Campeonato Brasileiro, 10ª rodada.
Se não me falha a memória – e o diabo é que ela tem falhado cada vez mais –, foi na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2004. Flamengo seis, Cruzeiro dois, em Volta Redonda, jogo que trazia um risco remoto de queda para a série B. Depois disso, só agora o Flamengo voltou a marcar seis gols numa partida do Campeonato Brasileiro.
É significativo. Apesar do nível técnico muitas vezes sofrível, temos um campeonato que carrega a fama de ser o mais parelho do planeta. Sim, a grana que passou a rolar nas mãos dos grandalhões do futebol brasileiro em breve vai transformar isso em passado, como já aconteceu com a Copa do Brasil: foram-se os tempos em que conseguiam ser campeões o Criciúma, o Juventude, o Santo André, o Paulista de Jundiaí e o Sport. Por enquanto, e embora mais frágil a cada ano, o equilíbrio no Campeonato Brasileiro permanece, e enfiar seis gols em quem quer que seja não é bolinho.
Preciso reconhecer que tenho uma certa dificuldade para saborear vitórias isoladas. Considero que, com exceções representadas por times memoráveis de competições curtas como a Copa do Mundo – a seleção holandesa de 74, a brasileira de 82 –, o que manda no futebol é título. Em 2011, fizemos a partida mais espetacular do século XXI, ganhando do Santos na Vila Belmiro por cinco a quatro, num jogo em que aos 25 minutos do primeiro tempo perdíamos por três a zero. Pena que o proveito foi pequeno, pois terminamos o campeonato em quarto lugar, atrás de Corinthians, Vasco e Fluminense.
Todavia, a goleada sobre o Goiás representou uma espécie de resgate. Tudo aquilo de que a torcida do Flamengo tanto vem reclamando pareceu enterrado. A maior evidência disso foram as seis chances criadas nos dez minutos finais, quando o placar já estava seis a um. Claro: todo mundo gosta de jogar quando a coisa está fácil, mas a acomodação virou uma das marcas dos times que o Flamengo vêm montando. Sem esquecer que na próxima quarta-feira disputa-se a partida de volta das quartas de final da Copa do Brasil, o que até recentemente seria um belo pretexto para a rapaziada tirar o pé. Ninguém tirou.
A primeira vez que estive em Lisboa foi em 1994. Aproveitei para visitar um amigo, extraordinário redator de propaganda que trabalhava numa agência localizada na torre comercial do Shopping Amoreiras. Nunca esqueço do meu amigo Liber falando: “Embora tão distante da riqueza dos alemães, ainda assim Portugal está muito mais perto da Alemanha do que o Brasil de Portugal.” Liber se referia à estrutura social e a questões como educação, saúde, transporte, moradia. Começo a desconfiar que o mesmo ocorre no futebol.
Eu gostava de um meio-campista revelado pelo Fluminense, o Wendel. Contratado pelo Sporting no início de 2018, logo após seus primeiros treinamentos ele teve que ouvir o seguinte comentário feito por seu técnico: “Wendel está se adaptando, tem 20 anos e muito o que aprender. Vem de um futebol em que os jogadores individualmente são muito bons, mas taticamente têm muito o que evoluir, para fazer um trabalho no mesmo nível do que se faz na Europa.” Nome do treinador sincerão: Jorge Jesus.
Tirando os cinco minutos que se seguiram à pixotada de Rodrigo Caio – um tiquinho menos de autoconfiança às vezes pode fazer bem –, o Flamengo mostrou solidez e aplicação, sem jamais reduzir o embalo e a fome. E aos habitualmente céticos, entre os quais costumo me incluir, convém lembrar que, com um quarto do campeonato já percorrido, nesse instante o Goiás está à frente de Corinthians, São Paulo, Grêmio, Athletico Paranaense, Cruzeiro, Vasco e Fluminense. Trata-se de um time que de bobo não tem nada.
Continua valendo insistir no óbvio: se ainda há muito o que ajustar e aprimorar, as perspectivas são animadoras. Arrascaeta não vai esculachar domingo sim e quarta também. O time não vai jogar bem sempre. Não vai ganhar todas. No entanto, tudo indica que está começando a ser o que a torcida exigia que fosse: Flamengo.
Lances principais.
1º tempo:
Aos 2 minutos, a primeira jogada de Rafinha com a camisa rubro-negra. Recebeu de Rodrigo Caio, livrou-se de Michael com um toque por cima, deu um lençol em Jefferson, controlou a bola com a cabeça e serviu Gabriel que, de primeira, acertou uma pancada de pé esquerdo. O goleiro Tadeu fez boa defesa para escanteio. Na cobrança, Everton Ribeiro rolou para Rafinha, que cruzou na segunda trave. Desequilibrado, Rodrigo Caio chegou batendo para fora.
Aos 5, apertado por Bruno Henrique na saída de bola, Rafael Vaz presenteou Willian Arão, que ligou rápido com Everton Ribeiro e daí a Gabriel. A devolução para Everton Ribeiro saiu longa, porém ficou na medida para Arrascaeta. O chute desviou no zagueiro Yago Silva e tirou qualquer chance de defesa do goleiro Tadeu. Um a zero.
Aos 11, Jefferson mandou para a frente e, absoluto na jogada, Rodrigo Caio falhou muito feio: quis recuar para Diego Alves, tocou fraco na bola e deixou Kayke cara a cara. A batida foi cruzada, seca, à meia-altura, no canto direito. Um a um.
Aos 15, Tadeu repôs a bola com eficiência, lançando Michael na esquerda. Ele invadiu a área, cortou Rafinha duas vezes e chutou forte, na trave direita de Diego Alves.
Aos 16, outra jogada de Michael pela esquerda. Arrancou, encarou Rafinha e rolou para Kayke, que viu Leandro Barcia livre na direita. A conclusão encobriu o gol de Diego Alves.
Aos 22, Everton Ribeiro recebeu de Willian Arão e empurrou na entrada da área para Gabriel, que ajeitou para o pé esquerdo e buscou o canto direito de Tadeu. Bola fora.
Aos 36, Arrascaeta recebeu de Bruno Henrique na meia-esquerda, tentou a jogada entre três adversários e foi derrubado por Giovanni Augusto na entrada da área. Ele mesmo cobrou e Tadeu defendeu de soco.
Aos 43, Trauco lançou por cima de Daniel Guedes para Arrascaeta, que dominou e, por entre as pernas de Yago Silva, devolveu a Trauco. Cruzamento rasteiro, Bruno Henrique dividiu com Jefferson, insistiu e, caído na pequena área, tocou do jeito que deu. A bola não entraria, mas roçou na sola da chuteira do goleiro Tadeu, que tentava voltar para o lance, e foi ao fundo da rede. Dois a um.
Aos 45, Léo Duarte cortou um lançamento de cabeça e serviu Everton Ribeiro, que virou de primeira para Gabriel ainda no campo do Flamengo. Gabriel escapou em velocidade, driblou Rafael Vaz, chegou à lateral da área e cruzou. Yago Felipe não cortou, Arrascaeta adiantou um pouco o domínio e mandou de bico, forte, sem defesa. Três a um.
Aos 49, Diego e Gabriel apertaram a saída de bola de Geovane, Diego roubou, Gabriel carregou e rolou para Arrascaeta, que viu Bruno Henrique entrando pela direita. O cruzamento saiu fechado, encobriu o goleiro Tadeu, tocou na trave esquerda e entrou. Quatro a um.
2º tempo:
Aos 10 minutos, ótima e paciente troca de passes do Flamengo. Diego Alves, Trauco, Everton Ribeiro, Arrascaeta, Everton Ribeiro, Arrascaeta, Bruno Henrique, Willian Arão, Everton Ribeiro, Trauco e Arrascaeta, que deu um corte seco em Daniel Guedes e pôs a bola na cabeça de Gabriel. Quase na risca do gol, o atacante apenas cumprimentou para o barbante. Cinco a um.
Aos 18, depois de boa jogada de Rodinei, Gabriel rolou para Bruno Henrique livre, na marca do pênalti. A bola deu uma quicadinha, Bruno Henrique pegou embaixo e isolou.
Aos 25, Cuéllar desarmou Marlone e deixou com Diego, que empurrou a Arrascaeta e daí a Everton Ribeiro. Ele ajeitou e chutou forte, da entrada da área, Tadeu espalmou para escanteio.
Aos 29, Léo Sena lançou Michael, que entrou livre e em velocidade. Bastante adiantado, Diego Alves conseguiu tirar com o pé direito, evitando o drible e impedindo o segundo gol do Goiás.
Aos 35, Cuéllar cortou um cruzamento de Kayke na área do Flamengo e começou o contra-ataque, servindo Diego e daí para Arrascaeta, que tocou a Everton Ribeiro, recebeu um bolão de volta nas costas da zaga e, na saída de Tadeu, rolou de lado para Gabriel, com o gol vazio. Seis a um.
Aos 40, Vitinho entrou driblando pelo meio e encontrou Everton Ribeiro, que deixou Gabriel cara a cara com Tadeu. Em posição duvidosa, Gabriel concluiu fraco e em cima do goleiro do Goiás.
Aos 42, Vitinho recebeu de Everton Ribeiro, gingou à frente de Daniel Guedes e cruzou para Diego, que levantou a bola e deu uma estilosa meia-bicicleta. Tadeu salvou para escanteio.
Aos 43, Diego abriu a Gabriel, que rolou no meio para Vitinho. Ele ajeitou para o pé direito e, de fora da área, chutou forte e cruzado. Tadeu fez mais uma excelente defesa.
Aos 44, lançamento perfeito de Cuéllar para Gabriel, que soltou a bomba. Tadeu espalmou, Everton Ribeiro completou para o gol e Paulo Ricardo salvou em cima da linha.
Aos 45, Arrascaeta recolheu no círculo central e deu outro bolão a Gabriel, nas costas de Daniel Guedes. Na saída de Tadeu, ele colocou por cima do travessão.
Aos 47, Vitinho tentou dominar na entrada da área, a bola fugiu, Everton Ribeiro ficou com a sobra e experimentou, Tadeu voou e mandou para escanteio.
Ficha do jogo.
Flamengo 6 x 1 Goiás.
Maracanã, 14 de julho.
Flamengo: Diego Alves; Rafinha (Rodinei), Léo Duarte, Rodrigo Caio e Trauco; Willian Arão (Cuéllar), Diego e Arrascaeta; Everton Ribeiro, Gabriel e Bruno Henrique (Vitinho). Técnico: Jorge Jesus.
Goiás: Tadeu; Daniel Guedes, Yago Silva, Rafael Vaz e Jefferson; Geovane (Léo Sena), Yago Felipe (Paulo Ricardo) e Giovanni Augusto (Marlone); Leandro Barcia, Kayke e Michael. Técnico: Claudinei Oliveira.
Gols: Arrascaeta aos 5’, Kayke aos 11’, Bruno Henrique aos 43’, Arrascaeta aos 45’ e aos 49’ do 1º tempo; Gabriel aos 10’ e aos 35’ do 2º.
Cartões amarelos: Geovane, Leandro Barcia; Willian Arão.
Juiz: Caio Max Vieira. Bandeirinhas: Guilherme Camilo e Eduardo Cruz.
Renda: R$ 2.218.843,50. Público: 65.154.
Diego Ribas mais uma vez mostrou que não tem a menor condição de ser líder de porra nenhuma, muito menos de um gigante como o Flamengo que exige seriedade e comprometimento. Foi revoltante. Lamentei não ter o poder de me multiplicar pra entrar em campo e dar uma porrada rambótica bem no meio da cara desse filadaputa. A displicência com que ele bateu o pênalti com aquela cavadinha patética, depois de pegar a bola cheio de marra, foi inacreditável. Me deu nojo.
Indesculpável também são as atitudes do Gabriel, provocando os jogadores adversários ignorando que isso só coloca pilha neles. No final a gozação foi em cima dele. Fora o cartão amarelo gratuito.
Não foi só a derrota vexaminosa diante de 70 mil religiosos que sustentam a bagaça, mas a grana gorda que o clube poderia ter arrecadado. É muita irresponsabilidade pra quem é regiamente pago.
Alguma providência tem que ser tomada imediatamente. A começar pelo mister.
srn p&a
Murtinho, foi uma divina manhã/tarde de Maraca! De cara, Rafinha apresentando suas credenciais, seguidas do belo chute do Gabigol! A Nação foi ao êxtase! Aliás, atitude típica de centroavante: bater de primeira, do jeito que vier, forte e colocado! Que bonita defesa! De resto, que bela apresentação! Vontade, raça, determinação, muita técnica e tudo isso com um rigor tático que não se via faz tempo. Sem frescura! Sem toquinho! Buscando o gol do início ao fim! Isso é Flamengo! Esse é o Flamengo que nos fez e faz sermos fanáticos, como muito bem definiu o Carlos Moraes.
Enfim, estamos de alma lavada. Seja bem-vindo, Mister! Pra cima deles de novo hoje, Mengão! SRN
Miki, o meu rato-mestre, me lançava aquele soslaio cheio de sabedoria, enquanto, Ana, a aranha romântica com suas longas patas me fazia um cafuné (qualquer dia se me permitirem eu envio um poema que fiz pra ela). Estávamos nas profundezas de minha tumba, eu preocupadíssimo com o jogo de logo mais, será que a transmutação continua ou só foi o chamado fogo de palha? Minha voz ecoou cavernosa como o ambiente:
– Pra jogar assim com aquela linha adiantada nós temos que ter zagueiros muito velozes e quase infalíveis, porque vai chofer bolas longas nas nossas costas.Vai ser um sofrimento dos infernos.Miki retrucou:
– Há uma solução para isso, por que não treinar zagueiros fazendo-os mais velozes, não precisam virar nenhum Bolt, mas se não têm velocidade, que os nossos treinadores arranjem treinos específicos para fazê-los mais rápidos, já não há os treinadores de goleiros?
E mais não disse. Caiu aquele silêncio seupulcral que nem se ouvia o zumbido da mosca cretina que sempre aparece nessas ocasiões.
Murtinho prometeu um artigo a respeito do VAR.
Não deu para fazer, o que acho perfeitamente explicável tanto são os jogos do nosso Flamengo, todos devidamente analisados.
Apesar disso, quero deixar a minha opinião, ainda não definitivamente tomada.
Apenas uns dados.
Durante estas últimas semanas, acompanhei várias competições – Campeonato Mundial Sub-20 (deu Ucrânia, surpreendemente mas com toda a justiça), Campeonato Mundial Feminino (brilhante e esperada vitória dos EEUU), Copa América (que ganhamos, à falta de adversários mais credenciados).
Em TODOS o VAR teve papel DECISIVO. não necessariamente nas partidas finais.
Quando da final feminina, o comentarista de arbitragens, salvo engano o Sálvio Spínola, deu um dado extremamente importante.
Nos 52 jogos da competição, o VAR foi acionado por 29 vezes. e, graças a ele, 13 pênaltis vieram a ser marcados.
No melhor jogo da referida competição – EEUU 2 x 1 Inglaterra, semifinal – aconteceu um desses pênaltis, por sinal bisonhamente desperdiçado pela zagueira e capitã inglesa.
Pênalti evidente, somente com o uso da maquinária.
A árbitra, no momento do jogo, não deu. Pela TV, antes de qualquer repetição, também não daria.
Eis que, com os recursos tecnológicos, vendo e revendo o lance, ficou sobejamente comprovado que a centroavante inglesa foi leve, mas decisivamente, tocada no exato momento em que iria concluir.
Pênalti. Sem a menor dúvida.
Curiosamente, uns cinco minutos antes, a mesma (e muito boa jogadora, White, uma das artilheiras da Copa) atacante fez um lindo gol, que empataria em 2 x 2 a partida, não fosse o VAR, em dificílima análise ter dado impedimento.
Um pentelho à frente das zagueiras.
Se fosse depilada, como está na moda, não haveria impedimento.
Como o pênalti veio a ser desperdiçado, tenho certeza que os ingleses (no masculino, eis que o técnico era o antigo e bom lateral Phil Neville, dos gloriosos tempos do Manchester United) devem estar amaldiçoando a geringonça.
Da minha parte, fico muito assustado, pior ainda, sem conseguir chegar a uma conclusão, favorável ou não.
Assustado por pelo menos um motivo.
Quantas vezes, nestes mais de 70 anos vibrando com o espetáculo do futebol, fui, digamos assim, enganado.
Tenho a mais absoluta certeza que, não fora a engenhoca, o gol inglês não teria sido anulado e o pênalti não marcado.
Neste caso concreto, como iria terminar a importante semifinal, com todo o jeito de uma final antecipada.
Mais ainda, como iria terminar o Campeonato Mundial.
Os dois lances já aconteceram nos quinze minutos finais da partida, com um intervalo entre eles de cerca de cinco minutos.
2 x 2, bem provavelmente, teria sido o placar final.
Prorrogação. Quem venceria ou teríamos pênaltis na decisão.
Uma incógnita irrespondível, é óbvio.
Preocupa-me tanto o passado como o presente e o futuro.
Quantas vezes fomos iludidos.
Melhor seria que o VAR não existisse.
Ficaríamos para sempre com todas as dúvidas possíveis, a começar pela bola que entrou ou não entrou na decisão do Mundial de 1966.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – muita expectativa pelo jogo de hoje. Repetiremos o show ou o buraco é mais embaixo.
Tenho AMOR pelo futebol, tenho FANATISMO pelo Flamengo !
Que fique bem claro !
Graças ao meu AMOR pelo futebol, graças aos tempos modernos (que jamais conseguirão chegar aos pés do filme do inolvidável Carlitos), passei a ver, pela televisão, uma porrada de jogos dos campeonatos europeus, com destaque para o inglês.
Um futebol rigorosamente diferenciado do que vinha sendo jogado em terras tupiniquins.
Em razão disso, botei a boca no trombone, ou, como querem muitos, passei a cornetar o que de muito errado observava no meu Flamengo.
A mediocridade espantosa de nossos técnicos, a ida e vinda de muitos deles, foi um crime contra o nosso esporte, no geral, e, no particular, contra a paixão rubro-negra.
Está parecendo que as coisas estão mudando.
Contrataram um técnico português, efetivamente muito mais próximo do melequento alemão do que do Zé Burro caboclo, e, depois dos tais QUINZE anos, vimos um Flamengo de volta às origens, um Flamengo que, sob a batuta do feiticeiro paraguaio, fez-se luz nos anos 50, e que, no comando, inicial e fundamental, do brasileiríssimo Coutinho, extasiou o mundo a partir do final dos 70 e durante boa parte dos 80.
Vamos esperar, mas passei a acreditar.
Invencíveis, assim como insubstituíveis, não existem.
Ha, sem dúvida, uma expectativa muito maior, que, como todos esperam, tem boas possibilidades de ser concretizada.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu amigo Carlos.
Excelente a distinção entre amor e fanatismo. E não há dúvida: sem o menor traço do complexo de vira-lata, somos obrigados a reconhecer que os jogos entre os grandes do campeonato inglês pertencem a outro esporte.
Mais uma na mosca: “a mediocridade espantosa de nossos técnicos.” Bando de enganadores. (Para ilustrar com o mais importante deles, basta lembrar o quão lamentável foi a atuação de Tite na Copa de 2018.)
Enfim, vamos que vamos. Esperar, acreditar, torcer. É isso aí.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Grande Murtinho, como é bom ver o Flamengo jogar e dessa forma melhor ainda, onde a fome de fazer gols é maior que o medo de perder.
Espero que o mister tenha força e muita vontade de fazer esse time jogar como deve, ou seja , com todo esses jogadores que tem técnica e futebol , ganhando muito bem e em dia, nada mais justo que fazerem por merecer usar essa mítica camisa, que os deuses do futebol sejam complacentes conosco e assim possamos enfim ter um título de expressão, seja ele qual for , claro que a ordem de grandeza seria primeiro a libertadores , segundo o Brasileiro e terceiro a copa do Brasil, mas como disse antes , se o nosso bom Deus Zico assim o quiser , seremos tri, hehehe, já pensou? Aí seria o Nirvana rubro-negro, vamos orar quem sabe….
Como é bom ser flamenguista e saber que tem uma nação que ama e segue religiosamente o Flamengo em qualquer lugar, seja na terra seja no mar, assim como eu e o Murtinho.
Alessandro, meu camarada, tava sumidão! Bom ver você de novo por aqui.
Sim, tivemos uma atuação animadora e capaz de nos encher de expectativas positivas. Agora é aguardar os necessários ajustes (impossível que tudo já estivesse nos devidos conformes, com o curto tempo de trabalho de Jorge Jesus à frente do time) e torcer para que venha pelo menos um título – primordial para reduzir o nível das cornetagens e permitir a continuidade do trabalho.
Abração. SRN. Paz & Amor. E não desapareça.
Pois, Murtinho, o espantoso é o espanto que causou essa exibição do Flamengo, a conclusão óbvia é que não estávamos acostumados a isso. A exibição foi excelente “não se pode contestar” como dizia o João Gilberto quanto ao carinho da Isaura, que aliás dizem que na versão original, o cara não vai trabalhar coisíssima nenhuma ele fica nos braços da amada, só que a censura da época não permitiu, pois “o trabalho é um dever, todos devem respeitar.” Fecha parênteses. Pois, vitórias sempre tivemos, mesmo aos trancos e barrancos, como no ano passado, mas o que se quer é vitória no seu devido lugar, ou seja, valendo título. É o que está nos faltando há anos, nem vou citar aqui as que fugiram em momentos decisivos em tempos recentes e estão piscando nesse led da memória, não quero sofrer o leite derramado, quero gozar esse instante. Espero que não fiquei no instante.
Grande Xisto!
Exatamente. Se não tivéssemos obtido várias vitórias, não teríamos chegado nas cabeças no último campeonato brasileiro ou na final da Copa do Brasil de 2017. A questão sempre foi a falta de convencimento. Você pega um futebol – convenhamos – capenga como o brasileiro, gasta um bom dinheiro com três ou quatro jogadores de maior qualidade, claro que alguma coisa vai rolar. O difícil é fazer o time dar liga suficiente para chegar à conquista de títulos. Atuações como essa contra o Goiás criam boas expectativas.
Abração. SRN. Paz & Amor.
PS: Não sabia essa da Isaura não.
Isso aí Murtinho, tinha que ser o Flamengo o clube a demolir essa nhaca de ser sempre os mesmos treinadores em rodízio aqui no Brasil. Tal como fizeram Coutinho, Fleitas Solich e outros técnicos que oxigenaram as ideias no futebol brasileiro, mister Jesus pode ser, quem sabe, um divisor de águas. Isso só poderia ser encabeçado pelo clube mais destemido do universo! SRN
Hahaha! Vamos combinar que o clube mais destemido do universo demorou a tomar essa atitude, né? Era pra ter feito isso na primeira gestão de Bandeira de Mello, ou, no mínimo dos mínimos, quando optou por Abel. Mas antes tarde do que nunca.
Abração, Marcos. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, acredito que parcela de meus desejos de torcedor vão se realizar. Parte desse elenco vai ser dispensado. Como diria um certo personagem televisiv de outrora : Captei a mensagem, Mister! Para o bom entendedor: Não há titularidade!
Para a nova imposição de jogo é necessário um excelente condicionamento físico e uma enorme consciência tática. A categoria de base vai ser a maior favorecida. Vai rivalizar com as novas contratações e com os antes intocáveis titulares. O merito pessoal vai prevalecer. Chega de caciques, vestiários e panelinhas. Novos tempos e nova mentalidade.
Analisando o jogo, vimos que ainda há muitos defeitos a serem corrigidos, mas a atuação foi exuberante. Definiu uma nova postura e a afirmação de que os melhores devem jogar. Espero que haja renovação e que apareçam novos talentos sincronizados com esse novo perfil. Paulatinamente.
SRN
Fala, João.
Sim, tá me parecendo que não há mais vagas cativas entre os onze. Lembro que, no ano passado, questões físicas fizeram com que o time disputasse algumas partidas seguidas com Thuler e Léo Duarte na zaga, e eles foram muitíssimo bem. Inclusive, no dificílimo jogo com o Palmeiras no Allianz Parque, um a um, sendo nosso gol marcado, justamente, por Thuler. No entanto, assim que Réver se recuperou, voltou ao time titular e Thuler dançou. Tenho a impressão de que isso não acontecerá com Jorge Jesus. Entrou, arrebentou, continua.
E você tem razão: se a filosofia de jogo se espalhar de cima para baixo, é bastante possível que a molecada seja beneficiada.
Minha única dúvida – e eu já escrevi isso algumas vezes, tanto nos posts quanto em respostas a comentários de vocês – é que não tenho grandes ilusões com essa história de categoria de base.
Em primeiro lugar, porque isso virou de ponta-cabeça. Durante muito tempo, o garoto bom de bola que torcia para o Flamengo tinha um sonho: jogar no Maracanã e vestir a camisa que pertenceu ao Zico. Hoje, o garoto bom de bola que torce para o Flamengo tem outro sonho: jogar no Camp Nou e ganhar tanto dinheiro quanto o Messi. Não condeno, apenas constato.
Em segundo lugar, não vejo muito proveito técnico (não estou falando em vendas e fortalecimento financeiro), porque não há como manter no clube os meninos verdadeiramente especiais que vêm da base. Vinicius Júnior não teve tempo de nos ajudar a ganhar nada. Paquetá, idem.
Por fim, perfeito: a atuação foi exuberante, mas ainda há muito a melhorar. E, sobretudo, será necessário contar com caras identificados com um estilo de jogo que exige dedicação profissional não muito comum aqui no Brasil. Vamos ver quais sobreviverão.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Grande Murta. Eu gosto muito mais do Flamengo do que de futebol. Mas confesso que estou começando a ter mais carinho pelo esporte. O problema da gente, aqui no Brasil, não é falta de técnica. É de técnico. Acredito que Flamengo, Fluminense (embora me assuste aquela trocação de passes na área) e o Atlético Paranaense estão em caminhos bem interessantes. Forte abraço e SRN!
esqueceu o santos
SRN !
Verdade
Sim, Chacal. Concordei com você lá na resposta ao comentário do Valois.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Valois, meu irmãozinho.
Eu também gosto muito mais de futebol do Flamengo do que de futebol em geral. Se na mesma hora do jogo-treino contra o Madureira acontecesse a final da Champions League, provavelmente eu gravaria a final da Champions League, pra ver depois, e assistiria a Flamengo e Madureira ao vivo. Com doença não se brinca.
Nossos dois primeiros jogos sob a nova direção de Jorge Jesus foram um alento. Futebol é danado, lógico que existe a possibilidade da coisa dar errado, mas tudo indica que temos boas chances de fazer parte dessa sua pequena lista aí.
Chacal tem razão quando lembra o Santos de Sampaoli. Fernando Diniz tem a infelicidade de, pelo menos até esse momento de sua curta carreira, não ter trabalhado com um elenco que o favorecesse. Não é brinquedo querer que o time troque passes na entrada da própria área com uma zaga formada por Nino e Digão. E, muitas vezes, o jeito de um time jogar precisa se adaptar às características dos jogadores de que se dispõe. O Athletico Paranaense tem uma dificuldade que precisa ser resolvida com urgência. Muitos atribuem o fato à grama sintética, não sei, só sei que é inacreditável a queda de rendimento quando joga fora de casa. Tá certo que ganhar mais pontos como mandante é normal, acontece com todos os times de futebol no mundo, mas no caso deles a desproporção é assustadora. Tomara que eu não queime a língua amanhã.
Abração. SRN. Paz & Amor.