La dolce vita de Eduardo Bandeira de Mello. Sem a Fontana di Trevi e a Anita Ekberg pra se inspirar. Quando vi La dolce vita do Federico Fellini tive sensação semelhante ao receber o desafio republicano de escrever sobre o presidente do Clube de Regatas do Flamengo. Tentei colocar as informações numa ordem cartesiana. Num marco histórico. Numa cronologia com início, meio e fim. Tanto o filme, quanto um simples bate papo com o chefe da Nação Rubro-Negra fogem a ordem natural das coisas. Isso é Flamengo. Isso é Fellini. Para o diretor italiano, o cinema é o modo mais direto de se entrar em competição com Deus. Eu ouso dizer, depois de uma tarde com Eduardo Bandeira de Mello, que ser presidente do Flamengo também.
De doce a vida de um presidente do clube mais popular do país não tem nada. O título genial de Fellini é cheio de significados e ironia. O desse texto inclusive. Eduardo Bandeira de Mello nasceu Flamengo. Por parte de pai e mãe. A família não teve mistura. Ele é um sangue azul. Sem ou com trocadilho. Suas principais lembranças da infância envolviam a família reunida em torno da televisão do avô, isso num ano que o Flamengo não conquistou o campeonato, lembrou o presidente. E o Brasil foi campeão do mundo sem vencer o Mais Querido. Em um amistoso disputado no Maracanã, 28 dias antes da estreia da seleção na Suécia, que tinha no seu scratch os rubro-negros Joel, Dida e Zagallo. 1958, o ano da infância do presidente. Questão – para uma rubro-negra como eu – muito mais importante que o título de campeão do mundo do Brasil.
Depois disso, surgiu um brilho no olhar do presidente que me lembrou o Mastroianni vendo a Anita Ekberg na famosa cena da Fontana. Ele quase que declama. É uma poesia ouvir a escalação do Flamengo da sua juventude, o time de 1963: Marcial, Murilo, Luis Carlos Freitas, Ananias, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Espanhol, Aírton, Geraldo e Osvaldo. Lembrou também do Gerson e do Dida que foram negociados. E daquele sentimento de perda que já naquela época causava na torcida. Mas o time campeão foi esse que eu te falei. E título é o que vale, é o que nós queremos, amamos e precisamos, n-ã-o-é-p-r-e-s-i-d-e-n-t-e?
Eu quis saber quando foi a primeira ida dele ao Maracanã. Uma das críticas mais contundentes da oposição política atual do clube é que a diretoria-caviar-azul nunca frequentou as arquibancadas do Maracanã. Então o Bandeira voltou a me olhar com olhos de Mastroianni. Apesar de. Não sei precisar o ano, acho que foi 1959 ou 1960 num Flamengo x Vasco. Mas nós perdemos o jogo. O goleiro deles, Ita, agarrou tudo naquele dia. Inclusive um pênalti nosso batido pelo Moacir. Eu perdi uma noite de sono, ou sonho, para descobrir o ano preciso da primeira ida do presidente ao Maraca. Em 1959, o Flamengo só empatou com o time da Colina. Já em 1960, encontrei uma pista num livro-herança do meu velho pai: “Vasco venceu. Mas, Fla caiu de pé: 1 x 0”. A boa e velha “FLAPRESS” nos brindando com essas manchetes geniais, não é mesmo? Neste ano perdemos pra eles nos dois turnos do Carioca. No primeiro entramos com Ari, Joubert, Monin, Jadir, Jordan, Carlinhos, Moacir, Othon, Henrique, Luís Carlos e Babá (O jogo que “caímos de pé” com gol do Wilson Moreira, no dia 4 de setembro). No segundo turno fomos de Edmar, Bolero, Monin, Jadir, Jordan, Carlinhos, Gérson, Babá, Moacir, Henrique e Germano (Em 26 de Novembro, com gol de Delém. Deve ter sido nessa época que começou nossa sina de tomar gol de nomes estranhos). Valendo a consideração do presidente: O primeiro jogo dele foi mesmo em 1960? Curioso que o Ita, o goleiro que fechou o gol do Vasco para infelicidade do menino Bandeira era reserva do Barbosa. Chegou ganhando Cr$ 4 mil cruzeiros, entre luvas e ordenados, e saiu com o último contrato lhe dando Cr$ 400 mil mensais e um Fusca!
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Os Anos 60 foram importantes na formação do TORCEDOR Bandeira. Foram tempos de times tecnicamente fracos mas com uma raça, me contou exaltado. Essa característica passou a ser para ele (e para torcida do Flamengo) condição fundamental para um jogador rubro-negro. Eu gosto de jogador que se entrega, que dá o sangue. Quando eu tinha 15 anos o melhor jogador do Flamengo era o Silva. Já o que eu mais gostava mesmo era o Murilo. Inclusive, na época da campanha, eu tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente. Pra ele não tinha bola perdida, era um lateral direito ofensivo, praticamente ‘indisciplinado’ pois ia quase que contra a ordem do treinador. Ele se mandava para frente, não queria nem saber, devia correr uns 20 km no jogo inteiro. Sempre gostei de jogador raçudo. Nessa hora eu fechei os olhos, entrei no chafariz e gritei: “Marchhhellllllo, Come Here!!!!” Imaginem o presidente do FLA-MEN-GO, na sua frente, falando de um lateral direito ofensivo, que corria o jogo inteiro??!?!!? Que agonia! Eu só pensava “nele”. Bom, eu estava ali para conhecer um pouquinho mais dos sonhos do presidente, e não dos meus. O Fellini filmava seus próprios sonhos. Gosto de pensar nisso.
Até então o papo estava alto nível, até que eu quis saber de algum jogador baranga, um perna de pau que tivesse marcado a história dele. Sinceramente nunca pensei nisso. E se tem uma coisa que eu não gosto é quando a torcida do Flamengo hostiliza algum jogador. Nessa hora eu quis sair correndo sem olhar para trás. Imagina o presidente me vendo nas arquibancadas do Maracanã, com aquela minha educação do Sacre-Coeur às avessas?!?! Mas, ousadamente, questionei: “Como assim presidente? O Senhor não gosta de vaia? Nem quando vê o cara com as mãos na cintura, paradão, ou dando passe de calcanhar em jogo decisivo?” Não. Não gosto de vaia. Até admito no final do jogo, mas durante a partida é pouco inteligente. As vezes o jogador está ali se esforçando, você percebe a limitação dele e de repente é vaiado?!?! Ele acaba ficando pior ainda. Aí vem a imprensa, os jornalistas pegam no pé, eu NÃO gosto. Eu nunca gostei de ridicularizar jogador. Vestiu o manto sagrado tem que ser respeitado. Se está demonstrando falta de compromisso eu até aceito, mas se ele está jogando mal por limitações, acho que não deve. Eu queria ter mais tempo com ele para debater esse ponto. Eduardo Mastroianni, se tem limitação não pode vestir o manto sagrado, não é mesmo? Não é doce a vida de um presidente sendo entrevistado por uma torcedora-blogueira.
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Então me diga, quando o senhor conheceu sua esposa disse pra ela: Na minha vida o Flamengo vem em primeiro lugar? Não precisei. Ela até dizia que era botafoguense quando começamos a namorar, em 1980. Ela ia comigo para o Maracanã, e vendo aquele time, acompanhando aqueles jogos, e ainda mais querendo casar com o BONITÃO aqui, virou Flamengo. Conclusão: Mais uma vitória sobre o Botafogo. [Marchhhelllo, Marcheeeeellllooo!] E os meninos, que nasceram um em 1982, e dois em 1989 são todos muito ou tão Flamengo quanto eu. E quando a família e os filhos são citados, começamos a lembrar dos episódios que marcaram época nesses dois anos de gestão, que envolveram justamente os meninos e posturas do presidente-torcedor nos estádios e até no aeroporto. É impossível separar o presidente do torcedor nessas horas, me disse ele. E quando envolvem filhos com ameaças, agressões e xingamentos o pai acaba tomando as dores. Mas eu não agredi nenhuma velhinha no Maracanã, como fui acusado no dia seguinte ao jogo de Flamengo x León. É verdade, confirmei, não agrediu mesmo. Eu estava bem pertinho dele. Até porque nesse dia, eu deveria ter sido a primeira a ser agredida, pois xinguei todas as gerações dos Bandeira de Mello durante a partida. Só que ninguém me ouviu. Ufa. Já a imprensa fez a festa nesse episódio, entre tantos outros, e eu aproveitei para perguntar sobre a relação com os jornalistas e os blogueiros e seja o que Zico quiser! Afinal, foi em La Dolce Vita, que os “paparazzos” se imortalizaram. O personagem do Marcello Mastroianni era um jornalista, dá um desconto presidente. De uma maneira geral é boa. Eu diria que me dou bem com 99% da imprensa e dos blogs. Quem faz parte desse 1% aí, presidente? Não vou citar nomes, mas não é difícil de descobrir.
Enquanto íamos conversando lembrei que La Dolce Vita é um filme todo em preto e branco. Entretanto, foi tão bem rodado que a sensação que temos é que ele sempre foi um filme colorido. Muitos rubro-negros tem essa mesma impressão da gestão Bandeira de Mello, as cores vivas dos títulos, das vitórias, das grandes conquistas não apareceram ainda, como a chapa eleita no período da campanha propagou: Flamengo Campeão do Mundo. Porém, o senso comum anuncia que o Clube chegará lá. Outros ainda insistem na velha política trabalhando internamente para (re)assumir o poder rubro-negro na próxima eleição. A conferir. Afinal, no meio do caminho havia um Bandeira. Havia um Bandeira no meio do caminho.
Foi o acaso que te elegeu, presidente? Destino? Missão Divina? Não sei o que foi. Talvez um conjunto de fatores, seguramente não foi planejado. Quando o Walim me chamou eu topei sem imaginar que seria presidente. E acabou acontecendo. Provavelmente se eu tivesse construído minha vida com esse objetivo poderia não ter acontecido, como é o caso de muita gente que teve e ainda tem essa ambição. Eduardo, ser presidente foi a maior loucura que o senhor já fez pelo Flamengo? Se pensar bem… Ele me respondeu com ar de reticências e um olhar distante. Em seguida lembrou que quando tinha 15 anos foi com três – dos seus cinco irmãos – assistir um jogo lá na Bariri. Saíram da Usina no maior estilo Guia Rex debaixo do braço (GPS é para os fracos), para assistir um jogo de juvenis. O time era uma porcaria, não estava disputando nada naquele ano, mas resolvemos ir. Pegamos três conduções, cada um carregando uma bandeira do Flamengo, e quando o time entrou em campo eles foram direto nos cumprimentar. Jogava o Zanata, o Chiquinho do Leblon, o Washington, o Tinteiro, mas o jogo era inexpressivo. No final tivemos a maior dificuldade para voltar pra casa, e claro, levamos uma bronca danada para ver um jogo que não valia absolutamente nada. Depois disso, teve também aquele 5 x 1, em Volta Redonda, que eu fui assistir no velho Raulino de Oliveira, com a minha mulher GRÁVIDA. Pra ver aquele time de 1981 valia qualquer sacrifício. Nem precisa pensar bem…
Em um ano de eleição insisto em saber a DOR e a DELÍCIA de ser presidente do Flamengo. A dor é quando o time está perdendo e você não pode entrar em campo. Você sabe que na parte administrativa está fazendo o melhor trabalho possível, mas as coisas não estão acontecendo, e as consequências dessa derrota extrapolam o ser presidente, a sua pessoa. Eu já tive filho ameaçado! Você está no Maracanã e as pessoas te xingando (ai Jesus, desculpa presidente), xingando a sua mãe que não tem nada a ver com aquilo e ela também está sofrendo por minha causa, enfim, isso é desagradável. Já a delícia… A delícia é poder ajudar o Flamengo. É ver de perto o que ele representa na vida das pessoas. Você sai na rua…nossa…eu sempre fui discreto, anônimo, nunca fui reconhecido, não era pra ser mesmo, e você vê as pessoas humildes, o time perdendo, e as pessoas falando: “presidente, é isso mesmo, a gente tem que resgatar nossa dignidade, temos que ser bom pagadores, temos que dar o exemplo, o senhor tá certo”. E você vê esse tipo de coisa e isso é gratificante.
Preciso ser mais evoluída e muito mais humilde.
No Amor, na Guerra e no FLAMENGO vale tudo, presidente? Não, claro que não. Respondeu categórico. Então me diga qual foi sua tomada de decisão mais difícil, alguma que tenha causado tristeza ou dor. Tem várias. Toda vez que eu tenho que assinar uma demissão aqui, dói. Completei na lata: A demissão do Ney Franco doeu? Não acredito. Ele rebateu. O Ney Franco é uma pessoa seríssima, um profissional caprichoso, eu assistia os treinos dele. Mas não estava acontecendo. Foram sete jogos, perdeu cinco, e um conjunto de coisas que contribuíram para aquilo, mas que não desqualificam o trabalho dele. Imaginei como outros presidentes, ex-presidentes, teriam lidado com “esse conjunto de coisas que contribuíram”. Perguntei se ele se espelhava em algum ex-presidente. Ou melhor, se isso era possível. O presidente Márcio Braga foi, com certeza, um presidente marcante. Eu, por exemplo, comprei meu título de sócio proprietário para poder votar nele. Já disse isso a ele. Quando o grupo dele assumiu, foi um marco, um salto de qualidade na administração do Clube. Se bem que, mesmo o pessoal que vinha antes, tinham coisas positivas como o trabalho da divisão de base. Eles inovaram nas ações, mas encontraram Leandro, Adílio, Andrade. Só que tiveram competência para trabalhar esse ativo, foram vanguarda naquela época. Certamente sem eles o Flamengo não tinha chegado até aqui. Uma (sub)consciência interessante.
E o senhor está sendo vanguarda também? Acha que está fazendo história no Clube? Todo mundo que passa pela presidência do Flamengo fica marcado. Nesse sentido eu não serei diferente, mas sinceramente não é isso que me move. Eu não estou aqui por vaidade pessoal, nenhum de nós do grupo está aqui por vaidade pessoal. Eu jamais vou dizer que eu sou realizado como presidente do Flamengo. Ficarei realizado seu eu puder dizer, daqui a alguns anos, que fui um bom presidente, que o Clube melhorou no período que trabalhei nele. O presidente do Flamengo erra? Ou NÃO pode errar? Todo mundo erra. Eu naturalmente estou errando e vou errar ainda mais. Tenho acertos e erros. Como eu vivo o Flamengo desde criança, consequentemente acompanhei muito das coisas que passaram por aqui. Eu tento aplicar as boas e evitar as ruins.
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Enquanto aquela conversa-perfil ía se desenhando, pensei no quão significativa foi a crítica de Fellini no filme a um distanciamento daquilo que somos. Logo, do que sentimos quando o Flamengo se distancia do que ele é. O Flamengo é para aquilo que nasceu: ser campeão. Maior e melhor que tudo e todos. E quando isso não acontece o mundo, a vida, o SER, perde o sentido. Conversamos sobre as derrotas do mandato que doeram na alma. Destacamos os acertos financeiros. Exaltei uma bola na trave que ele, sim ele, o presidente meteu em um jogo festivo na Gávea. Se aquela bola entra ia ficar ainda mais bonito, declarou com olhos de Mastroianni. Sim, se aquela bola entra. Aproveito a deixa pra saber o que ainda não sei. Em 2015, “o que falta para a bola entrar, presidente?” Tudo pode acontecer esse ano. Pode surgir um fato que leve o nosso grupo a ficar melhor ainda do que está em termos de aceitação. Ou algo contrário, ruim, o que seria uma surpresa que eu acho muito difícil pois estamos tentando fazer tudo direitinho. Eu espero que os sócios possam votar pela continuidade, por um modelo de responsabilidade, trabalhar por um Flamengo sustentável, sem precisar de espasmos. O Flamengo tem tudo para ser o principal clube brasileiro e um dos maiores do mundo. Basta que a gente trabalhe de maneira séria e honesta. Se serei eu, ou outro, ainda está cedo. Nesse momento eu não descarto a minha candidatura, mas também não faço questão. Tem uma coisa muito boa de uma garotada, da sua geração, que está chegando e participando e isso me dá a certeza que estamos plantando uma semente muito boa. Pensando nessas palavras do presidente me lembrei de Amarcord, outra obra genial do Fellini, que quer dizer EU ME RECORDO. E encerrei o papo com ele citando uma frase do cineasta, no melhor estilo República Paz e Amor e seus intrépidos meninos. NÃO HÁ FIM. NÃO HÁ UM COMEÇO. EXISTE APENAS A INFINITA PAIXÃO DA VIDA. Da vida rubro-negra.
Pra vocês, Paz e Amor.
Vivi Mariano.
flagol
Adorei la dolce vita, mas saiba que não teve nada de dolce a nossa ida a Bariri. Aliás, foi por causa desse jogo com Zanata e Chiquinho, partida que, por mero acaso, comentamos durante o jogo de juniores contra o Boavista, que tive acesso a esta matéria. Por falar nisso, o jogo que vimos ontem na Gávea acabou 9×0 pra nós. Portanto, parabéns aos garotos pela vitória e a você pela reportagem à italiana. Ciao.
Nega, sabe que sou supeito, mas achei sensacional sua entrevista com o trocadilho com o Fellini.
Go ahead!!
Tenho a honra de ser o Vice Presidente Geral do CRF cargo para o qual cheguei por acaso não importando agora narrar as circunstâncias pois o que importa é dizer da excelência do texto que sem dúvida dignifica a todos que estão a participar do grupo que está a dirigir os destinos do Flamengo.
É de se acrescentar que o Bandeira é uma verdadeira Enciclopédia a respeito da história dos jogos que assistiu,e não foram poucos, como também do conhecimento que tem das coisas do Clube.
Por outro lado face as diversas personalidades dos componentes de nossa Diretoria serve de equilíbrio em momentos de decisões difíceis com soluções ponderadas,o que se presta para manter a união do grupo que pretende verdadeiramente levar o Flamengo ao patamar de respeito que toda sua historia de glórias exige que ele esteja no conceito do esporte em todos os níveis deste Pais,
Excelente entrevista Vivi. Esse presidente me surpreendeu, no começo, achava o carequinha meio devagar, fala mansa demais, calma excessiva, me enganei, mesmo ele sendo alçado a candidato o Bandeira não se mostrou marionete como muitos achavam. Mostrou personalidade, tem dado entrevistas e opiniões sensatas. Estamos na torcida pro projeto deles dar certo e o Flamengo conseguir atingir objetivos que sejam do seu tamanho (Libertadores e Mundial). SRN (mesmo de longe, aqui do Ceará).
O PECADO MORTAL DA HISTORIADORA VIVI MARIANO
Vivi, minha jovem rubro-negra. Para mim, como historiadora, você jamais poderia escrever que a nossa vitória em um mero amistoso, com um golzinho do Manuelzinho, sobre a Seleção do Brasil, em maio de 1958, foi mais importnte do que o título conseguido em 30 de junho do mesmo ano.
Estava presente no Maracanã, saindo mais preocupado com o destino da nossa Seleção do que alegre com a nossa vitória, em um simples jogo amistoso, que se desenvolveu (eu vi) como um amistoso mesmo.
Vivi, o contexto histórico de 1958, quando já tinha 20 anos exatos, era completamente diferente do atual.
Em 1950, com 12, preocupado com os jogos de botão, [unica ^modalidade^ esportiva em que fui craque, já sofria – e muito – com os reiterados insucessos do nosso Flamengo após 1944, apesar da presença do Zizinho, que era o maior jogador brasileiro da época e, depois do Zico, o melhor do Flamengo de todos os tempos.
No mais, dando os meus primeiros passos atrás da beleza e , conjuntamente, da arte cinematográfica, a quem fui apresentado por um de seus maiores gênio, Charlie Chaplin, o Carlitos, deslumbrava-me com a extraordinária beleza meiga de Vivien (sua xará inglesa) Leigh, a eterna Scarlet O*Hara do ^O vento Levou^.
Não sei como, enquanto cerca de 180 mil espectadoreschoravam, inclui-me entre os 20 mil que apenas ficaram impactados, sem nada entender a arespeito da vitória uruguaia.
Em 1954, com 16, vivia o momento das grandes descobertas, dos amores platônicos (isto existia, àquela época), dos sonhos alucinados com a Aglaia do ^Idiota^ e a Maria Eduarda de ^Os Maias, a da minha imaginação muito mais bonita – POR INCRÍVEL QUE POSSA PARECER – do que a líndissima Ana Paula Arósio.
Fazia, naquele ano, p meu mestrado em masturbação, e a nossa derrota, inevitável, para a Hungria, representou bem aquela brochada famosa, em que o tesão sucumbe para uma paixão, mesmo que, muitas vezes, apenas platônica.
Em 1958, já universitário, vivia, como todos os brasileiros, todos os cariocas, principalmente todos os flamenguistas, os momentos de glória de um Mundo que parecia prestes a se modificar.
Viva Fidel, Viva o Chê, Viva o Cavaleiro da Esperança !
Viva Gagarin !
Viva o Brasil de 50 anos em 5 !
Viva as modificações sociais, viva a reestruturação político-partidária !
Entusiasmo total.
Só faltava o FUTEBOL, onde o Flamengo ainda vivia as glórias recentes do segundo e excepcional TRI.
Apesar disto, preponderava o célebre ^complexo de cachorro viralata^.
Os malucos que comandavam o espetáculo decidiram – temos que ter um time BRANCO.
Não havia como barrar o Didi, o Príncipe Etíope do grande Nelson.
Fora dele, somente braquinhos. Nada mais de quatro ^italianos^ De Sordi, Belini (o único que jogou a final, pois, a final de contas, tínhamos que ter o nosso Apolo também), Dino Sani e Mazzola Altafini, deixando no banco Djalma Santos, Zito e Vavá.
Até o nossos rubro-negros Joel e Dida , por serem mais claros, barraram os insuperáveis Garrincha e Pelé, veja só.
O técnico, mais um italiano, o gordo e sonolenta Feola, era, em sua homenagem, uma típica figura felliniana, parecendo aquela mulher que balançava os seus seios enormes e pesproporcionais, salvo engano em Amarcord.
Fomos passando por todos adversários, apesar do empatesinho com os ingleses.
OUVI, só havia o rádio, em casa, pela transmissão conjunta do Waldir Amaral e do Jorge Curi (grande rubro-negro), em casa.
Tinha combinado com um grupo de amigos, quase todos também flamenguistas (O imortal Ivan Nóbrega Junqueira era tricolor), de nos encontrarmos no Real Astória, o bar da época, bem na esquina da minha rua, em frente onde é hoje oa Pizzaria Guanabra.
Aloprado com a vitória certa, saí correndo para o local combinado, sem sequer saber que Pelé tinha feito o quinto gol.
Na nossa grande passeata do Leblon até Copacabana, milhares de pessoas de todas as cores, de todos credos, de todas as torcidas (com maioria nossa, é evidente), somente na Francisco Otaviano, em frente ao Quartel, um gaiato passando gritandoo – CINCO a DOIS – surpreendendo-me por completo.
Não, querida Vivi, quem viveu 30 de junho de 1958, não esquecerá jamais.
Na época, volto a dizer, não havia este ufanismo imbecil, estes Galvao Buenos da vida, até esta Rede Globo comandando a farra.
Não havia espaço também para que qualquer torcedor do Flamengo pudesse dar valor à vitoriazinha do mês de maio, em um banal amistoso (a de 1976, valendo a Taça Geraldo, da qual você tem uma foto em seu mural, quando ainda estava em um, foi bem diferente, pois era imperiosa a nossa vitória para resgatar a memória do craque cedo falecido, pelo que, também lá estava, um ótimo público no Maracanã, algo em torno de 160 mil espectadores, vibrou intensamente com o nosso êxito).
Nós, torcedores do Flamengo, sempre fomos muito inteligentes, sabendo reconhecer que o nosso herói do momento, o Dida, era ,
como não poderia deixar de ser, infinitamente inferior, ao Maior do Mundo, o PELÈ.
Nós, torcedores do Flamengo, com a nossa fina sensibilidade, sempre soubemos distinguir o joio do trigo, jamais podendo admitir que um simples amistoso pudesse ter mais valor ou, além do mais, proporcionar mais emoção, que o PRIMEIRO TÍTULO MUNDIAL, depois de sofridos fracassos.
Sinceras SRN
FLAMENGO SEMPRE
Vivi Mariano
Não a conhecia, jamais sequer tendo ouvido do seu nome, a não ser, logo depois do Natal, em um contato telefônico com o Grão Mestre.
Em assim sendo, a minha primeira providência foi abrir a mini-coluna ^Sobre a Vivi Mariano^,
Lá descobri, além de uma mulher bonita e jovem, que se tratava de tremenda rubro-negra, com muito amor a dar, além de ser tratar de uma jornalista, que também é historiadora.
Dá, desta forma, para comentar o seu artigo inaugural em duas etapas, primeiro do ponto de vista jornalístico, e, posteriormente, pelo seu perfil de historiadora.
Como jornalista, entusiasmei-me, apesar do evidente exagero de colocar no mesmo plano a arate cinematográcica (uma das minhas paixões), aaaaacomo um todo, e o eventual exercícioo da Presidência do nosso Flamengo.
Deixo de lado, passando a considerar como uma ^licença poética^.
Aiás o seu estilo, o seu amor pelo cinema e pelo espetacular Fellini, de tantas e tantas obras-primas, a partir da sua primeira investida, junto com Lattuada, no filme Mulheres e Luzes (com a mulher do Alberto, Carla del Poggio, absolutamente linda, além de uma ^sacada^genial, que não para comentar aqui), mais a sua capacidade de dar à prosa um toque poético, justicam amplamente a mencionada ^licença^.
Apesar de tudo, o que mais me encantou foi a capacidade, até incomum, de dar ao entrevistado o papel de protagonista.
Revelar, pelo menos para mim, um novo e diferente Dudu Bandeira, com o qual muito me identifiquei.
Um Dudu que acompanhava os juvenis, com a alegria de ver o bom Zanata, mesmo que em um joguinho que nada valia.
Como vibre com os nossos juvenis, na Gávea, em São Januário, nas Laranjeiras ou em General Severiano.
Vi craques se iniciando , como o Joel, que ^roubamos^ do Botafogo, originando uma tremenda quizumba, passando por tantos mais como César, Dionísio, Arilson, Arilson, Cantarelli, Rodrigues Neto (que, como juvenil, usava a camisa 8, terrível aflição do nosso Bill Duba, atuando no meio de campo, sendo ^Neto^porque o ponta esquerda, mais antigo, era o Rodrigues). Vitor e muitos outros, até chegar ao ZICO, já um tremendo goleador, campeão carioca ao lado de um centro-avante chamado Fidelis, que pintou mas não prosperou.
Mais aidante, graças à ótima entrevista, foi aberto espaço para que o nosso Dudu fizesse uma afirmação que sempre defendino velho (tenho pena de assim me referir) URUBLOG, não raro merecendooooooo críticas agressivas de outros colaboradores.
Trata-se de como classificou o Márcio Braga, como Presidente do Clube. Marcante, assim foi dito. Diria mais, determinante.
No entanto é, a meu sentir, profundamente injusto destacar apenas o Márcio.
Márcio foi o que resultou doMAIS SÉRIO E PRODUTIVO MOVIMENTO de figurar de destaque no nosso Flamengo.
Obviamente, não posso deixar de citar a Frente Ampla pelo Flamengo, a quem devemos uma revolução, que culmou na formação do nosso melhor time de todos os tempos, o Campeão Mundial de 1981.
Ouso sugerir a você, Vivi, que, unindo a sua capacidade de jornalista que, neste primeiro momento, mereceu a nota 10, à de historiado, onde, na minha opinião, cometeu um pecado mortal, elabore um trabalho sério a respieto da FAF.
O pecado mortal cometido, para não prejudicar de todo o excepcional conteúdo jornalístico, deixo para apreciar depois.
Sinceras SRN
FLAMENGO SEMPRE
Parabéns pela reportagem! Altíssimo nível! Belo trabalho! Que possamos ler mais trabalhos seus aqui neste espaço. Que mais posso dizer, sou só elogios! Um grande abraço.
Lindo texto. Meus parabéns!! Saúde para vc e nosso presidente!! Estamos no caminho certo!!
Já que ainda não saiu um novo artigo, registro aqui mesmo (depois farei o meu comentário sobre a Dolce Vita)
O RPA conseguiu, de cara, o primeiro título, logo de caráter nacional, mesmo que de garotos até 15 anos, em jogos de 30 por 30 minutos.
O nosso CRFML do B (Clube de Regatas Flamengo Marxista-Leninista do Brasil), em homenagem a um dos principais jogadores do ^fabuloso esquadrão^ da meninada, derrotou os caloteiros gremistas e, INVICTO, sagrou-se CAMPEÃO da Copa do Brasil sub-15, pela 1aa. vez em 15 edições do evento.
Peço ao pessoal do RPA que providencie, quando nunca, os nomes da garotadas, para que esta conquista, que tem, sim senhores, a sua importância, não passe em branco.
Bem por alto, sei de nomes ilustres, tais como o do goleiro, Vitror Hugô, o do cérebro, não poderia deixar de ser, do meio-de-campo, o Marx Lenin, e o do goleador, o Vinicius, posto que não de Moraes.
Divulguem os outros, por favor.
Seria uma homenagem que, a meu ver, se faz necessária.
De tarde, para coroar a semana de estréia do RPA, torçamos pelo segundo título, mesmo que seja nos penalties.
Vitoriosas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Ad absurdum, respondendo a mim mesmo.
Mais uma vez campeão !
Com toda a justiça, ganhamos do São Paulo de 1 x 0, com um gol espetacular da dupla feita na Base, Luis Antônio e Samir, os melhores em campo, apesar do meio ter jogado cerca de 20 minutos ou menos.
Mostrou ao LM e ao Pará, ambos sofríveis, sem qualquer destaque, como deve fazer um lateral direito.
Anteriormente, já tinha dado um belo chute a gol, obrigando o Rogério Ceni a fazer a defesa mais difícil do jogo.
Samir fez ver ao Marcelo Cirino como se chuta a gol, não isolando a bola para fora do estádio, como fez na melhor jogada do LM e, aláem do mais, ainda na etapa inicial, em grande recuperação, após falha do LM que ficou parado dando condição ao tal de Thiago Mendes, salvou um gol feito, atrapalhando o atacante goiano do SP.
Não foi uma exibição de gala, mas importante foi a vitória e o título.
Domingo, 25 de janeiro de 2015, um fecho espetacular para a semana inaugural do Blog RPA.
Felizes SRN
FLAMENGO SEMPRE
Sf3 corrigindo amigo, se o Menge3o? emtspasae ne3o seria campee3o, pois ficaria com o mesmo nfamero de pontos do Inter, mesmo nfamero de vitf3rias, mais perderia no Saldo de Gols!
Excelente texto ! Retrata com qualidade a trajetória de um vencedor. Sim, o Bandeira já é um Presidente vitorioso. Ele e sua equipe estão resgatando o orgulho de sermos rubro-negros. E não há vitória maior do que essa. SRN.
Flamengo e Fellini num mesmo texto,é um luxo!!!Parabéns,Vivi!!!
Sensazionale! Spettacolare! Gallo di galassie! 🙂
Curti demais.
Não poderia esperar algo diferente da Vivi, que está muito à vontade no meio de todas essas feras.
Quando entra pra fazer, faz bem feito!!!
Aguardando o próximo com ansiedade.
Sucesso, paz, todo o amor que houver nessa vida e algum trocado para dar garantia. 😉
Texto pra lá de excelente! À altura do Flamengo! Parabéns!
Que texto espetacular, hein dona Vivi? E eu achando que viria aqui só pra continuar acompanhando os inebriantes posts do Arthurzão. Já deu pra sentir que só tem fera nesse blog.
Sobre o nosso querido Bandeira de Mello, gostaria de deixar externado nesse espaço meu muito obrigado a turma da chapa branca (qua na época ainda não era chapa branca) quando impugnaram a campanha do Wallim. Olha, sem querer dar uma de Mãe Dinah, mas se o Bandeira de Mello não fosse o presidente da chapa azul, não sei se estaríamos nesse momento ascendente que estamos vivendo hoje. O carisma desse sujeito é inegável! O Wallim é um cara extremamente competente, assim como BAP, Wrobel e cia Ltda, mas o Bandeira tem o dom natural de passar tranquilidade com sua fala mansa, humildade e aquela cara de tiozão. hahahahah
Dudu Bandeira é nota 10!
SRN
Emerson
Há muito tempo que não leio un texto sensacional. Parabéns, Vivi!!! SRN
Parabéns Vivi..Ótimo texto !
Carta ao Fellini
Prezado cineasta, italiano, torcedor sei lah de quem e morto Frederico. Venho por meio dessas mal escritas, em preto e branco e esperançosas linhas trazer noticas de Elbinha, minha esposa e irmah de Edvanzinho, e de Japinha e os outros cinco melequentos, e da Terra de Malrboro, onde os homens nunca dormem.
Carismatico poeta, sei da necessidade que o sonho satisfaz na alma, na psique, o que nos leva em nossos devaneios a completar, sejam bolas cruzadas em uma partida que nunca disputamos, sejam contratacoes que nunca acontecerao, sejam naquela transa com a Elbinha e a Natasha Kinsky, as duas apaixonadas por mim, e eu sem viagra… En fin, tudo pra superar a frustracao do desejo nao satisfeito, desejo sem espaco para a sublimacao freudiana, frustracao que beira o odio, e que sempre se manifesta em agressao, seja essa violenta ou dentro do comportamento apropriado.
Oh pai de Cabriria, Freud explicaria, se estivesse vivo, o porque dos professores (Abelao, Joel Santana, Vanderlei, Muricy, Tite, Felipao, Dunguinha e a geracao de professores de educacao fisica que tomaram conta do futebol brasileiro) terem tanto odio do genio, do intelectual em campo, que leh o jogo e dita o compasso de uma partida: todos eles, aa excessao do Muricy, mas incluindo os professore de educao fisica, eram horriveis de bola, como eu, que odiava os numeros 8 (era impossivel de dar uma porrada no fdp porque ele dava soh um ou dois toques na bola).
Entao, tocrcedor da Azzurra, creio que esse odio eh fundamental pra explicar o desaparecimento dos numeros 8 geniais, daqueles do tipo Giovani da Baranga da camisa feiona nos anos 80, que nao se fazem mais desde essa mesma epoca (lah se vao 25 anos, o ultimo dos moicanos veio tambem da baranga mas nunca foi genio, era bom somente: o paraiba Juninho Pernambucano). Acho tambem, customas Buena Vita, que agora esse odio acbaou com nossos numeros 10, daqueles que desde Alex, esse mesmo do Coritiba, nunca mais fizemos e que continuaremos importando da Argentina e do Uruguai como carne bovina pensante, ou deslocando veinhos bons de bola do ataque pro meio campo por pura falta de vergonha na cara e incapacidade profissional dos otarios que cuidam das nossas, todas, divisoes de base.
Vem entao o meu sonho, que creio nao serah atendido nessa minha encarnacao, talvez nem meu filho possa mais contemplar uma esperanca de conseguir atingir: Zico nas divisoes de base do Mengaozaocaossarbadalhaco trazendo de volta a velha doutrina de fazer craques, CRAQUES, da bola como na epoca do Jouber e do Mineiro, o melhor olheiro de todos os tempos do futebol brasileiro. Acabar com a fascinacao do “eu sou foda”, batendo no peito depois de um golzinho merda e voltando pra inteligencia dentro de campo, a mesma inteligencia que foi usurpada de nois, o povo, pelos professores doutores formadores de trombadores e marketeiros ao inves de jogadore com um minino de inteligencia do jogo (algo do tipo Xavi, Pirlo, Kroos, seedorf, Adilio, Falcao, Cereso, Gerson, Andrade, Clodoaldo, Ze Carlos, Ademir da Guia, Rivelino, Geraldo).
Querido Cineasta, voce sabia que a geracao do Adilio, Tita, Andrade e Julio Cesar Uri Gueller nao foi campeah? Quem ganhou tudo na epoca foi o Florminense de Delei, Zeze, Robertinho… Compara esses resultados com os resultados do profissional, tres geracoes de genios (a do Zico-Geraldo, a do Junior -1974- e depois as geracoes de Andrade Adilio Tita e mais tarde Mozer e Figueiredo) e voce ve que nao ganhamos muito nos juvenis, expressao da epoca, mas juntando todos eles fizemos o melhor time de todos os tempos do futebol brasileiro e celestial.
Elbinha grita da cozinha que estah na hora de voltar para a pizzaria e ela tem que fazer barba, cabelo e bigode no meu chefe, o Jimenez, que vem agora a tarde para completar o orcamento familiar.
Saudacoes Rubro Nigerrimas
PS: esse time vai ser PHODDA, todos os outros times no Brasil estao ou no mesmo nivel ou muito abaixo do Mengao!!!
SP2: Tite eh o Caralho
SP3: Valeu, Mula!!!!
BRAVOS, BRAVOS, BRAVOS DE PÉ, GRITANDO, COMO, NOS IDOS TEMPOS DO THEATRO MUNICIPAL, COSTUMAVA FAZER ! ! !
Caríssimo confrade e grande pizzaoiolo dos cucarachas Bill Duba !
Simplesmente, arrasou.
Não importam certos errinhos, de digitação ou não, pois o que, para mim, sempre teve mais valor é quando sou atingido no emocional, como fui neste momento~
Em primeiro lugar, o amor ao Felini e a sua Cabíria !
Depois a lembrança da bel[iiiissiiiima Natasha, a única verdadeira pantera do cinema.
Incrivelmente linda, tanto e tano que até eu, com os meus 77 anos, se tivesse tido a sua sorte – ou os seus sonhos ! – seria capaz de dispensar o Viagra (doce ilusão !).
Depois, no futebol, os seus comentários dos ns. 8 e 10, que eu, como igual perna-de-pau, que para contrabalançar a falta de classe recorria também à porrada, sem nunca conseguir ^caça-los^,, pois, quando chegava perto, a bola estava longe (isto nos tempos da areia de Copacabana, que, junto com o Mário Filho, comentamos no La Mole).
A lembrança perfeita dos profexores de araque, a maior parte constituída de PÉSSIMOS jogadores, à frente de todos o nosso Luxa, que estava para o futebol profissional como nós para o de praia (dos velhos tempos).
A lembrança dos nossos JUVENIS fantásticaos (cá entre nos, muitas vezes campeões CARIOCS, inclusive na época do Zico, que aprendi a admirar nesta categoria de base).
A lembrança do time de 81, que não sei, nem me importo, se foi o maior do mundo, mas foi o que, disparadamente, deu-me mas emoções neste campo profícuo de emoções que é o futebol, sobretudo o do nosso amado Flamengo.
O time campeão do Mundo de 81 sustenta um RECORDE que ninguém comenta, lamentavelmente. Entre todos os CAMPEÕES MUNDIAIS nenhum possuia, na partida decisiva, OITO jogadores da BASE (Leandro, Mozer, Júnior, Andrade, Adílio, Zico e Tita, além do Nunes , que era e não era), sem falar do Figueiredo, o camisa 3 da grande decisão, que acabou dando o lugar para o fraquinho Marinho (ou fracão, pelo tamanho).
Não sei se o Cineasta (dos melhores de todos os tempos, e olha que acompanho a arte cinematográfica desde Griffiths e sei fantástico filme que começa com I – PQP, esqueci agora o nome e não quero perder o embalo) gostava de futebol (acho que não) e se torcia para a Azurra, mas, com certeza, pela sua notável sensibilidade teria amado ver o nosso Flamengo de 1981, que não jogava, encantava !
PARABÉNS, mais do que sinceros, de uma amigo flamenguista que também adora mandar o Tite – e toda a curriola atual – para a casa do caralho !
FLAMENGO SEMPRE
Telegraminha aos Carlos
Queridos confrades, os erros sao errados mesmo, confundi Cabiria com Cabrini, da Azzurra de 82 (ano apocaliptico pro futebol Mundial: selecao de 82 perde pra Italia, Flamengo perde pro viceino no carioca e de deixa teve aquele jogo que nao gosto nem de comentar, mas vai, contra o Penharol pela vaga na Libertadores – 1X0, gol de Jair de falta e 13 gols perdidos na cara do Rodolfo Rodriguez…) e os outros erritos ficam por conta da minha conturbada relacao com as letras desde que virei entregador de pizzas aqui em Miami.
Saudacoes Rubro Nigerrimas
Mal acabei de digitar, com uma porrada de erros também, lembrei-me do nome do filme (velhíssimo) INTOLERÂNCIA.
Por sinal, já naquela época, predominava neste mundo a intolerância generalizada, tal como nos nossos dias.
Peço desculpas à articulista, mas o Bill Duba atingiu o meu lado emocional em cheio.
INSUPERÁVEL
FLAMeNGO SeMPRE
Grande Bill, que beleza, voltou ao blog novo animado hein? Elbinha deve estar dando conta do recado pra deixar vc inspirado assim. E de troco, um cunhado como o Edvan (Bom Baiano). Isso tudo com o Mengão 2015 prometendo, é receita de felicidade, não?
SRN
ótima leitura, um texto para consagrar o verso “uma vez Flamengo, sempre Flamengo”.
Excelente trabalho Vivi, nos mostra de um jeito diferente e gostoso como o nosso Flamengo está em boas mãos e que continue assim por mais um mandato, a nação rubro negra acompanha e certamente dá total apoio. Avante Bandeira de Melo com você o Flamengo só tem a crescer. Obrigado por resgatar a credibilidade do nosso querido Flamengo.