutos, esse mesmos de ressacas inesquecíveis. Pois, de um polo a outro, ontem tive a ousadia de assistir Flamengo e Santos, não é que, inexplicavelmente, caiu na minha mente a imagem de uma fechadura, manjam aquelas fechaduras antigas que estão quase extintas , aquelas mesmas com design perfeito, um triângulo com uma bola no vértice superior, lembrando a sombra de uma boneca, ou uma freira, conforme o espírito da ocasião. Pois me lembrei de fechaduras, e me deu uma saudade incrível, o que esses meus olhos quando criança já viram pelos buracos das generosas fechaduras de então… Todas as coxudas primas foram devidamente visitadas nuinhas enquanto tomavam banho. Deslumbrantes primas de então, umas ainda deixavam a calcinha pendurada na maçanete, até hoje não sei de pra me toldar a visão ou pra aumentar meu tesão. E enlevado com o cheirinho viajei empolgado para plagas lunares, escorregando de joelhos nas cascas de bananas devidamente descascadas. Aprofundei minha doentia mente, porra, por que lembrar de fechaduras num jogo horrendo ( mais um) do Flamengo? Acabei deslindando esse profundo arcano mental. Tem a ver, pasmem os senhores ouvintes, com o Jorge Jesus. Dizem que o cara chegou aqui com sua trupe e não deixou ninguém penetrar nos seus treinamentos, o que já depõe contra ele, porque o verdadeiro sábio tem prazer em propagar sue conhecimentos, não conhece esse egoísmo tosco de guardar o que sabe só para si. Aí vem a resposta da tal fechadura antiga, será que a incompetência dos auxiliares, por exemplo, esse tal de Maurício de Souza, que não sabe nada de nada, não passa de um Renight revisitado, aliás, com as mesmas palavras, esse Renight repetido de cabo a rabo, não teve nem a competência (ou onipotência?) de olhar pelo buraco da fechadura o que o míster estava fazendo? A bem da verdade, não só ele, onde estavam os outros caras do futebol que não se dignaram a dor uma olhada à sorrelfa para o trabalho cotidiano do míster? É, olhar pelo buraco da fechadura requer competência…
Hahahaha! Vou provar esse teacher com rivotril, estou precisando! Nos buracos de fechadura atuais, eu só vejo o vazio do fracasso. Nada se salva atrás da fechadura; nada de primas gostosas, é tudo uma só grande massa amorfa de merda. Todas as noites sonho que estou espancando algum filho da puta; só essa noite foram quatro filhos da puta espancados em um boteco sombrio. Mas a pancadaria não dá alívio, na verdade só aumenta a raiva. É como esse Flamengo atual e essa gente que está no poder (no Flamengo e no país), só alimenta a raiva. Aí sempre acontece de pensar seriamente em esquecer toda essa merda de futebol, abandonar essa sina irracional de longos sofrimentos e alegrias raras. Mas não tem jeito, o amor sempre vence, mesmo que seja movido a raiva.
Que puta chaga !
Ainda bem que Montevideu é uma bela cidade.
Pelo menos isso valeu a pena.
2022 seerá em Guayaquil ?
Não conheço.
Quem sabe?
Viva meu xará Darwin !
Galápagas SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – com 84, ano que vem, creio que fica um tanto ou quanto difícil. Pelo menos uma coisa é certa. Encarar a aventura do Careca, de modo algum.
Meu caro ladrilheiro, louvo as suas aventuras; esse texto longo e cheio de aventuras daria um belo filme. Ademais, nosso time não estava confiável ao ponto de nós torcedores cravar a famosa frase “foi traumático, mas valeu apena”. Não, ao contrário, caso me oferecessem essa oportunidade de viajar a “la ventura”, certamente eu não iria devido ao meu pessimismo realista. Mas, o que eu deixo de lição pra vocês aventureiros é: nunca desistam de seus objetivos. Certeza que nosso Flamengo não passará mais por esse vexame. Acredito que essa derrota doída nos deixou uma clara lição: Egoismo desse time leva a uma grande decepção.
Como flamenguista de coração estaremos na final em 2022 e dessa vez aprenderemos a lição.
Saudações Rubro-Negras.
Que saga!
Reconheço alguns dos dramas, sou natural de Maringá e ir para lá sempre rende essa tônica nas histórias, rs.
Obrigado pelo texto e pelas risadas!
SRN
E estamos prontos pra próxima!!! Guayquil eh logo ali Careca! SRN