Com a deselegância discreta que lhe é habitual, o portador da braçadeira do mais humilde satélite na órbita do planeta vermelho e preto mandou no grupo: “Qual é, putada? Acabou o amor? Ninguém participa mais não?”
Na sequência da gentil introdução, incorporou o cabôco Eric Carmen e arregaçou: “All by myself?” Deu ruim. Era papo de meter o rabo entre as pernas, enfiar a viola no saco e, resignado, ligar o notebook.
Cansado dos meus textões – se eu que escrevo cansei, imagino você que lê –, decidi fazer diferente, juntando um pouquinho de tudo ao mesmo tempo. Hora dessas pode ser que voltem os tijolões, por enquanto fico no miudinho.
O captain! My captain! Esporro dado, missão cumprida.
NUNCA FOI TÃO FÁCIL FAZER HISTÓRIA.
Futebol sem torcida só não é mais inviável que futebol sem bola. A turma, porém, não se conforma, e continua vendo grandes vantagens ou desvantagens em jogar em casa ou fora dela, o que nos obriga a ouvir que Palmeiras, Fluminense e Atlético Mineiro fizeram história derrotando o River em Buenos Aires. Ô timeco sarapa esse tal de River, que permite a qualquer um fazer o nome e história em cima dele.
Óbvio: só aconteceu porque a arquibancada era um cemitério, sem os inigualáveis noventa minutos de incentivo das hinchadas argentinas, sem cânticos assustadores, sem que juiz e bandeirinhas tivessem suas vidas azucrinadas, sem o pesado e temido climão de vai morrer.
Chega de demagogia. Enfrentar o River no Monumental de Núñez deserto – e olha que a partida com o Palmeiras nem lá foi – equivale a enfrentar o River em Chernobyl, Reykjavik ou no Elcyr Resende de Mendonça, aqui em Bacaxá.
Preguiça.
O FUTEBOL BRASILEIRO DEVORADO PELO CALENDÁRIO.
A atual diretoria do Flamengo tem se comportado como Dr. Jekyll e Mr. Hyde.
O lado médico acerta na gestão, ao se negar a gastar além dos limites. (A não contratação de Rafinha, tão desejada pela torcida, foi um pequeno e bom exemplo.) Não gastar mais do que se pode deveria ser obrigatório, mas durante a maior parte da existência do clube fez-se exatamente o oposto.
Também costuma acertar na montagem do elenco: o número de bolas dentro tem sido bastante superior ao de bolas fora, e mesmo estas não merecem ser lançadas na coluna dos erros. Por mais paradoxal que pareça, uma contratação pode ser boa e não vingar. Acontece.
Quando vira a versão monstro, a atual diretoria do Flamengo erra na arrogância. Sob o pretexto da necessidade de dialogar com os poderes públicos, erra no indisfarçável posicionamento político, algo proibido pelo estatuto do clube. Erra no conjunto de atitudes que traduzem desprezo pela gigantesca massa que moldou a alma e produziu a mística rubro-negra. Erra quando confunde o que não pode ser dito – como o andamento de negociações com jogadores cobiçados – com declarações que, embora breves, vêm estufadas de bazófias. No meio do ano passado, um jornalista perguntou a Marcos Braz se era possível que, encerrado o empréstimo ao Inter, Rodinei voltasse ao Flamengo. A resposta foi seca e definitiva: “Não!” Quer dizer, não tão definitiva.
A atual diretoria erra em não usar a força do Flamengo e as conquistas de sua gestão para unir e liderar os demais clubes em torno de pautas que são pra ontem, como a da insaciável saúva do futebol brasileiro: o calendário.
Entrar em campo cheio de desfalques por causa de eliminatórias da Copa do Mundo, Copa América e até amistosos da seleção olímpica é algo que desafia toda e qualquer lógica do futebol profissional moderno. (Adiar jogos está longe de ser solução.)
Não há administração que dê conta, ou, como dizia meu pai, não há tatu que dê jeito. Atlético Mineiro e Palmeiras tiveram que enfrentar dificuldades semelhantes. Bolas: por que então não se juntar para pressionar, botar o kid bengala na mesa e resolver?
No Brasil – e só no Brasil – são punidos aqueles que montam times capazes de alegrar seus torcedores.
PEINTRE DU DIMANCHE.
Arrascaeta não brilhou nas duas últimas partidas, o que é um bom motivo para dar dois tapinhas de prosa a respeito de sua inteligência e categoria. Elogiar quando o cara se farta de pôr os atacantes à frente do gol é fácil, difícil é reconhecer a importância que ele tem mesmo nas atuações meia-boca.
Nos quatro a zero pra cima do Santos, Arrasca esteve discreto, mas sua participação no lance que matou o jogo – o segundo gol do Flamengo e de Gabriel – foi extraordinária. Enquanto a cultura dos Gols do Fantástico nos ensinou a enxergar somente o cara que cruza e o que põe a bola para dentro, o time de Jorge Jesus nos provou o quanto vale saborear a construção de um gol desde o seu início, quase sempre junto à nossa grande área. No começo da jogada, Arrascaeta recolheu a bola no lado direito do campo e cercado por santistas. Com uma facilidade tão irritante para os adversários quanto prazerosa pra nós, achou a brecha e clareou o lance para Thiago Maia, que atravessou a Michael livre na esquerda, daí a Gabriel e rede.
Fosse outro no lugar de Arrasca, possivelmente nada teria acontecido. Talvez ganhássemos um lateral para Matheuzinho bater.
Curioso é que Arrascaeta não tem o espírito do jogador rubro-negro que aprendemos a idolatrar. Às vezes se mostra disperso, tenta toques na fronteira do preciosismo, faz o que um torcedor antigo carimbaria como “tá querendo inventar”. Ele está lá para isso. Inventar. Fazer o que ninguém espera. Em vez de se resguardar, girando no sentido inverso ao do gol adversário e cometendo infrutíferos passes de meio metro, Arrasca arrisca. Erra duas, três vezes, e quando acerta é fatal. Não raro passa a impressão de um certo diletantismo, lembrando um advogado bem-sucedido que aproveita a folga no domingo para bater uma bolinha com os amigos. Mais ou menos o que os franceses chamam de peintre du dimanche.
Que jogador!
NOVIDADE NO PEDAÇO.
Ano passado, uma querida amiga rubro-negra me ligou e fez a seguinte proposta: ela gostaria de usar a seção “Ladrilheiros” para escrever artigos semanais desancando narradores, comentaristas e afins.
O que mais me atraiu foi o complemento da sugestão: para conferir certo mistério às postagens, ela as assinaria sob o codinome Blogueira Mascarada. Inclusive, me enviou a foto que ilustra esse post, em que o guitarrista Leandro Verdeal posa com uma máscara semelhante à do Zorro, na capa de um dos discos de João Penca e seus Miquinhos Amestrados. (Registre-se: acabei de checar na minha máquina e vi que ela mandou a foto dos Miquinhos em 31 de agosto de 2020. Muito antes, portanto, da Globo anunciar o bizarro “The Masked Singer Brasil”.)
Apesar da ideia parecer fértil, não levei fé. Desconfiava que o assunto não renderia um texto bacana toda semana e que a história caducaria rapidamente. No entanto, com esse formato de notas mais curtas, sem a obrigação de produzir artigos longos e envolventes – marca de nascença do RP&A –, sugeri que ela incluísse seus escritos na minha salada de abobrinhas.
Vamos ver como é que fica. Talvez a Mascarada vá em breve para os Ladrilheiros, talvez fique por aqui mesmo, já que ando desinspirado e carecendo de conteúdo.
Segue, abaixo, o capítulo de estreia da ranzinza e doce figura.
BLOGUEIRA MASCARADA, ARTIGO 1º.
Na imensa maioria das ocasiões, quem dá as cartas na imprensa futebolística brasileira é a parvoíce. Há um narrador engraçadinho, só que não, que se vangloria por gostar mais de canetas do que de gols. Fosse eu diretora de esportes da emissora e o cara soltasse uma dessas, dia seguinte era RH direto.
Apesar do potente arsenal de asneiras, meu amigo Murtinho não comprou fácil o que propus há mais de ano e só topou outro dia, desde que eu fizesse textos enxutos – menos de quinhentas palavras – para incluir no novo formato das postagens dele. Não era o que eu tinha imaginado: queria mesmo era soltar a mão. Paciência, ao trabalho.
Do empate com o Ceará para cá, duas semanas plenas para observações e espanto. Como não cabe tudo, selecionei quatro situações. Começou com o Morris Albert do SporTV, Roger Flores, utilizando seu feeling para inventar a feia fofoca de que a diretoria do Flamengo teria orientado Renato Gaúcho a não escalar Pedro. Gustavo Villani, apesar do preço do combustível, também despejou gasolina na fogueira, ao sugerir a Pedro que trocasse de clube. (Narrador ou agente?) Houve ainda, na transmissão de Fluminense e Atlético pelo Campeonato Brasileiro, a sublime mistura de risada com vergonha alheia: para defender sua tese contrária à função exercida pelos pontas no futebol moderno, Paulo Nunes tentou dizer que fazer aquilo o jogo inteiro era humanamente impossível. Só que a palavra “humanamente” não saiu nem por creio em Deus Pai. O ex-atacante só escapou da cerrada marcação do idioma quando Jáder Rocha o socorreu.
Por falar em Jáder Rocha, é para ele que vai o primeiro troféu Palavra Fácil.
Passada a régua na goleada sobre o Santos, Jáder disse que no dia seguinte os torcedores rubro-negros secariam o Bragantino contra o Atlético Mineiro, para o Flamengo ganhar uma posição na tabela.
Como costuma escrever uma amiga no WhatsApp: Gê-zuis!
De onde o cara tirou que disputamos G4, vaga na Libertadores, essas miudezas? Nossa briga é por título e, devido aos nove pontos infantilmente perdidos para Bragantino no Maracanã, Fluminense em Itaquera e Juventude na piscina do Alfredo Jaconi, convém que o Atlético dê umas engasgadas aqui e ali. Achar que o objetivo do Flamengo no campeonato é ficar à frente do Bragantino é o fim da picada.
Para não ser injusta, reconheço: Jáder Rocha era, até recentemente, um dos maiores entusiastas dessa imensa bobagem chamada Lei do Ex. (Aqui, faço tabelinha com Murtinho: ele também abomina a tolice.) Pois mesmo com Gabriel enfileirando três azeitonas na Vila Belmiro, Jáder sequer tocou no assunto. Evoluiu.
Antes que você me pergunte, eu mesma pergunto e respondo: Mas, e aí, Mascarada, não livra a cara de ninguém? Livro, claro. Só que isso fica para a próxima postagem, antes que eu estoure as quinhentas palavras a que tenho direito.
Qualquer reclamação, favor dirigir-se ao hospedeiro.
Parabéns pela estreia da sua feiticeira, novo estilo menos verborragico, mas dá para botar um chinelinho de qdo em vez.
Ué! Cadê os comentários? RP&A já se antecipou ao controle da mídia?
Rapaz, sumiu tudo! Inclusive as respostas que eu tinha dado.
Já falei com o grande Bruno Nin, que dá uma tremenda força na parte de TI do blog (sem colocar um centavo no bolso, registre-se), assim que puder ele vai dar uma olhada. Confesso que não tô muito otimista em relação à recuperação, vamos ver.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Olha eles aí! Tava tudo na área reservada aos spams. Como eles foram parar lá, não sei. Se voltarem a se rebelar, talvez seja o caso de deixar quieto. Não gosto de mexer com essas coisas do além.
Abração. SRN!
Sob essa premissa (futebol sem torcida não é futebol), o botafogo joga que modalidade?
rs
Saudações
Hahahaha! Boa, Doutrinador.
Agora, veja só: Diego Loureiro; Daniel Borges, Kanu, Joel Carli e Jonathan Silva; Barreto, Pedro Castro e Chay; Marco Antônio, Warley e Rafael Moura. Foi com esse time que o Botafogo entrou em campo para derrotar o Remo por um a zero, na rodada mais recente da Série B.
Na boa: com uma escalação dessas, é possível que um time jogue futebol? Ainda bem que a torcida (?) não tava lá pra ver.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
A nossa Mascarada provocou minha memória. Quando ressuscitou o nome de Morris Albert, algo soou no meu cérebro, alguma coisa m como o longínquo latido de cachorro na madrugada. Não sou nenhum Proust, mas minha memória, às vezes precisa de um gatilho para estimulá-la, nem preciso de um madeleine molhado em infusão de tília, basta a evocação de um nome. Aí fui ver e confirmei: o cara, o tal de Morris Albert é aquele que enriqueceu com uma música só, “Feeling”, vejam só, e, para completar, o tipo era um tremendo plagiário, chupou descaradamente a tal música que lhe rendeu milhões, ficou milionário e parece que tudo ficou por isso mesmo,. Agora a pergunta : foi intencional essa faceta na comparação?
Então, Xisto.
Nunca trabalhei no mercado financeiro – tivesse trabalhado, talvez não me encontrasse na confortável pindaíba da qual desfruto hoje -, mas lembro da piada que corria, há tempos, entre a turma que aqui em São Paulo é chamada de Faria Limers.
Sempre que um operador se apoiava no feeling para garantir que essa ou aquela ação ia subir, alguém enquadrava: “Para com essa bobagem. A única pessoa que ganhou dinheiro com feeling foi Morris Albert.”
Claro: foi o feeling de Morris Albert que deu à Mascarada o gatilho pra ironizar o feeling de Roger Flores. Decerto, os mais novos boiaram nessa.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Bem vinda Mascarada! Muito bom o seu pequeno texto.
Torço para que seja promovida para o setor Ladrilheiros, pelo bem deste blog. Murtinho, a bola está com você!
Forte abraço e SRN
Roberto
Fala, Roberto.
Rapaz, o RP&A tem critérios rígidos de admissão. Nosso capitão não dá mole, bicho pega. Dunlop hoje tá aí todo pimpão, mas pergunte a ele se se foi fácil descolar uma boquinha aqui.
Ainda precisamos resolver a história de como a Mascarada vai responder os comentários. Por enquanto ela sequer tem autonomia pra logar e postar (por isso tá hospedada nos meus escritos), mas vai gostar de saber que você gostou.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Sou conhecido na intimidade pela preocupação com a integridade física dos amigos, quando distantes, que beira à paranoia. Por isso, respiro aliviado com a tua volta (embora, cá entre nós, meio sobre o deprê – tomara que eu esteja tão enganado no meu feeling quanto o Roger Flores no dele). Se na vida dita “normal” o imprevisível é a regra, imagina em meio a essa desgraçada!
Gostei da Mascarada e o tema tem tudo a ver. Esses caras – locutores, comentaristas, repórteres -, com raríssimas exceções que não completam uma das mãos, são patéticos. Merecem ser debochados, ironizados e ridicularizados. Eles quase imploram por isso. Que a Mascarada seja generosa na tamancada
Pelo que vi e dos comentários que li sobre as atuações do Isla na seleção chilena, ele é um ponta e não um lateral. Lá ele rebenta, no Flamengo é pífio, comprometendo o sistema defensivo, tendo dificuldade de recomposição quando perde a bola no ataque e não tem ninguém por aquele setor pra fazer sua cobertura. Que seja então uma alternativa na ponta e não na lateral.
O Flamengo tem hoje 2 times. O titular todos conhecemos, com Thiago Maia no lugar do Diego e Léo Pereira fazendo dupla com Rodrigo Caio, mas o regra 3 não fica muito a dever, com exceção do substituto do debochado.
Gabriel Batista, Mateusinho, Gustavo Henrique, Noga e Ramon; João Gomes, Andreas e Vitinho, Kennedy, Pedro e Michael.
Diego Ribas sempre pronto a dar uma força nos 15/20 minutos finais.
Anyway, precisamos de um goleiro de ponta URGENTE! Nenhum dos 4, incluindo o César, é confiável e o Diego Alves só é bom debaixo das traves, o que é pouco, muito pouco. Nem a pequena área ele domina.
Fala, Rasiko.
Agradeço pela preocupação, mas pode aliviar a paranoia. Tá tudo bem, felizmente.
Concordo: o texto meio que dá uma descambada pro lado do desânimo, mas é apenas porque, como cantam Gil e Caetano na lindíssima “Desde que o samba é samba”, tá tudo demorando tanto em ser tão ruim. Vamo que vamo, aguardando as próximas tamancadas da nossa amiga.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Por etapas.
Diferente, mas sempre eficiente.
Gostei muito do que escreveu sobre o Arrascaeta.
Modéstia a parte, aqui mesmo no RP&A, fiz ver que, para mim, a ÚNICA jogada eficiente do jogo contra o Santos fora a do segundo gol, da qual participaram ARRASCAETA, Tiago Maia, Michael e, sem brilho algum, o Gabigol.
Resssalte-se que Maia e Michael também tiveram participação brilhante, embora tudo tivesse começado com a genialidade do uruguaio, que, mais uma vedz ponto para o Murtinho, não tem a menor semelhança com o futebol raçudo – mas vitorioso – de um Obdulio Varela e de tantos e tantos uruguaios.
No tocante à menina mascarada, gostei, mas fico esperando o lado positivo.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu querido amigo, o brilho do Gabigol é estar no lugar certo, na hora certa, e sem esse brilho não tem gol. 🙂
Meu amigo Carlos.
Obrigado pela força de sempre.
Quanto à Mascarada: pelo que entendi, na próxima postagem ela vai falar dos caras a quem admira. (Será que não ficar meio sem graça? Sei lá.) Eu cá tenho minhas preferências, mas por enquanto não quero meter meu bedelho nisso não.
O que eu acho é que mesmo os mais fracos de vez em quando soltam opiniões interessantes ou frases divertidas. Um exemplo: o cara a que ela se refere no primeiro parágrafo só pode ser o narrador do SporTV conhecido por Dandan. Lembro que, um dia, ele se empolgou exageradamente com essa história de caneta, até que o ex-jogador e então comentarista Edinho disse com indisfarçável impaciência: “Você gosta muito de uma caneta, né Dandan?” Foi engraçado, e olha que Edinho era um comentarista bem enrolado.
Aliás, isso vale também para os nossos treinadores. Mesmo os mais ultrapassados e os maiores enganadores, todos têm seus momentos. Enfim, vamos aguardar pra ver como se sai a nossa Mascarada.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Murtinho, taí, gostei da nossa Mascarada, em se tratando de criticar os hoje assim chamados “analistas” e “narradores”(antigamente eram “cronistas esportivos”(epa!), “espíquer”, por aí) estamos no mesmo barco. Os caras falam besteira o tempo todo e ainda descolam uma graninha azucrinando os nossos já atordoados ouvidos.
Fala, Xisto.
Pois é. Demorei a levar fé na empreitada (e ainda tenho dúvidas) porque acho a história um pouco cansativa. (Mesmo porque, o que a gente escuta de abobrinha não tá no gibi.) Mas com a insistência da Mascarada, achei que valeria a experiência. Vamos ver.
Abração. SRN. Paz & Amor. E continua se cuidando.
Murtinho , acho que ficaste preso ao paradoxo de que o futebol acabou por causa da pandemia , que sem torcida não há futebol mas o Flamengo continua sua jornada e eu particularmente vou degustar tudo que envolve o Flamengo e suas letras sempre recheadas de amor ao Flamengo serão sempre bem vinda ao cardápio do dia , mas respeito sua falta de apetite momentâneo , espero que volte com mais frequência ao RP&A.
A mascarada Flamenguista, gostei dos debates envolvendo suas colocações ,não sou fã de programa de máscara da Globo, mas tudo que envolve o Flamengo e tenha conteúdo eu vou gostar .
Como é ótimo ser Flamenguista e saber que temos uma nação que ama o Flamengo seja os sumidos , os mascarados e eu.
sempre muito bom ver vc por aqui,não fique tanto tempo sem escrever !
SRN !
Valeu, Chacal.
Ando bastante enrolado com umas coisas de trabalho aqui, mas espero conseguir postar com muito mais frequência.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Fala, Alessandro.
Posso plagiar? Então, vamos lá: como é bom ser flamenguista e saber que você continua firme e forte na leitura do RP&A. Show de bola.
Cara, se você acha que fiquei preso à tese de que o futebol está atravessando um longo hiato por causa da pandemia, acertou em cheio. Não digo que acabou, porque aí seria definitivo, mas não considero que tenha voltado pra valer. O que taí é um arremedo. É parecido. É quase. Mas ainda não é futebol. Aliás, nós, flamenguistas, devíamos ser os primeiros a reconhecer isso: se passamos a vida inteira enaltecendo nossa torcida e nos orgulhando de seus indiscutíveis poderes, o fato dela não poder estar presente significa que não temos um futebol (ou um Flamengo) 100%. Né?
Claro: continuei assistindo aos jogos – com exceção do Campeonato Carioca, cada vez menos importante e mais deprimente -, me irritei profundamente com aquela ridícula derrota para o São Paulo na última rodada do Campeonato Brasileiro, me animei com algumas das últimas atuações do time. Isso é outra coisa: é o vício, a cachaça, e se for doença não tem cura.
De todo modo, agradeço pela força e espero ser mais mais assíduo. Ainda mais com a Mascarada chegando junto e, como dizem os incontroláveis amantes da nossa base, “pedindo passagem”.
Abração. SRN. Paz & Amor. E continua se cuidando aí, porque o bicho ainda tá pegando.