Campeonato Brasileiro, 33ª rodada.
Há uma crença generalizada de que, em competições disputadas sob a fórmula dos pontos corridos, não há distinção entre um jogo e outro, pois todos valem três pontos. A tese beira o populismo. Há flagrante demagogia no argumento de que ganhar do CSA no Maracanã tem a mesma importância que derrotar o Palmeiras no Allianz Parque.
Certos compromissos do Campeonato Brasileiro são sabidamente embaçados. No caso do Flamengo, que é o que nos interessa, jogar no sul sempre foi osso. Enfrentar, fora de casa, Athletico Paranaense, Inter e Grêmio é algo que não nos traz lembranças agradáveis, nem mesmo dos tempos de nossos melhores times. Há uma exceção histórica: a conquista do título brasileiro de 1982, obtido em cima do Grêmio no antigo Estádio Olímpico. Como é do conhecimento geral, exceções existem para confirmar as regras.
No Brasileiro de 2019, a tabela do segundo turno nos trazia quatro jogos de altíssimo risco. Palmeiras, Santos, Athletico Paranaense e Grêmio. Encarar Palmeiras e Santos em terra alheia e na reta final, rodadas 36 e 38, seria dureza em dose dupla. A inacreditável campanha do Flamengo transformou as duas partidas em amistosos, e a vitória sobre o Athletico com agá quebrou um tabu de 45 anos.
Entretanto, no meio do caminho havia uma pedra, chamada Grêmio. Mordido pelos acachapantes cinco a zero da semifinal da Libertadores. Embalado por cinco vitórias consecutivas no campeonato, que decidiu levar a sério depois da eliminação no cobiçado torneio continental. Tendo um atacante, Everton Cebolinha, que é um dos terrores das defesas brasileiras. Pedra pesada.
A uma semana da grande decisão com o River Plate, em Lima, e talvez convencido pelo frustrante empate com o bem fracote time do Vasco, Jorge Jesus se decidiu por dar descanso à tropa. Oito reservas foram escalados, incluindo os quatro zagueiros e o primeiro volante – na verdade, com a exceção de Thuler, um brancaleônico exército de renegados. Tudo conspirava contra.
Mesmo assim, foi um domingo sublime. O Grêmio teve mais posse de bola, num exemplo claro de como isso pode ser infrutífero. Cruzamentos, cruzamentos e mais cruzamentos, quase sempre neutralizados por Thuler e Rhodolfo, com o luxuoso auxílio de Piris da Motta e, nos lances de bolas paradas, Reinier. Como se assinasse um atestado de pobreza tática, Renato Gaúcho fez seu time terminar a partida com seis atacantes. Alisson, Luciano, André, Everton Cebolinha, Felipe Vizeu, Pepê. Nunca vi isso nem nos meus bons tempos de peladeiro do Aterro do Flamengo. Depois os treinadores brasileiros reclamam quando jornalistas e torcedores enchem a bola de Jorge Jesus.
No post publicado após o empate com o Vasco, defendi a escalação dos reservas contra o Grêmio, para não correr um pingo de risco de contusão em Porto Alegre. E, confesso, nada esperava em termos de resultado. Empate seria goleada. Porém, o que vimos foi organização e empenho, valentia e eficiência, tudo isso enriquecido por preciosos toques de brilho de Arrascaeta.
É certo que, para 2020, teremos de repensar nosso banco. Alguns desequilíbrios precisam, ao menos, ser reduzidos. Por motivos óbvios, não há chance de se ter no elenco substitutos com a mesma qualidade de Bruno Henrique e Arrascaeta. Encontrar as saídas é tarefa para a turma que toca o futebol do clube.
Na virada da década de setenta para a de oitenta, o meia-atacante Tita era nosso ponta-direita titular. Quando Zico não podia jogar, Tita ia para o meio, e na ponta entrava o bom Reinaldo. Embora longe de ser a mesma coisa, dava para segurar o rojão. Devemos correr atrás de soluções semelhantes. Quebrem a cabeça, senhores. E, como fizeram esse ano, usem bem a grana que, tudo leva a crer, passará a entrar em quantidades cada vez maiores.
O Campeonato Brasileiro acabou. Uma vitória garante o título matematicamente. Ou, dois empates. Ou, ainda, um único empate do Palmeiras em qualquer uma das cinco rodadas que restam. Até o ótimo atacante Dudu jogou a toalha, na entrevista ao final de Palmeiras e Bahia: afirmou que a meta, agora, é tentar garantir o segundo lugar. Pelou-se a coruja. Fechou-se o caixão.
Apesar de nem sempre estar à altura do elenco que o Flamengo tem hoje condições de montar, a rapaziada da suplência desempenhou. E como é impossível ganhar o Brasileiro contando somente com onze titulares, creio que é justo encerrar o post da fundamental vitória sobre o Grêmio citando, em ordem alfabética, o nome de cada um desses jogadores que, mesmo nos tirando do sério em determinadas ocasiões, conseguiram se superar e nos surpreender em outras.
Berrío, Bill, César, Dantas, Diego Ribas, Gabriel Batista, Hugo Moura, João Lucas, Juan, Lincoln, Lucas Silva, Piris da Motta, Rafael Santos, Reinier, Renê, Rhodolfo, Rodinei, Ronaldo, Thuler, Trauco, Vinícius Souza, Vitinho, Vitor Gabriel. Cuéllar, Léo Duarte e Pará também merecem integrar o listão. Esses caras participaram, nem que tenha sido por poucos minutos – casos de Bill contra a Chapecoense, Gabriel Batista contra o Goiás e Rafael Santos contra o São Paulo –, de partidas em que o time pontuou.
Muitos, repito, não têm bola para seguir no Flamengo, mas todos nos ajudaram a chegar ao hepta. Que, muito mais do que um título para matar a sede de nove anos, representa a entrada em uma nova era.
Esse post é uma homenagem a eles.
Lances principais.
1º tempo:
Com 1 minuto, Arrascaeta ganhou de Alisson no meio-campo e, de três dedos, deu um daqueles lançamentos que fazem a gente acreditar que jogar futebol é o ofício mais fácil do mundo. Perseguido por Geromel, Lucas Silva entrou na área, adiantou demais, ficou sem ângulo e, de pé esquerdo, soltou um piparote nas mãos de Paulo Victor.
Aos 3, Piris da Motta interceptou uma troca de passes do Grêmio no campo rubro-negro, tocou a Diego e daí um bom lançamento a Gabriel. Marcado por David Braz, Gabriel carregou da direita para o meio, evitou a chegada de Cortez e, com a bola fugindo um pouco de seu pé esquerdo, chutou rasteiro da risca da área. Paulo Victor defendeu firme.
Aos 10, o Flamengo fez a jogada pela esquerda, com Arrascaeta, Piris da Motta, Renê, Piris da Motta, Arrascaeta, Diego, Piris da Motta, Renê, Diego, Arrascaeta e a clareada para Gabriel. Ele avançou e tentou driblar Geromel, que fez o corte. A sobra ficou para Diego, que experimentou de primeira. A bola subiu e saiu à esquerda do gol de Paulo Victor.
Aos 14, Rodinei se atrapalhou ao cortar uma investida de Tardelli e tocou no fogo para Diego, que devolveu também no fogo. Everton Cebolinha tomou de Rodinei e abriu a Cortez, que cruzou. No meio da área, Alisson subiu com a marcação de Renê, que apenas pôs o corpo para dificultar a conclusão. A cabeçada saiu fraca, à esquerda do gol de Diego Alves.
Aos 19, Piris da Motta roubou a bola na intermediária rubro-negra, adiantou a Gabriel e daí a Reinier. Ele devolveu de cabeça para Gabriel, que se livrou de David Braz com um giro esperto e arrancou em velocidade. Perto da área, rolou para Arrascaeta. A devolução saiu precisa, na medida, nas costas de Geromel e à frente de Paulo Victor. Gabriel completou de pé esquerdo, em cima do goleiro, perdendo ótima chance.
Aos 27, Maicon tentou virar o jogo para Everton Cebolinha e entregou nos pés de Lucas Silva. Ele matou mal e a bola acabou chegando ao atacante do Grêmio, que levou para o meio, bateu para a área e deu sorte: o chute caiu no pé esquerdo de Cortez, que dominou girando e soltou uma bomba, Diego Alves fez boa defesa, espalmando para cima e ficando com a bola na disputa no alto com Tardelli.
Aos 29, depois que Rhodolfo controlou uma tentativa de contra-ataque do Grêmio, o Flamengo saiu jogando arriscadamente, com Rhodolfo, Thuler, Renê e Diego, um transferindo a fogueira para o outro. Diego recuou mal para Renê, Maicon retomou, empurrou a Tardelli e daí a Luciano, que tocou na meia-lua para Alisson. Piris da Motta chegou dividindo e fez falta. Aos 31, Alisson bateu, a bola passou no meio da barreira, desviando em Rhodolfo, e Diego Alves caiu para defender firme.
Aos 33, mais uma jogada extraordinária de Arrascaeta. Renê tentou lançar Reinier, Michel tirou de cabeça, Arrascaeta recolheu a sobra, livrou-se de Tardelli, deu um lindo drible em Michel e, nas costas de Leonardo Moura, tocou suave para Gabriel. Ele chegou ao fundo e cruzou rasteiro para trás, procurando Reinier no meio da área. Leonardo Moura se atirou de qualquer jeito na bola, que bateu em seu braço esquerdo. Raphael Claus marcou o pênalti. Apesar dos esforços cênicos de Geromel, que reproduziu o lance se jogando no gramado, para mostrar ao juiz que o toque aconteceu no braço de apoio – parece que agora tem essa novidade, os caras não sossegam –, o pênalti foi confirmado. Como Raphael Claus não se dirigiu ao monitor, certamente a turma do VAR concordou com a marcação. Aos 36, Gabriel cobrou com tranquilidade e categoria. Deu a paradinha, esperou Paulo Victor cair para o lado esquerdo e empurrou no canto direito. Um a zero.
Aos 41, o Flamengo trocou bola pra lá e pra cá, sem sair de seu campo, até que Piris da Motta – que não nasceu para trocar passes – errou e deu um presente a Tardelli. Ele disparou pela meia-direita e, com Rhodolfo chegando na marcação, chutou cruzado e rasteiro. Mais uma vez bem colocado, Diego Alves defendeu firme.
2º tempo:
Aos 11 minutos, Rodinei desarmou Pepê na altura do meio-campo, rolou a Everton Ribeiro e daí mais à frente a Gabriel. Ele avançou, driblou David Braz e, dentro da área, limpou para o pé esquerdo ante a chegada de Pepê e tentou colocar no ângulo direito. Levou perigo. Em seu primeiro chilique na partida, Gabriel esbravejou com o bandeirinha, pedindo escanteio que não existiu. Raphael Claus deixou barato.
Aos 18, Everton Cebolinha cobrou escanteio na esquerda, Thuler tirou de cabeça, a sobra ficou com Leonardo Moura. Ele cruzou, Michel se antecipou a Rhodolfo e cabeceou por cima do gol.
Aos 25, depois de boa jogada pela meia-direita, entre Léo Moura, Pepê e Maicon, a bola ficou quicando para Pepê, dentro da área. Ele chutou forte, passou perto do travessão.
Aos 28, o segundo chilique no jogo e mais uma infantilidade de Gabriel na temporada. Time ganhando uma partida duríssima e quase definindo o título – Bahia e Palmeiras empatavam na Arena Fonte Nova –, sete reservas em campo (Everton Ribeiro já substituíra Lucas Silva), Grêmio na pressão. Houve uma falta de Vinícius Souza em Pepê, junto à linha lateral no lado esquerdo da defesa do Flamengo, e ele saiu lá da frente para reclamar acintosamente do bandeirinha no outro lado. Ao receber cartão amarelo, bateu palmas para a decisão do juiz. Segundo amarelo e chuveiro, por pura irresponsabilidade. Aos 30, Alisson cobrou a falta, André ganhou no alto de Thuler e desviou de cabeça, Diego Alves saiu indeciso, deu um tapa de leve na bola para tirá-la de Geromel, Leonardo Moura pegou a sobra deslocado pela esquerda e tocou por cobertura. Rhodolfo e David Braz brigaram no alto, Rhodolfo pôs a escanteio.
Aos 42, o Grêmio foi virando o jogo da direita para a meia-esquerda, onde Maicon recebeu na intermediária. Ele ajeitou para o pé direito e chutou de longe, forte e com perigo, por cima do travessão.
Aos 45, Pepê cobrou escanteio na esquerda, Felipe Vizeu e Reinier dividiram, o rebote ficou com Everton Cebolinha, na meia-direita. Da risca da área ele emendou forte, Diego Alves espalmou.
Ficha do jogo.
Grêmio 0 x 1 Flamengo.
Arena do Grêmio, 17 de novembro.
Grêmio: Paulo Victor; Leonardo Moura (Felipe Vizeu), Geromel, David Braz e Cortez; Michel (André), Maicon e Diego Tardelli (Pepê); Alisson, Luciano e Everton Cebolinha. Técnico: Renato Gaúcho.
Flamengo: Diego Alves; Rodinei, Thuler (Rodrigo Caio), Rhodolfo e Renê; Piris da Motta, Diego (Vinícius Souza) e Arrascaeta; Lucas Silva (Everton Ribeiro), Gabriel e Reinier. Técnico: Jorge Jesus.
Gol: Gabriel aos 36’ do 1º tempo.
Cartões amarelos: Alisson; Rodinei, Piris da Motta e Gabriel. Cartão vermelho: Gabriel aos 28’ do 2º tempo.
Juiz: Raphael Claus. Bandeirinhas: Danilo Manis e Anderson Coelho.
Renda: R$ 1.175.820,00. Público: 30.980.
Por isso a importância de duas partidas (ida e vinda) na final.
Diminui o risco de um golpe certeiro aos 45 do segundo tempo da trinca…
Não temo o River.
Temo a trinca Conmebol / AFA / VAR
Que o Saint Dept. of Justice nos proteja !!..
Curto e grosso, atendendo a pedidos.
POR QUE TENHO UM CERTO MEDO DO RIVER PLATE
Em primeiro lugar, pelo seu técnico.
Marcelo Gallardo foi um verdadeiro craque.
Estilo do nosso Arrascaeta.
Além do mais, torcedor fanático do time em que jogou quase trezentas partidas e é técnico há uns seis anos.
Atuou por três diferentes ocasiões no RP, alternando com passagens pela Europa, onde também brilhou no Monaco.
Jogou pela seleção do seu país em todos os subs adorados pelo Murtinho, pela seleção olímpica e pela principal, em duas Copas do Mundo.
Como técnico ficou um ano no Nacional, do Uruguai, clube em que pendurou as chuteiras, transferindo-se para o River e só.
Conhece tudo de futebol.
Depois, vem o conjunto que já joga junto há uns dois anos.
No time campeão da Libertadores/18 só não estava presente o centroavante Suarez, que, pelo que vi na Copa América deste ano, é uma merda.
Foi, no entanto, o único reforço contratado para a atual campanha.
Temo, diria melhor, respeito a força do conjunto.
Numa análise de jogador com jogador, não tenho a menor dúvida que levamos vantagem.
A sapiência do técnico, apesar do nosso iluminado Jorge Jesus, e a força do conjunto são os motivos que me trazem inquietação.
Além do mais, estou nervoso PACA.
Afinal de contas, 38 anos é muito tempo.
Tanta expectativa acumulada, torna obrigatória uma opção em duas – ficar com o Rivotril em cima da mesa, de preferência ao lado da cama, ou esgotar o estoque seja de cervejas, seja de vinhos, enfim, encher a cara de bolinha ou de álcool.
Nervosíssimas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Pois, Carlos, é essa a minha grande frustração, e um “pote até aqui de mágoa” (royalties para o Chico) que eu tenho, um clube da grandeza do Flamengo não pode deixar a gente assim por 38 anos, a espera poderia ser assim de 5/5 anos, por aí, mas 38 anos é demais mesmo pra minha velhice, não aguento mais ouvir em qualquer matéria da mídia começar com a frase “depois de 38 anos de espera….”
Mestre Moraes, sábado será que nem uma revolução ou melhor evolução.
Morte ao rei” River”
Viva ao novo rei”Flamengo”
E não para por aí .
Domingo será hepta se assim nosso Zico querer.
E dezembro o céu não é o limite
E quem sabe os anos vindouros será de uma dinastia flamengas.
Como é ótimo ser flamenguista e saber que somos uma nação que ama e segue o Flamengo assim como o Carlos Moraes e eu.
Alexandre, meu amigo paraense.
Você precisa voltar à turma, onde está fazendo muita falta.
Parabéns pelo herdeiro/a a caminho.
Que Zico te ouça !
Fanáticas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Grande Murtinho, essa semana estar a mil, cada notícia que não dar pra ficar esperando por novidades, leio tudo e nada de passar o tempo, acredito vamos ser campeão , só estou em dúvida se vai ser moleza ou vai ser no apagar das luzes, prefiro que seja fácil mas como sabemos que tudo que envolve o Flamengo é carne de pescoço, então que seja como for.
A semana começou ótima, domingo só não demitimos o Renato por causa que ele ainda tem bagagem por lá, hehehe, ontem fiquei sabendo que vamos ter mais um flamenguista na família, não sei se vai ser menino ou menina mas o que importa é que vai ser flamenguista com muita saúde .
É Murtinho, quando o Flamengo ganha o mundo fica mais bonito e claro cheio de amor no mundo, eu já estou fazendo a minha parte ,kkkkkk, com certeza vai ser pé quente, vamos ser campeão duas vezes até domingo, assim seja , pela benção do nosso Zico.
Como é ótimo ser flamenguista e saber que temos uma nação que ama e segue religiosamente o Flamengo assim como eu.
Parabéns, meu camarada!
Que notícia fantástica!
E a felicidade completa virá no sábado, com uma grande vitória.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Falta pouco, então vou me controlar e fingir que nada demais vai acontecer no sábado, que será um sábado como todos os outros. Apenas aproveitar uma pequena abertura do portal para rápidas observações e retornar ao meu estado de catatonia, com previsão de retorno sábado, por volta das 16h55.
1) A exemplo de Arnaldo Branco, longe de ser um Lipi Há-Há, sou professor de melancolia à la Machado de Assim (cf. conto “Um apólogo”, Machado de Assis). Logo, na qualidade de vidente do passado, direi que o brasileirão está no saco, quando ele no saco estiver. O que não me impede de invejar e me sublimar com as conscientes manifestações de otimismo, a quem delego competência para assumir a felicidade que ainda não me permito.
2) O momento é tão mágico, que até Arnaldo Branco reapareceu em poucas linhas, para enviar magistral crônica de PMC.
3) Aliás, mesmo não precisando de ninguém para lembrar-lhe que sua memória é uma merda, ele bem que poderia dar o ar da graça e fazer uma rápida tirinha sobre o momento em contraponto com 81.
4) Não dá para evitar o comentário: é possível fazer bem; é duro ver que muitos torcem contra, para que não sejam obrigados a elevar a qualidade de suas respectivas administrações e para que sejam autorizados a permanecer em suas respectivas mediocridades.
5) Por fim, tendo em vista o elevadíssimo nível dos cronistas deste blog e considerando-se, também, o igualmente elevado nível dos comentários e contracomentários, lanço aqui uma indagação que, s.m.j., ainda não vi ser ponderado: em tendo Jorge Jesus sempre logo ali, ao alcance da mão, o que justificou a contratação de Felipão para dirigir o escrete nacional?..
Abraços a todos, até sábado, 16h55, quando retorno da outra dimensão
Fala, Alvaro.
1) Rapaz, eu também jogo nesse time aí, fazendo meio-campo com você e Arnaldo. Mas, na boa, nem a mais absurda das flamengadas pra tirar esse Brasileiro da gente.
2 e 3) Concordo. E pergunto: quem você preferia que voltasse, Arnaldo Branco ou Diego Ribas?
4) Paciência. Como diria um famoso e sábio monge budista, a inveja é uma merda.
5) Essa é irrespondível.
Abração. SRN. Paz & Amor. E até sábado, com a Liberta no bolso.
Olha aí, meus queridos, vocês falam ( ou não falam) do Abel, mas ele colocou em seu currículo aquele título que ganhou na pátria mãe de certa gente que governa um certo lugar que anda meio bagunçado, jogando até com o Ajax, é mole?, tem que engolir o cara. Particularmente devo ao Abelão o nome de batismo de meu medianeiro, conselheiro, o escambau, meu grão-rato Miki que nas horas sombrias, junto com Ana, a aranha romântica, me confortam nesse meu túmulo pra lá da eternidade.
Já escrevi lá no Arthur. Vou repetir. Peço perdão aos nossos reservas, que sempre critiquei.
É bem verdade que, disparado, o melhor em campo foi o mágico Arrascaeta.
^Chupando suas laranjas^ domina o jogo.
CRAQUE.
… e pensar que um certo Abel prefiria deixá-lo no banco.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – nervosismo a flor da pele. Jogo imprevisível contra o River Plate. Com sinceridade, entendo que temos mais time. Assunto para uma outra participação, na expectativa de um novo artigo.
Meu querido Carlos Moraes.
Acho que nenhum de nós precisa pedir desculpas pelas críticas. Futebol é futebol. Acertou, aplaudimos. Errou, criticamos. Sempre foi e sempre vai ser assim.
Não concordo com certas implicâncias e picuinhas, que às vezes nos impedem de ver as coisas de modo mais isento. Mas isso todos nós fazemos, e não me excluo.
Quanto ao River, confesso que não o acompanho a ponto de dizer se nosso time é melhor ou pior, porém considero muito difícil que alguém, na América Latina, esteja jogando mais que nós. Embora, numa decisão, muitas vezes isso acabe não valendo, estou confiante.
Abração. SRN. Paz & Amor.
“Quando encontrar um bom exemplo, não inveje, imite” , disse o sábio. Vou tentar, Jorge, vou tentar. Não é tarefa das mais fáceis chegar perto de tamanha capacidade de reconhecimento da contribuição alheia e elegância. Elegância que me remete ao fantástico Tom Robbins, o Arthur Muhlenberg norte-americano, ambos mestres em analogias e metáforas únicas, quase sempre hilárias, sempre com um olhar poético emanado do espírito essencial. Vocês, junto com Dunlop, Vivi e Nivinha, fazem destas páginas um bálsamo à ignorância – a origem de todos os pecados – que impera na desagregada comunidade boleira. Nossa sorte é que elas (as páginas) não são populares e assim conseguimos manter a frequência em alto nível.
Para que o nível não caia, não vou falar do Gabriel Barbosa, embora tenha que admitir que gosto dele, de sua personalidade, reconheço seu enorme carisma, me comove sua identificação com a torcida, mas, se ele pudesse me ouvir, ambos profissionais em suas áreas, diria que ou ele se empenha em atingir o equilíbrio emocional condizente com seu papel de protagonista num time que mira o topo da cadeira alimentar, ou vai se fudê. O remédio eu tenho, e não é amargo, mas ele tem que querer tomar. Se identificar com esse personagem canastrão vai, certamente, leva-lo pro buraco. E o mais emblemático tá logo ali na frente: a probabilidade do Flamengo se sagrar campeão no jogo contra o Ceará, com a torcida entupindo o Maracanã, é grande e ele não vai poder estar em campo nem pra tirar a foto no time campeão Vai ser uma porrada e tanto. Reagir com arrogância só o coloca na mesma prateleira dos boçais empedernidos, como o Renato Gaúcho e sua língua inchada.
Agora vou voltar pra minha caverna e fazer trezentas mil respirações até a hora do jogo.
srn p&a
Rasiko, beleza?
Fera, sempre mantive um olhar atento aqui nos comentários – muita coisa boa é dita por aqui.
Hoje você mandou benzaço. Eu tenho 31 e essa é a temporada mais impressionante de um time de futebol que tive o prazer de acompanhar (eu não tinha tv a cabo para acompanhar futebol europeu, confesso que nem hoje acompanho).
Ser o artilheiro da temporada, do campeonato, ídolo da torcida e não sair na foto de campeão dói até em mim.
Valeu pelo comentário!
SRN
Fala, Rasiko.
Que nada: em matéria de Flamengo, o Sr. Thomas Eugene Robbins sequer amarra as chuteiras do nosso craque Muhlenberg.
Concordo em gênero, número e grau com o segundo parágrafo, a respeito do Gabriel. E, em nome de todo mundo, agradeço pelos elogios no primeiro.
Abração. SRN. Paz & Amor.
PS: Assim que acabar de responder os comentários de vocês, também volto pra minha caverna. Tá fácil não, meu amigo. Tá fácil não.
Isso aê, Murtinho!
O elenco inteiro tá de parabéns. Cada um soube da importância que tem mesmo sendo reserva. Essa consciência é que faz o Fla ter um grupo coeso e vencedor.
Mas o que me impressiona é lembrar que renovamos a metade do elenco em um ano. Podemos escalar um time mediano pra bom com Pará, Rever, Leo Duarte, Trauco, Cuéllar, Jean Lucas, Paquetá, Marlos Moreno e Geuvanio e Henrique Dourado (ainda com o reserva Uribe). Ex-jogadores do Clube que juntos com os nossos atuais reservas foram responsáveis para que disputamos a 3ª Libertadores consecutiva. Renovação que representa o processo evolutivo nessa escalada para atingirmos os grandes títulos, apesar de terem ocorridos várias frustrações ao longo dos últimos anos. O que comprova que para atingir o ápice, requer-se alinhamento do TODOS: presidência, diretoria, técnico, elenco, torcida. Parabéns à gestão anterior e à atual.
SRN
Fala, Márcio.
Exato. Quanto ao elenco, foi mais ou menos o que escrevi na resposta ao comentário do Marcos.
A diretoria de futebol do Flamengo fez um trabalho excelente. Erro grande, só me lembro de um: a opção por Abel Braga. No mais, tudo na mosca. Tomara que em 2020 a mão continue boa.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Jorge, muito obrigado por mais um ótimo texto.
É sempre um prazer encontrar suas considerações e dizeres acerca do Mais Querido.
O coração está aguentando a jornada rumo aos títulos! Vai, Flamengo!
Abraço, fera! Parabéns!
Valeu, Marco. Muito obrigado pela força.
E controla esse coração aí, rapaz. Não tá fácil pra ninguém, mas vamo que vamo.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Ao enciclopédico, minucioso e indispensável Murtinho, s.m.j., senti falta do lance do Cebolinha, colocado no bolso por Rodinei e nossa valorosa zaga. Em raro lampejo, o destemido personagem de Maurício de Sousa atravessa uma parede formada por 2 defensores nossos, reaparece ileso do outro lado, mas isola bisonhamente a bola, lá para os lados de Bagé. No mais, queria subscrever humildemente os justos encômios à turma dos reservas. Nosso simpático Renê então, parece-me injustiçado, não só por nossa exigente torcida mas, sobretudo, pela crônica esportiva, da qual você é uma das honrosas exceções.
Fala, Passos.
Concordo com o minucioso, agradeço demais pelo indispensável e não tenho dúvida de que enciclopédico é um puta exagero.
Esse lance do Cebolinha foi inacreditável. Você sabe, rapaz, que essas coisas me encantam no futebol? Nas vezes em que revi jogos da extraordinária seleção brasileira de 70, sempre achei o máximo as jogadas surpreendentemente erradas de Pelé, Tostão etc. Falta cobrada por Pelé lá na arquibancada, chutes tortos do Tostão e por aí vai. Pra gostar de futebol de verdade, é fundamental entender o quanto isso é normal.
Dou risada quando vejo comentários criticando uma ou outra atuação mais ou menos assim: Rodinei jogou bem, mas levou dois dribles do Cebolinha que não podia ter levado. Tá bom. Vai lá, meu camarada. Vai lá pra ver se é fácil passar um jogo inteiro levando apenas dois dribles do Cebolinha.
O lance que ele fez foi difícil. Estava cercado, bem marcado, e conseguiu desenrolar. Na hora do chute, tentou uma jogada que virou mania no futebol brasileiro: colocar à meia-força, buscando o ângulo do outro lado. (Nesse jogo, Gabriel tentou duas vezes.) Mas Cebolinha errou por muito, mandou quase na bandeirinha.
Quanto ao Renê, achei que ele não fez um bom primeiro tempo, até com certa (e rara, no caso dele) displicência. Curiosamente, melhorou com a entrada do Pepê, que é um atacante rápido e chato. Deve ter se tocado de que precisava de mais concentração no jogo e melhorou bastante.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, o jogo foi bem atípico aos padrões rubro-negros, em razão dos fatores por você bem explicados. Não se poderia exigir além da conta. O resultado foi surpreendente e confirmou a afirmação de que o propenso campeão normalmente obtém resultados desse quilate.
A única ocasião em que fiquei devesramente agitado foi quando as câmeras de TV mostravam Diego com a bola na mão aguardando a definição do árbitro para executar a penalidade máxima. Segundos de terror. Seria possível depois de tudo o que o torcedor já havia sofrido, ter de aturar tal afronta? Não, mil vezes não!!
Para felicidade geral, o mimado atacante converteu com imensa categoria.
Fugindo um pouco do jogo, Rivaldo afirmou ser inconcebível a Camisa 10 da Seleção Brasileira conviver com o banco de reservas. Nada contra o jogador que a enverga.
Da mesma forma, acho um absurdo a Camisa 10 do Flamengo ser envergada por um reserva. Tem muita história e deve ser respeitada.
Dêem à Camisa ao uruguaio. Quem a enverga atualmente não reúne condições físicas e técnicas para tal pretensão. O momento é de valorizar o que se tem de melhor. Craque é 10!
SRN
Fala, João.
Rapaz, ainda bem que não reparei nisso. Se eu visse nosso capitão disposto a encarar aquela cobrança, teria um troço.
Quanto à camisa 10, não sei do histórico de Arrascaeta no Cruzeiro, mas acho que também não a usava lá. (Era o Thiago Neves, não? Aliás, outro tremendo enganador.) Talvez Arrascaeta não goste do número, sei lá.
Se o critério for técnico, não há discussão.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Ufa. Pensei que fosse citar o nome do Abel.
3 das 25 vitórias foram com ele. 12% por cento das nossas vitórias até aqui.
Já das derrotas, foi responsável por 67% (2 de 3).
Kkkkk
Fala, Trooper.
Imagina!
Botei o nome de todos os que, mal ou bem, com menos ou mais sucesso, fizeram de tudo para ajudar. Abel atrapalhou.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Mui justa a homenagem aos coadjuvantes Murtinho, afinal, não é só com protagonistas que se faz um filme!
Saudações Heptacampeãs!
Pois é, Marcos.
O que seria do Didi sem o Dedé?
E Campeonato Brasileiro é danado. Salvo engano meu, o único jogador de linha que conseguiu ser campeão brasileiro atuando em todos os jogos foi o Conca, pelo Fluminense, em 2010.
É fundamental contar com caras que não deixem a peteca cair.
Abração. SRN. Paz & Amor.
eu venho dizendo que o JJ está fazendo um trabalho extraordinário,levando esse time a bater records e conquistas.
tudo leva a crer que iremos enfilheirar muitas titulos nos próximos anos.
chamem o portuga para ter aquela conversa de fim de ano e renovem com o GAJO.
meu palpite para a final da libertadores flamengo 2 x 0 river.
SRN !
Fala, Chacal.
Sim, perfeito. Mas, independentemente disso, é muito importante o Flamengo ter na manga uma solução de continuidade.
Vai que um dia o cara não aguente de saudade da terrinha – ou, embalado pelo sucesso no Flamengo, receba uma proposta indecente de um desses europeus abarrotados de ouros e euros -, não podemos desperdiçar a herança bendita que certamente ele deixará.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Clap, Clap, Clap. Elegância e objetividade à toda prova, Mestre Murtinho.
Valeu, brother.
O blog tá inspirando. Com a rapaziada elevando a altura do sarrafo, a responsa aumenta.
Bom pra gente, que escreve. Bom pras amigas e pros amigos, que leem.
Abração. SRN. Paz & Amor.