A longa jornada de superação, ansiedade e delírios continentais da multitudinária torcida rubro-negra terminou da pior maneira possível. O Flamengo perdeu. Uma derrota sofrida, amarga e merecida. O futebol é um esporte em que os vacilos custam caro e mesmo contra a sua vontade o Flamengo está pagando por cada um deles.
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Uma profunda reformulação no modo do Flamengo pensar o futebol é uma utopia, nem percamos nosso tempo com essas divagações. As cabeças são as mesmas e não é todo dia que um Jesus sem contrato cai do céu. Não vamos ter um vaso novo, vamos ter que colar os cacos desse mesmo que se espatifou em Montevideo. Como se o Flamengo fosse uma daquelas cerâmicas quebradas que os monges budistas japoneses reconstroem com o Kintsugi (a emenda de ouro) usando laca, ouro, prata e platina para juntar caquinho por caquinho.
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Todos sabemos o quão difícil é chegar à uma final de Libertadores, nossa presença bissexta nesse tipo de evento fala por si. O que ninguém imaginava era quão difícil é perder uma Libertadores. Não é algo que se consiga realizar em apenas um jogo. É preciso uma grande preparação, uma série de eventos prévios ocorrendo em função de uma fatídica cadeia de más decisões que remonta às reuniões de planejamento da diretoria do Flamengo ao fim da temporada de 2020.
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O que aconteceu naqueles imemoráveis 120 minutos no Centenário foi apenas reflexo, consequência, conclusão dos processos em curso no clube desde o início da competição em abril. O Flamengo aprendeu, ou melhor, o Flamengo nos ensinou que dinheiro na mão (antroporfomizado na figura de jogadores caríssimos) além de ser vendaval, não é garantia de triunfo em competições de esportes coletivos que envolvam adversários capazes compartilhar os mesmos objetos de desejo.
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Claro ficou que para se alcançar a hegemonia tão sonhada vamos precisar, além do dinheiro que é não é tudo, mas é 90%, de um plano, um pensamento, uma visão de futebol que seja um pouco mais profunda que os bordões simplistas vamos ganhar de todo mundo e não perder pra ninguém e o Flamengo entra em todas as competições para ganhar. Ainda que tais frases acariciem os ouvidos mulambos, precisamos amadurecer, isso é papo de boteco.
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O elenco é muito bom, a torcida é apenas a melhor. É evidente que a reformulação, os ajustes, tem que acontecer fora das quatro linhas. O problema é obviamente de gestão, a forma escolhida para lidar com ativos tão valiosos como o elenco e a torcida do Flamengo (uma mina de ouro inesgotável) foi terrivelmente equivocada. Houve erros graves em contratações, no departamento médico, nas relações institucionais, na comunicação e na relação com a torcida.
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Tudo isso precisa ser consertado sob o risco de em 2022 repetirmos os mesmos erros e obter os mesmos resultados. O que pode se tornar um obstáculo para que essas reformas sejam feitas é que a atual diretoria está praticamente reeleita e sua estratégia de lotear os cargos nos clubes às diversas correntes políticas em troca de apoio eleitoral é um dos principais entraves à plena profissionalização. O apadrinhamento e a brodagem ainda são os grandes lubrificantes das engrenagens da máquina política na Gávea. A brodagem, como todos sabem, é o último refúgio da incompetência.
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Diz a lenda que foi o xogum Ashikaga Yoshimasa, comandante militar supremo e chefe de governo, mas não chefe de estado do Japão, aquele país insular ao qual não iremos nessa temporada, que promoveu a criação do Kintsugi quando enviou uma tigela de chá chinesa danificada de volta à China para reparos.
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Quando foi devolvida com feios grampos de metal ele solicitou aos artesãos japoneses um meio mais estético de reparação. O resultado se tornou uma febre entre os colecionadores já naquele século XV e hoje uma cerâmica original reparada com Kintsugi alcança preços estratosféricos.
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Foi durante o xogunato Ashikaga Yoshimasa, entre 1435-1490, que floresceu Higashyama Bunka, um movimento cultural baseado no zen budismo que incorporou às tradições do país a cerimônia do chá, os arranjos florais e o teatro nô. Expressões que seguiam o conceito de wabi-sabi, uma abordagem filosófica centrada na aceitação da transitoriedade e da imperfeição.
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Que no momento pode ser muito útil ao magoado coração rubro-negro. Pois define o belo como o que é imperfeito, impermanente e incompleto, uma síntese que deriva das três marcas da existência, ou os três selos do Darma no budismo: a impermanência, o sofrimento e o não-eu. Wabi-sabi nos ensina a encontrar o belo no despojamento, na simplicidade, nas doutrinas de desapego do Zen budismo. Através do wabi e sabi, é possível o alcance do vazio da mente.
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E a mente vazia é o que mais precisamos.
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Mengão Sempre
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Espero que a fixaçao no Jesus (Natal?) acabe e o pessoal nao volte sem tecnico.
Ficam na espera. Depois o JJ nao vem e no desespero se pega um outro Remanita.
Uma coisa: O JJ vai ter problema de vir. Ganhou TUDO (fora a copa). So pode perder se tentar de novo.
Nao vai querer sujar seu nome de santo.
Num outro clube, sim. Mas pro Mengao duvido.
Temos que fazer uma barca e contratar jogadores. O tempo esta passando.
Coisas do futuro:
Rodinei.
O unico do qual se esta falando.
Acho que deixa-lo sair por 1 milhao é ridiculo.
Melhor seria mandar o chileno embora.
Da mais grana, nao desfalca o time durante jogos das seleçoes – e o Rodinei joga mais futebol.
Artuzão, o que aconteceu meu brother??? parece que a soberba e a excrecente bossalidade foram atingidas em cheio por um míssel intercontinental verde e branco atingindo em cheio a órbita e todo o resto do planeta vermelho e preto, jogando caco de urubu pra todo lado…kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. É o que se paga por se achar a pica das galáxias…a conta chega, cedo ou tarde…e não venha com esse papo furado de falta de planejamento, preparação ou uma fatídica cadeia de más decisões. Quando se ganha você não põe a culpa na “falta de gestão”…a verdade é que os urubus levaram um verdadeiro nó tático do Abel, foram 101% dominados, fizeram de tudo para perder e perderam! E como diria o grande filósofo japonês Takaro Inté Osovos, primo do eminente xogum Yoshikaga Yoshimasa: O cú não é meu, pau nele!!!
O galo mostrou como vai ser a proxima temporada.
4×0 naquele que nos fez tantos problemas …
Bem, como ja disse, temos que ter novos jogadores para a defesa, incluindo nisso um otimo goleiro, e pro meio-campo.
E aprender a saber defender de veras, como time.
Senao vamos ver os titulos passarem, mesmo com um elenco acima da média.
Bem, ta mais do que na hora de acabar o ano.
O que o time apresenta é triste de se acompanhar.
O bom desse jogo contra o Santos é que o novo tecnico precisa somen te assistir o video desse jogo que ja sabe de todo o trabalho, detalhadamente, que espera por ele.
Foi um espelho dos ultimos meses, concentrado em 90 minutos.
Nao sabemos defender, seja individual e muito menos coletivamente e desaprendemos a atacar. Nao existem automatismos.
Tudo vive e sobrevive de uns relampagos individuais dos craques.
Isso nao é futebol moderno de ponta, nem longe.
Enquanto isso nao for resolvido nao teremos chances de ganhar coisas grandes. Estamos tendo dificuldades contra todos. Basta jogarem bem concentrados atras que acaba a beleza.
Nao quis fazer analise individual, mas ontem o senhor David Luiz me encheu o saco de veras.
Ele nao esta aportando muito. Poxa, com tanta experiencia! Tem qualidades, mas tem muitas des-qualidades tb. Retem o jogo, o faz menos rapido, o contrario do que necessitamos, se complica vez por vez e acaba dando chutoes mais ou menos na direçao de um jogador nosso.
Ta virando o proximo idoso, se nao se tocar …
Enfim, que acabe esse ano esquisito e que venha um tecnico de ponta. Que alguns jogadores venham e que alguns saiam.
A soberba está cobrando a conta. Não está sendo barata. O (meu) mundo acabou. Mas a história vai recomeçar. Espero que não se repita, nem como tragédia, nem como farsa. De farsas e tragédias nesse país maluco já estou cheio.
Meu único temor para 22, é a Diretoria merecidamente reeleita não entender os erros de avaliação e que neste ambiente elitizado do nosso futebol onde: Temos nitidamente agora 3 forças que vão disputar tudo em alto nível acredito e 2 médias forças, como patético do Paraná e braguinha, correndo para atingir alguma coisa: são-paulinos, curica, internacional, fluminense, …
E os coitadinhos que terão que remar muito para se reconstruir, tem uma penca por aqui. Enfim a nossa briga vai ser para amassar com obrigação de matador de mosquitos todos os abaixo da primeira prateleira, enfim se fizermos, agora turbinados de novo com receitas totais(estádio e st), devemos voltar ao topo com certeza. Eh aguardar e torcer contra a teimosia do excesso soberba!!! Habemos 22 então,…