Campeonato Brasileiro, 29ª rodada.
Quem acompanha o blog sabe que não gosto de falar de arbitragem. No geral, nossos juízes são tão ruins, mas tão ruins, que se começarmos a reclamar deles, não há como mudar de assunto. Entretanto, certas coisas chegam ao exagero.
Não consigo imaginar que, em qualquer país onde o futebol seja minimamente apreciado, escale-se alguém com falta de capacidade semelhante à de Ricardo Marques Ribeiro para apitar a mais mixuruca das peladas da série B, que dirá uma partida da reta final da série A envolvendo o líder da competição. Para quem não lembra, Ricardo Marques Ribeiro é o juiz que, antes de São Paulo e Flamengo, pela terceira rodada, fez uma oração diante do monitor do VAR instalado no Morumbi. Não que seja contra esse ou a favor daquele, ele é ruim para todo mundo.
Feito o registro, vamos ao jogo.
Assistindo às duas partidas do Flamengo, após a impressionante goleada de cinco a zero sobre o Grêmio, duas hipóteses saltam. Primeira: o time pregou. Segunda: numa traiçoeira mistura de risco e presunção, os caras passaram a acreditar que o Brasileiro estava no papo. Ou, pior: que o que vale mesmo é a Libertadores.
Em relação à primeira, não há muito o que fazer. Por já termos descoberto que nossos reservas estão muito distantes dos titulares – até mesmo pela qualidade destes –, resta torcer pela superação de cada um e por uma boa administração dos resultados, já que a vantagem segue considerável.
Estou preocupado como nunca estive, desde que pegamos a liderança da competição? Sim, não nego. Os jogos contra CSA e Goiás mostraram um time se aproximando perigosamente do estado de bagaço e à beira de um ataque de nervos.
Quanto à segunda hipótese, cabe reflexão.
Entendo que a Libertadores tenha se tornado o sonho de consumo de duzentos entre cem torcedores dos nossos clubes, mas não consigo enxergá-la como mais importante que o Campeonato Brasileiro. Ok, há um histórico de poucas conquistas tupiniquins, só que nunca demos muita bola para a competição. Para se ter uma ideia: lembro que em 2009, na mesma noite em que Cruzeiro e Estudiantes decidiam a Libertadores no Mineirão, o jogo que a TV Globo transmitiu para São Paulo foi Flamengo e Palmeiras, pela décima primeira rodada do primeiro turno do Brasileiro.
Captando as angústias e amplificando os desejos dos torcedores, a mídia transformou a Libertadores em mais um produto de altíssima rentabilidade, e fez a coisa pegar. Nada contra, com a própria Copa do Brasil tem acontecido algo parecido. A questão desses torneios – e aí está o Grêmio que não me deixa mentir – é que neles se aposta tudo e mais um pouco em uma competição disputada sob a fórmula dos mata-matas. Já viu: um erro de arbitragem aqui (não há VAR que neutralize o saco de maldades que a Conmebol é capaz de despejar para cima de quem ela quiser), uma noite infeliz ali e pronto. Vai tudo pro saco.
O Campeonato Brasileiro é diferente. Com a única e gloriosa exceção rubro-negra de 2009, nunca houve um clube esculhambado que chegasse ao título. (Estamos num blog rubro-negro, aqui podemos falar mal de nós mesmos.) Até obscuros relacionamentos, feito os da Parmalat, do Kia Joorabchian e do Celso Barros, originaram bom planejamento, contratações precisas, salários altos e pagos em dia. O que veio depois é outro papo. Para quem teve de suportar décadas de gestões calamitosas, conquistar o Brasileiro, como consequência de sua reestruturação financeira, de sua responsabilidade orçamentária e do aumento de sua capacidade de investir, é algo de um valor inestimável. Porque não irá representar apenas o título de 2019, e sim os muitos que vêm por aí.
Agora, não vamos nos iludir: não se ganha o Campeonato Brasileiro com facilidade. Mesmo se pegarmos os times que levantaram o título com mais de duas rodadas de antecedência – foram poucos –, houve sufocos, desgastes, crises, momentos em que tudo indicava que a coisa ia ruir. Faz parte.
No Serra Dourada, tivemos mais uma atuação pouco inspirada de Everton Ribeiro e Arrascaeta, e a gente já percebeu que, sem eles bem, a coisa não anda. A falha de César na saída do gol, no lance da expulsão, foi primária. A atuação de Rodinei, uma catástrofe. Com dois a um no placar e um a menos em campo, não entendi o que Filipe Luís fazia na linha de fundo do Goiás, na origem da jogada do gol de empate.
Entretanto, creio que, de todos, quem mais vacilou foi o grande Jorge Jesus. Apesar da noite apagada, Arrascaeta e Everton Ribeiro não podem ser sacados juntos. Ou sai um, ou sai outro. Além de errar na escolha de quem era substituído, Jorge Jesus também errou na opção por quem ia entrar. Tirar Everton Ribeiro para botar Vitinho beirou a insanidade. Se queria cadência e experiência (era o que o momento do jogo pedia), por que não Diego? Se queria agressividade, por que não Reinier? Não deu para entender.
Pelo tamanho e a importância, a parada com o Corinthians, no próximo domingo, é a melhor oportunidade que poderia haver para o Flamengo mostrar que quer, sim senhor, ser campeão brasileiro.
Para isso, será preciso superar cansaço, pressão, a incomum disposição dos adversários (quem não quer derrotar o melhor time do Brasil?) e lembrar que a decisão da Libertadores só acontecerá daqui a mais de vinte dias.
Lances principais.
1º tempo:
Aos 3 minutos, Bruno Henrique recebeu de Filipe Luís, livrou-se na corrida de Leandro Barcia e cruzou. Na esquerda da zaga do Goiás, Michael dominou para trás e, apertado por Rodinei, acabou cedendo escanteio que Everton Ribeiro cobrou. Subindo entre Rafael Moura e Rafael Vaz, Pablo Marí cabeceou firme. A bola tocou na trave direita e voltou em cima do goleiro Tadeu, que deu um tapa no susto. Gilberto afastou.
Aos 8, longa troca de passes. Filipe Luís, Pablo Marí, Piris da Motta, Arrascaeta, Willian Arão, Bruno Henrique, Filipe Luís, Arão, Gabriel, Everton Ribeiro, Gabriel, Bruno Henrique e novamente Filipe Luís, que cruzou. Rafael Vaz pôs a escanteio. Everton Ribeiro cobrou na direita e Bruno Henrique subiu mais que Rafael Vaz, mas a bola veio um pouco alta e a cabeçada encobriu o travessão.
Aos 14, Michael recebeu de Léo Sena na esquerda, deu dois passos para dentro e experimentou de longe, buscando o canto direito. A bola ia para fora, César saltou e defendeu firme.
Aos 16, Everton Ribeiro tirou a bola da área do Flamengo com um chutão, Rafael Vaz devolveu e a sobra ficou com Yago Rocha na intermediária rubro-negra. Ele deu um balãozinho em Bruno Henrique e chutou por cobertura. Passou perto do travessão de César.
Aos 29, Gabriel fez uma gracinha no meio-campo: tocou de letra, buscando Piris da Motta, e presenteou Jefferson, que rapidamente ligou com Michael. Ele foi para cima de Rodinei, chegou ao fundo, cruzou à meia-altura e Rodrigo Caio mandou a escanteio. Michael cobrou, Fábio Sanchez subiu entre Willian Arão e Rodrigo Caio, cabeceando com perigo, à esquerda do gol de César.
Aos 40, Rodinei cortou um chutão para a frente de Yago Rocha, tocando a Willian Arão, daí a Filipe Luís, a Arrascaeta e a esticada para Gabriel, na esquerda. A bola saiu longa demais, o goleiro Tadeu fechou o ângulo e defendeu.
2º tempo:
Aos 3 minutos, Filipe Luís e Pablo Marí controlaram uma tentativa de Leandro Barcia, e Filipe Luís iniciou o contra-ataque, lançando bola alta a Bruno Henrique. Ele ganhou de Gilberto, tocou de cabeça a Gabriel e daí a Arrascaeta, que arrancou e, pouco antes de chegar à área, devolveu a Gabriel na esquerda. Gabriel cruzou, buscando Bruno Henrique, Fábio Sanchez desviou para escanteio. Arrascaeta cobrou, Rodrigo Caio subiu mais que Yago Rocha e cabeceou com perigo, à direita do gol de Tadeu.
Aos 8, jogada muito bem trabalhada pelo Flamengo. Numa tabela rápida pela meia-esquerda, Arrascaeta e Bruno Henrique envolveram o sistema defensivo do Goiás, e Arrascaeta deixou Gabriel cara a cara com Tadeu. A conclusão, de pé direito, bateu na cabeça do goleiro e foi a escanteio. Aos 9, Everton Ribeiro cobrou, Rodrigo Caio subiu mais que Yago Rocha e cabeceou firme, para baixo. O goleiro Tadeu defendeu rebatendo para o meio da pequena área, Gabriel entrou tropeçando na bola e empurrou para a rede. Um a zero.
Aos 17, Willian Arão tocou a Everton Ribeiro um pouco além do meio-campo. Ele disparou, protegeu, livrou-se de Rafael Vaz e rolou a Gabriel, que tentou cruzar para Arrascaeta. Fábio Sanchez tirou para escanteio. Everton Ribeiro cobrou, Bruno Henrique subiu entre Fábio Sanchez e Rafael Vaz, escorou de cabeça e, livre na pequena área, Rodrigo Caio completou de pé direito. Dois a zero.
Aos 26, Gerson trabalhou pela esquerda, tocou a Willian Arão e daí a Everton Ribeiro, que ajeitou e bateu de longe, colocado, no canto direito. Tadeu espalmou.
Aos 31, Breno ganhou de Bruno Henrique no meio-campo e rolou a Thalles, que fez ótimo lançamento para Michael na esquerda. Rodinei não diminuiu o espaço para dificultar o cruzamento, Michael pôs na pequena área, Rafael Moura se antecipou a Pablo Marí e desviou de pé direito para a rede. Dois a um.
Aos 32, jogada bisonha de Rodinei logo na saída de bola. Ele recebeu de Piris da Motta, se atrapalhou todo, tropeçou nas próprias pernas, caiu e deixou o caminho livre para Michael, que avançou e concluiu da entrada da área, com perigo, à direita do gol de César.
Aos 35, Rafael Vaz recebeu de Gilberto quase no meio-campo, deu três passos à frente e, sem ser incomodado, soltou a bomba dali mesmo. Chutaço. César voou e a bola passou junto ao ângulo direito.
Aos 38, Rafael Vaz levantou quase do meio-campo para a risca da área, César saiu precipitadamente, ele e Filipe Luís se atrapalharam, a bola sobrou para Yago Felipe, que recebeu um pontapé de César. A sobra ficou com Rafael Moura, que chutou sem goleiro, só que Rodrigo Caio chegou prensando e Pablo Marí conseguiu salvar de cabeça, mandando a escanteio. Pela falta feia em Yago Felipe, César foi expulso. Para cobrir sua saída, Gabriel Batista entrou no lugar de Vitinho.
Aos 48, Gabriel cobrou um escanteio curto para Filipe Luís, que tentou ganhar tempo protegendo a bola junto à linha de fundo e sofreu falta de Rafael Moura. Ricardo Marques Ribeiro mandou seguir. Aos 49, o tiro de meta foi cobrado para Gilberto, que adiantou a Rafael Vaz e daí ótimo lançamento a Michael, nas costas de Rodrigo Caio. Michael entrou cara a cara com Gabriel Batista e tocou no canto esquerdo. Dois a dois.
Aos 50, na saída após o gol, Gabriel percebeu o goleiro Tadeu adiantado e chutou direto do meio-campo. A bola descaiu perto do travessão.
Ficha do jogo.
Goiás 2 x 2 Flamengo.
Serra Dourada, 31 de outubro.
Goiás: Tadeu; Yago Rocha (Breno), Fábio Sanchez, Rafael Vaz e Jefferson (Alan Ruschel); Gilberto, Léo Sena (Thalles) e Yago Felipe; Leandro Barcia, Rafael Moura e Michael. Técnico: Ney Franco.
Flamengo: César; Rodinei, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Piris da Motta; Everton Ribeiro (Vitinho) (Gabriel Batista), Willian Arão e Arrascaeta (Gerson); Gabriel e Bruno Henrique. Técnico: Jorge Jesus.
Gols: Gabriel aos 9’, Rodrigo Caio aos 17’, Rafael Moura aos 31’ e Michael aos 49’ do 2º tempo.
Cartões amarelos: Jefferson, Gilberto, Leandro Barcia e Rafael Moura; Gabriel e Bruno Henrique. Cartão vermelho: César aos 39’ do 2º tempo.
Juiz: Ricardo Marques Ribeiro. Bandeirinhas: Guilherme Camilo e Sidmar Meurer.
Renda: R$ 3.358.890,00. Público: 38.345.
Agora vem cá, Murtinho, eu como sou um masoquista inveterado acabei de ver o finalzinho do VT do jogo contra o Goiás, me responde uma coisa, o papel do jogo não estava invertido? Quem deveria estar todo na defensiva não seria o Flamengo, regra comum de time que está com dez?Quem deveria sofrer com contra-ataques não seria o Goiás, e além disso fez até gol? O que estava fazendo lá na área adversária o Filipe Luís que sofreu até uma falta violenta?Não era hora de ele estar recompondo a nossa defessa? Será que o JJ não está levando ao extremo essa sofreguidão de atacar o tempo todo? O nosso técnico não poderia ter sido um pouco conservador naquela hora cruciante e deixar de querer só ganhar mesmo que seja com dez?
Exatamente.
Por isso, e apesar de também achar que ele vinha fazendo mais mal do que bem ao time, eu achava que a entrada de Diego poderia ser uma boa. Da mesma forma que foi, por exemplo, naquela vitória sobre o Corinthians em Itaquera, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Aliás, continuo achando que Diego pode ser um reserva útil.
Ganhávamos, estávamos com um a menos e o único jeito do Goiás ameaçar era no contra-ataque, com a velocidade do Michael. Demos a eles a única chance que tinham.
Não sei como é que os moderninhos chamam isso – resiliência, inteligência emocional, por aí -, mas que faltou, faltou.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho e demais amigos deste fabuloso RP&A
Sábado, 02.11.19, às 14.15 H
Acabo de assistir e de acpmpanhar indiretamente três jogos europeus, envolvendo os três mais badalados times do mundo, a saber, Manchester City, Liverpool e Barcelona.
Pois bem, foi um sufoco para todos, em especial para o time do Messi, que acabou derrotado.
Levante 3 x 1 Barcelona, com gol do Messi, de pênalti, no primeiro tempo, sendo que os três gols do pequeno adversário, que jogava em casa, foram na etapa final.
Não vi, apenas soube o resultado.
Os dois inglêses ganharam de virada, por 2 x 1, no segundo tempo, de forma absolutamente dramática.
Em Manchester, contra o Southampton – que vinha de uma derrota, em casa, para o Leicester, pelo extravagante placar de 9 x 0, na maior derrota de todos os tempos da Premier League – o time do Guardiola empatou com Aguero aos 75 e venceu com um gol do lateral-direito Walter aos 89 minutos.
Em Birmigham, contra o Aston Villa, foi ainda mais dramática a virada do Liverpool, com goals do excelente lateral esquerdo Robertson aos 87, de cabeça, e outro do incrível Mané, aos 94 minutos, eis que o árbitro deu 6 minutos de acréscimo.
Qual o motivo dessa minha participação. podem estar indagando, eis que uma minoria se interessa pelo futebol inglês e espanhol.
Muito simples.
Pretendo deixar claro que todo e qualquer grande time tem seus dias de sofrimento,
Foi o que aconteceu conosco nestas duas últimas rodadas, onde, tal como o Liverpool e o Manchester City, também não perdemos.
Como dizia meu pai há um tempão – ^calma, que o Brasil é nosso^.
Tranquilas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Fiquei sabendo somente agora (15.15 H)
Em Frankfurt, Eintracht 5 x 1 Bayern
Positivamente, não se devia jogar no Dia de Finados.
Meu querido Carlos Moraes.
Proponho que a gente faça uma pequena adaptação, pra deixar a frase do seu pai ainda mais apropriada ao momento:
“Calma que o Campeonato Brasileiro é nosso.”
Abração. SRN. Paz & Amor.
Sinceramente, detesto o futebol do Rodinei, mas não vi tanta relevância de suas falhas.
O primeiro gol do Goiás veio em uma boa virada de jogo, em que o Flamengo inteiro estava no canto oposto. Depois um cruzamento competente do bom Michael, para o Rafael Moura que venceu facilmente o Marí na entrada da pequena área.
O que aconteceu dali para o fim do jogo foi exclusivamente em razão da insanidade do fraquíssimo César, outra herança maldita da gestão anterior, que não conseguiu ser titular em times minúsculos, mas que continua no Flamengo.
O segundo gol foi mais desatenção do Rodrigo Caio e do Marí que não atentou para a linha do impedimento do que do Rodinei.
Enfim, acho que o Rodinei tá pagando o pato pelo histórico nesse caso aí.
Marí e Rodrigo Caio também erram. Podem ser criticados também.
Fala, Trooper.
Em parte você tem razão.
Acontece com Rodinei o que aconteceu durante muito tempo com Willian Arão (às vezes, o Cuéllar errava e o Arão era culpado) e continua acontecendo (muito por causa dele mesmo, é verdade) com o Vitinho. E também não vejo, no futebol brasileiro, nenhum time com um lateral reserva muito melhor que ele. Pará virou titular no Santos. Desfalcado de Leonardo Gomes, Renato teve que improvisar Paulo Miranda na derrota para o Flamengo. Quando Fagner não joga, o Corinthians perde meio time. E por aí vai.
Outra coisa importante é a nossa falta de capacidade para enxergar méritos nas jogadas alheias. No lance do primeiro gol, o tal do Thalles realmente virou muito bem o jogo da direita para a esquerda, mas Rodinei deu muito espaço para o cruzamento. Não era o caso de dar bote, porque Michael é rápido, mas tinha que diminuir. Michael ficou à vontade para cruzar. Discordo de uma possível falha – que você deixou nas entrelinhas – do Pablo Marí. Aquele cruzamento é mortal para os zagueiros e indefensável para os goleiros. Mérito do cara, vida que segue.
E faço uma ressalva. Quando você fala que “o que aconteceu dali para o fim do jogo foi exclusivamente em razão da insanidade do fraquíssimo César”, você está esquecendo o que talvez tenha sido a jogada mais bisonha perpetrada esse ano por um jogador com a camisa do Flamengo: o tropeção na bola, o escorregão nas próprias pernas, sei lá que porra Rodinei inventou que se embucetou sozinho no gramado, foi tão vergonhoso quanto Diego Hipólyto quicando de bunda no chão na Olimpíada de Pequim. Michael só não empatou o jogo ali – e se isso tivesse acontecido, provavelmente até perderíamos – por ter se precipitado na conclusão. O lance aconteceu na saída do Flamengo após o gol de Rafael Moura, César ainda não tinha sido expulso.
Quanto a Rodrigo Caio e Pablo Marí, quando erram são criticados sim, só que Marí tem dado sorte: dois erros muito feios dele (contra o Inter, no fim da primeira partida das quartas de final da Libertadores, e contra o São Paulo) não deram em nada. Nico López chutou pra fora e Diego Alves defendeu o chute de Antony. Rodrigo Caio foi devidamente cornetado pelos vacilos contra Atlético Mineiro, Goiás e Inter – respectivamente, gols de Cazares, Kaíke e Patrick.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Também achei que o time perdeu toda a ofensividade sem Éverton Ribeiro e Arrascaeta. Vacilo do Mister… assim como ter mantido o Rodinei depois daquele escorregão logo após o 1º gol dos caras. Mas vida que segue! O Portuga já acertou tanto que tem crédito de sobra.
Esse contratempo também servirá pra melhorar a capacidade mental do time. JJ deve ter tirado boas lições.
Rumbora rumo ao hepta!
SRN
Fala, Márcio.
Então: na verdade, crédito todo mundo tem. Até o Rodinei, que entrou bem no lugar do João Lucas, no jogo com o Fortaleza, e fez um partidaço contra o Fluminense. Fiquei com a sensação de que ele sentiu a responsa de ter que marcar o Michael, que é um atacante muito chato, e acabou sendo outra escolha errada do Jorge Jesus. (Naquela rápida entrevista que sempre ocorre antes do jogo, ele disse que tinha quatro pendurados – Rafinha, Gerson, Arão e Gabriel – e optou por entrar somente com dois. Claro que é fácil falar depois, mas talvez o Rafinha tivesse que ser um deles.)
Quanto ao Everton Ribeiro e o Arrascaeta, a questão aí é de organização. Sem os dois, vira um time comum, ainda mais porque Gerson também não entrou arrebentando como vinha fazendo.
Igual a você, torço para que a noite de quarta-feira, o inesperado empate e os dois pontos desperdiçados tenham servido de lição.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Também são os meus desejos.
Pronta recuperação.
FLAMENGO SEMPRE
murtinho,
duas coisas me chamaram atenção além do que vc já escreveu.
a primeira foi tirar o vitinho com 15 minutos em campo,ele tinha gás pra continuar em campo.
a segunda foi deixar o rodiney em campo mesmo falhando uma atrás da outra.
flamengo perdeu uma grande chance de fazer uma coisa de útil ontem,mandar o rodiney assustar as criançinhas na noite das bruxas.
não precisava nem de mascaras,bichinho é feio !
sinal de alerta foi ligado,vencer o small é OBRIGAÇÃO !
SRN !
Fala, Chacal.
Gabriel não estava bem no jogo, estava cansado e irritadiço, talvez fosse o caso mesmo de sacá-lo, em vez do Vitinho. Jorge Jesus teve uma quarta-feira de horror.
Falar em obrigação é sempre complicado (quase nunca dá certo, deixa eu bater na madeira), mas o jogo com o Corinthians é uma grande oportunidade pro time recuperar as boas atuações que teve até a goleada sobre o Grêmio. Vamos torcer.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Você disse tudo, Murtinho. Uma coleção de erros, do bom goleiro César estabanado ao Jesus equivocado nada deu certo.
O time ficou pilhado depois que levou o primeiro gol, como se soubesse que não conseguiria reagir, entrou em pânico.
O massacre contra o Grêmio teve um efeito muito estranho na equipa e no próprio Mister.
Agora, ter que contar com o Rodinei ou o Piris da Motta não dá mais. E alguns jogadores estão entrando mal no time, e já foram bem em outras ocasiões, caso de Thuller ou Cesar.
Pior é que não pode mais vacilar, apesar da boa vantagem que ainda tem. Começa a se lembrar de 2009 e aí apavora…
Pois é, Ricardo.
Apesar das incessantes duras de Jorge Jesus, há uma leve suspeita de que os cinco a zero fizeram o sucesso subir à cabeça do time. E apesar de ser péssimo lembrar isso, tenho a impressão de que em 2009, nessa altura do campeonato, nossa situação em relação ao Palmeiras era bem parecida com a do Palmeiras agora em relação a nós.
O jogo contra o Corinthians é uma grande chance de reenquadrarmos a parada.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Jesus também erra. Bota o Reinier pra jogar, portuga. A chacoalhada veio na hora certa e o time vai acordar domingo. 3 x 0 no Corinthians.
Fala, Rafael.
Erra e errou.
Também acho que o jogo com o Corinthians é a grande chance de recolocarmos esse Campeonato Brasileiro em ordem. Vamos ver.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Estarei vendo fantasmas ou o time, depois do grande show contra o Grêmio, tá oscilando entre o salto alto e a histeria coletiva? As unhadas e puxação de cabelo entre o Arão e o Gabriel no fim do jogo foi patética. E o JJ, será que baixou nele o “português burro” de antanho? Não dá pra engolir esse empate escroto sem sair caçando bruxas. E uma delas não é o Vitinho – entrou com uma perna e saiu com a outra antes de se posicionar. Filipe Luís fez sua pior partida desde que chegou – não tinha 10 min de jogo e ele completou 3 erros de passes ridículos e isso comentei com o Humberto. Foi o 1º sinal. Aos 20 minutos duvidei que o Arrascaeta tivesse sido escalado – procurei, procurei, e não achei. Insisti e achei… na ponta direita, embolado com o Everton Ribeiro e eu, que não confio nem um pouco nos meus saberes táticos, fiquei matutando que porra de arapuca o JJ tinha armado por ali. Nenhuma, era bagunça mesmo, digna dos tempos do Abel. Desconfiado e insatisfeito não vibrei nos gols e no único lance que me levantou da cadeira Arrascaeta enfiou uma bola na medida pro Gabriel só encobrir o goleiro e ele faz aquela merda que todo mundo viu, típica de pereba de 5ª categoria – sem mencionar mais um amarelo, mais um piti, mais um estrelismo, mais um foda-se pro time, pra torcida e, em resumo, pro Flamengo. Esse romance dele com a irmã do Neymar traz péssimas influências biológicas. Não tenho o menor saco pra aturar esse tipo de gente. Me recuso a falar do Rodiney e do Piris Motta. Me recuso a aceitar que este vagabundo venha manchar a bela história de paraguaios como Garcia, Solich, Benitez e Reyes e, pior de tudo, tenha custado 26 milhões, mais caro que BHenrique, em mais um atestado de incompetência do Banana de Mello que, não satisfeito, prorrogou o contrato do stand-up jester do Ninho até 2022 – que porra ele tava fazendo lá na frente se tinha como missão marcar o jogador adversário mais perigoso? E o meu questionamento foi finalmente respondido: JJ mostrou, na prática, porque não está entre os melhores treinadores europeus. Ou reencontra o caminho de casa contra o curíntia ou… não tô a fim de saudação nenhuma e paz e amor é o catzo.
Ah! e, quem diria, do JJ.
Rapaz!
Sobrou até para a saudação do Paz & Amor, que ao menos em tese não tem nada com isso.
Mas eu também acabei de ver o jogo com uma sensação estranha. Confesso que não liguei muito pra essa briga aí entre Gabriel e Willian Arão. Se até em pelada a gente briga com companheiro de time, imagine em um jogo pegado e na reta final do Campeonato Brasileiro, como o de quarta-feira. Agora, que o Willian Arão deu uma bela empinada no nariz depois que conseguiu virar o jogo junto à mídia e à torcida, é fato. E que o temperamento de estrela do Gabriel é insuportável, não resta dúvida. (A menina pode até não ter culpa de nada, mas a teoria sobre a irmã do Neymar é divertida.)
Também acho que o Vitinho não teve culpa de nada, o erro na entrada dele coube a Jorge Jesus. Everton Ribeiro poderia ter saído e Vitinho poderia ter entrado, só que o Vitinho não poderia ter entrado no lugar do Everton Ribeiro. Aqui entre nós: pode ser que eu esteja enganado, mas Jorge Jesus achou que o jogo tinha acabado. Estrepou-se.
Abração. SRN. E, insisto: Paz & Amor.
srn p&a, bro. 🙂
Hahaha! Boa!
Caro Murtinho,
excelentes os artigo e resumão.
Às suas duas hipóteses trazidas, eu acrescentaria uma terceira: o próprio Mister ordenou o time tirar o pé do acelerador para não chegar totalmente desgastado no dia 23.
Inegável que após a classificação para a final, o time já não joga com a mesma intensidade de antes. Aquela marcação cerrada na saída de bola do adversário foi afrouxada e o time, visivelmente, se poupa em campo. Creio que o Mister deve ter avaliado que os 10 pontos de vantagem permitiriam tamanha ousadia, por isso até andou rodando o elenco.
Tomara que esta seja a verdadeira razão da queda de produção do time.
Recentemente, aqui no RP&A, afirmou-se que conquistar o Campeonato Brasileiro e a Libertadores concomitantemente não é tarefa nada fácil, notadamente depois que o Brasileirão passou a ser disputado por pontos corridos, quando ninguém conseguiu este feito.
Antes da final do dia 23, o Flamengo jogará num prazo de 14 dias 5 partidas seguidas: dias 03, 07, 10, 13 e 17, contra Corinthians, Botafogo, Bahia, Vasco e Grêmio, respectivamente.
E o Flamengo para conquistar, matematicamente, o Campeonato Brasileiro, somente poderá perder duas partidas e empatar uma, com a obrigação de vencer, portanto, as seis restantes.
E quais as 6 partidas menos complicadas para o Flamengo vencer? Na minha modesta opinião:
1ª) Santos, na última rodada – se o Palmeiras depender do Santos para conquistar o bicampeonato, não leva. Imaginemos em sentido contrário, se o Vasco dependesse de uma vitória do Flamengo sobre o Santos, na última rodada, para conquistar um bicampeonato brasileiro, quantos flamenguistas iriam ao Maracanã torcer pelo Flamengo?
2ª) Avaí – na penúltima rodada, já estando rebaixado, o Avaí jogará apenas para cumprir tabela;
3ª) Bahia – vem caindo assustadoramente de produção, vindo de 3 derrotas seguidas. Provavelmente quando o Bahia enfrentar o Flamengo já não mais almejará uma vaga no G6, estando plenamente satisfeito com a vaga Sul-Americana.
As outras 4ª, 5ª e 6ª vitórias têm mais chances de acontecer, quando jogaremos no Maracanã contra o Corinthians, Vasco e Ceará, ou mesmo no Engenhão contra o Botafogo.
Convém destacar que poderemos empatar uma dessas 4 partidas citadas, e ainda perder para o Grêmio e Palmeiras jogando no reduto deles, que seremos campeões.
Tudo isto, admitindo-se, como extremo absurdo, que o Palmeiras vença todas a 9 partidas restantes, porque a cada tropeço do Palmeiras a nossa gordura aumentará.
Sempre Flamengo.
Fala, Aureo.
Na verdade, jamais algum clube ganhou, no mesmo ano, Libertadores e Brasileiro, nem nos pontos corridos, nem nos mata-matas. Quem conseguiu isso foi o Santos de Pelé, mas nos tempos da Taça Brasil e enfrentando apenas dois adversários, Sport e Botafogo. Não dá para contabilizar.
Sim: conversando ontem com um amigo palmeirense, ele disse não acreditar que, no caso da situação chegar a esse ponto, o Santos jogue pra ganhar contra o Flamengo. Já aconteceu com a gente, em 2009 (devido à rixa entre Grêmio e Internacional), e com o Fluminense, em 2010 (devido à rixa entre Corinthians e Palmeiras). Rivalidade é rivalidade.
Sim: o Avaí cumprirá tabela. Só que, às vezes, esses jogos dão uma complicada.
Sim: o Bahia vem caindo e, provavelmente, não terá interesse algum no jogo – tirando o fato de que, como escrevi no post, quem não quer ganhar do time que está jogando o melhor futebol do Brasil?
Embora eles estejam dando uma sorte danada, também não creio que o Palmeiras consiga vencer todos os seus jogos. No futebol, não existe sorte desse tamanho.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, para minha aparente tranquilidade, não assisti ao jogo. Estou em processo de recuperação de cirurgia. A TV do Hospital só pega canal aberto e a internet não sustenta um jogo em sua integralidade. Assisti somente aos melhores e piores momentos do jogo.
Conforme já venho afirmando, o meu maior receio é quando os reservas são utilizados. Não confio em nenhum deles. A Diretoria está priorizando lExcelência. Por consequência, obrigatóriamente, tem de estudar nomes para o próximo ano. A disputa por posições inexiste no atual momento. É inconcebível em qualquer time que almeja essa qualificação.
Domingo, o jogo contra o curintia vai ser transmitido em canal aberto. Espero que o time jogue completo. Caso contrário, vou tentar me equilibrar para não cair do leito.
Rodinei, Vitinho…ninguém merece.
SRN
Caro João Neto,
estimo o seu pronto restabelecimento.
SRN!
Valeu, Aureo!
João, que as Deusas te protejam, guardem e acariciem. Fique com Elas. Grande abraço.
Grato, Mestre.
Grato, Carlos.
Fala, João.
Torço para que não tenha sido nada grave e que você se recupere rapidamente.
(Pô, logo na partida em que o Everton Ribeiro não jogou bulhufas? Francamente!)
Não há dúvida: para 2020, se quisermos brigar pra valer por Libertadores, Brasileiro e Copa do Brasil, o clube terá que fazer, em relação ao nosso banco de reservas, os mesmos e elogiáveis esforços que fez para montar o time titular. Claro que não vai ter equivalência absoluta, isso é impossível e nem há dinheiro para tal, mas será necessário reduzir o desequilíbrio.
Abração. SRN. Paz & Amor. E, claro, muita saúde!
Não gostei da nossa atuação, pior que a anterior contra o CSA, que já não fora boa.
Também sou totalmente contrário a atribuir um mau resultado a eventuais erros de arbitragem.
Neste jogo, nem pensar.
O árbitro não é bom, o que não é novidade, pois, a exemplo de técnicos (pior, até de jogadores, na comparação com o passado). não há um que preste em terras tupiniquins.
Mesmo assim, não teve QUALQUER interferência no resultado.
A suposta falta do Rafael Moura no Filipe Luiz pode ter existido, mas a bola saiu pela linha de fundo.
Não era lance para VAR, pois o protocolo não permite.
Não é possível que Sua Senhoria (ops) tivesse bola de cristal que lhe dissesse, bem baixinho – ^não marque nada, pois desse tiro de meta vai sair o gol de empate^.
Chega de tanto chororô, que é coisa de botafoguense.
Contra o CSA permitimos mais chances, porém, em contrapartida, produzimos muitas mais que neste jogo.
A bem da verdade, somente duas, quais sejam – a da bola na trave do Marí e a do Gabigol que permitiu a ÚNICA defesa difícil do bom goleiro Tadeu, desviando para corner, do qual resultaria o nosso primeiro gol.
Por sinal, fizemos dois gols de bola parada, ambos de cobrança de escanteios, ou seja, NADA produzimos ofensivamente.
Estou absolutamente tranquilo no que diz respeito ao Brasileirão, ao qual dou enorme importância, mas fiquei pra lá de preocupado com a Libertadores.
O time, com seus onze sabidos titulares, parece cansado, enquanto os reservas …
Também não gostei das substituições, sendo que Gerson, nada li a respeito, entrou, com o placar já em 2 x 0, e fez a sua pior apresentação rubronegra.
Andou em campo, sendo de se convir que Vitinho no lugar de Everton Ribeiro é de se chorar na rampa.
De toda forma, insuperável mesmo, no quesito ruindade, o próprio, o Ruimdinei.
Por sinal, não era jogo para se poupar o Rafinha, pois o melhor jogador goiano – e, no caso, da própria partida – é o pontinha Michael, uma espécie de Soteldo do cerrado.
Fez o que quis do nosso pobre lateral, sendo que, no minuto seguinte ao primeiro gol, quase fez o segundo, roubando a bola como se fosse de uma criança do curso maternal.
Volto a dizer.
Não temo a perda do Brasileirão, pois nosso time é superior, apesar de tudo,
Não diria o mesmo no tocante à Libertadores.
Inquietas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu querido Carlos Moraes.
Também não tenho o menor saco com mimimi em relação à arbitragem. Enquanto estávamos passeando no Brasileiro e na Libertadores, amassando Palmeiras, Internacional, Grêmio, Atlético Mineiro, Cruzeiro, Vasco, Fluminense etc., não havia erro de arbitragem que atrapalhasse ou benefício ao Palmeiras que desse jeito.
Nessa última rodada o número diminuiu um pouco, mas ouvi outro dia (não chequei) que sob o comando de Jorge Jesus o Flamengo fez dezoito pontos a mais que o Palmeiras. Foi só o time começar a vacilar – o que é compreensível num campeonato tão longo e ainda mais quando todo mundo, infelizmente, só quer saber de Libertadores – para começarem as teorias mirabolantes e o mimimi.
Discordo de você quanto ao lance da falta do Rafael Moura no Filipe Luís. Juiz não tem bola de cristal, ok, mas falta é falta e tem de ser marcada. A ausência de má intenção não nos obriga a ser condescendentes com a ruindade.
Minha preocupação com o Brasileiro, apesar da vantagem, é que o Palmeiras tem conseguido pontos improváveis. E outra: se somos superiores ao Palmeiras, e somos, o Palmeiras também é superior aos outros – tiremos dessa avaliação o Grêmio, contra quem os dois ainda jogam, e o Athletico Paranaense, contra quem ambos já jogaram. Só que o Palmeiras vem jogando mal e pontuando. Se vacilarmos e começarmos a deixar de pontuar (jogando bem ou mal), corremos riscos.
Final da Libertadores acho pau a pau, além de ser decisão em um jogo só. O que significa que apostar tudo nisso é rematada burrice.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, eu sou ansioso desde que nasci, acho que meu vagido primal foi um grito de liberdade por estar nove meses trancafiado, desde então não parei, sou movido a ansiedade, depois então que o Flamengo entrou na minha vida então a coisa degringolou, haja Rivotril, não quero saber de porra de vantagem nenhuma, o Flamengo pode estar com trezentos pontos na frente que eu só vou acreditar no campeonato ganho com o último apito do ladrão da vez no último segundo do jogo, portanto, concordo cm o brado vigente da arco-íris e dos rubro-negros de bom senso, ainda não ganhamos porra nenhuma. Mas quando estou posto em sossego no silêncio da minha tumba, olhando o tranquilo Miki entregue à leitura de seus alfarrábios e numa madornazinha gostosa sob o cafuné da Ana, a aranha romântica, fico elucubrando, o Flamengo não está jogando mal coisíssima nenhuma, o que está acontecendo é que está sendo avaliado pelos parâmetros do próprio time e isso só um cego não quer ver, o sarrafo está bem lá em cima, estamos dominando os adversários como de hábito, perdendo nossos incríveis gols feitos, o Gabigol está se especializando cada vez mais,além de artilheiro deve ganhar o troféu Dêivid, como sempre e o Diego Alves ganhando os gols que os caras dizem que perderam, só que desta vez não havia Diego Alves, manjou a sutileza? E vou acabar com esse bosta de corporativismo eu não sou jogador nem discurseiro à moda Diego, o Ribas, “ninguém perdeu, todos nós somos culpados, temos que botar a cabeça no lugar, etc.,etc.”Nada disso, grito em bom som e o eco me responde, quem perdeu o jogo (estou mal acostumado, empatamos) aliás, perderam o jogo foram os nosso goleiros, só isso. Ao cão danado todos a ele, e mais uma vez o cão escolhido foi o Rodney, ele não joga porra nenhuma mesmo, todos sabemos, mas o César, valha-me meu querido Jesusinho, extrapolou, além de fazer aquela lambança toda quando saiu com uso meio mão de pau ( royalties para o Ronaldinho gaúcho) ainda achou por bem dar um bico extemporâneo no adversário, o outro que entrou, quando aquele Michael pegou a bola demorou milênios para fechar o ângulo,parecia uma tartaruga acabada de engolir plástico, duvido que o Diego Alves permitisse isso. Portanto, eu estou calmo mesmo sem Rivotril, quanto ao atual time acho que ainda está bem acima dos outros, mesmo abaixo dele mesmo, agora quanto ao César e seu reserva que vão enfornar um bom robalo ou se ralar nas ostras antes que eu me esqueça.
Grande Xisto!
Ao contrário, não sou nada ansioso. A não ser nos jogos do Flamengo.
Concordo que nos acostumamos às apresentações soberbas, sobretudo àquela contra o Grêmio, mas eu acho que o time tem caído muito de produção sem que o jogo esteja definido.
Não fizemos um bom segundo tempo contra o CSA, estava só um a zero e corremos riscos enormes depois dos trinta minutos. Ou seja: se levássemos o gol de empate, e quase levamos, teríamos pouquíssimo tempo para correr atrás. Contra o Goiás, criamos muito menos oportunidades do que nos habituamos a ver o time fazer – algo facilmente explicado pelas atuações irreconhecíveis de Arrascaeta e Everton Ribeiro. E houve, claro, as falhas individuais que não podem ser desprezadas, porque nessas horas (as tais que separam os homens dos meninos) é que a gente ver quem pode e quem não pode vestir o manto.
O Flamengo continua, sem dúvida, acima dos outros. Mas se isso não se transformar em pontuação, não adianta nada. O Palmeiras, por exemplo, embora jogando um futebol mequetrefe (a única exceção foi a partida com o São Paulo), está pontuando.
O jogo com o Corinthians é ótima ocasião para recolocarmos as coisas em seus devidos lugares.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Prezado Murtinho,
Os sempre brilhantes títulos dos seus sempre não menos brilhantes comentários, dizem tudo: nada se ganha com pé nas costas.
Minha leitura do Flamengo nesses dois últimos jogos é que “os caras passaram a acreditar que o Brasileiro estava no papo”. Infelizmente, apesar de todo o profissionalismo que JJ trouxe, a cultura enraizada está se sobressaindo.
Entretanto, acredito que o sustinho de domingo, seguido do susto de ontem, acordaram os caras. Estou otimista nesse sentido. Vamos ver domingo próximo.
Quanto a ontem, no meu ponto de vista, além das péssimas performances que você citou, o erro crucial foi a infantilidade do César, semelhante a do Diego Alves na derrota para o Bahia, no turno. A desconcentração provocada em todo o time foi igual. Menos mal que ainda seguramos um ponto,
Mas vamos ver o lado positivo: concordo com o Muhlenberg que, para o Flamengo, a falta de perrengue é nociva. Perrengues sempre nos tornam mais fortes!
SRN! Prá cima deles, Flamengo!
Fala, Fernando.
Valeu pela força.
Jorge Jesus prega e segue a teoria do “Jogo a Jogo”. Certíssimo. Só que com, contra o Goiás, ficou a impressão de que jogadores e técnico acharam que, com dois a zero, a parada estava definida. Nós, torcedores, podemos pensar assim e depois dizer “caramba, me enganei!”. Os profissionais não podem. Cresci vendo futebol e escutando que dois a zero é um placar traiçoeiro.
A substituição do Everton Ribeiro pelo Vitinho me pareceu uma demonstração clara da equivocada avaliação de que o jogo estava ganho. No fim das contas, atiramos dois pontos no lixo.
Quanto ao perrengue, concordo que o Flamengo não vive sem ele. Mas tenho dúvidas quanto a nos deixar mais fortes. Faz um tempão que vivemos às voltas com perrengues e não ganhamos nada, né?
Abração. SRN. Paz & Amor.