Campeonato Brasileiro, 30ª rodada.
Embora Rafinha tenha rolado a bola rasteira, com a força ideal para domínio e arranque, a continuidade da jogada não era simples. Havia três adversários por perto. O primeiro, Júnior Urso, encostava na marcação. Outro, Pedrinho, cercava no lado oposto. O terceiro, Ralf, se aproximava. Em vez de optar pelo recuo seguro, ele recolheu e girou rápido, para a frente, ignorando Pedrinho, neutralizando as chances de combate por parte de Júnior Urso e partindo para encarar Ralf. Sem se intimidar com a fama de bom marcador, amealhada pelo volante corintiano nas conquistas do Campeonato Brasileiro, da Libertadores e do Mundial Interclubes, aplicou-lhe milimétrica meia-lua, com um toque suficiente para livrar-se dele e não correr o risco de ser desarmado caso alguém viesse na cobertura. No círculo central, bola amarrada ao pé esquerdo, ergueu a cabeça e enxergou Bruno Henrique disparando entre os dois zagueiros de área. O lançamento saiu preciso, perfeito, na medida exata para aproveitar a velocidade do atacante e não dar chance à chegada do goleiro Cássio. A cavadinha de Bruno Henrique foi a cereja no bolo da hipnótica solução dada ao lance por Gerson, o mais impressionante meio-campista a desfilar por nossos gramados em muito tempo.
Preciso confessar: Gerson me surpreendeu. Quando surgiu, no Fluminense, parecia mais um entre os vários garotos que a base tricolor costuma revelar em Xerém. Talentoso, estilo refinado, bom toque pra cá, bom toque pra lá, mas fraca participação coletiva, limitada vontade de interferir nos destinos das partidas e até um certo alheamento. Era evidente que sabia jogar bola, o que é bem diferente de ser um grande profissional.
Não acompanho o campeonato italiano. Acho chato. Tento ver o inglês e os jogos do Porto, principal clube da cidade onde hoje moram minha filha e meu genro. Portanto, não segui a trajetória de Gerson na Roma e na Fiorentina, e tudo leva a crer que não foi nada do velho mundo. Os europeus não liberam com facilidade caras que estão funcionando, e nem o futebol brasileiro tem, nesses casos, dinheiro para os tirar de lá. Porém, Gerson se revelou um espanto.
Quando o vejo em campo, me vem à lembrança The Wolf, personagem vivido por Harvey Keitel em Pulp Fiction. Ele entra em cena para desenrolar o furdunço armado por Vincent e Jules (John Travolta e Samuel L. Jackson), depois que, inadvertidamente apontada para o banco traseiro do carro em que ambos estão, a arma de Vincent dispara sem querer e mata Marvin (Phil LaMarr). No filme, The Wolf se apresenta como um “resolvedor de problemas” do chefão Marsellus (Ving Rhames). Gerson é isso. Um resolvedor de problemas.
E problema era o que tínhamos na partida com o Corinthians. Primeiramente, pelo paranoico temor – inclusive meu – de que, após a entregada para o Goiás, o Flamengo pudesse virar o fio justo na reta final da temporada. O que mais se via nas ruas aqui de São Paulo era palmeirense esperançoso. Havia que se levar em conta, ainda, que o Corinthians talvez seja, independentemente da qualidade, o mais chato dos times a se enfrentar no futebol brasileiro, e que mantém aquele jeito morrinha por opção. Vejamos: com Tite no comando da seleção brasileira, Cássio, Fagner e Gil viraram habitués das convocações. Destaque da seleção pré-olímpica, Pedrinho é muito bom jogador. Mateus Vital é inteligente e habilidoso. Clayson, que estava no banco, dá trabalho. Não é um elenco de se atirar fora, o que permitiria fazer com que atuasse de maneira menos amedrontada. Uma semana atrás, o CSA não jogou assim e incomodou muito mais.
Números referentes a passes certos, posse de bola e que tais podem provocar entendimentos equivocados a respeito do que foi uma partida. Isso vale também, apesar de ser mais raro, à descrição das chances reais criadas. Olhando o relato dos lances principais do primeiro tempo de Flamengo e Corinthians, fica a sensação de equilíbrio. Nada mais falso. A bola quase não saiu do campo corintiano. Mesmo atrapalhado pela ansiedade, que o fazia insistir nos cruzamentos, o Flamengo martelava. O Corinthians se defendia. O Flamengo agia como o boxeur que quer luta. O Corinthians, como aquele que apela a todo momento para o clinch. Até que a casa corintiana caiu um pouco antes da descida para o intervalo, e daí em diante o Flamengo fez o suficiente para definir a parada e tirar o pé, sem o perigo de ver a paçoca esfarelar.
Superadas as preocupantes apresentações contra CSA e Goiás, a produção coletiva voltou aos elevados padrões anteriores. E além de mais uma assombrosa atuação de Gerson, engolindo o meio-campo, destaques para a incansável movimentação de Everton Ribeiro, a categoria de Arrascaeta e, claro, a capacidade de definição do triartilheiro Bruno Henrique, que deveria apenas refletir sobre a sua capacidade ou não de bater pênaltis. Passamos, há pouco tempo, por uma experiência desagradável envolvendo este assunto. Não precisamos de outra.
Faltam oito rodadas. Temos oito pontos a mais que o segundo colocado. Bom argumento para manter o sapatinho e a seriedade é lembrar que, do ponto de vista do desempenho, o Flamengo merecia estar com uma diferença consideravelmente maior em relação ao Palmeiras. Em outras palavras: como futebol e merecimento muitas vezes não se misturam, a ralação continua.
Como sabiamente diz Jorge Jesus, jogo a jogo.
Lances principais.
1º tempo:
Aos 13 minutos, depois de jogada entre Carlos Augusto e Mateus Vital pelo lado esquerdo, Ramiro recebeu de Mateus Vital e cruzou. Livre e em posição de impedimento – se a bola tivesse entrado, certamente a turma do VAR anularia –, Gustavo tocou de cabeça no canto direito. Diego Alves defendeu, Júnior Urso recuperou a sobra e rolou para Ramiro, que bateu de três dedos, com perigo, para fora.
Aos 42, Pablo Marí interceptou um passe de Pedrinho a Gustavo, no meio-campo, e tocou para Rafinha, que empurrou a Reinier um pouco à frente. Ele evitou a chegada de Mateus Vital, recuou a Rodrigo Caio e daí a Gerson, a Everton Ribeiro, a Pablo Marí, a Renê e novamente a Everton Ribeiro, já na entrada da área. Everton Ribeiro viu Arrascaeta entrando, por trás da zaga, e lançou por cobertura. Cássio saiu dividindo, houve o choque. A intenção de Cássio foi, nitidamente, ir na bola com as mãos, só que Arrascaeta chegou antes, deu o toque e acabou atingido pelas pernas do goleiro corintiano. Jean Pierre Gonçalves Lima marcou o pênalti. Aos 45, Bruno Henrique cobrou rasteiro, meia-força, no canto direito, Cássio saltou certo e espalmou. A bola subiu, voltando para o meio da pequena área, Bruno Henrique foi ligeiro e completou para o gol vazio. Um a zero.
Aos 46, após a saída do Corinthians, o zagueiro Bruno Méndez recebeu em seu campo e lançou para ninguém. Diego Alves recolheu, deixou com Rodrigo Caio, que adiantou a Rafinha e daí para Gerson fazer a jogada da partida, descrita em detalhes, passo a passo, frame a frame, no parágrafo que abre o post. Ótima conclusão de Bruno Henrique, lindo gol, dois a zero.
2º tempo:
Aos 20 segundos, Vitinho tomou a bola de Ramiro, empurrou a Willian Arão, daí a Renê e a Pablo Marí, que lançou. Arrascaeta se antecipou a Bruno Méndez e deu uma inteligente casquinha de cabeça para Bruno Henrique, nas costas de Fagner. Bruno Henrique entrou livre na área e tocou com categoria no canto esquerdo. Três a zero.
Aos 4 minutos, Everton Ribeiro recolheu na intermediária rubro-negra e iniciou a troca de passes com Rafinha, e daí a Diego Alves, Rodrigo Caio, Willian Arão, Bruno Henrique, Renê e Arrascaeta, que deu um bolão para Vitinho. Ele entrou livre e tocou à esquerda do gol de Cássio. Embora tenha sido marcado impedimento, ficou a impressão de que Fagner dava condição a Vitinho. Em caso de gol, é possível que a turma do VAR o validasse.
Aos 6, Ralf desarmou Vitinho, um pouco antes do meio-campo, e tocou a Ramiro, que viu Pedrinho no meio. Pedrinho fez bom lançamento para Gustavo, Pablo Marí chegou com precisão na hora do chute e Rodrigo Caio afastou para lateral. Fagner cobrou na área, Willian Arão tirou de cabeça, Pedrinho dominou o rebote, rolou a Fagner, recebeu de volta e cruzou. Com Rafinha preocupado na marcação a Júnior Urso, Mateus Vital apareceu por trás dos dois e, na pequena área, cabeceou para o chão, entre as pernas de Diego Alves. Três a um.
Aos 21, outra troca de passes paciente e eficiente. Pablo Marí, Arrascaeta, Everton Ribeiro, Willian Arão, Rafinha, Everton Ribeiro, Rafinha, Gerson e Willian Arão, que adiantou na intermediária corintiana para Vitinho. Ele recolheu, protegeu a bola ante a chegada de Ramiro, avançou e, cercado por Fagner, Ralf e Ramiro, surpreendeu Cássio com uma bomba de canhota, no canto esquerdo. Bonito chute, quatro a um.
Aos 47, Rodinei recuperou a bola quase no meio-campo e tocou a Diego na intermediária. Diego ajeitou para o pé direito e, de longe, bateu forte e colocado. A bola passou perto do travessão de Caíque França.
Ficha do jogo.
Flamengo 4 x 1 Corinthians.
Maracanã, 3 de novembro.
Flamengo: Diego Alves; Rafinha (Rodinei), Rodrigo Caio, Pablo Marí e Renê; Willian Arão; Everton Ribeiro, Gerson e Arrascaeta (Diego); Reinier (Vitinho) e Bruno Henrique. Técnico: Jorge Jesus.
Corinthians: Cássio (Caíque França); Fagner (Michel), Bruno Méndez, Gil e Carlos Augusto; Ralf e Júnior Urso; Ramiro (Janderson), Pedrinho e Mateus Vital; Gustavo. Técnico: Fábio Carille.
Gols: Bruno Henrique aos 45’ e aos 46’ do 1º tempo; Bruno Henrique aos 20”, Mateus Vital aos 6’ e Vitinho aos 21’ do 2º.
Juiz: Jean Pierre Gonçalves Lima. Bandeirinhas: Leirson Martins e José Eduardo Calza.
Renda: R$ 3.684.190,00. Público: 64.985.
Meu amigo, assistir aos jogos do Flamengo está sendo uma inexplicável sensação de alegria, êxtase , surpresas e reviravoltas.
Como os filmes do Tarantino, temos um grande elenco, jogadores desacreditados, pela própria torcida, Vitinho, arão, e até mesmo o Diego, outros que chegaram e ninguém esperava muita coisa” Bruno Henrique e Gerson, o nosso Tarantino ” Jesus” é mestre em transformar um filme meia boca em um.classico noir atual e com lembranças do passado.
Acho que Gerson é uma mistura de Django e the Wolf, o cara está concentrado em conquistar sua Bromilda” libertadores e brasileiro” e resolvendo todos os problemas que aparecem no decorrer dessa épica jornada rumo ao panteão dos deuses Flamenguistas.
Sobre as comparações não dar pra fazer enquanto não ganharmos nada, acho que Aparti do momento que levantar a taça, aí sim, com o devido respeito, podemos fazer.e outra coisa , se a taça for o brasileiro a comparação pelo menos pra mim é com os times que ganharam o brasileiro,, se depois conseguimos ganhar a libertadores aí podemos comparar com.o time que ganhou a nossa até então única liberta, se por acaso chegarmos ao Mundial e conquistarmos aí podemos comparar com o time que ganhou , fora isso , é perda de tempo.
Agora, claro que não podemos nega que esse time é muito bom e pode fazer história , mas pra fazer primeiro tem.que conquistar e estamos no caminho certo.
O nosso mister Tarantino está se tornando um mestre nas artes de transformar um time com história em. Um grande e inesquecível time da atualidade.
Como é ótimo ser flamenguista e saber que temos uma nação que ama e segue religiosamente o Flamengo assim como eu.
Fala, meu camarada.
Bem bacana a analogia com os filmes de Tarantino.
Concordo: comparações só serão possíveis – e ainda assim serão arriscadas, por dezenas de fatores – após a conquista dos títulos. E é ótima a ideia de comparar Brasileiro com Brasileiro, Libertadores com Libertadores, Mundial com Mundial. Perfeito.
Abração. SRN. Paz & Amor.
“Bom argumento para manter o sapatinho e a seriedade é lembrar que, do ponto de vista do desempenho, o Flamengo merecia estar com uma diferença consideravelmente maior em relação ao Palmeiras.”
Mas está! O Flamengo tem hoje 16 pontos de diferença para o Palmeiras.
8 pontos que foram tirados de vantagem para o Palmeiras quando o JJ assumiu, somados aos 8 que o Flamengo do JJ colocou de frente.
É como se o Palmeiras tivesse começado o campeonato com 16 pontos na frente e o Fla tivesse empatado. Ainda assim seríamos o líder pelo menos devido ao saldo de gols absurdo em relação ao Palmeiras.
O desempenho é fantástico!
SRN
Fala, Alessandro.
Sem dúvida, aí está um raciocínio interessante. O único senão é que o campeonato não começou quando Jorge Jesus estreou. Temos elogiado, com inteira justiça, as excelentes contratações feitas por essa diretoria, mas estamos pagando o preço da equivocada opção por Abel.
O desempenho nos permite imaginar que, se Jorge Jesus e os caras que chegaram no meio do campeonato – Rafinha, Pablo Marí, Filipe Luis e Gerson – estivessem no clube desde a primeira rodada, o Flamengo já teria explodido todos os recordes de pontuação, vitórias, título conquistado por antecipação, número de gols etc.
Abração. SRN. Paz & Amor.
O passe do Gerson foi espetacular, mas ainda acho que o melhor em campo nesse jogo foi o Miteiro.
Quando ele tá afim de jogo, o Flamengo é imparável!
Obs: Harvey Keitel foi o cara que bancou o Tarantino quando ele era um desconhecido. Mr Wolf seria uma espécie de “homenagem”?
SRN
Fala, Marcos.
Não foi só o passe, foi a jogada inteira. O domínio, a confiança, a meia-lua em Ralf, a visão de jogo. E o cara tomou conta do meio-campo, estava em todo lugar, jogadorzaço.
Agora, Bruno Henrique é um grande atacante. Só não consigo entender o motivo de, em determinadas partidas, ser acometido por uma certa letargia. Mas é fenomenal.
Rapaz, eu não sabia que Harvey Keitel tinha bancado Tarantino. Sendo assim, é certo que foi mesmo uma homenagem.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Esse time ainda não ganhou nada, questão de tempo…e já é inesquecível.
Dá gosto assistir a equipa do Jorge Jesus. Os jogadores estão sabendo desfrutar o prazer do jogo bem jogado.
Faz tempo que a bola não era tão bem tratada por aqui.
Que continue assim por muito tempo, a Nação merece.
Também acho, Ricardo.
Sofremos por um bom tempo, com algumas tenebrosas esquisitices. Tão tenebrosas que vou até poupar – a mim, a você e a quem mais estiver lendo – citar-lhes os nomes. Não merecíamos o que tínhamos, agora merecemos o que temos.
Os títulos virão, não há dúvida.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, e u fiz um cálculo muito simples : o Flamengo dentre as oito partidas restantes se ganhar quatro e empatar quatro ele será campeão. Cartas para a redação.
Matematicamente, não, pois perderíamos oito pontos, ou seja a nossa diferença para os verdinhos.
Ministério das Perguntas Cretinas, do velho Vão Gôgô, irmão do Hélio Fernandes – alguém acredita que os rivais mais próximos consigam oito vitórias nos próximos oito jogos (INT).
Tranquilas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Errei, por esquecimento.
Como um dos nossos 8 jogos é exatamente contra o Palmeiras, com esses resultados aventados, seremos campeões.
Teríamos 87 pontos e eles, no máximo, 85.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Pois, Carlos, considerei os caras ganhando todas e empatarmos de 87 a 87 no final, o que mesmo assim ganharíamos, nos outros quesitos, se não em todos, em quase todos.
Sim, Xisto.
Com esses resultados aí, o título é nosso matematicamente.
Exato, Carlos. Como um dos nossos jogos é contra o Palmeiras, o cálculo do Xisto faz todo sentido.
Creio que nenhum dos vinte times, independentemente da posição que ocupe na tabela, consiga ganhar as oito últimas partidas.
Abrações. SRN. Paz & Amor.
Me antecipando a você, comentei na crônica do Athur: “Ainda não fui capaz de levantar o queixo com o que o Gérson tá jogando. Teve o fator “inesperado”, tanto pros que não conheciam, como eu, como pros que conheciam e diziam que ele era indolento (indolente+lento) acrescido dos que achavam que era muita grana pra pouca lagosta. É difícil destacar um protagonista nesse time, mas, de todos, o mais imprescindível, espécie de energia-mater, também conhecida como alma, o troféu vai pra ele. Nem o Gabriel fez falta. Só lembrei dele quando vi que ninguém foi amarelado.”
Li a brilhante análise tática do Téo Benjamim no Mundo Rubro-Negro. O garoto manja muito. Ele diz que a virada do fio veio na parada pra hidratação, quando JJ mudou a tática que era uma e mudou pra outra (esses nºs não me dizem nada). A capacidade desse português (já absolvido da corneta passada) de enxergar o que precisa ser corrigido com o jogo em andamento é o que faz a diferença.
A situação do Gabriel não é tão luadimélica quanto parece. Diz o Mauro Cezar que corre nos bastidores um certo pé atrás com o nariz empinado do marrento. Por isso o recado do Marcos Braz, deixando claro que o Flamengo quer o jogador, com a Inter tá tudo certo e agora depende dele, mas o Flamengo não é refém de jogador e não vai, como quer o Gabriel e seu staff, esperar até depois da decisão da Liberta – o planejamento não pode sofrer solução de continuidade à disposição do Gabriel Barbosa. Não adianta eles pensarem em valorização maior; a proposta do Flamengo está pronta, é boa e é pegar ou largar. Caso contrário, vamos logo atrás de outro que preencha os requisitos pedidos pelo JJ, incluindo a capacidade de encarar o 1 a 1. Por isso também a direta do JJ na entrevista pós Goiás apontando que entre as características de um grande jogador estava o controle emocional e a indireta pós curíntia enaltecendo a humildade do BHenrique. Como todos sabemos, a arrogância é sempre burra. A veire.
srn p&a
Fala, Rasiko.
Téo Benjamin é bom pra caramba.
A respeito da ausência do Gabriel, outro dia escrevi isso aqui, em resposta a um dos comentários. Nesse time do Flamengo, quando um cara não pode jogar, a gente não consegue sentir a ausência. A não ser que faltem, ao mesmo tempo, o Everton Ribeiro e o Arrascaeta ou o Gabriel e o Bruno Henrique. Botei mais ou menos assim: alguém se lembra quem não atuou no jogo x? Quem não estava na partida y? É difícil.
Bastam cinco minutos assistindo a qualquer jogo do Flamengo pra gente perceber que Gabriel é marrento toda vida. Se ajudar o time a obter vitórias e levantar títulos, bendita marra. Só que é fatal: vai chegar uma hora em que começará a atrapalhar.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Bem ruim esse apelido Pedro, esquece isso…
Fala, Renato.
O próprio Pedro se corrigiu, fazendo um outro comentário em que assume a bronca e renega o anterior. Depois dá uma olhada. Coisa de gente bacana.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Flamengo de Jesus é o maior exterminador de retranqueiros que o mundo já viu.
Desempregou mais um.
Valentim, outro que só sabe defender (mal) e ainda assim tem vaga cativa na série A, rodando pelos clubes desesperados e deixando-os em situação ainda pior, que se prepare.
Fala, Trooper.
Não apenas dois retranqueiros, como também os dois últimos campeões brasileiros. Pra gente ver o nível.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, você que é apreciador de música, deve lembrar do cantor Dalton. Seu maior sucesso me lembrou o jogo de ontem. Muito Estranho.
Era perceptível a supremacia rubro-negra, entretanto, o curintia é que havia chegado perto do perigo. O time insistia em fazer tabelinha perto da área e não chutada a gol. Para piorar, teimava em lançar chuveirinhos na área consagrando os beques e o goleiro.
Como dizem os entendidos: O jogo foi resolvido nos detalhes. O primeiro gol abriu a porteira para a goleada e a confirmação da imposição de jogo.
Gérson é um monstro! Deu o equilíbrio ao meio-campo e a cadência de jogo. Acredito que tenha assimilado o jogo tático dos italianos. Se fez uso por lá, não sei. Também não assisto por achar chato e travado. Os caras valorizam os marcadores em detrimento do talento. Muito estranho.
Em boa recuperação, vou ficando por aqui, principalmente, depois que o Vitinho fez aquele golaço.
Um abraço
SRN
Fala, João.
Tudo certo com a saúde? Espero que sim.
Claro que eu me lembro do Dalton. Tenho duas músicas dele em minha lista preferida do Spotify, Muito Estranho e Flasback. E como assunto semelhante surgiu nos comentários desse post – resolvido com elegância e hombridade pelo Pedro Rocha -, lembro que Chacrinha fazia um tremendo bullying com ele: “Vamos receber, vamos receber o cantor mais bonito do Brasil.” A beleza facial não era exatamente o forte de Dalton.
Não me equivoquei na avaliação: Gerson, realmente, voltou outro jogador da Itália. Impressionante. Depois de publicar o post, li (reportagem do UOL) que no Fluminense, embora reconhecidamente talentoso, tinha fama de indolente.
Como assim indolente, se o cara está em todos os lugares do campo, dando combate, roubando bolas, organizando, lançando? Monstro.
Abração. SRN. Paz & Amor.
me desculpe murtinho,mas sapatinho com esse esquadrão é impossivel.
SRN !
Fala, Chacal.
Concordo. Mas é aquele bom e velho chavão de que “ainda não ganhamos nada”. Não poderíamos, claro, já que nada acabou, só que não custa esperar um bocadinho.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Salve, Jorge!
Como é gratificante entrar no site e poder disfrutar de mais um texto seu!
Lembro de você descrever aquele passe de letra do Gérson para a conclusão a queima roupa de Arão no travessão…
Quantos lances primorosos ainda veremos desse monstro nesse ano?
Alguns times inventam que tem camisa 10, caso do Athletico com Marcelo Cirino, para citar apenas um. Quero ver inventarem que eles têm um camisa 8.
Vai, Flamengo!
Salve, salve, Marco.
Obrigado pela força.
Pois é, rapaz, o cara joga uma enormidade. Igual a ele no Brasil, não tem não. E mesmo lá fora, tá difícil.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Gérson, o Canhotinha de Ébano > > > > > > > Gérson, o Canhotinha de Ouro.
Fala, Pedro.
O pessoal do jornalismo esportivo das antigas é que era bom nesses apelidos. Príncipe Etíope, Rei Zulu, O Deus de Todos os Estádios, Nariz de Ferro, Peito de Aço, Garoto do Parque, Furacão da Copa, Patada Atômica, Bode Atômico. O mundo mudou, certas coisas que eram ditas sem malícia e sem maldade (embora em muitos casos, obviamente, serviam para alimentar preconceitos) começaram a ser evitadas, a turma passou a se policiar mais.
Agora, devagar com o andor, meu camarada. Melhor que o Canhotinha de Ouro ficou pesado.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Opa. Retiro a gaiatice, fruto da empolgação pós-jogo. Já tinha pensado em retirá-la a partir da observação de um colega Renato Silva ali acima. Incabível a comparação e muito mais ainda o realce de característica étnica/racial do cara. Vamo só ficar feliz que ele tá jogando uma bola de encher os olhos e pronto.
Abraços.
Show de bola, Pedro.
O que você acaba de fazer tem nome: grandeza.
Abração. SRN. Paz & Amor.