Campeonato Brasileiro, 32ª rodada.
Preciso fazer uma confissão.
Quando morava no Rio e era frequentador assíduo do Maracanã, não cantava as músicas entoadas pela torcida do Flamengo. Nada contra, eu apenas achava que elas me tiravam a concentração do jogo. Falava com os amigos sobre as expectativas antes da bola rolar, aproveitava o intervalo para rápidos comentários a respeito do que houvera no primeiro tempo e, feliz ou aborrecido, fazia o resumão final na volta para casa – ou no 464 da adolescência, ou no bugre amarelo dos vinte e poucos anos. Durante a partida, a ansiedade não deixava brecha para conversas, me irritava com vizinhos de cimento que não paravam de chamar o mate leão, o kibon, o amendoim, o geneal. Ficava uma pilha. Até hoje, tenho certas restrições quanto a assistir a jogos importantes, pela tevê, na companhia de muita gente. Minha tensão requer uma certa solidão.
Entretanto, ficava extasiado com as comemorações promovidas nas vitórias empolgantes e nos grandes títulos. E uma das músicas era sinônimo de alívio, sinal de que, mesmo com a partida ainda em andamento, a parada estava decidida. Era a versão de Henricão e Rubens Campos para Cielito Lindo, o sucesso do trio mexicano Los Panchos, que aqui no Brasil ganhou diversas interpretações, inclusive uma cheia de balanço e malemolência, na voz de Wilson Simonal. Vitória assegurada ou título garantido, faltando dois ou três minutos para terminar o jogo, mais de cem mil pessoas mandavam, no gogó: Ai, ai, ai, ai / Tá chegando a hora / O dia já vem raiando, meu bem / Eu tenho que ir embora.
A chave era o verso “tá chegando a hora”, indicando que estava pelada a coruja e a festa ia começar. Qualquer semelhança com o que acontece agora é tudo, menos mera coincidência.
Três vitórias fecham a tampa, independentemente do que o atual segundo colocado e seus amiguinhos da sala envidraçada venham a fazer. Duas vitórias podem ser o bastante, desde que o segundo colocado e seus amiguinhos da sala envidraçada empatem ao menos uma vez nas seis rodadas restantes.
Nessa arrebatadora campanha, o Flamengo tem conseguido a proeza de surpreender sempre e encantar na maioria das vezes. No meio da semana, Rafinha, Gerson e Bruno Henrique arrebentam; no fim de semana, Filipe Luís, Everton Ribeiro e Gabriel destroem. Rodrigo Caio e Pablo Marí dão a impressão de que atuam juntos desde os seis anos de idade. Quem tem Jesus no nome é o técnico, mas quem ressuscitou foi Willian Arão. A ofensividade do time faz com que Diego Alves normalmente trabalhe pouco. Porém, sempre que sua participação é necessária, mostra-se providencial.
(Uma pena que Arrascaeta venha brigando com lesões, desde a partida de volta com o Athletico Paranaense, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Com ele em campo, temos a certeza de que seremos homenageados com três ou quatro lances de inteligência e simplicidade, como nenhum outro jogador em atividade no futebol brasileiro é capaz de fazer.)
E acima de todos, extraindo o máximo de cada um, o treinador que atravessou o oceano para varrer a chatice, banir o excesso de cautela, enxotar a mediocridade que estava prestes a acabar com o futebol brasileiro.
Contra o Bahia, Everton Ribeiro começou afoito, parecendo confundir intensidade com pressa. Precisamos ganhar, só que não necessariamente nos vinte primeiros minutos. Quando a adrenalina baixou, foi mais uma vez brilhante. Bruno Henrique, sumidão no primeiro tempo, estraçalhou no segundo. Filipe Luís monstruoso. Reinier, que também tem Jesus no nome, é um meia-atacante de enorme agressividade. Não é qualquer um que, ainda sem idade para entrar num boteco e pedir uma cerveja, veste o manto, pisa no gramado e muda a história.
No meio de tanta coisa boa, o espanto maior ficou por conta da irrepreensível apresentação de Gabriel. Jogadores de futebol devem ser avaliados pelo que fazem em campo, e não pelo que falam fora dele. Todavia, gostei de uma declaração do Gabriel ao repórter Eric Faria, depois do jogo, em que ele disse mais ou menos o seguinte: “Não quero ser um centroavante que só depende de fazer gols. Quero fazer gols, claro, mas quero ajudar o time, abrir espaços, dar passes.”
Isso é tudo o que eu sempre quis ver em um camisa nove do Flamengo.
Os tempos mudaram. Hoje, há inspiradas adaptações de letras rubro-negras para ótimas músicas de Kiko Zambianchi (o mundo de novo), Zé Ramalho (a arquibancada incendeia) e muitas outras. Apesar de nunca ter gostado de cantar no estádio, para não perder o foco e manter a apreensão inerente às grandes conquistas, recomendo um revival da versão em português para Cielito Lindo.
Mesmo com prudência, com humildade e no sapatinho, a música, maestro Zezinho, só pode ser essa. A que diz que está chegando a hora.
Lances principais.
1º tempo:
Aos 5 minutos, Élber procurou Gilberto no meio e Rodrigo Caio fez o corte, entregando a Gerson, que enfiou boa bola a Gabriel. Ele invadiu a área apertado por Juninho e, mesmo com ângulo difícil para o chute, bateu de pé direito. O goleiro Douglas deu rebote, Juninho afastou. Foi marcado impedimento de Gabriel, mas o lance era duvidoso. Se a bola entra, talvez o VAR confirmasse o impedimento, talvez validasse o gol. Jamais saberemos.
Aos 8, Willian Arão empurrou a Vitinho na direita, daí a Rodinei e a Everton Ribeiro, que ajeitou e, na chegada à área, bateu. A bola saiu, com perigo, à esquerda do gol de Douglas.
Aos 24, Pablo Marí saiu jogando pelo alto com Vitinho, que tocou errado de cabeça e entregou de presente a Gregore. O volante do Bahia ligou rapidamente com João Pedro. Ele carregou para o meio e, de longe, experimentou de pé esquerdo. Com tranquilidade, Diego Alves fez a defesa em dois tempos.
Aos 38, o Bahia atacou pela direita e Gregore tocou a Artur, que tentou o calcanhar para Nino Paraíba. Pablo Marí cortou chutando em cima de Filipe Luís. A bola bateu no joelho do lateral-esquerdo e sobrou na frente para Nino Paraíba, que arrancou e cruzou. Sem a marcação de Rodinei, que tinha fechado para acompanhar Gilberto, Élber subiu livre e cabeceou no canto direito. Diego Alves saltou e espalmou, sem conseguir colocar para escanteio. Élber ficou com o rebote e bateu cruzado, forte e rasteiro. Com Diego Alves vencido, Willian Arão tentou tirar quase na linha do gol e mandou de tornozelo para a rede. Um a zero.
Aos 45, Vitinho gingou pra lá e pra cá, sem sair do lugar, a torcida chiou, ele rolou para Filipe Luís e daí a Gabriel, que partiu para cima de Gregore, livrou-se dele, entrou na área e bateu forte, de pé esquerdo. Boa defesa de Douglas.
Aos 47, troca de passes da direita para a esquerda. Gerson a Rodinei, a Rodrigo Caio, a Pablo Marí e daí a Vitinho. Ele driblou Artur duas vezes e, de pé esquerdo, pôs a bola na cabeça de Gerson, livre na marca do pênalti. A conclusão saiu quase um recuo, nas mãos do goleiro Douglas.
2º tempo:
Aos 3 minutos, após cobrança de escanteio por Everton Ribeiro, o Bahia partiu rápido no contra-ataque, e eram três contra dois. Élber, Artur e Juninho pelo Bahia, Rodinei e Filipe Luís pelo Flamengo. Élber conduziu a bola e, na chegada à área, optou por Juninho, na esquerda. Ele chutou forte, à direita do gol de Diego Alves.
Aos 8, troca de passes. Diego Alves, Rodrigo Caio, Willian Arão, Filipe Luís, Gerson, Filipe Luís, Pablo Marí, Rodrigo Caio, Rodinei, Arão, Pablo Marí e Everton Ribeiro, que se livrou de João Pedro, passou por Flávio e abriu boa bola a Gabriel, na direita do ataque rubro-negro, lateral da área do Bahia. De primeira e de pé direito, que não é o bom, Gabriel cruzou na medida para a cabeçada fulminante e indefensável de Reinier. Um a um.
Aos 13, Artur tocou a João Pedro, ainda no campo do Bahia, e ele fez ótima jogada no contra-ataque. Driblou Willian Arão com um toque por cima, deu um chapéu em Pablo Marí e lançou Nino Paraíba. Na hora do chute, Rodrigo Caio chegou travando. Ainda assim, a bola saiu com perigo, à direita do gol de Diego Alves.
Aos 17, boa manobra entre Filipe Luís, Bruno Henrique e Gabriel, na esquerda. Filipe Luís cruzou, Juninho tirou de cabeça e Nino Paraíba completou mal, no peito de Willian Arão na entrada da área. Arão dominou, deixou quicar e, prensado por Gregore, chutou forte. A bola saiu com perigo, perto da trave direita de Douglas, a escanteio.
Aos 21, mais uma boa troca de passes. Filipe Luís, Piris da Motta, Willian Arão, Rodinei, Everton Ribeiro, Rodinei, Everton Ribeiro e daí outra vez a Gabriel aberto na direita. Ele cruzou pelo alto, Bruno Henrique subiu mais que Nino Paraíba e escorou de cabeça para a pequena area. Desequilibrado, Reinier se atrapalhou e tocou para fora, perdendo ótima chance.
Aos 25, Douglas chutou para a frente, Artur ganhou de Filipe Luís e lançou Rogério. Dentro da área, ele deu um corte seco em Rodrigo Caio e ficou em ótima condição para o chute. Pablo Marí chegou na cobertura e travou com precisão, Rodrigo Caio saiu jogando com Willian Arão pelo meio e daí a Everton Ribeiro na direita. Ele avançou e tocou a Gabriel, que tentou virar para Bruno Henrique do outro lado. Nino Paraíba cortou de cabeça, Artur se desligou da marcação, Filipe Luís ficou com a sobra na entrada da área e deu um bolão, de trivela, para Gabriel, que atravessou de primeira para Bruno Henrique completar de pé esquerdo, no contrapé de Douglas. Dois a um.
Aos 28, Pablo Marí abriu na esquerda a Bruno Henrique, ele carregou para o meio, ameaçou bater no gol e tocou a Gabriel dentro da área. Gabriel completou de primeira, chute forte, boa defesa de Douglas.
Aos 40, troca de passes. Filipe Luís, Bruno Henrique, Gabriel, Filipe Luís, Bruno Henrique, Pablo Marí, Rodrigo Caio, Pablo Marí, Filipe Luís, Rodrigo Caio, Rodinei, Willian Arão, Piris da Motta, Pablo Marí e daí a Bruno Henrique, que acelerou, livrou-se de Nino Paraíba e tocou para Everton Ribeiro devolver de peito. Na chegada à meia-lua, Bruno Henrique sofreu falta de Gregore. Aos 42, Willian Arão cobrou com categoria, por cima da barreira, Douglas não alcançou, a bola bateu no travessão. Esperto, Gabriel aproveitou o rebote e completou de primeira para o gol vazio. Três a um.
Aos 43, lançamento longo de Juninho para Rogério, na esquerda. Ele dominou, cruzou, Artur Caíke apareceu livre no meio da área e cabeceou com perigo, à esquerda do gol de Diego Alves.
Ficha do jogo.
Flamengo 3 x 1 Bahia.
Maracanã, 10 de novembro.
Flamengo: Diego Alves; Rodinei, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão, Gerson (Piris da Motta) e Everton Ribeiro; Gabriel, Bruno Henrique (Diego) e Vitinho (Reinier). Técnico: João de Deus. (Jorge Jesus cumpriu suspensão automática, por ter recebido três cartões amarelos.)
Bahia: Douglas; Nino Paraíba, Lucas Fonseca, Juninho e Moisés; Flávio, Gregore e João Pedro (Guerra); Artur, Gilberto (Arthur Caíke) e Élber (Rogério). Técnico: Roger Machado.
Gols: Willian Arão, contra, aos 38’ do 1º tempo; Reinier aos 8’, Bruno Henrique aos 25’ e Gabriel aos 42’ do 2º.
Cartões amarelos: Piris da Motta e Bruno Henrique.
Juiz: Caio Max Vieira. Bandeirinhas: Fabiano Ramires e Jean Márcio dos Santos.
Renda: R$ 4.119.304,00. Público: 65.930.
Jorge, sou amigo de seu irmão – Mario – há muitos anos. Mas, isso não tem nada a ver.
O importante é que penso e ajo da mesma forma que você.
Cansei de ir ao Maraca e me incomodar com as mesmas coisas que você descreveu.
E hoje, veinho, morando em Belo Horizonte, prefiro torcer sozinho.
E vamos que vamos!
Abraço.
De tudo o que tenho lido, ouvido e visto. O que mais tem me garantido a esperança das vitórias é o foco, o comprometimento do time. Eles me transmitem muita lucidez, nenhum oba oba, nenhuma arrogância, e além disso um apetite quase insaciável pelas vitórias.
Eu havia feito a previsão a mais de um mês que seríamos campeões se passássemos ilesos pelo mês de outubro, isso ocorreu, como o palmeiras teve alumas dúzias de auxílios isso não se materializou, mas chegará, chegará.
Fala, Flavio.
É um time que quer jogar bola. Que quer vencer. Que não enxerga outra coisa que não seja a vitória. (Acho até que podia dar uma maneirada de vez em quando, mas muito melhor assim do que do jeito a que já estávamos nos habituando.)
Chegará, meu camarada. Chegará sim senhor.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Às vezes, sem qualquer provocação externa, me ponho a pensar.
Temos um time titular perfeitamente definido, composto de ONZE jogadores de categoria, com um técnico que, pelo menos para o nível de seus companheiros de trabalho aqui nestas paragens, parece ser incomparavelmente superior.
Aí, sem mais nem menos, fico reticente.
E os adversários, são poderosos (INT).
Claro que não.
O Grêmio e o Palmeiras, quando muito o Santos, são times razoáveis, os outros bem fraquinhos, com menção honrosa para os paranaenses.
Passo a analisar os jogadores, um a um, sem pensar no conjunto.
Diego Alves – um goleiro muito bom, com passagem bem vitoriosa pela Europa. Seria melhor que o Alisson Becker (INT). A resposta é negativa.
Rafinha – um bom lateral direito, com longa passagem (cerca de 14 anos) pela Europa. Falemos a verdade, apesar de gostar bastante da produção do mesmo, até agora, no Flamengo. Não era, ou melhor, NUNCA foi titular no Bayern. Sim, era utilizado, mas não dava para a saída com o Kimmich, que, a exemplo do que aconteceu com o Lahm, quando passou para o meio, os alemães venderam sem pestanejar o nosso Rafinha e contrataram o francês campeão do mundo Pavard.
Rodrigo Caio – outro bom jogador e em excelente forma. Experiência internacional (INT). Pouquíssima. Foi titular da seleção olímpica que, mal e mal, levou o ouro, na disputa de pênaltis, contra uma garotada alemã a que se somavam três velhos já acabados, bem ao contrário do nosso Neymar.
Pablo Marí – a cada jogo mais me agrada, apesar de que era titular, no seu país natal, de um time fraquíssimo, o La Coruña.
Filipe Luis – melhor a cada dia e, provavelmente, o jogador com mais bagagem internacional entre todos os onze titulares. Este sim,
tem uma bagagem e tanto.
Willian Arão – nunca saiu do Brasil, Pouco a dizer, apesar de ter subido muito de produção com o Mister.
Gerson- uma extraordinária promessa ou uma autêntica realidade, Sinceramente, não sei dizer. O seu fracasso na Itália deixa-me preocupado. Volta aquela perguntinha inconveniente – serão os adversários suficientemente adequados para se definir a força do time.
Everton Ribeiro – para mim, um craque. Experiência internacional, no entanto, quase nenhuma, pois jogar na Ãsia é pouco mais que no Aterro do Flamengo.
Arrascaeta – destacou-se desde um destes Mundiais sub alguma coisa. Considero-o, junto com o Filipe Luíz e o Everton Ribeiro, como componente do nosso Trio de Ouro. Tem um toque de bola refinadíssimo. Surge a indagação – e na seleção principal do Uruguai, destacou-se. Pelo menos no último Mundial, a resposta tranquilamente é negativa.
Gabigol – um prodígio para fazer gols. Na Europa, como se deu (INT). A resposta todos sabem
Bruno Henrique – poderia repetir o comentário anterior, sem repetir o questionamente europeu, até porque não tem a menor experiência internacional.
Dei a minha opinião a respeito dos nossos ONZE titulares absolutos. Não há, a meu sentir, um só jogador que possa ser criticado. Todos, inegavelmente, têm qualidades. É muito raro tal acontecer. Seria, consequentemente, motivo da mais absoluta tranquilidade para os confrontos internacionais que se aproximam. Assim sendo, as dúvidas que levantei, até contra a minha opinião pessoal, são válidas ou devem ser desprezadas.
O fabuloso inglês, que pelo menos não era de Liverpool, colocou a resposta certa – EIS A QUESTÂO.
Tranquilas, no Brasil, nem tanto no exterior, SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – ia me esquecendo do Mister. Um autêntico revolucionário em terras tupiniquins. Aí, mais uma indagação – qual o motivo, principalmente em se considerando já ter 65 anos, ou algo assim, de, no continente que passou a dominar o futebol, jamais ter atuado fora do seu país natal (INT).
Comentário que faz jus à sua profissão de advogado, só que do diabo. Quanto ao JJ, recusou um convite pra treinar o Milan e recusou. Disse que hoje não recusaria.
srn p&a
querido amigo,carlos moraes,
no seu comentário deu pra perceber que jogador que não brilha na europa ,tem uma avaliação muito baixa feita por vc.
gostaria de lembrar alguns bons jogadores que não brilharam na europa e que por aqui foram simplesmente maravilhosos….
vou começar por todo time do flamengo de 81,nenhum jogador daquele timaço foi destaque na europa.
luiz pereira,nelinho,piazza,tostão,rivelino,socrates,roberto dinamite,carlos alberto,nilton santos e pra finalizar guarrincha e pelé.
como vc pode ver a lista é estensa….
extensa
Rapá, meu caro amigo Murtinho, estamos caminhando com a história, reescrevendo ela com um portugues cheio de conhecimento e entusiasmo que para os mais recalcados e ignorantes chega a ser heresia o futebol apresentado pelo Flamengo,
Os milagres de Jesus.
O ótimo futebol apresentado pelo Flamengo.
A ressurreição de alguns jogadores, entre eles , acredito que o mais emblemático seja o Arão, ” a transformação da água para o vinho” , só falta o Arão fazer o gol de falta a lá Zico na final da libertadores, rsrrsrs, seria um caso raro de um milagre dentro de outro milagre feito pelo mister.
As várias mudanças táticas durante a partida.
A verdade óbvia que jogadores podem e devem jogar sempre , sem desculpas , pois ganham e muito bem pra isso. Com todo cuidado que deve ter pela comissão técnica com relação ao desgaste e capacidade de cada jogador ” temos tecnologia e pessoal capacitado para conseguir isso”
O entendimento natural da força cósmica chamada Flamengo, escrita em nosso hino e colocada em prática pelo mister ” vencer, vencer e vencer”
Aos antis , só resta secar e crucificar o mister , colocar entre os ladrões Diniz e Sampaoli achando que esse ano será esquecido, ledo engano, pois o ano 01 da era cristã será lembrado por todos os flamenguista e contado de mil maneiras para a posteridade lembrar que o futebol brasileiro ainda pulsa e quer ser reencarnado em corpo mais ágil e dinâmico, esquercer esse esqueleto da CBF” 7 x 1″
Um pequeno milagre ou seria grande que estou esperando é uma ironia do destino, que domingo o Flamengo ganhe de preferência com goleada e com o time reserva do Grêmio, tornando campeão lá, o técnico falastrão sendo demitido por causa dos danos feitos por sua língua,kkkkkkk.
Como é ótimo ser flamenguista e saber que somos uma nação que ama e segue religiosamente o Flamengo assim como eu.
Fala, meu camarada.
Excelente comentário.
O que Jorge Jesus está fazendo pelo Flamengo e, por extensão, pelo futebol brasileiro, é algo incalculável.
Nem sempre o time vai arrebentar, nem sempre vai dar show, nem sempre vai ganhar. Mas a mudança é brutal, é quase como se outro esporte estivesse sendo praticado. Para a lição ficar completa, só faltam os títulos. Vamos torcer.
Abração. SRN. Paz & Amor.
No futebol, quem não é supersticioso ainda não aprendeu a torcer.
Murtinho, quando eu vi hoje pela manhã você trazer de volta essa azarada música “está chegando a hora”, eu cruzei os dedos e bati três vezes na madeira. Verdade. Só em lembrar, eu bati agora de novo.
Nos meus áureos tempos de Maracanã, eu suava frio quando lá pelos 40 minutos do segundo tempo, no acender das luzes do Maracanã, a nossa torcida começava a cantar a tal “está chegando a hora”, porque invariavelmente o adversário empatava a partida. Verdade.
Por sorte minha ou por sabedoria popular, essa valsa foi deixada de lado, dando passagem para os sambas. As organizadas escolhiam a cada ano um samba de sucesso e faziam a festa. Lembro-me de dois sambas que explodiam as arquibancadas.
O primeiro, Salgueiro, 1971:
“… que beleza, a maconha que vem lá do Ceará. Olelê, Olalá, pega no ganzê, pega no Ganzá…
Até quem não era de fumar, cantava.
O segundo, Neguinho da Beija Flor, 1979:
Domingo, eu vou ao Maracanã
Vou torcer pro time que sou fã
Vou levar foguetes e bandeiras
Não vai ser de brincadeira
Ele vai ser campeão
E eu não quero, cadeira numerada
Eu vou de arquibancada
Pra sentir mais emoção
Por que meu time
Bota pra fuder
E o Nome dele são vocês que vão dizer
O ôôô ôôô ôôô Mengo!
Lá lá laiá laiá
lá laiá laiá lalaiá Raça!
(versão da Raça Rubro-Negra)
Maestro Zezinho! A música é esta última aí de cima. Vamos de samba, nada de valsa azarada. (toc. toc. toc.)
No futebol, quem não é supersticioso ainda não aprendeu a torcer.
Saudações Rubro-Negras.
Hahaha!
Invariavelmente foi um pouco demais, não foi não?
Minhas superstições são mais recentes. Detesto, por exemplo, “o campeão voltou”. A primeira torcida que eu vi cantar isso foi a do São Paulo. E desde que cantou, nunca mais ganhou nada. Nem um mísero campeonato paulistinha.
De qualquer modo, muito bem escolhida sua música para o Maestro Zezinho. Uma nota.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Aí Murtinho, lembrei agora daquele seu primeiro post em janeiro, quando vc assumiu a responsa de resumir todos os jogos do Flamengo no ano.
Quem diria que justo quando tomaste essa decisão seria pra documentar um ano histórico, hein?
Tá chegando a hora!
SRN
Fala, Marcos.
Então, rapaz. Quem diria!
Embora eu tenha perfeita consciência de que, sem querer fazer trocadilho, foi Jorge Jesus quem me salvou.
Vamo pra cima.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Me lembrei de você durante o jogo. “Vou ter que dizer no comentário pro Jorge que o Gabriel é meu mais novo ídolo – Gabigols.” Jogou demais o cara e mostrou com sobras que pode ser útil em mais de 1 fundamento, jogando pro time, como disse o Zico. Também li ou ouvi pelaí que o JJ teria lhe chamado atenção sobre ele sempre passar a bola pra perna esquerda, o tempo que ele perdia nesse movimento e as possíveis consequências. Domingo ele mostrou que aprendeu rápido. Encheu meu coração de alegria. Que baita diferença faz um técnico/treinador de 1º nível mundial que não fica nada a dever aos Klopps e Guardiolas da vida.
Zico derramou amor sobre o Vitinho direto do Japão e continuou no Rio hoje, alertando sobre os apagões e a dissintonia com o time enquanto reconhecia o seu talento. O esporro Dele, elegante e compassivo como sempre, foi um incentivo e tanto, mostrando confiança e esperança. Espero que o Vitinho veja o vídeo. Falou também, mais uma vez (já tinha dito antes), que não vê o Rodinei como lateral, diante de sua dificuldade de marcação – o gol do Bahia saiu por bobeira dele que tinha que estar ali junto do DAlves pra isolar a defesa parcial. Vejo ele como personagem importante pro grupo por sua vibração e bom humor, mas não ali. A qualidade cai demais quando ele substitui o Rafinha.
O time do Flamengo tá encantado. Quando não é um, é outro, e a harmonia e o equilíbrio sempre se mantém.
Por isso mesmo a confiança é grande para Le Grand Finale, mas… tô nervosinho desde já. A movimentação em torno do evento tá sendo gigantesca, o favoritismo não me agrada e me agarro em Jesus, sua sabedoria e ascendência sobre os discípulos, pra que não haja hipótese deles levarem isso pro campo. É hora de ter consciência, mais do que nunca, da também gigantesca responsabilidade que têm e dar vida pela vitória, metafórica e literalmente se for preciso. Amém!
srn p&a
Fala, Rasiko.
Nervosinho? Pois fique sabendo que estou uma pilha. Confiante, mas uma pilha.
Rapaz, eu falei isso em minha resposta ao comentário do Trooper no post sobre o jogo com o Goiás. Claro que Rodinei não é nenhuma sumidade em campo, mas acho difícil encontrar alguém melhor que ele para a reserva do Rafinha.
Uma opção seria, talvez, buscar um cara meio polivalente, que pudesse exercer outras funções, uma espécie de reserva-curinga. Mesmo com a péssima campanha e a forte ameaça de rebaixamento, o Fluminense tem um cara assim, só que do outro lado, o Caio Henrique. Joga bem de lateral-esquerdo, segundo volante, meia, é o tipo do jogador que, durante uma temporada puxada como a nossa, e ainda mais num time que cada vez mais vai entrar para ganhar todas, pode ser importante. Na direita, não sei. Pikachu? Tenho dúvida. Deixa o Rodinei lá.
Plenamente de acordo quanto à harmonia. É mais um dos muitos fatores que estão fazendo a diferença.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Vou fazer um reload de uma carta importante, datada de 11 de Julho de 2019
Carta ao Jesus
Querido menino, figura principal do meu presépio, venho por meio dessas pessimamente ditadas linhas trazer notícias da terra do pato, o Donald, de todos meus melequentos, Elbinha e Japa.
Aqui a vida continua como sempre, em Cuba do Norte não existe espaço para racismo: todos nós odiamos os brancos! O trabalho vai de vento em polpa, com a pizzaria Jimenez’s&Gonzales sendo a maior fornecedora para o Partido democrata e suas reuniões dos 312 candidatos à presidência da república. Japa recém renunciou a uma proposta de trabalho feita pela NASA, a quem ele considera os engenheiros obsoletos, e Elbinha vai fazendo barba, cabelo e bigode a torto e a direita, ela que junto à Jimenez, meu chefe, comandam o braço político de Donald em Hialeah!
Lindo filho de Maria, você acaba de chegar no Brasil que eu deixei a 32 anos, quando Sarney ainda não pintava o bigode, e não tinha sido mumificado, e deve ser orientado por quem conhece as entranhas desse futebolzinho tupiniquim como ninguém! Anos a fio de copos de mate Leão com mijo na cabeça me dão autoridade de filósofo para explicar o assassinato do futebol mais competitivo do mundo, o Brasileiro, e o surgimento, como um Judas não suicida, dessa jumentice que assola o país: os treneros gaúchos de merdda!
Você, querido enviado para uns, rejeitado Messias para outros, não conhece a excrescência do pensamento de jegue empacado dos nossos professores doutores, que são, para uma melhor explicação em português mal falado (como se você tivesse um ovo de codorna embaixo da língua e tivesse que fazer força pra não quebrá-lo), uma espécie de Mourinho piorado, cheio de vícios e acostumado a dar boas desculpas depois dos vexames (ler a carta da dona Lúcia é o exemplo máximo do que vos falo)!
Você vem com uma missão, profeta filho do Divino: tratar do maior time do Mundo! Não adianta ficar tentando se ajustar ao status quo do que acontece em Pindorama, seu objetivo é recobrar o cenário mundial pro futebol do Flamengo, é fazer esses menininhos mimados virarem bons jogadores de futebol e competirem pra ganhar jogando bola! A galera formada por Wanderleis, Abels , Felipões e Manos farão caravanas imensas pra te colocar em julgamento junto com dois ladrões, provavelmente o Diniz e o Sampaoli! Mas se o teu trabalho for repleto de fé na bola, luz divina na imagem de Zico, e a coragem honesta de Rondinelli, teu caminho se abrirá como os mares se abriram em outras épocas que você não tem nada haver com isso.
Fique focado, oh Guia dos sofredores, em fazer o diferente, fazer um time de futebol brasileiro como os que só se vê nazoropa, pois o Brasil já está concertado financeira e economicamente depois da reforma, e agora tua meta é bater o Liverpool em Dezembro e os treneros do futebolzinho tupiniquim daqui até lá! Tua ajuda vem dos fiéis e crentes de todas as raças, mas especialmente da Raça!! Entenda que aqui é Flamengo, porra! E teu calvário se transformará numa passarela do Samba, sem Luís Airão!
Sem mais milongas, Elbinha manda beijos e avisa que voltará logo com Jimenez e Gonzalez, meus chefes, pra visitar Edvan, meu querido cunhado, rei de Alagoinhas! Como não precisam mais de visto pra entrar em Pindorama, fato que revolucionou a política externa do Pato, o Donald, que hoje sabe que o Brasil não está entre o Haiti e a República Dominicana, é mais pra baixo e perto da Venezuela, meus jefes tem mais facilidade de acompanhar minha casta e fiel esposa, enquanto eu tomo conta da pizzaria! Japa está trancado no banheiro e os melequentos repetiram de ano!
Saudações Rubro Nigérrimas
PS: Tite é o CARALHO!
SP2: Abelão é o CARALHO!
SP3: Lembrem-se do Aráurro!!!
Os comentários do Bill, sobretudo quando chegam sob o formato de suas caóticas cartas, são os responsáveis por reações contraditórias.
Quando elas demorar a aparecer por aqui, sinto uma puta duma falta. Quando elas aparecem, fico travado e não sei o que responder.
Escrever o quê?
Nessa aí, pelo menos, fica fácil elogiar a antevisão – sempre ouvi dizer que isso é coisa dos craques, certo? Tudo aí. Há quatro meses, Bill cravava tudo o que está acontecendo.
De pizza e futebol, o cara manja.
Abração. SRN. Paz & Amor.
PS1: Beijos na Elbinha (que Jimenez e González não me queiram mal).
PS2: Diga a Japinha para tomar cuidado com os pelos na palma da mão.
^Durante a partida, a ansiedade não deixava brechas …^
Um sábado do mês de fevereiro do ano de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2014, uma semana antes do Carnaval.
Um barzinho xexelento da Gávea.
Um grupo super alegre se reunindo, talvez pela terceira ou quarta vez na vida.
Eram os primórdios da Confraria Rubronegra do Urublog, que se transferira para o República Paz & Amor.
Lá estavam muitos dos que aqui se manifestam, uns atualmente sumidos, como o Edvan, outros persistentes como o Chacal, o Lúcifer, o Bruxo, eu mesmo.
O Grão Mestre e a Nivinha já haviam participado de outros eventos, mas foi o primeiro encontro com a participação da Vivi, devidamente trajada com o Manto Sagrado, e o aparentemente enigmático Murtinho e suas grossas sobrancelhas pretas que, apesar do tamanho, ficariam longe das do Monteiro Lobato, de há muito falecido.
Enigmático enquanto o jogo não acabou.
Pela Taça Guanabara,jogavam, em Volta Redonda, Flamengo versus Resende.
Evidentemente, uma senhora pelada, que acabamos por vencer por 3 x 0, embora ninguém estivesse prestando atenção.
Ninguém, a não ser o Murtinho.
Rente que nem pão quente, não afastava os olhos do vídeo durante todos os 90 minutos.
Encerrado o ^ grande espetáculo^, caiu na esbórnia como todos os demais.
Lendo o artigo excelente, não pude deixar de me lembrar.
Mal conheci, já passei a admirar, assim como em relação a Vivi, e, há bem mais tempo, o Arthur e a Nivinha.
Um rubro-negro de escol, uma figura humana preciosa.
Felizes somos nós que, sobretudo neste ano, temos os seus escritos e as suas opiniões em duas doses semanais, praticamente.
Efusivas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Mestre, Rubro Negro de Escol não!!! Era chope da Brahma
Grande saacana !
Não fosse o ^monumental^ reload de hoje, que acabo de ler e de me torcer de tanto rir, não sei para onde te mandaria com um trocadilho tão infame.
Pelo que ouvi (ou li) nem sei onde, você está chegando às nossas terras tupiniquins, a passeio.
Se for verdade, dê um jeito de vir até Brasília.
O Bruxo está organizando uma torcida para o jogo contra os argentinos.
Junte-se ao grupo !
Imbatíveis SRN
FLAMENGO SEMPRE
Por outro lado, você tem razão.
Rubro-negro de escol é pra lá de antiquado, ou melhor, é do caralho !!!!!
Grande Bill!
Da Brahma e muitos.
Correção necessária e perfeita.
Abração. SRN. Paz & Amor,
Meu querido Carlos Moraes.
Bela crônica!
Aquela foi a primeira reunião de que participei em tão ilustres companhias. (Precisamos organizar outras.)
Realmente, pra mim, o Flamengo tem esse poder de funcionar como ímã. Estando no estádio ou no sofá de casa, não consigo desgrudar os olhos do que acontece no campo.
Uma pequena correção: o fato ocorreu no começo de 2015 (e não 2014), pois foi em janeiro de 2015 que o Arthur montou o RP&A.
Pois é. Estamos nos aproximando dos cinco aninhos.
Muito bacana, valeu demais. E obrigado pela força de sempre.
Abração. SRN. Paz & Amor.
podemos marcar em brasilia o próximo encontro…
Murtinho
Cada um com seu cada qual, grande verdade !
Não sei a sua idade, eu estou indo para os 65, e pra mim, nos últimos anos, nada mais curtido do que cantar, à todo pulmão, o amor pelo meu Flamengo.
Mais gostoso ainda é cantar na saída, na descida da rampa e até mesmo no metrô.
Eu quero é cantar, meu amigo, extravasar uma alegria que, creio, deve vir da absoluta falta de certeza de que eu ainda teria tempo de ver algo assim, meio parecido com 81, sem o ZICO, mas com muita gente gastando a bola.
Saudações, cantando ou no silêncio !!!!!!
Seremos campeões !!!!!!!
Fala, Eduardo.
Temos idades bem próximas. Estou com 63, faço 64 em 1º de maio de 2020.
Você faz muito bem em cantar. Se todo mundo fizesse que nem eu, o Maracanã ia parecer um convento de beneditinos. Era (e ainda é) uma fraqueza minha. Cantar me atrapalhava a concentração do que acontecia no campo.
Sim, seremos!
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, botando meus parcos neurônios que ainda restam para funcionar, parece que se fizermos 8 pontos dos 18 que restam em disputa a taça é nossa, será que a minha matemática dá no mesmo que você colocou ou é mais pessimista?
Grande Xisto!
Me enrolei à vera com um trabalho que peguei pra fazer, não consegui responder os comentários a tempo.
A resposta está seguindo depois do empate com o Vasco, mas creio que sua conta procede. Dos quinze pontos que agora restam, se fizermos sete chegaremos a 85. Ganhando os seis jogos que faltam (acho muitíssimo difícil), o Palmeiras também alcançaria 85. Nessa hipótese doida, precisaríamos ganhar dois jogos e empatar um, e com isso terminaríamos o campeonato com pelo menos uma vitória a mais.
Abração. SRN. Paz & Amor.
murtinho que alivio saber que não era o único que ñ cantava pra ficar bem concentrado na partida…
falei cantava no passado pq hoje em dia canto o tempo todo,isso pq virei torcedor raiz ,vou pro setor norte no meio das organizadas.
bem no meio da favelada !
ah como é bom ser dessa tribo,sem medo de ser feliz !
tenho que agradecer ão meu filho por esse privilégio,foi ele que sempre exigiu estar lá no meio do povão.
já disse aqui uma vez que deixei de ir a final da copa do brasil 2013 pq só tinha um ingresso e meu filho não poderia ir.
agora aconteceu de novo nessa final da libertadores….
não tem graça ir ão estádio sem ele(exceção o ultimo jogo com o bahia aonde fui bem acompanhado pelo grande vagner).
vamos ver se no mundial teremos condições.
SRN !
Fala, Chacal.
Torcedor sempre tem essas manias.
Lendo o seu comentário, fiquei pensando que a minha concentração talvez fosse – ou, talvez seja – uma certa superstição.
Além do interesse pelo jogo, que sempre foi grande desde os seis ou sete anos de idade, fiquei pensando que é possível existir aí a crença de que a minha concentração seja responsável por fazer as bolas do ataque rubro-negro entrarem , e as do ataque adversário passarem longe do nosso goleiro. Quem sabe não tem um pouco dessa maluquice também?
Bem bacana seu relato sobre ir aos jogos com seu filho. E se o Vagner a que você se referiu é o Vagner que estou pensando, pode avisar a ele para aparecer por aqui. Tá fazendo falta.
Abração. SRN. Paz & Amor.
É ESSE VAGNER SIM !
SRN !
Eu estou maravilhado com o que esse time tem feito.
Era adolescente na Copa do Mundo de 1994, e embora hoje, com o distanciamento histórico, aquele time do Parreira seja um dos mais quadradões, a emoção foi forte. Os jogos contra Estados Unidos, Holanda, Suécia e Itália foram qualquer coisa. Ver Romário e Bebeto no auge, Taffarel fazendo história, o componente dramático dos pênaltis, o jejum de 24 anos…viver tudo aquilo foi muito marcante pra mim e pra minha geração. Lembro das reuniões de família pra assistir os jogos, como é natural em tempos de Copa do Mundo.
Depois, na França em 98, até me animei com a semifinal contra a Holanda, mas já não liguei pra final. Não simpatizava com Ronaldo (acho que por ele ter tomado a vaga do Sávio nas Olimpíadas de 96), não gostava do Zagallo (acho que por não ter levado o Romário), enfim…não curtia aquela seleção.
Em 2002, já era diametralmente contra as canalhices da CBF, então tbm não dei muita bola, apenas acompanhando com moderação. O mesmo se repetindo em 2006, em que a identificação já era baixíssima, mais ainda em 2010 (torcer por Dunga e Felipe Melo era dose…). Em 2014 ri destrambelhadamente do 7×1, um dos melhores dias no sentido de piadas e memes da internet. A seleção não me dizia nada!
em 2018, porém, embora a seleção em si não tenha feito nada pra mudar esse sentimento de distanciamento, resolvi eu mesmo me aproximar, por um motivo particular: Meus filhos estavam em idade próxima à que eu tinha em 1994. Então eu queria que eles vivessem o que eu tinha vivido: experimentar a sensação de torcer em família em uma Copa do Mundo. Queria que eles tivesse essa memória comigo. Fizemos nossa parte. Uniformizados, sempre juntos, eu fazendo um esforço enorme pra me empolgar.
Mas Tite, Neymar e companhia não fizeram por onde.
Toda essa narrativa é pra dizer que o que a seleção não permitiu, o Flamengo vem fazendo agora. Tenho visto os jogos com meus filhos, eles empolgados com Gabigol, Diego Alves, (todo menino gosta de imitar seu goleiro ídolo numa simulação de disputa de pênaltis), Bruno Henrique e companhia.
O Mengão tem nos possibilitado gerar essa memória marcante. Por isso, como disse na primeira linha, estou maravilhado com o que esse time tem feito.
Fala, Pedro.
Muito bom.
Não tem muito a ver com o momento e a temporada do Flamengo pós-Jorge Jesus, mas o que a CBF fez com a seleção brasileira deveria ser considerado crime inafiançável.
A seleção era uma festa.
Como não eram comuns as transmissões de partidas dos outros estados, jogos da seleção no Maracanã representavam a grande oportunidade da gente, que morava no Rio, tomar contato com o maravilhoso futebol de Pelé, Tostão, Rivelino, Edu.
A identificação era total. Hoje, é zero. Quem liga para a seleção brasileira? Quem conhece Wesley, que Tite convocou para essa dupla de joguinhos caça-níqueis? Fim do mundo.
Quanto ao Flamengo, é isso aí. Que bom que seus filhos estão acompanhando, empolgados como todos nós, essa fase fantástica.
Que venham os títulos e que venha o futuro.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, você me fez recordar dos tempos de Maracanã. A loucura após o jogo para conseguir o lotação. Essa era uma briga de cachorro grande. Se não estiver errado, tomava o 434 (Leblon) ou o seu 464 (Maracanã ?) – ônibus cor laranja- com parada em Botafogo( seu bairro). Ficava em Copacabana.
Me posicionava no alto da arquibancada, no centro do gramado. Oposto à Tribuna de Honra. Ia para assistir aos jogos. Meu amigo invisível era meu único companheiro. Cada um com a sua loucura. Com este dialogada, esbravejava e comemorava os gols. Sempre distante das torcidas organizadas. A concentração ao jogo era imprescindível. No máximo, reclamava com o vizinho sobre um erro de posicionamento.
Essa torcida do Flamengo é única. Lembro que o primeiro jogo entre Flamengo x Botafogo , após a perda do título de 1989, foi realizado em uma quarta à noite. Um amigo de faculdade, botafoguense, me convidou para assistirmos ao jogo. O local destinado à torcida rubro-negra estava lotado. Tive de assistir com ele, no espaço inimigo. Ailton fez um golaço de longa distância. 1 x 0. Resultado final. Eu pude ver com os olhos do adversário a alegria da nossa torcida. Única.
O tempo passa…você já descreveu com detalhes a virada sobre o Bahia. Me parece que foi o primeira virada rubro-negra na presente competição. Me fez lembrar daquele mítico jogo de 1980 entre Flamengo x Coritiba. O clube Paranaense fez 2 x 0 e o rubro-negro virou de uma maneira sensacional. Anselmo e Carlos Alberto se transformaram em heróis da semana.
O passado e o presente estão se encontrando em minha mente. Bom sinal. Lembranças vitoriosas.
Ainda com a barriga cheia de pontos, sigo na tranquilidade aguardando o próximo duelo.
Avante, Mengão!
SRN
Havíamos conseguido viradas contra o Botafogo no 1º turno (3×2 na 12ª rodada) e contra o Fortaleza fora (2×1 na rodada 26).
Só sei disso pq por acaso vi o tópico em discussão numa dessas mesas redondas.
É um dado interessante pq parecia haver uma impressão geral de que o nosso time ainda não foi testado sob pressão. Qual nada! Já por 3 vezes saímos atrás e com equilíbrio recuperamos o placar. Esse time tem repertório.
Ainda com o Abel, tb viramos contra Cruzeiro (3×1 rodada 1) e Athlético-PR (3×2 rodada 6) no Maracanã. Falando sobre “testado sob pressão” temos as situações como o jogo de volta contra o Emelec (que revertemos o resultado sem tomar gol) e do 2° tempo contra o Inter no Beira Rio pela Libertadores, que depois do gol que acharam tivemos tranquilidade e matamos o jogo no contra ataque.
Perfeito, Guilherme.
Contra o Emelec, na base do embalo. Contra o Inter, na maturidade.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Viramos contra o Athlético-PR no Maracanã ainda com o Abelão na beira do campo. 3 a 2 no finalzinho com cabeçada linda de Rodrigo Caio.
Fala, Paulo.
Isso aí. Na verdade, no período pré-Jorge Jesus, viramos contra o Cruzeiro (perdíamos por um a zero) e o Athletico Paranaense (perdíamos por dois a um), ambos no Maracanã. Já com Jorge Jesus no comando, viramos contra o Botafogo no Maraca (perdíamos por um a zero), Fortaleza fora (idem) e agora Bahia (também).
Esse ano, acabou esse papo de não virar jogo.
Abração. SRN. Paz & Amor.
434 – Barão de Drumond-Lebrão
Fala, João.
Como tive que demorar pra responder, a questão das viradas já foi devidamente esclarecida por outros comentaristas.
A história do amigo invisível é ótima. (Você e o Canteros, que costumava fazer lançamentos incríveis para atacantes imaginários.)
Aureo Rocha fez um comentário bacana sobre isso. Quem torce sem qualquer superstição ou, no mínimo, sem manias?
Quanto às lembranças, elas são magníficas. Porém, ainda melhores do que elas são as expectativas de que, daqui pra frente, não vamos ter apenas as lembranças para nos orgulhar.
Abração. SRN. Paz & Amor.