Depois dela, ainda houve três caça-níqueis. Em nível nacional (Supercopa), continental (Recopa) e mundial (Catar). Mas era ela, e somente ela, que importava, potencializada pela inédita dobradinha com o Campeonato Brasileiro, conquistado com dezesseis corpos de vantagem.
Encerrada a temporada de engordamento do caixa rubro-negro, com mais duas taças de lambuja, instaurou-se nos gramados um novo esporte denominado fakebol. Futebol de verdade só vai existir quando a vacina chegar e houver torcida nos estádios, quando o uso do VAR for reavaliado e corrigido, quando a Fifa tiver a humildade de voltar atrás na mais estúpida de todas as modificações já feitas nas regras do jogo, a que transforma em infração qualquer bola que toque na mão ou no braço e obriga zagueiros e atacantes a se comportarem como o valente personagem Cavaleiro Negro, de Em Busca do Cálice Sagrado. (Matéria de Felipe Lobo, postada em 28.09.2020 no ótimo site trivela.com.br, informou que, diante de tantos descalabros, os juízes ingleses foram orientados a mudar sua interpretação a respeito dos toques de mão. Os dirigentes consideraram que havia um excesso de rigor que precisava ser revisto.) Enquanto as três coisas não ocorrerem, não consigo reconhecer no jogo que está aí o mesmo pelo qual me apaixonei lá pelos seis ou sete anos de idade e que tanto me ensinou.
Quando foi que alguém viu, num período menor do que quatro meses, os seguintes sintomas do absurdo: a seleção alemã perder para a espanhola por seis a zero; o Barcelona para o Bayern de Munique por oito a dois; um dos três melhores times do mundo (Liverpool) tomar sete gols de outro que terminara a temporada passada entre os quatro últimos da primeira divisão inglesa; o poderoso Manchester United, com seu elenco avaliado em 800 milhões de euros, levar um sacode de seis a um, em casa; candidatos reais ao título do Campeonato Brasileiro subirem a campo sem dispor de quinze ou dezesseis de seus jogadores profissionais. E o argumento definitivo: alguém consegue imaginar, em outro ano que não 2020, acontecerem duas partidas em Itaquera com o Corinthians tendo dois jogadores expulsos em cada uma delas? Foi o que houve na derrota para o Palmeiras, em setembro, e no empate com o Grêmio, domingo passado.
Junte os dois parágrafos acima, bata lentamente até formar uma massa lisa e uniforme, e está pronto para servir algo que pode ser chamado de qualquer coisa, menos futebol.
No meio das ilusões perdidas, um alento: Onde Estiver, Estarei – Uma Odisseia Rubro-Negra. As sagas de torcedores apaixonados que fizeram de tudo e mais um pouco para testemunhar a conquista mais épica do Flamengo em toda a sua história. Não vou alongar o texto para não correr o risco de exagerar nos spoilers, mas tem gente que saiu do Canadá só com a passagem de ida, sem saber quando seria possível voltar. Tem quem fez o trajeto Melbourne, San Francisco, Houston, Lima. Tem o perrengue de quem partiu do Rio, no peito e na raça, com coragem e coração, de carro ou de ônibus, encarando rotas improváveis e caminhos inóspitos. Tem um depoimento magnífico (juro que é a derradeira spoilada) de um torcedor que, entre ir de ônibus ou de avião, fez a sábia escolha pela caravana no busão, sabendo que renderia muito mais histórias e lembranças. Tem as iluminadas e arrebatadoras participações de Cláudio Cruz e do torcedor-lenda Francisco Moraes, ambos presentes no Estádio Centenário de Montevidéu, em 1981, e no Monumental de Lima, em 2019.
Com argumento e roteiro de Arthur Muhlenberg e Pedro Asbeg, direção de produção de Marcela Coelho, fotografia e câmera de Bruno Graziano, direção e edição de Pedro Asbeg, os curtíssimos vinte e um minutos e meio de Onde Estiver, Estarei – Uma Odisseia Rubro-Negra passam voando mais que nosso time no ano passado, e são inversamente proporcionais à quantidade das emoções revividas.
Tá bom, admito, chorei de novo e acho que vou chorar sempre. E daí, vai bater? Pois em vez de fazer bullying com as fraquezas do blogueiro, corre lá pra ver. É só clicar aqui.
É outro futebol, é verdade.
A meu ver, nem melhor nem pior, apenas diferente.
Que bom. A capacidade de adaptação do ser humano é o que nos possibilitou chegar aonde chegamos.
É muito diferente ver os times jogarem sem apoio das torcidas. Um jogo mais interno, sem aplausos ou vaias, no qual o psicológico do jogador depende muito mais do seu próprio controle do que de fatores externos.
Nem sempre é fácil, como as goleadas que vc citou comprovam. Muitas vezes, quando a água bate no pescoço, o apoio da torcida te dá uma mão. Sem ela, fica muito mais difícil reagir a um 0 x 3. Mais fácil virar 0 x 6. O psicológico dos atletas influencia muito mais no jogo sem a ajudinha da massa nas arquibancadas.
Todos sairemos dessa experiência mais maduros, mesmo os imaturos.
Ficar reclamando o tempo inteiro de tudo e todos, como botafoguenses perdedores chatos, não leva a absolutamente nada, além de tornar a si próprio um mala que ninguém quer estar perto. Ainda mais em um momento de dificuldade, que pede positividade e ânimo.
O que vale é viver a experiência e evoluir com ela.
O destino das nossas vidas nós já sabemos qual é. O negócio é aproveitar a viagem.
Já imaginou a experiência de ter o Flamengo jogando uma final de Libertadores, no Maracanã, com portões fechados? Pois é, ela está bem próxima de acontecer.
E será uma coisa inédita e inesquecível. Pode ter certeza.
Quero ver o Mengão mostrar que é tão foda aponto de ser campeão mesmo sem a Magnética.
Acho que vamos conseguir. E será histórico.
Os malas, que com ou sem pandemia vivem se arrastando pela vida, vão continuar choramingando aí nos comentários, eu sei, mas tento fazer a minha parte.
Ânimo aí, Murtinho. Saudade dos seus textos. Escreve mais pra gente. Vc é o melhor escriba rubro-negro, não pode nos deixar órfãos.
Grande abraço. SRN
Murtinho, vi o documentário e gostei muito, mas morri de inveja, eu que pensei que não existisse na face da terra rubro-negro mais do que eu, sou um mero aprendiz. Quanto à torcida, ou ausência dela, você tem toda razão, os velhos romanos e gregos já sabiam disso, por isso construíram anfiteatros e coliseu. Interessante sobre o assunto é que eu me lembrei de um certo César de Alencar, não sei se é do seu tempo, mas o cara era um craque no assim chamado domínio das massas, foi um dos pioneiros em animação de auditório. Ele sempre terminava se programa com a frase que de tão repetida eu decorei: “e assim, pingamos mais um ponto final no programa César de Alencar, com seus prêmios, seus patrocinadores, suas brincadeiras e a participação sempre simpática e indispensável do auditório sem a qual não poderíamos realizar nem metade de nossos trabalhos. Profético o cara.
Transmimento de pensação: embora sem conteúdo sexual, acordei pensando em você, na tua prolongada ausência e com uma ponta de preocupação sobre o motivo dela.
Vi ontem o Doc, tambem deixei as lágrimas rolarem, me arrepie de novo e me emocionei com as epopéias desses torcedores abnegados que dão a volta ao mundo ignorando qualquer obstáculo financeiro, familiar ou trabalhista pra ver o Flamengo jogar. Só o silêncio reverencial consegue expressar a admiração.
Grande abraço. srn p&a
Ah! quanto a vacina, tenho dedicado grande parte do meu tempo recluso a pesquisas sobre o assunto e não são poucos os médicos e cientistas independentes que alertam quanto a efetividade dela(s), alguns, como um espanhol que vi ontem no Facebook, sendo enfático e chamando à responsabilidade seus colegas para que assumam uma posição quanto ao conteúdo das vacinas, cujo objetivo seria a esterilização em massa. Essa projeção, que agora se confirma, fiquei sabendo em 1995 e não se trata de teoria da conspiração, mas de prática da mesma. O objetivo é a eliminação de grande parte da população mundial – especialmente negros, pardos e pobres – e os fatos paralelos comprovam. Como previ aqui, diante das informações de cocheira que tinha e tenho, a 2ª onda seria mais violenta e assim sucessivamente. Qualquer expectativa de uma volta ao “normal” é ilusória, ingênua e carece de uma visão mais ampla e profunda. Os que estão por trás das cortinas nos bastidores manipulando os pauzinhos têm total controle da situação e não vão deixar a peteca cair. Como já me referi antes, não é por acaso que a classe média está sendo esmagada, Estados Unidos e União Européia não admitem a quebra de patentes das vacinas, as farmacêuticas detém o poder da imunização faturando bilhões e detendo ainda mais poder e os bilionários triplicaram suas fortunas em poucos meses. O quadro é claro. No mesmo ano de 1995 o encontro promovido por Gorbachev no hotel Fairmont em San Franciso com os líderes das grandes corporações – farmacêuticas, alimentos, petróleo -, da mídia e de todas as atividades empresariais relevantes, os planos pro futuro foram traçados com detalhes e estão sendo executados tal qual previstos. Única saída possível: o despertar coletivo da humanidade pro fato de estar sendo manipulada e controlada a fim de formar uma massa critica capaz de, vibracionalmente, superar a onda negativa. É possível? É. Mas as evidências mostram que estamos todos mergulhados em águas lamacentas onde o medo predomina. E esse é o grande inimigo.
Olha aí, me embananei !
Conheço o Rasiko e não tenho a menor dúvida.
Um ser humano privilegiado.
Meio doidão, no sentido ^sui generis^, mas, ao mesmo tempo, um cara sério e extremamente competente.
Sempre admiti que a tal história da vacina era coisa de negacionistas, dos malucóides que obedecem sem pestanejar o maluco-mor que nos chefia.
Vem agora o nosso amigo com essa versão,
Tô sem saber o caminho, não só para mim, que já muito andei, mas para os meus mais queridos.
Qual a danada da verdade nisto tudo.
Sinceramente, não quero acreditar.
Peferiria e muito acreditar na seriedade dos seres humanos, principalmente aqueles que estão no comando.
Bozo, pensava, só existe um e é nosso, ninguém tasca !
È isso aí.
Acabo por perder o rumo.
Socorro, humanidade !!!
Carlos, vc encerrou com a frase que reflete o atual momento que vivemos: sem rumo. Agora, pra esclarecer, eu não peço nem quero que acreditem ou confiem em mim, pois entendo que é responsabilidade de cada um fazer sua própria pesquisa sobre a verdade dos fatos, tanto os evidentes como os que estão por trás das aparências. Mas seria uma tremenda ingenuidade achar que as farmacêuticas estão preocupadas com a saúde da população mundial quando a realidade é que fazem fortuna com a doença. Se estivessem bem intencionadas abririam mão das patentes e a disputa política estaria encerrada. Os que estão no comando, Carlos, só têm compromisso com seus projetos pessoais e o projeto da elite mundial é o extermínio de pelo menos 50% da população. Ou seja, o genocídio tá apenas começando. Procure no site da Anistia Internacional Brasil e fique sabendo do terror dos índios na Amazônia. Bolsonaro deve estar felizão.
Além de psicólogo fake, agora é cientista maluco. Kkkk
Tua teoria da conspiração é tão coerente, que para atingir o objetivo de matar “pobres, pretos e pardos”, o continente mais atingido pela COVID foi a Europa. O plano maquiavélico liderado certamente por Bozossauro e Trump deu errado. Kkkkk
Vou te contar viu…
Ô boçal, tu morre de inveja do seu Rasiko, né não, alías tu morre de inveja do seu Carlos, do seu Xisto, do seu Áureo e de todos que são mais inteligentes, educados e civilizados que a besta quadrada que tu é, tu é um pobre coitado recalcado, se toca mané, ninguém aqui vai cm os teus córneos só eu que te dou linha pra mandar vc si fudê.
Seus ataquezinhos raivosos de pelanca a cada comentário meu só provam que eu entrei mesmo na tua mente.
Kkkkk
Calma, santa.
Ficar dando uma de machinha na internet, xingando mãe e mulher dos outros, só mostra que vc é um inútil, fraco, covarde de merda e que conta com a sorte de estar protegido pela segurança e anonimato de uma tela de computador.
Se estivesse à minha frente, pessoalmente, ia se cagar todo, como todo machinho de internet, a mais fina nata dos merdalhões da sociedade moderna.
Continua me dando IBOPE aí, otário.
Kkkkkk
Filmaço. Sentei no sofá sem a menor ideia se o filme duraria 2h30 ou meia hora. Spoiler final: teve gol do Gabigol. Depois conto mais.
A SUDERJ, informa…
Escalação do Clube de Regatas FLAMENGO: Diego Alves; Isla, Thuler, Filipe Luís; Willian Arão, Gérson, Everton Ribeiro, De Arrascaeta, B. Henrique e Gabigol
Escalação do Racing: qqq, www, eee, rrr, ttt, yyy, uuu, iii, ooo, ppp, aaa e LÉO PENEIRA
Ao receber a escalação, imediatamente o Garoto do Placar atualizou-o para
Racing 0 x -1 Flamengo
grande murtinho !
estava com saudades dos seus textos ……
futebol e tudo nesse planeta ,está muito chato !
até o mengão tá chato de ver.
volta mundo pro seu normal.
SRN !
Fala, Chacal.
Pois é, rapaz. Ter isso que tá aí é melhor do que não ter nada, mas está longe de ser o futebol que a gente aprendeu a gostar.
Pra não ficar na seca, dá uma olhada no curta-metragem. É bacana demais.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.