O Café Lamas continua aberto, imortal, dessa imortalidade idêntica à da natureza que se renova cada ano pela força da primavera [Manuel Bandeira]. Com a licença do poeta, a força do Lamas está muito além da natureza. Fundado em 4 de abril de 1874, no Largo do Machado, foi de lá que saiu o “Bonde do Lamas”. Quem diria que do café que funcionava 24 horas, e reunia a boemia carioca, durante muitos anos conhecido por ser reduto de comunistas, artistas, local de encontro de jornalistas, políticos e intelectuais, tenha nascido a ideia da fundação do Clube de Regatas do Flamengo. Cansados da popularidade dos remadores de Botafogo com as MULHERES, seis jovens remadores resolveram entrar na disputa. O Flamengo é do sereno. O Flamengo é da noite. O Flamengo é do Café. O Flamengo é da CERVEJA. O Flamengo é da BOEMIA. Desde 1895. Tirem Alan Patrick, Everton, Marcelo Cirino, Paulinho e Pará da “sala”.
Nesses dias de novembro sempre revisito minha paixão pelo Flamengo…lembro da poesia de Cazuza….eu quero a sorte de um amor tranquilo e penso: Não sou dessas de amor tranquilo. Escolhi o Flamengo. Sou movida a paixões intensas. Sou Flamengo. Paro no Lamas, tomo um café e viajo no tempo, nas minhas fantasias rubro-negras, nos amores ou no amor que o Flamengo traz, provoca, apresenta, transforma. Penso nas conversas dos seis jovens remadores, nos sonhos e ambições dos primeiros rubro-negros, e no traço de personalidade que marcou o jeito de ser Flamengo. ESSE JEITO. NOSSO JEITO. Mergulhada no processo eleitoral lembro que nosso primeiro presidente, o Domingos Marques de Azevedo, não fazia parte do grupo de rapazes que idealizaram o clube, era apenas um guarda-marinha, um praça especial, que por acaso passava pelo local e observando a movimentação foi ver do que se tratava e acabou abraçando a ideia do Clube de Regatas do Flamengo. Tirem os candidatos atuais a presidência do Flamengo da “sala”.
O Flamengo é luz, é raio, estrela e luar. O Flamengo é meu iá iá, meu iô iô. Por isso, serei eternamente grata ao Alberto Borgeth pela fundação do departamento de esportes terrestres, na assembleia do dia 8 de novembro (o mês). Se os ingleses criaram o futebol, o Flamengo deu ALMA ao esporte. E o time atual roubou a alma dele. Esse elenco que ainda anda em campo, que desistiu de terminar o campeonato de cabeça erguida, esse time que até quando joga bem, me irrita. Sem identidade. Sem tesão. Sem paixão. E lamentavelmente, SEM comando. Aquele eterno ABISMO entre diretoria, comissão técnica e time.
Penso no estádio da Paysandu, no acordo com a família Guinle, nos anos de 1916 a 1932, e nas 175 partidas disputadas lá, onde em tardes de sol, deitavam-se os jogadores, espreguiçando-se, esticando-se, às sombras das palmeiras imperiais. E nas festas e comemorações que deviam se esticar até o Lamas. Tenho saudade do que não vivi. Sou nostálgica pelo tempo rubro-negro que não conheci. Peço mais um café, o garçom curioso me olha desconfiado, as lembranças do não vivido, naquilo que é vivido me apavoram. Lembro do “amigo imaginário” do Canteros, ele poderia me fazer companhia ali no Lamas, só para mostrar para o garçom que eu não estava falando sozinha, mas com um time, uma torcida, uma nação, uma diretoria, uma vida.Aos meus onze leitores, que andei trocando pelas cobertura diária das eleições no Flamengo, dedico os versos da banda Nação Zumbi: Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça. Nas letras do Chico Science, na poesia do Mangue Beat, na alma do Flamengo, mais o Flamengo ameaça.
Pra vocês,
Paz, Amor e mais 120 anos.
[…] REPÚBLICA PAZ E AMOR – O Café Lamas continua aberto, imortal, dessa imortalidade idêntica à da natureza que se renova cada ano pela força da primavera [Manuel Bandeira]. Com a licença do poeta, a força do Lamas está muito além da natureza. Fundado em 4 de abril de 1874, no Largo do Machado, foi de lá que saiu o “Bonde do Lamas”. Quem diria que do café que funcionava 24 horas, e reunia a boemia carioca, durante muitos anos conhecido por ser reduto de comunistas, artistas, local de encontro de jornalistas, políticos e intelectuais, tenha nascido a ideia da fundação do Clube de Regatas do Flamengo. Cansados da popularidade dos remadores de Botafogo com as MULHERES, seis jovens remadores resolveram entrar na disputa. O Flamengo é do sereno. O Flamengo é da noite. O Flamengo é do Café. O Flamengo é da CERVEJA. O Flamengo é da BOEMIA. Desde 1895. Tirem Alan Patrick, Everton, Marcelo Cirino, Paulinho e Pará da “sala”. Nesses dias de novembro sempre revisito minha paixão pelo Flamengo…lembro da poesia de Cazuza….eu quero a sorte de um amor tranquilo e penso: Não sou dessas de amor tranquilo. Escolhi o Flamengo. Sou movida a paixões intensas. Sou Flamengo. Paro no Lamas, tomo um café e viajo no tempo, nas minhas fantasias rubro-negras, nos amores ou no amor que o Flamengo traz, provoca, apresenta, transforma. Penso nas conversas dos seis jovens remadores, nos sonhos e ambições dos primeiros rubro-negros, e no traço de personalidade que marcou o jeito de ser Flamengo. ESSE JEITO. NOSSO JEITO. Mergulhada no processo eleitoral lembro que nosso primeiro presidente, o Domingos Marques de Azevedo, não fazia parte do grupo de rapazes que idealizaram o clube, era apenas um guarda-marinha, um praça especial, que por acaso passava pelo local e observando a movimentação foi ver do que se tratava e acabou abraçando a ideia do Clube de Regatas do Flamengo. Tirem os candidatos atuais a presidência do Flamengo da “sala”. O Flamengo é luz, é raio, estrela e luar. O Flamengo é meu iá iá, meu iô iô. Por isso, serei eternamente grata ao Alberto Borgeth pela fundação do departamento de esportes terrestres, na assembleia do dia 8 de novembro (o mês). Se os ingleses criaram o futebol, o Flamengo deu ALMA ao esporte. E o time atual roubou a alma dele. Esse elenco que ainda anda em campo, que desistiu de terminar o campeonato de cabeça erguida, esse time que até quando joga bem, me irrita. Sem identidade. Sem tesão. Sem paixão. E lamentavelmente, SEM comando. Aquele eterno ABISMO entre diretoria, comissão técnica e time. Penso no estádio da Paysandu, no acordo com a família Guinle, nos anos de 1916 a 1932, e nas 175 partidas disputadas lá, onde em tardes de sol, deitavam-se os jogadores, espreguiçando-se, esticando-se, às sombras das palmeiras imperiais. E nas festas e comemorações que deviam se esticar até o Lamas. Tenho saudade do que não vivi. Sou nostálgica pelo tempo rubro-negro que não conheci. Peço mais um café, o garçom curioso me olha desconfiado, as lembranças do não vivido, naquilo que é vivido me apavoram. Lembro do “amigo imaginário” do Canteros, ele poderia me fazer companhia ali no Lamas, só para mostrar para o garçom que eu não estava falando sozinha, mas com um time, uma torcida, uma nação, uma diretoria, uma vida. Aos meus onze leitores, que andei trocando pelas cobertura diária das eleições no Flamengo, dedico os versos da banda Nação Zumbi: Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça. Nas letras do Chico Science, na poesia do Mangue Beat, na alma do Flamengo, mais o Flamengo ameaça. Pra vocês, Paz, Amor e mais 120 anos. Vivi Mariano […]
Assisti aos 2 debates entre os candidatos.
No do Ser Flamengo do poeta Túlio o Banana Lula de Mello não compareceu. Porque será? O coração não tem motivos e razões; ele apenas É. Mas a mente astuta e calculista, tem. Imagino que deva ter havido uma reunião de emergência da diretoria pra não deixar o blog cair diante do desânimo da galera. E os 3 – Nivinha, Vivi e Jorge – refletem exatamente o que sentimos – eu pelo menos já cheguei ao pior estágio: a indiferença.
O que noto em comum nas personalidades que habitam o RPA é a intensidade da inexplicável paixão pelo Flamengo. No encontro em Bsb com a Confraria pude confirmar. É tão irracional e inconsciente, solidamente plantada numa região do cérebro inacessível à pesquisa linear, que neguinho (e neguinha!) nem se dá ao trabalho de tentar ou mesmo querer explicar; nem pra ele (ela) mesmo. Quando vejo a perebada se comportando daquela maneira em campo, o oposto disso tudo, me sinto traído no compromisso básico, primeiro e único, que todo jogador pra ser admitido no plantel do Flamengo deveria ter: INTENSIDADE-GARRA-COMPROMETIMENTO-GARRA-CONCENTRAÇÃO-GARRA-RESPONSABILIDADE-GARRA-DEDICAÇÃO-GARRA. PONTO!!!
Mesmo os grandes times do Flamengo que conheci a partir dos anos 50 – e foram muitos – tinham seus NÃO craques, mas não me lembro de nenhum que não desse seu sangue em campo – e às vezes tirasse também (Almir Pernambuquinho em ambos os casos, p.ex.). O que temos visto nos últimos anos, coincidentemente na gestão azul, é um completo distanciamento entre o elenco de futebol profissional do Flamengo e sua torcida. Essa conexação, que obviamente é fundamental pro espetáculo ter graça, não está acontecendo faz tempo. Acho que a última vez foi na Copa do Brasil de 2013. De lá pra cá parecemos um casal dando um tempo pra reavaliar a relação. Porre total. Não temos nem ameaça de ídolo. Hernane chegou perto, foi vendido no auge por uma grana etérica, Paulinho pintou com grande chance na mesma época, hoje tá na sarjeta conceitual junto com o Éverton, que não por acaso começou bem e também se perdeu no caminho onde encontrou o Gabriel parado na encruzilhada sem saber o que fazer com a bola. Tenho uma leve desconfiança de que em todos os casos faltou treinador, orientação, liderança, compromisso com o aprendizado, improvement, genuína vontade de melhorar.
Não há consciência profissional proporcional ao ALTÍSSIMO SALÁRIO que essa perebada RECEBE EM DIA. Não parecem ter nenhuma consciência do óbvio compromisso que deveriam ter com a torcida. Parece também não haver consciência de grupo. Eles se comportam praticamente como robôs programados pra jogar – mas NÃO TÊM ALMA e é a AUSÊNCIA dessa ALMA o que estamos todos aqui a lamentar.
Qualquer novo contratado teria que passar por uma avaliação prévia, antes de assinar contrato, nesse sentido: a que ponto está em condições de assumir integralmente um lugar no plantel do Flamengo com todas as exigências que isso implica? Nesse quesito, por exemplo, jogad… desculpe, perebas como Márcio Araújo, Pará, Wallace, César Martins, Jonas e Éverton passariam até bem, são esforçados, se empenham, mas… são muito burros, jogadores medíocres, sem a mínima qualidade pra ser titular de um time que pretende ser campeão mundial (a pretensão, pelo menos, tem que tá sempre em foco), campeão brasileiro (que é mais difícil) e passar o rodo em tudo que tiver pela frente se tornando o grande nome do futebol mundial e fazendo jus ao título de MAIOR TORCIDA DO MUNDO. Torcedor do Flamengo não se contenta com menos que isso. É bobagem e perda de tempo aventar qualquer outra possibilidade. Os meios podem variar, o fim, NÃO.
Uma das coisas que observei nos debates, é que o atual momento do time reflete a falta de tesão do Banana Lula de Mello. É uma figura sem nenhum sinal de sensualidade, de espontaneidade, de energia vital, de expressão emocional, travado, contido, precavido, medroso. O OO não é muito diferente. Dizer que nesse tempo todo o time ainda precisa de ajustes é uma confissão de culpa da própria incompetência.
Surpreendentemente quem mais se aproximou do torcedor foi o Cacau Cotta. Pelo menos foi quem expressou melhor o seu sentimento mais profundo, urgente e, portanto, imediato – QUEREMOS TIME.
SRNP&A
Que bando de filhos de uma puta são os jogadores do atual elenco do Mengão, aliás, pensando bem, as putas não merecem serem chamadas de mães destes imprestáveis, esse é um xingamento misógino e nada rubro-negro, deixa eu reformular para não passar vergonha.
Que bando de vermes são os jogadores do atual elenco do Mengão, aliás, os jogadores, o técnico e o departamento de futebol inteiro.
É um time “sem alma”, sem vontade, sem compromisso mínimo com a nossa história de superação e garra.
Se soubesse que pagar salário em dia para este bando de burocratas da bola levaria ao resultado que hoje vejo a cada jogo, jamais teria advogado pelo tal “far play” financeiro que hoje está sendo a pedra fundamental da política rubro-negra.
Prefiro mil vezes um time endividado e raçudo, mesmo com elenco limitado, do que um time que pouco se importa em suar a camisa em busca de atuações condizente com o legado dos navegantes da baleeira “Pheruza”.
Já não bastasse ter de aguentar os bandidos da FERJ aplicarem uma “mais valia” venal e surrupiarem o capital produzido pela Magnética todo santo jogo, agora tenho de aguentar a estes totens acabados da medíocridade futebolística surrupiarem minha paixão pelo “mais querido”.
Quando ouço possibilidade de renovação com “buxas” como Márcio Araújo, Pará, Cirino e Cia Limitada, ou da contratação de mortos-vivos como o Juan (ex-zaguero que não se interessou pelo Mengão quando voltou ao nosso futebol) e o Diego Souza, vejo que talvez meu sofrimento seja infinito.
Pelo amor dos meus filhinhos, não dá mais para aguentar um elenco tão merda, quero meu Flamengo de volta.
P.S. Se algum desgraçado dessa diretoria falar de novo no nome desse gambá chamado Elias, para esse bosta esnobar novamente a honra de vestir o “Manto Sagrado”, a torcida tem de invadir a Gávea para “ensinar” a estes manés como respeitar nossa grandeza.
SRN
Já não estava acreditando, mas a Vivi voltou.
Da minha parte, andei vendo e ouvindo a nossa lírica torcedora em um papel totalmente diferente. Vestindo a capa da Cristina Lobo, comentando, no vivinoperiscope, as próximas eleições, que irão consagrar o Presidente Bandeira (minha fé é inabalável).
Outra Vivi, muito menos poeta, bem mais informativa, extremamente imparcial. Uma boa novidade é que podemos admirá-la intensamente, pois, só no último face, o programa levou 32 minutos.
Para falar a verdade, preferi ver, para admirá-la, do que ouvir, pois, no fundo, mesmo que clubísticas, eleições são sempre eleições, logo …
LAMAS ! ! !
Ponto de referência, principalmente da minha juventude universitária, quando ainda era no Largo do Machado.
Tínhamos três pontos de encontro, quase que obrigatórios.
O Jeunesse dorée, nome bem pedante para um barzinho sem vergonha que ficava bem em frente à Nacional, antes ou depois das aulas, exatamente o Lamas do Largo do Machado, com um grupo bem maior e eclético (universitários de outras áreas) e, tarde da noite (na verdade, início da madrugada) quando saíamos do Maracanã, do Municipal ou de um cinema, a Fiorentina, lá no fim do Leme, para um camarão à grega com muita cerveja.
Saudosismo puro e inevitável.
Nunca soube que o Lamas serviu de base para a fundação do Flamengo.
Sou, egoisticamente, saudosista apenas dos meus tempos. Não sei o nome de sequer um dos tais remadores, muito menos sabia o do guarda marinha que virou o primeiro Presidente.
Escrevi, muito mais para mim mesmo do que para os meus tantos amigos (mais de onze) e poucos
inimigos (bem menos que onze).
Falar do Flamengo, em função do artigo da Vivi, seria para concordar –
^Tirem Alan Patrick, Everton, Marcelo Cirino, Paulinho e Pará da ^sala^.^
^Tirem os candidatos atuais a Presideência do Flamengo da ^sala^.^
Que voltem, o mais rapidamente possível, a IDENTIDADE, o TESÃO, a PAIXÃO, mais do que tudo a ALMA do nosso Flamengo, Pyka das Galáxias, para que, TODOS NÓS, como já aconteceu e queremos que volte a acontecer, retomemos o ORGULHO DE SER RUBRO-NEGROS.
Ainda esperançosas SRN
FLAMENGO SEMPRE
“Poia” Vivi…não tem nem 5 meses que coloquei duas pontes de safena e vem vc fazendo meu coração explodir de emoção”…Carioca de Irajá, radicado em BSB, conheço o Lamas e muitas vezes saboreei o café desse patrimonio historico do Rio de Janeiro…Eu que tanto curto brincar com as palavras, fico sem encontra-las tentando comentar o que voce nos presenteia… pois não existem verbetes no nosso idioma que expressem o que sentimos ao ler sua postagem…Dizer que é belo…emocionante…que nos leva as lágrimas…seria muito pouco…Com os olhos turvos…coração aos pulos…peço licença ao confrade Carlos Morais…
Palmas…palmas…de pé…
Emocionadas SRN
(Quisera que ao menos metade desse time de verdadeiros mulambos tive 1/3 da sua paixão)
Vivi, que saudades da alma do Flamengo! Volta Maurinho, Luis Alberto, Junior Baiano, Fabinho, Jônatas, Fabio Baiano, Nélio, Paulo Nunes…
Lindo texto Vivi, como sempre. Voltando ao mestre Chico science acho que na minha vida passo por um trecho diferente de suas músicas. Aos 23 anos, ainda não vi meu querido Mengão ganhar o MUNDO, enfim” Feliz pelo que ainda não veio, Saudades do que nem foi, Esperando o melhor dos agoras, Nem temos o antes e já queremos o depois!!!!
Que 2016 mude este contexto.
Abraceijos, SRN!
Lindo comentário, também.
Emocionadas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Saudoso Chico Science!
Vivi, ainda acho que você deveria publicar um livro. Ler seus textos é sempre um passeio na história, um deleite.
Adorei! Quando for ao Rio, vamos tomar um café no LAMAS!
SRN!
Revoltado com a postura do Flamengo ontem, um time que ainda poderia brigar pelo g4, simplesmente prefere ser omisso. Oswaldo me bota canteros precisando de gols, meu Deus, era pra demitir todo mundo após o jogo de ontem, um desrespeito ao torcedor.