A edição de 2019 tinha tudo pra ser mais um carioquinha normal, charmoso e não muito competitivo. Com Flor e Foguinho chupando dedo e assistindo pela TV as finais em dois jogos no Maracanã, pra fechar a pré-temporada com a tradicional festinha do Flamengo campeão em cima da vasca. Mas o imorrível espírito de porco dos vascaínos não podia perder uma oportunidade dessas pra atrapalhar o bom andamento dos trabalhos, passar vergonha e ser objeto de chacota.
Revoltados com a concessão do ex-Maracanã ao Flamengo (único clube da cidade que não tá com o nome sujo no Serasa), os vascaínos, enquanto surrupiavam ao Foguinho o chororô, fizeram a suprema pirraça de transferir o primeiro jogo da decisão pro Engenhão. Não satisfeitos em alterar a rotina da comunidade boleira carioca ainda trocaram deliberadamente os lados ocupados tradicionalmente pelas torcidas no estádio olímpico municipal e começaram a vender ingressos antes da liberação de praxe da briosa PM carioca. Que já se eximiu da responsabilidade de escoltar as pacíficas TOs em seus deslocamentos pelo Engenho de Dentro. Um vacilo atrás do outro.
Tem alguma chance da porrada comer no entorno do estádio? Claro que tem, e muita. Mas isso não interessa aos vascaínos, que estão atualmente com uma fixação louca nesse negócio de saber onde vão sentar. Uma disputa com o Flor, que não nos diz respeito em absoluto. Essas atitudes enlouquecidas, que diante do currículo dos seus dirigentes nem podemos reputar como impensadas, prejudicam mais aos torcedores vascaínos que aos rubro-negros. A Magnética vai onde tiver que ir e não fica de mimimi perguntando onde é seu lugar. Já chega jogando a fumaça pro alto, entra em cena e toma de assalto.
Nem precisamos mencionar a questão financeira, o bacalhau hiposuficiente tá preferindo queimar um dinheiro que não tem pra explicitar uma posição política. Pra que essa palhaçada? O que tem a ver o asterisco com as calças? Esse problema é off Campeonato Carioca, tão misturando as estações. Por aí se pode medir, com razoável exatidão, a importância que eles dão ao nosso rural. Se o Flamengo tá cagando pro Carioca, afirmação que julgo discutível, ficou bem claro que a vasca tá cagando muito mais.
A diferença é que o Flamengo realmente tem mais o que fazer do que ficar jogando 18 datas de carioqueta. São muitos compromissos na agenda esportiva rubro-negra, inclusive o de ganhar dinheiro em outras competições pra não deixar faltar arroz, feijão e ovo pros nossos eternos abas. O Flamengo é um pai severo, mas cumpridor de suas obrigações e todo ano tá lá, segurando a marimba, sustentando o campeonato, a federação e os nossos 200 coirmãos de mãe desconhecida que vivem fudidos sem um puto no bolso.
Não devemos nos incomodar com futebol. É o nosso lazer e não tem problema se, de vez em quando, prefiramos olhar pro lado positivo. Encaremos o jogo de amanhã no Engenhão como mais uma ação caritativa do Flamengo na eterna campanha de não deixar o futebol carioca morrer. Pior que nem vai ter muita gente no estádio. Com a confusão anunciada, as imperícias organizacionais vascaínas e a certeza do segundo jogo na semana que vem nem os bacalhaus vão sair de casa. O dinheiro que entrar nas bilheterias será dinheiro rubro-negro. Sabedores de como esse dinheiro é suado, é uma pena ver o clássico esvaziado.
É revisionismo histórico dos mais toscos e inescusável desprezo ao conhecimento acumulado pelos que nos precedem insinuar que Flamengo x Vasco, institucionalmente falando, não tenha importância. Tem importância demais. É um dos maiores clássicos do país. Ganhar deles é tão importante quanto ganhar de qualquer um dos nossos fregueses. É uma disputa maneira e cheia de história entre dois lados da cidade, duas maneiras de ver o mundo. Embora ultimamente esteja cada vez mais difícil fazer comparações. E não é uma questão de pagar ou não pagar as contas d’água. Enquanto o Flamengo comemorou 7 Cariocas, 2 Copas do Brasil, uma Copa dos Campeões, um Brasileiro e a Flórida Cup, somente neste século, as maiores comemorações da Vasca no mesmo período foram os 4 vice campeonatos pro Flamengo (2001, 2004, 2006 e 2014), os 3 retornos à Série A e o bem sucedido resgate do torcedor que queria se jogar da marquise de São Januário.
Mas decisão é decisão e por pior que esteja a nossa baranga de fé, o axioma continua valendo: clássico é clássico e vasco-versa. O Flamengo não vai afobado, vai tranquilo. Sabe do que é capaz e sabe que dentro de campo a capacidade da baranga em atrapalhar o nosso planejamento de passar o rodo no Carioca é muito reduzida. A final da Taça Rio foi um aperitivo, inclusive com a histórica entrada de Arrascaeta em campo pra cabecear o empate que levou a decisão pros pênaltis. Não dá sequer pra considerar que Abel vá deixar o nosso 14 no banco. Já ultrapassamos essa fase, isso é página virada. Agora queremos ver evolução, sabemos que temos elenco pra isso. Desde que joguem sempre os melhores.
Se organizar direitinho, e não inventar moda, dá pra esculachar com o bacalhau hoje no Engenhão e no domingo que vem, no Maracanã, fazer um jogo das faixas bonito, num clima de paz e harmonia com as duas torcidas comemorando suas conquistas. A do Flamengo, o 35º Carioca e a da vasca, o 10º vice pro Mengão.
Mengão Sempre
Pô cumpadi, tu tá pior que a inflação nos tempos do Sarney: não deixa barato nunca.
Já disse várias vezes, mas vou repetir pros mais novos na folia: os teus escritos são tão brilhantes e criativos, especialmente nas metáforas e analogias – sem mencionar o amplo domínio gramatical -, quanto os do Tom Robbins, maior escritor norte-americano contemporâneo. mestres que são da capacidade que têm de ir fundo com humor hilariante.
(Falando nisso, pensei em te mandar o livro dele “Felizes Inválidos de Volta dos Trópicos” – simplesmente genial! Só pensei e a intenção foi a melhor possível, mas a inadimplência me impediu).
Como, além de tudo, você deve ter bebido no crânio do Nostradamus, mas, contrariando a previsão do repórter do futuro da história, você não morreu, o Vazião fez jus ao apelido.
Arrascaeta titular e Diego no banco? Alguém deve ter chegado junto no Abel. Alguma dúvida, Abelão?
Nem com o VAR…
O jogo de ontem foi bom e ruim ao mesmo tempo. Bom porque jogamos com total superioridade o jogo todo; ruim porque era para termos tomado melhores decisões e goleado impiedosamente o Vice.
O próprio Abel Braga reconheceu isso na entrevista depois do jogo. O Flamengo dominou completamente o jogo, mas as más decisões, especialmente no 1º tempo, mantiveram os sonhos cruz-maltinos vivos durante o intervalo de jogo.
Precisamos melhorar essas coisas; precisamos matar logo os jogos para não darmos esperanças para os adversários e arrumarmos confusão para nós mesmos.
Duas jogadas foram emblemáticas para mostrar como decisões ruins atrapalham a postura correta do time. A primeira foi uma jogada em que conseguimos roubar a bola ainda na defesa deles e saímos com 4 contra 3 para fazer o gol.
Éverton Ribeiro tinha Arrascaeta e Bruno Henrique pela esquerda desmarcados e tinha Gabigol pela direita marcado. Escolheu errado e a jogada muito promissora morreu ali.
A segunda foi parecida. Arrascaeta recebeu a bola e tinha a opção de tocar rápido para o Gabibol, que passava feito uma flecha. Demorou a se decidir e, quando tocou, deixou o Gabigol impedido.
Ou seja, dois lances claros que poderiam resultar em gol foram totalmente desperdiçados.
No 2º tempo o domínio continuou, mas felizmente o time soube ter melhores escolhas e, não fosse o VAR, o jogo seria um clássico 3×0 e o jogo de volta apenas uma formalidade para confirmar o que todos já sabem.
Apesar da fragilidade do adversário, é muito bom ver o Flamengo se impondo sobre o Vice.
A nossa superioridade existe desde 2015. E, de forma surreal, essa superioridade NUNCA se mostrava em campo. Foram derrotas improváveis e uma sequência absurda de empatas por 1×1. Empates que, só no ano passado, atrapalharam demais o nosso caminho no Campeonato Brasileiro ao nos tirar 4 pontos que deveriam ser mais do que certos.
A nossa obrigação de vencer o Carioqueta está praticamente sacramentada. Mas, o mais importante é que o time está se moldando e criando alternativas para as dificuldades que certamente aparecerão na Libertadores e no Campeonato Brasileiro.
No próximo domingo Abel precisa ser inteligente para montar o time, pois viajamos no dia seguinte para sacramentarmos a nossa classificação na Libertadores com uma vitória em cima da LDU. Time que, ao lado do San Jose, tem apenas uma grande arma nos jogos em casa: a altitude.
E, por falar em altitude, o Peñarol irá jogar em Oruro. E, para azar deles, o retrospecto quando o time “sobe o morro” é trágico. Parece que eles NUNCA venceram um jogo na altitude. E, se isso se confirmar, Flamengo pode chegar na última rodada do grupo classificado e jogando por um empate para ficar em primeiro do grupo.
SRN a todos!!
São Paulo x Corinthians – 58.713
Cruzeiro x Atlético – 51.032
Internacional x Grêmio – 45.209
Vasco x Flamengo – 10.854
Eurico fez a passagem para o inferno, mas deixou sua herança em São Januário.
Deu dez mil de público. Que idiotas !!!
Alarme falso!!!
Arrasca titular!!!
“Enquanto o Flamengo comemorou 7 Cariocas, 2 Copas do Brasil, uma Copa dos Campeões, um Brasileiro e a Flórida Cup, somente neste século, as maiores comemorações da Vasca no mesmo período foram os 4 vice campeonatos pro Flamengo (2001, 2004, 2006 e 2014), os 3 retornos à Série A e o bem sucedido resgate do torcedor que queria se jogar da marquise de São Januário.”
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Arthur, parece que o Arrasca eh banco hoje de novo…
O Abel pirou…
SRN
O Fla só perde está decisão para si mesmo. Espero que os nossos jogadores não entrem em pilhas e provocações do Vice. Eles sabem que, na bola, é missão impossível. Vão querer provocar, truncar o jogo ao máximo… no figurino cafona que lhes cai tão bem ! SRN
Arthur, sabendo que o Flamengo não possuia, ou não possui, profissional ligado à área psicológica no elenco profissional, o adversário está utilizando de todas as formas para tentar desestabilizar mentalmente o time. Recurso utilizado em muitos esportes individuais de contato.
Acho uma tremenda bobagem, principalmente por estar amparada em atitudes infantis. O Anão da Colina fica parecendo uma criança fazendo beicinho. Patético!
O que realmente queremos é que o time se concentre no jogo. Em todo o tempo, para evitar os vacilos nos finais.
Avante, Mengão!
SRN