Campeonato Brasileiro, 35ª rodada.
O Flamengo tem derrubado recordes, pontos, percentuais de aproveitamento, número de vitórias, número de gols marcados, saldo, artilharias, além de jornalistas especializados e blogueiros chinfrins, que nem eu.
No título do post publicado em 1° de novembro, após o empate em dois a dois com o Goiás, no Serra Dourada, taquei lá: “Não se ganha isso aí com pé nas costas.” Dancei. Certo estava um dos leitores aqui do blog, que utiliza o codinome The Trooper. Depois das primeiras partidas com Jorge Jesus de treinador, ele cravou em um de seus comentários que o Flamengo ganharia o Campeonato Brasileiro com três rodadas de antecedência. Errou por uma.
Quem diria que contra o Ceará, menos de 72 horas depois da justíssima esbórnia de domingo, o time sufocaria o adversário de modo impiedoso, o que fez com que o jogo tivesse parecença com aqueles antigos treinos em que o técnico utilizava somente metade do campo e ordenava um furioso ataque contra defesa.
Apesar do oportunismo e da letalidade de Bruno Henrique, da categoria de Arrascaeta, da boa entrada de Vitinho, o que mais me impressionou foi a paciência de Everton Ribeiro. Sobretudo a partir da saída de Diego, quando lhe coube a organização do meio-campo sem divisão de poderes. Pegava a bola num lado do campo, levava pro outro, tocava, aparecia, voltava, insistia, virava, tentava pela direita, forçava no meio, passava, driblava, chutava. Fazer tudo isso às quinze pras onze da noite de quarta-feira numa partida que nada valia, depois de ter sido campeão da Libertadores no sábado e Brasileiro no domingo, convenhamos, é admirável.
Com o ônibus do Ceará estacionado na entrada da área, numa configuração tática que, mais do que qualquer quatro-cinco-um ou cinco-cinco-zero, representava a irrevogável abdicação do direito de jogar, estava na cara que o empate e a virada eram questão de tempo.
Registre-se: questão de tempo para o time atual. Cansamos de ver, até recentemente, o Flamengo se apoiar numa posse de bola estéril, girar pra cá, cruzar pra lá, fingir que dominava e, no final, nada. Não tem nem dois anos que nosso ataque carregava a pouco honrosa fama de arame liso. O Flamengo 2019 pode deixar de ganhar – nem digo perder, já que não sabemos o que é isso há mais de 110 dias, uma invencibilidade que chegou a 27 jogos –, mas, às vezes mais, às vezes menos, ora com excesso de boniteza, ora nem tanto, entra em campo e joga.
Embora seja um despautério colocar Adilson Batista na mesma página que Jorge Jesus, na noite em que seu time perdeu a partida e ele o emprego, as decisões de Adilson produziram um pequeno dicionário da maneira geral de trabalhar do treinador brasileiro. Terminando o primeiro tempo com inacreditável um a zero a favor – depois de levar três bolas na trave, além de sofrer com pelo menos mais duas grandes chances rubro-negras –, Adilson tirou o que o Ceará tinha de mais próximo de um atacante para colocar um terceiro zagueiro. Ao levar a virada, trocou um lateral e um volante por dois atacantes. Parece que isso é tudo o que o treinador médio brasileiro aprendeu a fazer. Quer dizer, os médios e muitos dos que são considerados, aqui, acima da média. Curioso é que, dirigido por Argel Fucks, o CSA deu um calor no Flamengo. Simplesmente porque, naquele dia, tentou praticar futebol.
Da mesma forma que defendi, antes de encararmos o Grêmio em Porto Alegre pela 33ª rodada, estou convicto de que deveríamos escalar os reservas no próximo domingo. Flamengo e Palmeiras criaram uma rivalidade que tende a crescer – o que está longe de ser ruim –, porém não há razão para expor nossos onze titulares em um jogo que não nos vale nada e, dependendo da maneira como o torcedor palmeirense reagir a ele, pode ser guerreado em um nível bem acima do aceitável nesse momento. Se entrarmos com os reservas, a baixa da adrenalina é automática.
Apesar do Flamengo já ter provado que não teme partidas brigadas, para nós essa não deve ser uma delas. E o ritmo de jogo necessário para chegarmos bem a Doha pode ser adquirido, sem maiores riscos, contra Avaí e Santos.
Ninguém precisa da guerra.
Lances principais.
1º tempo:
Aos 6 minutos, Chico fez falta em Diego na intermediária do Ceará. Diego levantou na área, Rodrigo Caio ganhou no alto de Valdo e escorou, Bruno Henrique não alcançou, Pedro Ken e Willian Arão chegaram dividindo. Pedro Ken cortou, a bola bateu na cabeça de Arão, foi na direção do gol, tocou na trave direita de Diogo Silva e saiu.
Aos 10, depois de jogada do Ceará pela direita, Rodrigo Caio cortou o cruzamento, Bruno Henrique recolheu no campo rubro-negro e conduziu em velocidade. Na chegada à área, empurrou a Arrascaeta na esquerda. Arrascaeta cruzou, Reinier ganhou no alto de Eduardo Brock e raspou de cabeça, João Lucas chegou assustado na cobertura e mandou a escanteio.
Aos 15, Rodrigo Caio ganhou a disputa com Thiago Galhardo, na altura do meio-campo, tocou para Arrascaeta e daí a Renê. Ele chegou à lateral da área, cruzou, Bruno Henrique dominou de costas para o gol, tentou a jogada sem espaço e foi desarmado. A sobra ficou com Arrascaeta, que chutou forte de pé esquerdo. A bola desviou em Fabinho, explodiu no travessão de Diogo Silva e saiu a escanteio.
Aos 24, mais um corte de Rodrigo Caio, tocando a Diego e daí a Renê, ainda no campo do Flamengo. Ele avançou em velocidade, livrou-se de Chico e cruzou na cabeça de Arrascaeta. Sem precisar sair do chão, Arrascaeta testou firme, rente à trave direita.
Aos 26, João Lucas lançou Felipe Silva na esquerda, Everton Ribeiro e Rodinei não apertaram a marcação, Felipe Silva fez boa jogada, girou em cima do lateral rubro-negro, foi à linha de fundo e tocou para trás. A bola passou por Rodrigo Caio, Rhodolfo e Willian Arão, Chico desviou levemente, Arrascaeta não conseguiu cortar e Thiago Galhardo completou para o gol. Um a zero.
Aos 32, com o Ceará todo atrás, o Flamengo trocou passes pacientemente. Rodrigo Caio, Everton Ribeiro, Rodrigo Caio, Diego, Renê, Diego, Renê, Willian Arão, Arrascaeta, Renê, Diego, Arrascaeta, Rhodolfo, Rodrigo Caio, Rodinei, Rhodolfo, Renê, Diego, Rodrigo Caio, Everton Ribeiro, Bruno Henrique, Rodrigo Caio, Arão, Diego e daí ótima clareada a Bruno Henrique pelo meio. Ele avançou sem marcação e, pouco antes de chegar à meia-lua, chutou forte. Diogo Silva fez grande defesa, a bola tocou na trave direita e cruzou por trás do goleiro, atravessando toda a extensão do gol.
Aos 36, outra jogada de paciência. Willian Arão, Renê, Diego, Everton Ribeiro, Rodinei, Everton Ribeiro, Rodrigo Caio, Rodinei, Arão, Rhodolfo, Bruno Henrique, Arrascaeta, Renê, Arão, Everton Ribeiro, Rodinei e daí boa bola a Reinier dentro da área, pela meia-direita. Apertado por Eduardo Brock, ele chutou cruzado, Diogo Silva defendeu.
Aos 48, Diego Alves defendeu com tranquilidade um cruzamento da direita e lançou Bruno Henrique. Ele ganhou no alto de Valdo, avançou perseguido por Valdo e Fabinho, chegou à linha de fundo, travou o lance e recuou a Arrascaeta, que virou para Willian Arão e daí a Everton Ribeiro. Encarando a marcação de João Lucas e Ricardinho, Everton Ribeiro passou no meio dos dois e, quando chegou a cobertura de Pedro Ken, tocou a Arrascaeta dentro da área. Arrascaeta chutou de pé direito, a bola desviou em Fabinho e encobriu o travessão.
2º tempo:
Com 1 minuto, Renê desarmou Pedro Ken na intermediária rubro-negra e saiu jogando com Willian Arão, que deu velocidade ao lance, ultrapassou a linha do meio-campo, abriu a Everton Ribeiro, daí novamente para Arão, para Renê, Diego e outra vez Renê, que adiantou a Vitinho. Ele fez o corta-luz, Arrascaeta devolveu na frente, Vitinho chegou à linha de fundo e tocou para trás. Arrascaeta não conseguiu concluir, o zagueiro Eduardo Brock tirou mal e a bola ficou limpa para Bruno Henrique, na marca do pênalti. Porém, caiu na canhota e o chute saiu torto, à esquerda do gol de Diogo Silva.
Aos 10, com o Flamengo martelando, Bruno Henrique errou o passe a Everton Ribeiro, Fabinho tomou, Bruno Henrique recuperou, rolou para Vitinho, houve uma tabela rápida, Vitinho saiu livre pela esquerda e cruzou com perigo na pequena área. A bola chegou um pouco atrás de Lincoln, que não conseguiu equilíbrio para concluir e tocou, do jeito que foi possível, por cima do travessão.
Aos 13, mais uma paciente troca de passes. Arrascaeta, Everton Ribeiro, Rodinei, Everton Ribeiro, Renê, Vitinho e daí outra vez a Renê, que enfiou ótima bola para Arrascaeta nas costas de Fabinho. Arrascaeta se livrou de Valdo, foi à linha de fundo e buscou Bruno Henrique na pequena área. Eduardo Brock dividiu e conseguiu salvar para escanteio.
Aos 14, Vitinho cobrou escanteio na esquerda, Fabinho ganhou no alto de Rhodolfo e a sobra ficou para Everton Ribeiro recomeçar a jogada. Ele recuou a Rodinei, recebeu de volta, tocou para Willian Arão e daí boa virada para Vitinho, que cruzou procurando Rodrigo Caio. Tiago Alves tirou de cabeça e, de dentro da área, Everton Ribeiro emendou forte, com perigo, por cima do travessão.
Aos 19, depois de intensa pressão do Flamengo, Renê recebeu de Willian Arão e cruzou. Lincoln escorou de cabeça para o meio da pequena área e, chegando no lance entre os zagueiros Valdo e Tiago Alves, Bruno Henrique apenas desviou de pé esquerdo, sem chance de defesa para Diogo Silva. Um a um.
Aos 26, Valdo desarmou Bruno Henrique e abriu a Felipe Silva. Ele carregou para o meio, driblou Willian Arão e arriscou de pé esquerdo. A bola resvalou em Rhodolfo e saiu, com perigo, à direita do gol de Diego Alves.
Aos 27, excelente jogada, que começou no campo do Flamengo e terminou na pequena área do Ceará. Willian Arão a Bruno Henrique, a Everton Ribeiro, a Arrascaeta, a Rodinei, a Vitinho, a Rodinei, a Arrascaeta e o toque simples para Vitinho entrando na pequena área. Na hora em que Vitinho ia desempatar o jogo, Tiago Alves deu o carrinho e pôs a escanteio.
Aos 28, na cobrança do escanteio pela direita, Arrascaeta rolou a Vitinho, recebeu de volta e cruzou na pequena área. Fabinho bobeou na marcação, Bruno Henrique foi ligeiro e tocou de pé direito. Dois a um.
Aos 31, depois de mais uma troca de passes entre os zagueiros rubro-negros, Rodrigo Caio esticou a Vitinho, que deu um lindo drible por entre as pernas de Eduardo Brock, arrancou e soltou para Lincoln. Ele recebeu na intermediária do Ceará, pedalou pra cima de Tiago Alves e, com Vitinho pedindo a devolução no meio, preferiu o chute. Saiu à esquerda do gol de Diogo Silva.
Aos 34, após uma rara tentativa de ataque do Ceará, Lincoln brigou pela bola com Eduardo Brock e Pedro Ken, na intermediária do Flamengo, ganhou e entregou a Rhodolfo. Ele avançou, ultrapassou a linha do meio-campo e fez ótimo lançamento para Bruno Henrique, livre. Bruno Henrique entrou na área e, sem um pingo de egoísmo, buscou Lincoln no meio. Eduardo Brock desviou para trás, Diogo Silva defendeu com o pé esquerdo, Bruno Henrique ficou com a sobra e, com Lincoln caído, tentou Rhodolfo. Valdo salvou.
Aos 37, Leandro Carvalho recebeu na direita, junto à linha lateral da área rubro-negra, driblou Renê e, mesmo sem ângulo, chutou forte e com perigo. Diego Alves espalmou, mas a bola já estava fora.
Aos 38, o Ceará foi todo à frente para a cobrança de escanteio, Diego Alves interceptou o cruzamento e saiu jogando com um bolão a Everton Ribeiro no meio-campo. Na função de último homem, Samuel Xavier errou o bote e Everton Ribeiro partiu em direção ao gol. Já na meia-lua, Samuel Xavier empurrou Everton Ribeiro por trás e foi expulso. Na sequência, aos 39, Arrascaeta bateu a falta com um chute firme, bem colocado e à meia-altura, fazendo a bola quicar um pouco antes de chegar a Diogo Silva. O goleiro do Ceará deu rebote, Bruno Henrique completou de pé direito para o canto esquerdo. Três a um.
Aos 42, outra vez a bola foi bem tocada desde a zaga. Rodrigo Caio, Diego Alves, Rhodolfo, Gerson, Vitinho e Rodinei, que adiantou a Lincoln na direita. Marcado por Tiago Alves, Lincoln lançou Vitinho no meio. Ele soltou a bomba, que explodiu em Chico e passou por cima do travessão.
Aos 46, Vitinho recebeu de Everton Ribeiro na intermediária do Ceará, arrancou, protegeu a bola da chegada de Chico, pedalou, livrou-se de Tiago Alves e, da meia-lua, bateu de pé esquerdo, forte e rasteiro, no canto direito de Diogo Silva. Bonito gol, quatro a um.
Ficha do jogo.
Flamengo 4 x 1 Ceará.
Maracanã, 27 de novembro.
Flamengo: Diego Alves; Rodinei, Rodrigo Caio, Rhodolfo e Renê; Willian Arão; Everton Ribeiro, Diego (Lincoln) e Arrascaeta (Gerson); Reinier (Vitinho) e Bruno Henrique. Técnico: Jorge Jesus.
Ceará: Diogo Silva; Samuel Xavier, Valdo, Eduardo Brock e João Lucas (Leandro Carvalho); Pedro Ken e Fabinho; Chico, Ricardinho (Mateus Gonçalves) e Felipe Silva; Thiago Galhardo (Tiago Alves). Técnico: Adilson Batista.
Gols: Thiago Galhardo aos 26’ do 1º tempo. Bruno Henrique aos 19’, aos 28’ e aos 39’, Vitinho aos 46’ do 2º.
Cartões amarelos: Rodrigo Caio e Vitinho; Valdo. Cartão vermelho: Samuel Xavier aos 38’ do 2º tempo.
Juiz: Paulo Roberto Alves Júnior. Bandeirinhas: Bruno Boschillia e Elmo Resende Cunha.
Renda: R$ 5.377.084,00. Público: 67.539.
O VARmeiras trabalhou para com torcida única, pressionar o Flamengo. A armação saiu pela culatra. Foi a própria torcida quem desestabilizou a porcada !!..
Fala, Urubu Rei.
Verdade. O feitiço virou contra o feiticeiro. Até cadeira jogaram no gramado. E não escaparam do segundo baile no ano.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Obrigado pela lembrança, Murtinho. Uma honra ser citado em um texto do melhor escritor rubro-negro, em empate técnico com o Muhlemberg.
Mas sejamos justos, eu também disse que ganharíamos a Libertadores. rs
Grande abraço a todos, até aos meus ferrenhos, agressivos e divertidos opositores.
Um ano inesquecível, único e todos vcs fizeram parte disso. E os “melhores momentos” do Murtinho estarão registrados para a história, para quem quiser reviver cada momento desse ano mágico com riqueza de detalhes.
Imagina se alguém tivesse feito isso quando não havia câmeras para registrar hein Murtinho.
Parabéns pelo trabalho. Tens uma preciosidade nas mãos.
Saudações, maior torcida da Terra.
Fala, Trooper.
Cara, a sua previsão não saía da minha cabeça. Volta e meia eu pensava: e não é que o sacana vai acertar?
Obrigado pela força de sempre em relação ao trabalho aqui no blog. Deu uma canseira da porra, mas valeu a pena.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Caros, escrevo diretamente do túmulo do samba, inconsolável com a absurda decisão da torcida única no domingo. Embora subscreva integralmente a opinião do Chacal, minha vontade depois dessa inacreditável decisão marota cum atestado de incompetência, era simplesmente mandar todos (CBF, Polícia Militar, Ministério Público, Palmeiras, Mano e quejandos) para aquele lugar e fazer como o Arnesto, sem deixar nem recado na porta.
Fala, Passos.
Era jogo pra fazer a alegria da imensa torcida rubro-negra que vive em São Paulo.
Coisas do Brasil e do futebol brasileiro.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Acho que a dose de otimismo é muito pessoal Murtinho. Embora esse time aí esteja sobrando há algum tempo, a gente sabe que futebol nem sempre é previsível. Tá admoestado por não ter levado tanto fé assim hehe
SRN
Fala, Marcos.
Pois é.
Confesso que Libertadores e Brasileiro juntos – no mesmo fim de semana! – pra mim era um sonho impossível.
A admoestação é justa.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Eu assiti apenas os 30 minutos iniciais do jogo Liverpool x Napoli então nem posso dizer que sei como eles jogam, mas algumas observações que pude tirar foram:
1) O ataque é perigoso, salah pela direita, firmino ao centro e mané pela esquerda.
2) Os três atacantes pressionam muito a saída de bola dos zagueiros.
3) Os zagueiros e meio campistas gostam de explorar a velocidade de salah e mané com passes longos, os extremos jogam nas costas dos laterais ou infiltrando em diagonal para o meio.
4) O liverpool pareceu se recomper melhor pela direita, na lateral equerda o ataque do napoli fez umas duas ou três ultrapassagens e chegaram facil ao lado da área. Rafinha e Everton podem explorar isso.
5) A dupla de zaga me pareceu firme pelo alto mas um tanto lentos, bruno henrique pode ser uma boa alternativa entre eles.
6) Fabinho pode fazer falta, após a saída dele o miolo inglês deixou espaços entre o meio e a zaga.
Jorge, você, como sempre, generoso e elegante. O “arame liso”, na verdade, perdurou até o Abel, com o time sendo o reflexo do seu treinador que declarava em alto e bom som que perder pro Inter era normal.
Vi o 1º tempo de Liverpool x Napoli e eles não me assustaram nem um pouco. Nada demais. Estilo parecido com o nosso. E entre Mané,, Firmino e Salah, prefiro BHenrique, Gabigols, Everton Ribeiro e Arrascaeta. Basta não entrar tão nervosos como foi contra o River, onde Rafinha e Filipe Luís, principalmente, deixaram muito a desejar, embora todos tenham jogado muito abaixo do que podem.
De todas as especulações dos “especialista” – cada um pior que o outro – sobre o destino do JJ a única que vale é… nenhuma. Não me parece que vá embora, não agora. Ele gosta de desafios e não tem desafio maior no momento do que enfileirar 3 Brasileiros e 3 Libertadores em sequência. Desconfio que a permanência do Gabriel está atrelada à do Mister. Ele tem consciência da sua importância e da idolatria a que faz jus. É impressionante que isso esteja acontecendo levando-se em consideração que ele comanda um time estrelado, mas o sol é ele. Quanto ao Gabriel, não é muito diferente. Duvido que alcance em qualquer outro clube, incluindo os tops da Europa, o nível de identificação que tem com a torcida do Flamengo. Que faça um contrato de 4/5 anos, fique mais 2 e, se for o caso, seja vendido por uma grana alta, ressarcindo o clube pelo investimento e atendendo sua vontade de voltar a jogar na Europa. Seria burrice trocar, agora, o certo pelo duvidoso.
srn p&a
Fala, Rasiko.
Abel foi uma piada. Ainda bem que os caras do nosso departamento de Futebol conseguiram corrigir a tempo.
Esse ano eu vi pouca coisa do futebol internacional. A empreitada em que me meti, aqui no blog, me consumia todo o tempo destinado ao futebol. Mais do que isso, era divórcio.
Apesar do sucesso e do reconhecimento, também não acredito que Jorge Jesus arrume projeto mais empolgante do que manter a hegemonia rubro-negra. Só se for coisa de grana, porque aí o futebol brasileiro permanece em um nível abaixo. O time tem Bruno Henrique, Arrascaeta, Everton Ribeiro, Gabriel, e o ídolo é ele. Totalmente inédito. Quanto ao Gabriel, acho o de sempre: certamente o problema é muito menos ele, e muito mais coisa de empresário. Vamos ver se ele resiste.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Jogar contra o imbecil do Felipe Melo de cabeça quente é tudo o que o Flamengo não precisa.
Tudo o que resta para os suínos é tentar vencer esse jogo….
Temos mais o que fazer, já batemos recordes de montão.
Pois é, Ricardo.
Meu pensamento caminhou exatamente nessa linha.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Aconteceu um treco que me deixa louco de raiva.
Na hora de apertar o ^enviar^ aperto o botão errado e tudo se apaga.
Fico louco de ser obrigado a repetir tudo.
Em assim sendo, vou sintetizar.
Quanto ao jogo contra o Ceará
1 – adversário fraquíssimo.
2 – cansaço de viagens e de mais do que justas comemorações.
3 – verdadeiro show de bola.
Quanto ao próximo jogo
1 – jogar contra o Palmeiras com os reservas pode parecer que estamos fugindo da raia.
2 – ainda por cima que, ontem, os adversários pouparam os seus pincipais jogadores, tendo o técnico afirmado que o jogo pra valer seria aquele contra o campeão.
3 – como o JJ é, além do mais, um mágico, o que ele fizer estará certo.
Alegres SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – afirmei, como escrevi aqui mesmo, por várias e várias vezes, que JÁ éramos campeões com sete a oito rodadas de antecipação.
PS 2 – já no tocante à Libertadores, pelo contrário, afirmei que seria um jogo dificílimo, como foi. Time algum fica perdendo até os 88 minutos por querer.
PS 3 – em havendo o confronto contra o Liverpool (a dúvida do Chacal contraria a lógica mas pode acontecer), será um jogo ainda mais difícil e imprevisível o resultado.
Meu querido Carlos Moraes.
1) Liga não, acontece até com o pessoal de TI. Mas que é chato, é.
2) Quanto ao jogo com o Ceará: conforme o Xisto sempre pregou, o Flamengo está esmagando. A questão é que o time de Jorge Jesus não tem esmagado só os pequenos. Passou na frente, é atropelado. Nunca tinha visto isso.
3) Jogo com o Palmeiras: como assim, fugindo da raia? O time é campeão da Libertadores, ganha o Brasileiro com quatro rodadas de antecedência, abre quinze pontos de vantagem, tem todos esses recordes aí, e vai ser acusado de fugir da raia? Pior que isso só o Sport, dizendo que o Flamengo teve medo de enfrentá-lo em 87.
4) Sim, há muito tempo você atravessou a faixa no peito. Parabéns.
5) Jogo fácil na decisão da libertadores? Não existe, né?
Abração. SRN. Paz & Amor.
Eu não fui tão otimista quanto o visionário The Trooper mas eu cravei no início de outubro que , pasando bem aqueles 4 jogos (2 fora de casa), iríamos garantir o caneco. E que o palmeiras não teria gás para manter o ritmo.
Fala, Flavio.
O que mais me preocupava era o fato de estarmos nos dedicando a três competições, e querendo brigar pelo título das três. Não me lembro de ter escrito isso aqui, mas quando fomos eliminados da Copa do Brasil, cheguei a comentar com minha mulher que não achava ruim de todo. E outra: eu realmente não acreditava na dupla conquista (Libertadores e Brasileiro). Nunca tinha acontecido, devido à pressão e ao desgaste, e essa história de Santos é papo furado. Foi Taça Brasil, um torneio muito menor do que o Brasileiro, com cinco ou seis jogos no máximo.
Só sei que foi lindo pra cacete.
Abração. SRN. Paz & Amor.
caro murtinho,
vc está se igualando aos treinadores citados no seu texto.
ficar com medo de colocar o time titular ….
ainda tem muita coisa para ser conquistada nessas três últimas rodadas.
quero maior numero de vitórias ,gols,invencibilidade e por ai vai….
penso igual ão JJ.
nada menos que tudo.
time tem que chegar com tudo no mundial e essa história de poupar jogador é furada meu caro.
chegamos até aqui com essa tocada e penso que o melhor é dar continuidade .
falei que iriamos conquistar a libertadores e muita gente duvidou,mas vou além….
mundial vai ser nosso,só não sei se o liverpool vai ser vice de novo.
SRN !
Fala, Chacal.
Acho que não.
Entre os tantos problemas dos nossos treinadores, a decisão a respeito de poupar ou não poupar é o menor deles, além de ser algo que – defendi isso aqui na ocasião da saída do Abel – não deveria ser decidido unicamente pelo técnico. Os treinadores brasileiros são atrasados, medrosos, teimosos e arrogantes. Poupar ou não poupar é outro papo, e tem a ver com a dificuldade em se montar elencos mais equilibrados.
Vou repetir: não acho que jogadores tenham que ser poupados porque são uns coitadinhos, porque devem participar de apenas vinte jogos por ano, porque merecem ser tratados como crianças criadas pela avó à base de leite com pera. Ocorre que futebol é um esporte em que há choques, as chegadas pesadas fazem parte do jogo e, mesmo com esses objetivos que você citou e que merecem ser perseguidos – isso fica para a história -, brigar por títulos continua sendo mais importante.
Na minha avaliação, não faz sentido arriscar perder um atacante – como, por exemplo, o Bruno Henrique – no Mundial, para ter o ataque mais positivo desde 2006. E, pra mim, o jogo com o Palmeiras poderia se tornar um jogo de risco.
Não acredito em poupar como faz Renato Gaúcho – embora sejamos forçados a reconhecer que isto valeu a ele um título e duas semifinais de Libertadores -, acredito em critério e equilíbrio.
Eu e você pensamos de modo diferente. Faz parte do futebol.
Abração. SRN. Paz & Amor.