De vez em quando é bom um banho de água fria pra neguinho ficar esperto no serviço. Foi o que aconteceu comigo no jogo de quarta-feira. Aquele break pra Copa América, a troca de treinador, o jogo contra o Madureira na Gávea. Tudo isso acabou contribuindo para que eu cultivasse a amalucada ideia que o Flamengo tinha renascido, como um poderoso esquadrão europeu, com os 10 ou 12 treinos que o time fez durante o recesso. Alucinação completa.
Começou o jogo e em poucos minutos a realidade obscureceu toda e qualquer ilusão. O time do Flamengo não era mais o time ruim do Abel, mas também não chegava a ser o time ruim do Jesus. O cara ainda nem teve tempo pra isso. O time do Flamengo no tapetinho era alguma coisa em visível processo de transformação, uma equipe em um estado intermediário de desenvolvimento onde os jogadores ainda não sabem bem que lugar do campo ocupar. Todo mundo estranhou. Como, por exemplo, Cuellar jogando mais atrás, Diego Alves usando as mãos fora da grande área, Ribeiro no banco.
No segundo tempo a coisa melhorou, perdemos umas chances cristalinas de gol, a maior parte pelas vaciladas de Gabigol, que perde uma energia danada fazendo gracinha e arrumando ingrisia com beques e arbitragem, e na hora que precisa decidir dá mole. Mas como foi ele que fez o gol, deixa quieto. O time tá mudando geral sua forma de jogar, tem nego novo pra entrar. Ainda não dá pra cornetar. É cedo demais, teremos que ter paciência pra ver que Flamengo vai sair disso. E, ao menos no meu caso, aprender a administrar melhor as expectativas
Diante da nossa fragilidade, provocada por mudanças estruturais, da escrita desgraçada naquelas latitudes, do tempão que o time do Ghenérico joga junto e, principalmente, pelos 4 cocos que os caras meteram no barbante, o empate lá foi um resultado espetaculoso. Que se expôs nossos defeitos, ao menos confirmou nosso pacto com os deuses. Nosso favorecimento pela sorte é proverbial. Isso é mérito nosso. E mesmo o Flamengo jogando nada foi um jogo bom de ver, cheio de alternativas. E com final feliz. Sem pachecagem, o objetivo da missão era se manter vivo pro jogo 2 e isso os caras conseguiram. Considero que a estreia de Jesus foi auspiciosa.
Claro, teve a arbitragem, um capitulo à parte. Não bastasse a inépcia no uso do VAR (parte do arsenal de guerra assimétrica promovida pelo globalismo) agora temos bandeirinhas terceirizando suas responsabilidades e não apontando impedimentos claríssimos só pra não se comprometer. Os caras eram muito incompetentes, o juiz bombado parou o jogo por 8 minutos pra confirmar um impedimento. 8 minutos é uma desgraça! É impressionante como quanto mais se legisla mais difícil fica a aplicação da lei no Brasil.
Não sou muito bom em prognósticos feitos antes do encerramento dos jogos, mas tenho impressão que contra o Goiás, no Maraca, vai ser mais ou menos a mesma coisa. Jesus nem conhece os caras direito, Arrascaeta, Trauco e Cuellar chegaram agora. O time tá sendo formado enquanto o campeonato rola, mais Flamengo impossível. Por isso não espero mais por nenhum show de bola. Claro que ganhar dos goiano em casa é obrigação. Mas pode ser de pouquinho com gol feio que vou entender.
Como entendi que é como se o ano do Flamengo estivesse começando só agora.
Mengão Sempre
Recomendo os excelentes podcasts com Mauro Cezar Pereira e Lucio de Castro, 2 dos melhores (senão os melhores) jornalistas esportivos do país. Como diz o título, os assuntos vão muito além do futebol.
http://www.central3.com.br/category/podcasts/muito-mais-do-que-futebol/
Ansioso para o seu próximo texto, Arthur SRN
Retratação, faço a indagação, eis que não consigo entender a motivação.
Tudo bem. Estamos em época de delações, para gáudio dos alcaguetes. De retratação, não sabia !
Cada jogo é uma história distinta. Fator mando de campo, torcida…independente dos erros a serem solucionados, o time teve uma atuação marcante. Pela intensidade em todo o tempo de jogo, fez lembrar os grandes clubes da Europa.
Em alguns momentos pensei que estava jogando o Liverpool ou o Manchester City, a superioridade técnica e física.
Sigamos com os pés no chão, pois, na quarta-feira tem encontro encardido com o bom time paranaense.
…tamanha…
Curioso pela retratação do Arthur após o show dado pelo Flamengo hoje no Maraca, bastou o 2o jogo pro Mister mostrar seu cartão de visita. Obvio que nego vai desmerecer, afinal foi contra o GO, no Maraca, um ponto fora da curva, etc.. o que eu vi e as estatísticas apontaram, sem sobra de dúvidas que foi surpreendente e animador. Sem falar que ainda tem reforços chegando! Foi um AI JESUS!
Retratação, faço a indagação, eis que não consigo entender a motivação.
Tudo bem. Estamos em época de delações, para gáudio dos alcaguetes. De retratação, não sabia !
Eu antevi a goleada, dada a intensidade e a postura ofensiva demonstrada já na estreia contra o Atlético. Cravei 5 x 0 no bolão. Errei por pouco.
Realmente, era bem previsível que se a postura fosse mantida, o Flamengo venceria fácil no Maracanã.
Mas, cada um vê futebol de uma forma.
Veja que existem, dentre os Flamenguistas, viúvas de Abel, Zé Ricardo e até, creiam, Márcio Araújo.
PORRA, TÉQUINFIM! Um jogaço! Arrascaeta mostrando seu valor milionário, Rafinha distribuindo chapéus, toucas e bonés e Gabriel Barbosa fazendo sua melhor partida da vida.
Tem que manter isso aí, viu!
srn p&a
hahaha. genial Arthur. bem isso mesmo. uma pena foi que li isso depois d jogo contra o goiais. me vi em vc antes do jogo contra o patetico. hahahhaa tragam as tassas. o//
arthur,
não pode deixar quieto as babaquices do gabigol pq ele balançou as redes….
no resto eu concordo 100% com o texto.
SRN !
Abro hoje as páginas esportivas e me surpreendo com o valor da aquisição do Gérson: quase 50 milhões de reais.
Mas, quem é esse Gérson?
Então fui pesquisar na internet, já imaginando que pelo valor da transação ele deveria ter sido convocado diversas vezes para a seleção brasileira, ou se destacado no campeonato italiano ou na Champion League, ou, quem sabe, ao menos, poderia ter fritado hamburguer nos EUA.
Infelizmente, para minha enorme tristeza, nada encontrei que justificasse esse exorbitante valor.
Está lá na Wikipédia:
“Fez sua última partida pelo Fluminense na derrota contra o Grêmio, em Porto Alegre, pelo Campeonato Brasileiro de 2015, onde cometeu o pênalti que deu a vitória ao Grêmio, e ainda foi expulso.”
E não conseguindo se firmar no Roma, foi despachado de volta para o Fluminense, e em seguida emprestado para a Fiorentina.
Acompanhei a trajetória desse jogador no Fluminense, desde que soube que o Barcelona havia pago 10 milhões pelo direito de preferência da sua aquisição. Confesso que nunca vi nada de extraordinário no futebol do Gérson.
Agora, eu entendo por que essa atual diretoria não fez acordo com as famílias do meninos mortos no incêndio do Ninho do Urubu.
Cada um que interprete este último parágrafo, segundo a sua inteligência.
Porém, In Jesus We Trust!
Eis que surge uma voz no meio da multidão !
Considero um absurdo o que foi pago pelo jogador Gerson, de credenciais duvidosas, até porque fracassar na Roma é algo bem difícil, eis que o clube da capital mal e mal consegue chegar em terceiro no atualmente fraco campeonato italiano.
Pior ainda em detrimento de um acordo com as famílias dos dez meninos do Ninho.
Neste aspecto, considero irrepreensível o artigo da Vivi.
A belíssima exibição desta manhã, dando enorme crédito ao trabalho do JJ, nada tem de comum com estes dois pontos muito bem levantados e comentados pelo Aureo.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
É preocupante esse adiantamento de nossa zaga, os quatro numa rigorosa linha reta , parecia a linha burra do Saldanha rediviva. Ainda bem que foi corrigida depois, nem sei se por iniciativa do JJ ou pelos próprios jogadores. Coisa curiosa já apontada por muitos, os bons jogaram mal e os ruins jogaram bem e os muito ruins, esses não têm jeito, continuaram ruins mesmo. Esse tal de VAR é a dura realidade, não dá colher de chá pra liberdades poéticas, pô, um errinho de uns milímetros de uma chuteira de um pesão 42 põe o cara em impedimento, que diferença isso pode fazer pro zagueiro que ficou vendido no lance?Outra coisa, queria que me explicassem essa tal lei de impedimento tem uma contradição jurídica aberrante, já vociferei aqui, o sujeito está em impedimento, pressupõe-se em vantagem, aí ele volta para a posição normal, portanto, espontaneamente ele corrige seu erro ( se arrepende do crime) e justamente quando não goza de qualquer vantagem, dando, inclusive a vantagem pro adversário, é punido. Durma-se com um barulho desses.
A regra do impedimento é uma estupidez que não se justifica, uma vez que, se rasgada, valeria pros 2 lados. Teríamos mais gols (a graça do futebol), o sistema defensivo teria que ser adaptado e aprimorado, zagueiro lento não se criaria e o Berrío, finalmente, faria sua estreia.
1 – (Pela ordem) O ano do Flamengo está começando agora, tudo o que foi feito na “era Abel” e tempos de “Fera”, foi deletado. Recomeçamos mesmo do “zero”. Menos mal que não houve dúvidas quanto ao goleiro titular, diferentemente do “‘rolo” colossal que se armou, “de graça”, na “ante-era Dorival”. Se o goleiro fosse o César, lá na “Arena do Diabo”, e o VAR veria a irregularidade, a arbitragem marcaria a falta e nosso bom goleiro seria expulso. Com o Diego Alves, “a grama sintética é mais embaixo”.
2 – Os 8 minutos consumidos pelo arbitro Maciste (ou Hércules, mais popular, para quem não souber quem foi Maciste), não foram gastos em lance de impedimento. Foi para se certificar se houve pênalti de Renê em (quem diria) Cirino, e de que alguma divindade presente na Arena diabólica, é, realmente, rubro-negra, providenciando uma falta dos “insuportáveis”, “time chato pra cacete” (nem mudando o escudo e enfiando um “H” no nome, que ão serve para nada…, ah, e trocando a camisa (mudem também as cores, masturbadores), falta retro-providencial esta, que nos salvou do pênalti.
Enfim, “a vida continua em aberto”. Tudo pode acontecer, ou nada, e este “nada”, nada mais é do que o passado recente de quase nada. Então, em frente.
De jornalista seguidora, viajadora, acompanhante, entusiasta e defensora, o JJ está bem. Irene Palma, de “A Bola”, de Portugal, é muito gata. E agora é rubro-negra. Nessa ficamos bem. (Falei muito, por pouco ou nada)
Melhor não esperar nada pra evitar depressão. Mas, mais uma vez, palmas pra Magnética. Esgotar os ingressos num domingo de manhã é a única fidelidade que assino embaixo.
srn p&a
Quem jogou de primeiro volante foi Arão. O Cuellar ficou por ali meio perdidão. Normal, o cara só chegou agora, mal foi apresentado ao JJ.
Depois o colombiano saiu e o Arão ficou. E foi elogiado pelo Mister. Que deu a entender que debaixo dos caracóis pode estar um provável titular absoluto. Será que…Márcio Araújo, Wallace, a história pode de repetir?
Taí um artigo do Grão Mestre que eu poderia escrever.
No mais das vezes, ser-me-ia, por óbvia falta de conhecimento, impossível.
Isto não quer dizer que o artigo seja fraco. Muito pelo contrário. Futebolísticamente impecável.
Nem vou falar sobre o jogo em si, pois já o fiz lá no Murtinho.
Levamos um passeio em regra, tivemos muita sorte, o que também é um ponto positivo.
Um jogo bem acima da média do Brasileirão, cabe ressaltar.
Quero ressaltar um entre muitos pontos que merecem um bom debate.
Os bandeirinhas terceirizados (uma definição própria da inteligência arthurziana).
Que grande palhaçada !
No segundo gol anulado, o fenômeno atingiu o gráu máximo. Pelo menos até aqui.
O Marcelo Cirino (continua um bonde) recebeu a bola em total impedimento. A bola rolou pra cá e pra lá e, na primeira intervenção do bom atacante argentino (Rubem ou algo no gênero), também havia impedimento. Mais uma vez a bola rolou em todos os sentidos, até que voltou ao mencionado atacante, em posição normal, que a colocou para dentro.
Por mil diabos, qual o motivo do braço engessado do nosso querido bandeirinha.
Dizem ser uma instrução para o melhor uso do VAR.
Com a licença da má palavra, enfiem a instrução naquela parte.
O VAR, tudo faz crer, é irreverssível. Como utilizá-lo, não.
Desde que não seja para lances no meio de campo (apesar de utilizado no lance do pênalti) até em outros momentos poderia ser, como no caso da bola fora da área do excelente Diego Alves.
Impõe-se, no entanto, muito mais celeridade, que, no caso do bandeirinha terceirizado, fica evidente.
Parem logo a jogada, quando o impedimento é mais do que evidente.
Deixem a geringonça (será com J, não sei mais) para os lances realmente duvidosos, como nos casos dos outros gols anulados e do pênalti não marcado pelo árbitro cada vez mais forte e, paradoxalmente, cada vez mais fraco.
Já seria mais do que suficiente.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Arthur, pelo pouco que pude assimilar da proposta de jogo projetada pelo novo treinador, esse elenco será incapaz de realizar. O estilo europeu de marcação avançada requer um preparo físico aprimorado e um mínimo de consciência defensiva. A começar, pelos atacantes.
Uma simples análise nos projeta a total ausência de cacoete defensivo, chegando à beira da inocência – Os caras não marcam ninguém. Os próprios marcadores de meio-campo são falhos nesse quesito. Acho que somente contratando novos jogadores esse esperado time começará a dar caldo.
Na minha avaliação, parcela do elenco já deveria ter saído. Essa nova visão projetada irá, obrigatoriamente, exigir mudanças primordiais no meio-campo e ataque. Por mim, seria excelente. Renovar esse cansado plantel de conquistas caseiras e fracassos internacionais. O jogo com o Athletico Paranaense escancarou as fragilidades físicas e coletivas desse elenco de prazo de validade vencido.
Nova mentalidade e mudanças imediatas na busca de um estilo voluntarioso e vencedor.
SRN