Meu caro Gabriel do Gol,
Tudo na santa paz? Escrevo-lhe graças à insistência de um camaradinha que jogou pouca bola, grande admirador seu e meu: José Ely de Miranda, tal de Zito. Conhece? Ele manda um abraço afetuoso e sopra daqui que ainda tem uma Libertadores a mais que você. Ele garante que você foi o segundo ou terceiro melhor garoto que ele revelou na base do Santos, ali ali com o Neymar e o Diego. Top três. Não tenho motivos para discordar.
Você talvez conheça um pouco da minha história, meu moço Gabi. Assim como você, desde os 8 anos eu já tratava bem o caroço, nas peladinhas atrás da igreja. Comecei a ganhar fama no meio-campo do Bangu, até que o tio do Jô Soares, o treinador Togo Renan “Kanela”, precisou substituir um becão contundido e me puxou, ainda moçoilo, para a zaga. Não saí mais. Fui dali para a seleção – a brasileira e a carioca, que jogava o tempo todo. Mesmo deslocado para a zona do agrião, a verdade é que fiz questão de manter meu estilo e personalidade, e continuei a driblar quem aparecesse, ainda que fosse na pequena área. Ficavam loucos comigo, afinal era um tempo que defensor tinha que bicar pro mato. Sim, meu bom Gabriel do Gol, dizem que fui um dos grandes – até 1957, quando surgiu um certo Pelé, eu era apontado como o maior craque que o Brasil já vira. Novamente, não tenho lá tantos motivos para discordar.
Mas preciso ser franco: Gabi, rolamos de rir cá em cima com sua malfadada incursão às roletas em São Paulo. Alto lá, não pense que nos faltou sensibilidade, nada disso. É que seu episódio no cassino clandestino nos lembrou as diabruras que aprontamos em nossos tempos de Flamengo, notadamente eu, o estupendo Fausto dos Santos e Leônidas da Silva, meu chapinha e cracaço que a imprensa francesa batizou como “Le Diamant Noir”. Senta e larga um pouco o fliperama que lá vem história.
Excursão do Flamengo pela velha Bahia, para encher as burras da Gávea, sempre necessitadas. Nosso primeiro amistoso, veja você, foi contra o Botafogo baiano, que nem sei por que divisão anda. Pois encaçapamos os anfitriões sem dó, em Salvador: 7 a 1. A data? Foi 20 de março de 1938, bons tempos! Banho tomado, gravatas nos trinques, zarpamos para celebrar no cabaré, na roleta e no bacará. Não esqueço do lugar: Cassino Tabaris! Era ali na praça Castro Alves, onde hoje é o teatro Gregório de Mattos. Tanto o Castro Alves como o Gregório adoram quando conto essa história.
Avalie você, moço Gabriel, que meu uisquinho estava descendo macio e as baianas estavam para lá de catitas. Sei que, do nada, começou uma discussão e eu, calmo feito gelo, desferi uma bofetada no rosto do Leônidas, nem lembro o motivo. Na hora baixou a delegacia de costumes, para ver que baderna era aquela com os craques do Flamengo. Com minha serenidade de “Divino mestre” recuperada, eu já estava contornando a situação do lado de fora quando, descompensado, saiu lá de dentro o Fausto, a proferir obscenidades e inconveniências, creio que até balançando as partes pudendas como você fez naquele jogo em Lima. Pronto, o delegado de jeitão italiano levou todo mundo para a delegacia. Leônidas e eu fomos liberados, após uns autógrafos, mas Fausto ficou. Dormiu no xadrez.
Gabi, você e eu somos bem diferentes, já que há um oceano de distância entre um centroavante e um beque, nós disputamos esportes diferentes, talvez nem falemos a mesma língua. Mas possuímos algumas afinidades – entre elas, termos sido mordidos pelo micróbio do Flamengo, bem no ápice da carreira.
Você sabe, do Bangu fui para o Vasco, recebi uma bolada para defender o Nacional do Uruguai, fui comprado pelo Boca Juniors (chupa, River) e, quando era disputado a peso de ouro por clubes franceses e espanhóis, decidi assinar com o Mais Querido. Ah, feliz decisão. Até hoje recordo aquele dia 31 de julho de 1936, que acabou em todas as primeiras páginas dos diários esportivos. Cheguei à Gávea ali pelas sete da noite, assinei contrato e fui ao cinema.
Se bem me lembro, comprei um bilhete no Cine Mem de Sá, ali na rua Haddock Lobo, para ver a fita “Alô, alô, Carnaval”. No meio do escurinho, surgiu um cupincha meu, o Joãozinho, com um repórter, atrás do furo mundial: “Domingos no Mengo!”
Não vi o fim do filme até hoje, mas valeu a pena. Foram os oito anos mais felizes da minha vida, como morador de uma boa casa na rua Ana Leonídia 160. O Engenho de Dentro era uma paz celestial, e para melhorar não tinha aquele frio terrível de Montevidéu, Buenos Aires e São Paulo, valha-me Deus.
Eram outros tempos. Praticávamos um futebol 70% humano, 20% técnico e 10% tático, onde o dedo do técnico valia menos que as mãos de um bom massagista. Ganhava-se pouco mas era divertido. Espie, isso tem tanto tempo que ainda tentavam chamar o futebol de nomes estranhíssimos, como balípodo, pedibola e, creia, bolapé! Um tempo tão jurássico que o goleiro que falhava era chamado de “pateiro”, pois ainda se criavam patos nas granjas. Pateiro! Conte essa para o menino Hugo.
Mas não era nada disso que eu queria dizer. Meu moço Gabriel, de pato para ganso: preciso lhe falar de Pipi. O bom e velho Pipi.
Não, você não o conhece, talvez ninguém mais o conheça, salvo talvez o Juca Kfouri e mais dois velhos escribas paulistas. Pipi jogou comigo nos anos 1940, depois que o Corinthians me propôs o triplo do que eu embolsava na Gávea. O técnico Flavio Costa, consultado, deu de ombros. Disse ao presidente Dario de Melo Pinto que meu cartaz já desbotara. E assim me fui, para jogar e ser capitão do Corinthians de 1943 a 1946. Morava ao lado do Parque São Jorge, ia andando treinar.
Pipi é seu grande fã e você teria adorado Pipi. Serafim Pinto Ribeiro era seu nome, e seu maior talento, além da velocidade na ponta-esquerda e o faro de goleador, era a irreverência em campo. Avalie você que ele metia gols no Palmeiras, o estádio lotado, e saía rindo e gesticulando na cara dos zagueiros. Um doido de pedra. E a galera se ria, gozadíssima…
A mais famosa história de Pipi, porém, é outra. Às vésperas de um dérbi importantíssimo pelo Campeonato Paulista, em 1946, nosso treinador Foquer reuniu os jogadores para a preleção. Passou a nos instruir, primeiro os zagueiros, depois os componentes da linha média, e então os atacantes. E observou: “Pipi, ao receber a bola na esquerda, caia para a direita, deslocando o marcador. O zagueiro central correrá em cima de você. Aí ou você dribla o defensor e chuta em gol, ou então entrega ao companheiro melhor colocado”. Todos muito sérios, e o Pipi: “Muito bem, Foquer, entendido. Gostaria, porém, de fazer uma pergunta: já conversou isso com os adversários, para que eles me deixem fazer tudo isso?” E todos desabaram de rir, nem o técnico segurou. O Sandro Moreyra, jornalista que adorava uma lenda, leu esse meu relato no jornal e, em 1958, meteu na boca do Garrincha, o sacana.
Mas eu falava de Pipi. Bem, Pipi é enturmado com os corintianos – só ontem subiram uns 800 corinthianos, usem máscara! Ele ouviu que realmente o Tite não vai muito com sua cara, não tem jeito. Ou melhor, tem: você conta com boas chances de ir à Copa do Mundo, mas terá de se escalar na marra. Ou melhor, no talento. Saca o Romário em 1994? Sim, moço, somente os seus gols o levarão à Copa. Por isso, cuide-se bem e boa sorte nesta temporada. Como diz meu velho pai, filho de escravos e grande sanfoneiro nas horas vagas, “só falta energia quando o espírito está atormentado. Quando ele está descansado, o corpo não sofre e a vida é um céu aberto.” Confiamos em ti, eu e Pipi, Pipi e eu.
Meu rapaz, eu sempre gostei de microfones, jornalistas e cronistas – era um dos raros jogadores a levar livros para a concentração – e queria contar muitas outras histórias. Ah, os tantos macetes que aprendi em casa e busquei repassar como treinador (do Olaria) com meus irmãos, três cracaços: Luiz Antônio da Guia, o Perfeito; Ladislau, o Tijolão (o chute mais forte que vi); e Mamede, o “Médio” do Flamengo, campeão carioca comigo em 1939 e 1942.
Mas chega de papo por enquanto. Se eu desando a falar, logo recomeço a cuspir marimbondos sobre os treinadores da seleção – por acaso você faz ideia de que o vitorioso Gentil Cardoso foi o único treinador negro da velha CBD, e foi demitido em 1959 sem perder um jogo? Canalhas.
Talvez eu devesse, ainda, alertar-lhe sobre as peculiaridades de uma Copa do Mundo. Apesar de minha frieza em campo, saiba que a maior burrada de toda minha carreira foi precisamente na Copa da França, contra um intragável atacante italiano. Piola era seu nome – não confundir com Pinola. Após ele me acertar e xingar tantas vezes, dei-lhe uma rasteira. O árbitro suíço viu, deu um penal e o Brasil voltou para casa. Oh, remorso. Ainda assim, só perdemos porque o treinador era uma besta e o Leônidas sentiu a coxa.
Encerro por aqui, meu moço. Para mais histórias, busque um bom livro ou converse com meu filhão Ademir, em São Paulo – o Ademir, alguém notou outro dia, jogava empinado como um cisne, bem parecido com o seu colega Gerson. Torço para que vocês dois tenham a cabeça no lugar para realizar esse sonho que não pude concretizar: jogar uma Copa com a camisa amarelinha. É que no meu tempo jogávamos de branco, rê rê…
Abraço forte do seu
Domingos Antônio da Guia
PS: Rapaz, quem é esse insano que sabe tudo de Flamengo que apareceu aqui outro dia? Tal de Bruno Lucena. Figuraça. Não é que ele encontrou todos os detalhes sobre um gol meu, de pênalti, talvez o único da minha carreira? Ele avisa que tudo está bem, parece feliz feito pinto no lixo entre os velhos craques, anotando tudo.
PPS: Certa feita me pediram para escalar meu Flamengo de todos os tempos. Não fui cabotino de me escalar, e lasquei: Amado no gol, Biguá, Penaforte e Hélcio, Jaime; Modesto Bria, Zizinho, Valido e Leônidas; Perácio e Moderato. Que talentos! Claro, hoje eu sacaria Perácio e Moderato e encaixaria o galinho de Quintino e o menino do morro do Montanhão de camisa nove… Sentiu a responsa? Veja se não vai me deixar mal, hein?
PPPS: Soube da promessa do Braz de erguer uma estátua sua na Gávea um dia. Justíssimo, mas creia-me: tenho meu busto lá em Bangu, de boininha e tudo, e ninguém nem olha. A melhor homenagem é o aplauso e o amor da torcida rubro-negra (e logo logo, a brasileira) a cada vitória épica. E confie, está perto de voltar a acontecer. Ao contrário dos caras que eu marcava, vai passar.
Dunlop, eu revisitei o blog e vejo que a sua bela história sobre Domingos da Guia, narrada pelo mesmo em outras bandas, ainda está viva por aqui. Lembrei-me que Domingos era tão importante que até um termo foi criado para homenageá-lo, nem sei se está no Aurélio: “domingada” que significava um jogador que se achava craque, que era metido a fazer jogadas de efeito e geralmente se dava mal, não passava de um presepeiro. O termo envelheceu, não é mais usado, aliás, presepeiro vai para o mesmo caminho. Ah, essa memória remota da velhice…
Uma dúvida: meu pai costumava usar o termo “domingada” justamente no sentido oposto, ou seja, do zagueiro que se garantia muito e saía driblando área afora, como se nada houvesse na sua frente. Fica o questionamento. Cartas para a redação.
Verdade, algumas vezes o cabeça-de-bagre se dava bem e saía da jogada como o verdadeiro Domingos.
Esmagamos o Bangu.
A cara não sei, caro Chacal, torço que ele tenha depreendido alguma coisa. E concordo contigo, caro Xisto, outra bela história, tão boa quanto a sua, que, certamente, pode ter ocorrido em algum lar alhures.
Nasci em 1938, no dia 1o. de março, sendo em minha homenagem aquela rua no centro da cidade, onde fica a Pharmacia Granado, ah !, meus avozinhos portugueses.
Mesmo assim, com tantos anos atrás, não vi jogar o Domingos da Guia.
Quando começaram as minhas incursões futebolísticas, já havia se aposentado.
Vi, isto sim, ao lado de uma foto da ^seleção^ rubro-negra tri-campeã, um enorme retrato do mesmo.
Na garagem Barcellios, alí na Francisco Sá, bem em frente da Conselheiro Lafayette, onde m.
Claro que, como de costume nas garagens e mecânicos, do lado uma foto sensual (na época, de pernas de fora) de uma das belezas em moda, talvez a Rita ¨Gilda¨, filme que motivou tesões múltiplos na rapaziada um pouco mais velha.
Quis saber quem era o cara de uma foto grande e isolada.
A resposta do meu pai foi curta e imediata – ” o maior jogador do mundo”, que cometeu o pênalti também o mais idiota do mundo, poucos meses após o seu nascimento.
Dali pra frente, como seria natural, pela admiração que tinha pelo meu pai, passei, como um papagaio, a repetir a frase.
Muitos anos depois, tive a confirmação.
Vi jogar um craque, de futebol refinado e leve.
Chamava-se, tal qual o Menezes, Ademir, Ademir da Guia.
Meu pai só podia estar certo.
Despretensiosas SRN
FLAMENGO SEMPRE
m de morava.
Dunlop
fiquei imaginando a cara de babaca do Gabi com esse texto kkkkkk
SRN !
Dunlop, ando cansado de dar parabéns pra você, por suas belas histórias. Mas já que o futebol anda meio chato e ninguém quer falar, aí vai uma historinha, claro longe da sua verve. Qualquer semelhança com fatos atuais é mera coincidência.
O general desabou no sofá quase chorando em frente à mulher, uma mulher exuberante envolta num roupão de seda, se ainda fosse no tempo do papelote ou bobs (ela certamente era dessa época) aqueles cabelos louros estariam infestados deles. Ela já era bem entrada em anos, ainda assim uns vinte anos mais nova que o general. Como ele era velho o general, mas nunca morria , pois os generais são imortais. Era a quarta ou quinta mulher dele que como reza a tradição, mulher de militar é assim, vai mudando à medida em que ele vai subindo de posto e depois de uma certa hierarquia todas são obrigatoriamente louras. Pois o general sentado no sofá, pernas abertas, a cabeça apoiada entre as mãos foi se abaixando até o ponto que a coluna de um general poderia baixar, quer dizer, coluna velha, tão usada quanto um velho militar. A mulher jogou a vastíssima cabeleira para os lados num gesto maquinal, já que os cabelos armados com o penteado eterno à prova de travesseiros não estavam toldando seu ainda belo rosto. Os lábios já pintados, o lábio inferior sugado e o superior projetado na face estereotipada das inúmeras plásticas formavam uma estranha boca de sapo, no caso, sapa se é que há diferença. Ela aguardava o discurso que sabia de cor e salteado. Aprendera a ser paciente com o temperamento intempestivo do general que mudava de uma hora para outra: de chuvas e trovoadas para manhã cheia de brisa azul. O general acabou de descrever seu arco colunável até o limite e continuou a dar uns pulinhos no sofá como se estivesse chorando, mas não estava, emitia um som, algo assim parecido com resfolegar, urros contidos, tampa de panela sobre água fervendo, mas não eram ruídos de choro, raiva com toda a certeza. Depois, lentamente foi erguendo o tórax volumoso até que ficou ereto como um general, aí encarou a mulher de frente, ela em pé, braços cruzados, clássica pose de diva como a ocasião sugeria. A cena merecia ser filmada e devidamente postada para os respectivos grupos, pensaram ambos, mas nada disseram. Ela aguardava como sempre, já estava acostumada, na dor ou na alegria. As palavras saíram da boca do general, bem lentas: o presidente me demitiu, fez uma pausa, fechou os dois punhos, tremendo-se todo, aquele filho da puta sem palavra. E emendou novamente quase chorando, sujo, sujo, imundo, corrupto, agora anda ligado a um grupo que faz sua cabeça, vai ver é tudo comunista e ele posando de herói.
A mulher achou que aquela era sua deixa, falou como uma mãe fala com o filho, dedinho indicador da mão direita em riste, unha vermelhíssima, reta na ponta: eu bem que te avisei, esse negócio de falar com a imprensa, dar entrevista a três por dois, sabe como são esses jornalistas, eles estão sempre querendo fu…, mas se conteve, ainda lhe restava alguma pudor do marido e remendou para um ferrar alguém, eu te avisei, querido e quase revirando os olhos para cima, dona da definitiva verdade, boca fechada não entra mosquito, falou e disse, pensou mais uma vez como colocaria a frase no site de relacionamentos.
O general por fim aquietou-se no seu canto na velha poltrona de general, pensou, mas não quis dizer para a mulher, é, foi aquilo, aquele gesto indecente que mais o magoou, quando ninguém estava olhando, o presidente lançara um olhar de esguelha para ele com aquele sorrisinho diabólico no canto da boca, mão fechada e o dedo médio apontando para o alto movimentando-se pra cima e pra baixo.
Um artigo “sensacional” sobre o “craque mais completo do mundo”, “simplesmente fan-tás-ti-co”, um verdadeiro “show”, que me deixou “triste quando o final” chegou !
Os cinco que me antecederam – pelo menos os que já foram publicados – acertaram na mosca..
Coube-me, tão somente, tirar “cola” de cada um deles.
Parabéns, Dunlop !
Depois comento o que soube, que não foi muito, a respeito do Domingos, pelo menos de sua seleção flamenga.]
Agora, não posso.
Tenho que tentar me concentrar da emoção sentida.
Felicíssimas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Intindi nada seu Carlos. De acordo com o vídeo que o seu Rasiko mandou o craque mais completo não é o Leandro? Explica aí por favor que eu sou meio lento.
Vancê tá certo.
É o que dá não abrir as ^letrinhas azuis^.
Parabéns Dunlop
Essa nao precisava nem ter assinado!
Sensacional
Com certeza estará no próximo livro de crônicas
Abracos
O craque mais completo do futebol mundial em todos os tempos.
https://www.youtube.com/watch?v=TTSNc0FHqA0
Fantastico, Dunlop, simplesmente fan-tas-ti-co!
Que don!
Show! Parabéns!
Daqueles textos maravilhosos que vc vai ficando triste quando o final de aproxima! ;))