O Flamengo foi até Brasília e manteve o recém adquirido hábito de dar show. Ainda que tenha se apresentado ligeiramente mal vestido, o Flamengo foi extremamente focado, ofensivo, comprometido e respeitoso com o público e o adversário. Desde o apito inicial jogou um futebol moderno e pra frente, sem medo e sem tirar o pé. É disso que o povo gosta.
Tudo bem, o Avaí não era exatamente um desafio, é um time que só tem se ferrado desde a primeira rodada e está visivelmente abatido pelo peso da lanterna e do iminente rebaixamento. Contudo, não é inútil lembrar que até bem pouco tempo o normal era que fosse o Avaí, ou outro clube em situação desesperadora análoga, que jogasse tranquilo e sem pretensões, transferindo todo o peso da responsabilidade ao Flamengo.
Que incontáveis vezes não foi capaz de lidar com o favoritismo, que para o Flamengo é uma condição preexistente, e peidou arcoiristicamente. Aparentemente esse problema foi sanado. O Flamengo de Jorge Jesus não se acomoda, não se encolhe, não toca bola pro lado.
E assim, tocando pra frente, buscando o gol incessantemente, o Flamengo vai passando por cima dos adversários, das estatísticas e dos recordes. E fazendo a alegria da mulambada, sempre balançando o filó e correndo pro abraço da massa.
Em Brasília tivemos mais uma atuação de gala de Gerson, que gastou a bola e comandou a meiuca como se fosse um déspota esclarecido. A bolinha de calcanhar que ele tocou pro Arão meter uma bomba que explodiu no travessão foi uma obra de arte.
Mas antes fosse só o Gerson, pra não ser injusto o cronista tem que falar de quase todo o time. Diego Alves fez duas defesas espetaculares, Rafinha e Filipe Luís esbanjaram categoria, Rodholfo Robhocop segurou o tchan com tranquilidade ao lado de Marí, zagueiro artilheiro que com apenas 10 jogos já está a apenas um gol de Pablo Guerrero na disputa pela artilharia do Brasileiro.
Teve Piris e Arão jogando bem, Ribeiro com a inventividade habitual, Gabigol sempre deixando o dele e a estreia como titular do palindrômico menino Reinier. O moleque é bola mesmo, jogou como se estivesse no campinho de terrão em frente de casa. Deu assistência, fez várias gracinhas e ainda meteu um golaço. Que estreia perfeita. Vou nem falar mais nada pra não secar o menino Príncipe, como o definiu o craque Edu Antunes Coimbra. Mas isso sou eu que não digo, o papo que já tá rolando na Nação é Igreja Sensacional do Reinier de Jesus.
O jogo foi uma maravilha, um colírio, um refrigério. Mas, felizmente, o fenômeno Flamengo não acontece numa bolha. O Flamengo está inserido no contexto histórico e nesses dias loucos e tristes que o país está vivendo sob o insano comando de uma choldra incompetente, mentirosa, pouco instruída e covarde.
Enquanto o Flamengo dava show em Brasília a censura era revivida na Bienal do Livro do Rio de Janeiro pelo autoritarismo dos intolerantes que se aproveitam da fé popular e pela subserviência de uma Justiça que não anda fazendo jus ao nome do estabelecimento. Como clube cidadão que pretende ser o Flamengo tem um papel a cumprir, que é o de se opor ao obscurantismo daqueles que tentam levar o país de marcha ré à Idade Média sem passar pelo Renascimento. Contra as trevas o melhor remédio é que se faça a luz.
Por isso que o Flamengo está jogando o Brasileiro como quem escreve um livro junto com a torcida. Um livro sobre o amor entre os homens e a bola. Um livro que defende valores como a independência. Mas é uma independência real e não tutelada, a independência de quem não depende de ninguém pra resolver suas broncas e atingir suas metas. Um livro que é uma homenagem ao estudo, às novas ideias, às influências exóticas, à prevalência do conhecimento e da competência sobre a crendice e a canalhocracia.
O jogo contra o Avaí foi só o mais recente capítulo desse livro que o Flamengo está escrevendo rodada após rodada. Um livro que se os autores se mantiverem fiéis aos seus princípios, as forças da retranca, do atraso e do antijogo jamais vão conseguir censurar.
Mengão Sempre
estava indo muito bem até o final ao dar OPINIÃO SOBRE POLÍTICA.
o problema para vocês, CEGOS OBSCURANTISTAS críticos do governo atual é que
o modelo-antítese deste
é
a turba bandida e ladra que esteve aqui no comando DESDE o enfatiotado FHC , piorando 100x com o bandido mór lula e terminando com a débil mental dilma.
sugiro manter neste espaço a discussão sobre futebol.
Eu sugiro que voce deixe de ser imbecil. Que porra é essa de querer censurar minha opinião no texto que eu publico no meu blog? Isso é coisa de comunista. Reaça tem que ler o que estiver escrito e agradecer porque é grátis.
Arthurzao eh o terror dos minions.
KKKKKKKK
Querem que o blog soh tenha besteteira apolítica igual a cabeça limitada deles.
Eh isso aí Arthur. Flamengo eh plural mas nunca será fascistas.
Senta fogo nesses otários Arthur! Que leiam chapeuzinho vermelho, ou outra história para dormir, na cama que eh mais quentinho.
Eleitor de bandido se achando superior, dando ataque de pelanca, xingando quem pensa diferente, e usando o termo “fascista” sem a menor ideia do seu significado.
A esquerda deve ter aberto uma fábrica de idiotas em série, porque são todos iguais.
Ainda bem que não passam de uma minoria amargurada e depressiva pelo efeito rebote das drogas que gostam de usar. Imagina se imbecis desse nível estivessem em número suficiente para definir os rumos do país, votando nós mesmos corruptos condenados de sempre.
Já que vc chama os outros de otários, vou te dar uma dica: da próxima vez que quiser falar sobre um comentário meu, cita meu nome ou responde meu comentário. Manda o papo reto. É assim que não otários devem proceder.
E o Flamengo é plural mesmo, tanto que abriga babacas como vc, que pedem “senta fogo, Arthur” (ui). Deve estar louco pro lobo mau te pegar, né santa?
HAHAHAHAHAHAHAHAHA
PS: Lula tá preso, trouxa.
Trooper, já que o teu negócio, como o meu, é papo reto, vamos lá:
Essa polarização entre esquerda x direita é manipulação explícita para que a velha tática de “dividir pra conquistar” se estabeleça como modus operandi da elite controladora. Me espanta que pessoas supostamente inteligentes e informadas ainda embarquem nessa canoa furada. Atrás das cortinas, “esquerda” e “direita” brindam com champanhe e caviar e riem às custas dos ingênuos que acreditam nessa falácia. É fundamental entender que é essa polarização que sustenta um sistema desequilibrado e corrupto na essência – sempre foi assim, desde tempos imemoriais (é só investigar a história conhecida – a desconhecida é muito mais ampla, profunda e assustadora). Não poderia ser de outra forma um sistema que tem no topo da pirâmide social banqueiros que nada produzem e tudo ganham porque a todos exploram. Se vc conhece a origem do sistema bancário, sabe do que estou falando; se não conhece, investigue, pesquise e tenha uma visão clara, não nublada por partidarismos limitantes (a mente já é suficientemente limitada pra que a gente ainda acrescente condicionamentos que impeçam a clareza dela).
Políticos e/ou aqueles que almejam o poder sobre os outros (os que estão abaixo na pirâmide social, mas que, ironicamente, são os que a sustentam), são todos farinha do mesmo saco e tratam apenas de seus interesses pessoais, particulares, privados e familiares – Lula e Bolsonaro não deixam dúvida sobre isso. Não há nenhum patriotismo envolvido, nenhum olhar compassivo sobre a miséria popular, nenhuma consciência evoluída projetando o bem-comum que, afinal, é o direito universal.
Ninguém precisa se identificar com um suposta “esquerda” pra entender a vilania que é o papel dos banqueiros e das grandes corporações internacionais, onde apenas o lucro importa e o resto que se foda; e o resto somos todos nós. Da mesma maneira ninguém precisa se identificar como sendo de “direita” pra ser a favor da livre expressão, comércio e, enfim, liberdade em todos os sentidos e fundamentos. Isso é óbvio e inegociável e está fora do escopo de qualquer debate. Na verdade, qualquer debate só pode acontecer a partir dessas premissas citadas acima; e é interessante notar que, uma vez entendidas e aceitas, essas premissas eliminam a possibilidade da divisão, da manipulação e do controle. Todos estamos além delas, mas poucos percebem.
Na minha idade (completo 75 em menos de 1 mês), já vi esse enredo tantas e tantas vezes, e ele é tão boring, que a única coisa que me atrai nesse mundo é o Flamengo – especialmente agora, quando não esperava mais nada. Como também completo em dezembro 50 anos de meditação, sei, por experiência direta, que a morte não existe, que a consciência é imortal (um dos postulados básicos da física quântica) e que a identificação com o mecanismo corpo-mente é a raiz do materialismo e de todas as nossas limitações, medos, desejos e visões distorcidas – ou seja, do inferno que é o ego.
Sabe por que a dicotomia esquerda x direita parece eterna?
Porque ela é real.
São ideologias reais. E os governos agem conforme a orientação de quem os elegeu.
Sim, a história prova isso.
Há governos de esquerda e governos de direita. Ambos podem ser autocráticos e tirânicos. Mas a história recente do mundo nos mostra que governos de esquerda tendem muito mais ao autoritarismo do que os governos liberais, alinhados à direita. Fora as seguidas tragédias sócio-econômicas que governos ditos socialistas geram em diversos países.
Dizer que é tudo bobagem apenas porque são todos corruptos (e são mesmo) é uma simplificação banal e, por que não dizer, tapar o sol com a peneira.
Prezado Arthur Muhlemberg,
Poderia, obsequiosamente, me esclarecer uma questão?
Vejo sua valorosa defesa à liberdade de expressão – ao que aplaudo – ao mesmo tempo em que vejo suas respostas, digamos, “quentes” a quem crítica o conteúdo dos seus textos.
A minha pergunta é:
A liberdade de expressão não protege tanto teu direito de escrever o que deseja, como o direito dos teus leitores de expressarem seus descontentamentos com teus escritos?
Se a resposta é sim, então por que dirige impropérios aos teus leitores, ainda que não os tenha recebido?
Se a resposta for não, então acho que tua ideia de liberdade de expressão tá ligeiramente equivocada.
O blog é público e quem tá na chuva é pra se molhar, não é mesmo?
Não é preciso afirmar que vc escreve o que quiser. Isso é óbvio e vale para qualquer um de nós aqui. Entendo que quando alguém escreve que vc “deveria se ater não Flamengo” não esteja querendo te censurar, até porque seria impossível, mas sim em caráter sugestivo, como fazemos aqui o tempo todo em relação a diversos assuntos, como escolhas do treinador, por exemplo.
Pega leve, brother. Tá todo mundo irritado com esse negócio de política. Tem assunto que parece simples, mas não é. Vc pode achar, por exemplo, que o caso da HQ foi meramente um caso de homofobia. Outros podem achar que se trata de violação ao ECA, por veiculação de conteúdo impróprio para menores. E imagina uma coisa: ambos podem estar certos. É difícil chegar a uma conclusão sobre isso em qualquer época. Atribuir a discussão aos “tempos sombrios em que vivemos” é simplificação que não se aplica.
Vivemos uma moda de politizar tudo. Tudo precisa ser classificado como de esquerda ou de direita. Rigorosamente tudo tem que ser rotulado, nomeado, classificado, de acordo com orientação política.
Não devia ser assim. Muito menos quando o assunto é Flamengo.
Flamengo é plural, Flamengo é de todos, Flamengo não se divide.
Como vc mesmo diz, o Flamengo abriga a todos sob o seu bandeirão, certo?
Continuemos assim. Vamos curtir a fase mágica do Flamengo, com que sonhávamos há tanto tempo e deixar as patetices dos políticos, que ocorrem nestas terras desde 1500, bem longe das arquibancadas.
Já basta a violência e divisão idiotas causadas pelas organizadas.
Parafraseando Murtinho, Paz & Amor.
É muito simples, Trooper. A liberdade para falar o que quiser está garantida a todos. Seus comentários, por exemplo, são uma prova eloquente dessa liberdade. Mas qualquer tentativa de me censurar, mesmo que disfarçada de sugestão para que me atenha a esse ou aquele assunto, será respondida nos termos que eu julgar mais adequados. Pode parecer simplória a distinção e talvez não seja a mais perfeita, mas no momento a regra da casa é essa. Segue quem quiser. Abs SRN
Arthur,acompanho vc desde dos tempos do GE sempre achei seu trabalho espetacular, mas esse lance de meter politica no meio do texto está ficando escroto, o nome do site é republica paz e amor, então vamos honrar esse site… independente de a ou b vamos propagar a alegria de torcer para o mengo ! eu acesso esse site por causas das cronicas do Mengão! entendo seu lado politico, eu não aprovo as medidas desse governo entendo que a maioria é burra, porem mesmo estando puto tenho que aceitar afinal foram eles que escolheram a draga do governo. então vamos esquecer esse assunto escrotão de politica, vamos focar no mengão …abraço
Porra, é o fim do mundo em 2019 ainda ter que explicar o basico do basico da liberdade de expressão. Por favor, honre o site entendendo como ele funciona. Não é um blog a la carte. Eu escrevo o que eu quero, você lê se quiser.
Sem medo de errar, Arthur Muhlenberg é o cronista de futebol mais brilhante desta década. Gostaria de ver seus textos reunidos em uma única publicação impressa. Esta “Autobiografia Flamenga” deveria ser escrita em pedra, ou talhada em placa de ouro com um pedaço de diamante.
Podemos estar diante do maior ano rubro-negro depois de 1981.
Uma fábula flamenguista está se desenhando, algo que sonhávamos por décadas e nos lembraremos por outras tantas, e vamos nos dividir agora por causa de política mesmo?
Antes fosse mesmo política, porque nem sei se dá pra elevar a esse nível essa história de revista de HQ LGBT sem a classificação etária adequada.
Ah, façam o favor….
Excelente texto Arthur !! Vivemos nas trevas, mas o Flamengo está nos dando um pouco de alegria e a esperança que dias melhores virão!!
Independente de eu ser Direita ou esquerda eu sou Flamengo.
Independente de ser a favor ou não da ideologia de gênero eu sou Flamengo.
Independente das questões familiares,
De escolha de sexo, do grau de escolaridade, do nível sociocultural ou financeiro etc etc e tal… Eu sou Flamengo.
Penso, logo existo… E assim como eu muitas pessoas que vem aqui ler este blog e as pessoas que aqui deixam seus textos que diga-se de passagem São de altíssimo nível cultural e esportivo também pensam. Respeito é tudo. Respeito o que escrevem mesmo que eu não concorde com tudo pensou Flamengo assim como todos vocês. S.R.N
Arthur, na boa não entendo essa necessidade de sexsualizar nossas crianças e adolescentes em idades que ainda são impróprias… não entendo pq chama de censura exigir que os livros estivessem embalados com saco preto e com etiquetas de aviso sobre seu conteúdo, como diz a lei, porque foi isso que foi exigido tanto que não houve recolhimento de nenhum exemplar pois os mesmo estavam em ordem. Essa polarização entre direita e esquerda do país já está passando dos limites e atingindo, com a ajuda inacreditável, surreal e absurda da mídia, nível escroto. Todas as reportagens na mídia sempre mostraram apenas o lado dos coitadinhos, excluídos e reprimidos, exatamente como nossa fraquíssimo esquerda gosta de se fazer… respeito e direito de expressão tem que ser para todos os lados. Enfim, essa esquerda do Brasil sempre foi uma bosta, tanto no governo quanto na oposição.
Show de bola e de cidadania Arthurzão!!!!! Contras as trevas que se faça a luz!!!
Toda vez que mete política no meio tu caga a porra do texto. Foca no Flamengo!
Toda vez que um merda qualquer esquece que o país tem uma constituição promulgada em 1988 que aboliu a censura e se mete a besta de determinar o que eu devo ou não devo escrever tenho o maior prazer de mandar o infeliz focar na existência de merda dele e dar aquela meia horinha de cu.
Esse daí no mínimo votou no Bozo e é a favor da facada fake.Artur continue com suas postagens ,não vamos deixar que a censura continue. Já basta a demissão em massa no Brasil de jornalistas que são contra esse desgoverno, agora querem frear também até os posts nos blogs privados. Onde vamos parar? SRN e Fora Bozo.
Amigo, quem sensurou sou o Marcelo Crivella e prefeito do Rio e não o bolsonaro
Arthur, como sempre, generoso. Meia hora é pouco, muito pouco. Uma fila de negão, sem hora pra acabar, é o remédio mais indicado pra casos de retardamento mental desse tipo.
Que qui esses caras vêm fazer aqui?
Parabéns pelas palavras Artur. Como historiador que sou e amante de toda história do Brasil e do Futebol é claro, posso afirmar com todas as palavras: Nós temos o segundo melhor time da história do Flamengo e temos o pior presidente da História do País. O flamengo não pode entrar nesse jogo de colar na figura de Witsel e de Bolsonaro, porque a história deixa marcas e uma gestão limpa e legal como a de EBM e a atual merece ser lembrada pelos números e não por fotos como aquelas tiradas no Mané garrincha , entre diretoria e presidente do Brasil.Devemos enxergar o momento catastrófico vivido pelo país, que vai contrastar com a bela imagem do atual Flamengo, vivendo por música de Jesus.
Quem disse que política e futebol não se mistura , no mínimo votou , ou esta arrependido em ter votado no bozo. Amigo não tenha vergonha de assumir os erros, votar errado faz parte, não considerar o erro é que é canalhice.