Copa do Brasil, quartas de final, jogo de ida.
Deve ser algo na água de Curitiba.
Neste século, juntando Campeonato Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil, o Flamengo foi dezenove vezes à capital paranaense para enfrentar o Athletico. Sete empates, doze derrotas.
Lembro que nos meus primeiros tempos de Maracanã, no final da década de sessenta, o Flamengo se encalacrava todo para ganhar do América. Enquanto Botafogo, Fluminense e Vasco costumavam batê-lo com certa tranquilidade, o Flamengo fazia questão de apanhar. Hoje, nossos jogos contra o Athletico Paranaense, fora de casa, pioraram – e muito – a incômoda relação com o Ameriquinha de cinquenta anos atrás.
De todo modo, tratam-se de digressões. O que estava em questão, na primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil, era bem mais importante do que reminiscências embaraçosas ou históricos desconfortáveis: a estreia de Jorge Jesus no comando técnico do time, após vinte dias de treinamentos puxados, cobranças explícitas, críticas ao desequilíbrio do elenco, dispensas, barrações, muito trabalho e pouco mimimi. O avesso do avesso do avesso do avesso.
Mais uma vez, saímos sem vencer. Entretanto, ficou a sensação de que podemos chegar longe.
Se vai dar certo ou não, saberemos em breve, mas parece que nossos jogadores têm tomado banhos diários de intensidade. Mesmo com todo oba-oba e clima de festa, no treino com o Madureira alguns eram repreendidos por Jorge Jesus, ou por seu primeiro assistente João de Deus, quando deixavam de prestar atenção na bola para, por exemplo, reclamar do juiz. O que mais me aborrece nas atuações do Pará é ele receber um lançamento nas costas e, em vez de partir em busca da recuperação, erguer o braço e virar o rosto na direção do bandeirinha. A fração de segundo desperdiçada no gesto inútil quase sempre é suficiente para esgarçar nosso sistema defensivo.
Não vamos usar como referências clubes que contratam quem quiserem e pelo dinheiro que for. Porém, mesmo nos jogos entre a turma intermediária do campeonato inglês ou do alemão, impressionam o ímpeto e a concentração com que as partidas são disputadas. Embora rara por aqui, essa pegada podia ser facilmente percebida nos três últimos brasileiros que ganharam a Libertadores: o Corinthians de 2012, o Atlético Mineiro de 2013 e o Grêmio de 2017, dirigidos por Tite, Cuca e Renato Gaúcho.
Marcação forte na saída de bola adversária – nos tiros de meta do goleiro Santos, chegamos a colocar Vitinho, Gabriel e Bruno Henrique na risca da área atleticana. Defesa adiantada, o que nos causou vários sustos com as ligações diretas do Athletico às costas de Renê e, sobretudo, Rodinei. Compactação entre os setores, rapidez nas passagens. Se nada disso vai acontecer com precisão da noite para o dia, o Flamengo ao menos deu pinta de que, a partir de agora, será focado e intenso. Corremos o risco de perder, aumentamos as chances de ganhar. Esse é o jogo.
Teremos partidas decisivas em sequência, não apenas nos mata-matas de Copa do Brasil e Libertadores, como também no Campeonato Brasileiro, e nesse caso por culpa da condescendência com que passamos a mão na cabeça dos nossos erros. Não é mais permitido errar, e essa foi a herança cruel recebida por Jorge Jesus.
E sem querer fazer gracinhas com o nome do nosso treinador – mesmo porque todas elas já foram feitas, tanto as boas quanto as ruins –, não dá para esperar por milagres. Deixa o homem trabalhar e vamos ver o bicho que dá.
Lances principais.
1º tempo:
Como quase sempre acontece na Arena da Baixada, o jogo começou em alta velocidade. A diferença é que, dessa vez, o Flamengo mostrava disposição para responder. Aos 3 minutos, Bruno Henrique recebeu de Renê, deu um drible longo em Lucas Halter, foi ao fundo e cruzou. Márcio Azevedo tirou de cabeça, Vitinho foi mais rápido que Bruno Guimarães, girou e chutou, com perigo, à esquerda do gol de Santos.
Aos 4, Santos bateu o tiro de meta, Rodrigo Caio errou o tempo de bola, cabeceou para trás e deixou Rony em boa condição para concluir. Renê chegou na cobertura, se atirou no lance e bloqueou.
Aos 10, Léo Pereira lançou Marcelo Cirino pelo meio. Diego Alves saiu do gol e, rápido como quem rouba, recolheu a bola, com as mãos, na meia-lua, puxando-a para dentro da área. Juiz e bandeirinha não viram, a turma do VAR deixou barato.
Aos 17, o Flamengo saiu jogando arriscadamente, com Rodinei e Léo Duarte, até que Cuéllar – que não estava numa noite boa, indeciso e pouco participativo – recuou mal. Rodrigo Caio não alcançou, Diego Alves teve que sair para dividir com Marcelo Cirino e evitar o gol do Athletico.
Aos 38, Vitinho recebeu de Léo Duarte, levou para o pé esquerdo e bateu forte de fora da área, à direita do gol de Santos.
Aos 40, Gabriel lançou Rodinei na lateral da área. Ele cruzou rasteiro e, quando Bruno Henrique ia completar, Lucas Halter salvou.
Aos 42, Bruno Henrique trocou passes com Arrascaeta, cruzou, Gabriel rolou para trás, Willian Arão finalizou e Santos defendeu firme, no meio do gol.
Aos 44, Léo Duarte disputou a bola no alto com Marco Ruben e tocou de cabeça para a entrada da área. Nikão pegou de primeira, Diego Alves fez boa defesa e, no rebote, Renê afastou.
Aos 45, Nikão cobrou escanteio da direita, Rodrigo Caio tirou de cabeça, Bruno Guimarães ficou com a sobra e experimentou de fora da área. Diego Alves deu um tapinha para fora.
Aos 46, escanteio batido por Rony, na esquerda. Desviada por Cuéllar, a bola chegou a Lucas Halter livre, na risca da pequena área. Ele pegou muito embaixo e mandou por cima do travessão.
2º tempo:
Aos 2 minutos, Willian Arão tocou de calcanhar para Arrascaeta, que largou Gabriel cara a cara com Santos. Ele completou com o bico da chuteira e o goleiro defendeu com os pés. Gabriel estava em posição duvidosa, mas a nova orientação muitas vezes nos deixa sem saber se o lance valeria ou não. Inferno.
Aos 4, escanteio da direita. Nikão bateu fechado, Arão desviou de cabeça para trás, tirando a bola de Léo Duarte, e Léo Pereira empurrou de pé esquerdo para o gol vazio. Um a zero.
Aos 11, Santos deu um chutão para a frente, Marco Ruben e Rodrigo Caio disputaram no alto sem tocar na bola, que sobrou para Marcelo Cirino. Na hora da conclusão, já dentro da área, ele foi derrubado por Renê. Depois de quase sete minutos de conversação com o VAR, Anderson Daronco marcou falta de Marco Ruben em Rodrigo Caio.
Aos 19, Renê bateu lateral com a zaga atleticana desatenta, Léo Pereira errou o bote, Gabriel girou em cima dele e, com a bola quicando, teve calma para tocar de pé esquerdo e encobrir o goleiro Santos. Um a um.
Aos 21, ótima troca de passes. Everton Ribeiro, Renê, Arrascaeta, Diego e novamente Arrascaeta, que encontrou Gabriel livre pelo meio. Só que ele errou a cabeçada e não deu em bola. Mais uma vez, ficamos sem saber se valeria ou não. Inferno 2.
Aos 23, depois de boa arrancada de Bruno Henrique pela esquerda, Bruno Guimarães pôs a escanteio. Arrascaeta cobrou, Bruno Henrique subiu mais que Robson Bambu e cabeceou, Santos fez ótima defesa. Na sobra, Gabriel estava impedido.
Aos 24, depois de boa jogada com Gabriel pela direita, Everton Ribeiro driblou Márcio Azevedo e foi fominha, chutando sem ângulo em cima de Santos.
Aos 27, lançado por Bruno Guimarães nas costas de Renê, Rony chegou ao fundo e cruzou com perigo. Por pouco Marco Ruben não empurrou para dentro.
Aos 31, outro bom lançamento de Bruno Guimarães, dessa vez para Marcelo Cirino. Ele pôs rasteiro na área e Renê cortou mal, nos pés de Bruno Nazário, que colocou no canto direito de Diego Alves. Rodrigo Caio salvou, Wellington pegou a sobra, o chute desviou na zaga e saiu a escanteio.
Aos 33, Bruno Nazário recebeu na meia-esquerda e bateu cruzado, Diego Alves defendeu firme.
Ficha do jogo.
Athletico Paranaense 1 x 1 Flamengo.
Arena da Baixada, 10 de julho.
Athletico Paranaense: Santos; Jonathan, Lucas Halter (Robson Bambu), Léo Pereira e Márcio Azevedo; Wellington, Bruno Guimarães e Nikão (Bruno Nazário); Marcelo Cirino (Vitinho), Marco Ruben e Rony. Técnico: Tiago Nunes.
Flamengo: Diego Alves; Rodinei, Léo Duarte, Rodrigo Caio e Renê; Cuéllar (Diego), Willian Arão e Arrascaeta; Vitinho (Everton Ribeiro), Gabriel e Bruno Henrique (Piris da Motta). Técnico: Jorge Jesus.
Gols: Léo Pereira aos 4’ e Gabriel aos 19’ do 2º tempo.
Cartões amarelos: Léo Pereira; Rodinei.
Juiz: Anderson Daronco. Bandeirinhas: Rafael Alves e Leirson Martins.
Renda: R$ 982.465,00. Público: 22.825.
Como já havia escrito anteriormente ^concordo praticamente com todas as colocações feitas pelo Murtinho^.
Faz-se necessário , a meu sentir, destacar um trecho do ótimo artigo, a saber –
^… o Flamengo ao menos deu pinta de que, a partir de agora, será FOCADO e INTENSO (destaquei). Corremos o risco de perder, aumentamos as chances de ganhar. Este é o jogo.^
Destaquei o focado e intenso pois, em um jogo em que fomos nitidamente dominados, o que ocorreu de bom, sendo evidente a influência, nestes aspectos, do JJ, a seriedade e, principalmente, a intensidade demonstrada pela grande maioria de nossos jogadores, mesmo aqueles que jogaram muito mal, caso evidente do Rodinei e do Léo Duarte.
Curiosamente, o único jogador que, até então, demonstrava sempre estar focado, não esteve em Curitiba. Refiro-me ao Cuellar, cuja substituição foi perfeita. Fiquei matutando – seria o propalado interesse do Galatasaray (Int.)
Estranhei, no artigo, a ausência de qualquer comentário a respeito dos três gols bem anulados, por evidente impedimento de jogadores do time paranaense.
Foram, inquestionavelmente, momentos de alta importância na partida.
Faço um reparo às críticas que ouvi, todas enfatizando a contribuição do VAR.
Sem entrar no mérito da vantagem ou não da análise eletrônica, chamo a atenção que, em todos os TRÊS momentos, os bandeirinhas acusaram as situações de impedimento. Não foi o VAR que anulou, mas sim a arbitragem.
Diga-se de passagem, que, no segundo, em que houve DOIS momentos de impedimento, a jogada deveria ter sido paralisada bem antes da conclusão do atacante argentino.
Ainda na espera de um artigo específico sobre o tema VAR, deixo logo a minha opinião contra esta besteira (internacional) da não ação dos auxiliares até o término, sendo ou não marcado o gol, da jogada ofensiva.
Por fim, houve um lance que o VAR não agiu e outro em que agiu decisivamente.
Tenho para mim que não agiu, por ser impossível fazê-lo. O mais do que evidente toque de mão do nosso excelente goleiro NÃO seria caso de cartão vermelho, apenas de amarelo, quero crer, Assim sendo, o VAR fica impedido de agir.
No outro lance, o mais importante do jogo, sob o ponto de vista da arbitragem, o Daronco – cuja demora para decidir exatamente aí foi INTOLERÁVEL – errou feio, em uma ou duas oportunidades.
O pênalti foi bem claro, já a falta fiquei na dúvida, pois pareceu-me mais um choque de jogo,
O Rodrigo Caio levou a pior, como acontece em muitos e muitos lances, enquanto o jogador rival – o argentino de sempre – nada sentiu. Além do mais, a bola, sem influência do choque, passou por ambos.
De qualquer forma, uma (ou duas) falhas graves do árbitro gaúcho, que, na minha análise, vem caindo de produção, independentemente deste jogo.
É isto aí.
Vamos aguardar os três próximos jogos – Goiás, novamente o Athlético e Corinthians – para melhor avaliar o trabalho inicial do JJ.
De qualquer forma, fiquei bem impressionado com a mudança de mentalidade apresentada pelos jogadores, que interpreto como decorrente da ação do treinador português, da mesma maneira que mal impressionado pela atuação fraquíssima de vários jogadores, intensos e focados, mas tecnicamente MAIS UMA VEZ muito mal.
Sem alusões, o empate caiu do céu.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu amigo Carlos.
Destaco dois itens do seu comentário.
1) Cuéllar. Acho que o maior problema foi ele praticamente não ter treinado com a rapaziada. Deve ter estranhado sentir Léo Duarte e Rodrigo Caio fungando-lhe o cangote. Ficou perdido. Creio até que, se Cuéllar não tivesse se transformado no cara imprescindível que virou, provavelmente sequer seria escalado.
2) Às vezes eu acho que tem coisa demais entre os “Lances Principais”, e aí preciso seguir um critério. Um deles é o de não levar em conta (embora certamente você irá encontrar exceções) jogadas interrompidas por marcação de impedimento. Reconheço que a lógica é um tanto rigorosa, mas é a seguinte: se o cara estava impedido, não houve possibilidade do lance terminar em gol. A não ser uma jogada espetacular, maravilhosa, prejudicada por um bico de chuteira à frente. Aí é diferente.
Houve, no primeiro tempo, uma boa manobra do Flamengo, em que Bruno Henrique roubou uma bola no meio e lançou Gabriel pela meia-esquerda. Gabriel invadiu a área, chutou cruzado e Santos fez uma defesa importante. O bandeira marcou impedimento de Gabriel, Daronco confirmou, a jogada ficou fora da relação.
Concordo que os três lances de gols anulados foram importantes. Concordo que meu critério é discutível. Mas tenho que ter um critério, né?
Abração. SRN. Paz & Amor.
murtinho,
gostei muito da parte final do seu texto,aonde vc diz que todo tipo de piada com o nome do nosso treinador já foi feita,tamto as boas como as ruins.
deixa o homem trabalhar e torcer pra tudo dar certo.
faço só uma observação…não dá mais pra tolerar o comportamento infantil e até de mal caratismo do gabigol,treinador tem que chamar ele pra uma conversa….é o nome do clube que está em jogo.
esse sujeito não está preparado para representar o mengão.
SRN !
Fala, Chacal.
Foram só vinte dias de trabalho, e sem dois caras fundamentais – Cuéllar e Arrascaeta. Muito pouco, ainda mais quando percebemos a mais radical de todas as mudanças táticas desde Muricy.
Neguinho entrava, dava uma mexidinha aqui, outra ali, mas o conceito de jogo continuava. Agora, parece que Jorge Jesus quer muita coisa diferente. Vamos ver.
Quanto ao Gabriel, por favor, dá uma lida na minha resposta ao comentário do Rasiko.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Carta ao Jesus
Querido menino, figura principal do meu presépio, venho por meio dessas pessimamente ditadas linhas trazer notícias da terra do pato, o Donald, de todos meus melequentos, Elbinha e Japa.
Aqui a vida continua como sempre, em Cuba do Norte não existe espaço para racismo: todos nós odiamos os brancos! O trabalho vai de vento em polpa, com a pizzaria Jimenez’s&Gonzales sendo a maior fornecedora para o Partido democrata e suas reuniões dos 312 candidatos à presidência da república. Japa recém renunciou a uma proposta de trabalho feita pela NASA, a quem ele considera os engenheiros obsoletos, e Elbinha vai fazendo barba, cabelo e bigode a torto e a direita, ela que junto à Jimenez, meu chefe, comandam o braço político de Donald em Hialeah!
Lindo filho de Maria, você acaba de chegar no Brasil que eu deixei a 32 anos, quando Sarney ainda não pintava o bigode, e não tinha sido mumificado, e deve ser orientado por quem conhece as entranhas desse futebolzinho tupiniquim como ninguém! Anos a fio de copos de mate Leão com mijo na cabeça me dão autoridade de filósofo para explicar o assassinato do futebol mais competitivo do mundo, o Brasileiro, e o surgimento, como um Judas não suicida, dessa jumentice que assola o país: os treneros gaúchos de merdda!
Você, querido enviado para uns, rejeitado Messias para outros, não conhece a excrescência do pensamento de jegue empacado dos nossos professores doutores, que são, para uma melhor explicação em português mal falado (como se você tivesse um ovo de codorna embaixo da língua e tivesse que fazer força pra não quebrá-lo), uma espécie de Mourinho piorado, cheio de vícios e acostumado a dar boas desculpas depois dos vexames (ler a carta da dona Lúcia é o exemplo máximo do que vos falo)!
Você vem com uma missão, profeta filho do Divino: tratar do maior time do Mundo! Não adianta ficar tentando se ajustar ao status quo do que acontece em Pindorama, seu objetivo é recobrar o cenário mundial pro futebol do Flamengo, é fazer esses menininhos mimados virarem bons jogadores de futebol e competirem pra ganhar jogando bola! A galera formada por Wanderleis, Abels , Felipões e Manos farão caravanas imensas pra te colocar em julgamento junto com dois ladrões, provavelmente o Diniz e o Sampaoli! Mas se o teu trabalho for repleto de fé na bola, luz divina na imagem de Zico, e a coragem honesta de Rondinelli, teu caminho se abrirá como os mares se abriram em outras épocas que você não tem nada haver com isso.
Fique focado, oh Guia dos sofredores, em fazer o diferente, fazer um time de futebol brasileiro como os que só se vê nazoropa, pois o Brasil já está concertado financeira e economicamente depois da reforma, e agora tua meta é bater o Liverpool em Dezembro e os treneros do futebolzinho tupiniquim daqui até lá! Tua ajuda vem dos fiéis e crentes de todas as raças, mas especialmente da Raça!! Entenda que aqui é Flamengo, porra! E teu calvário se transformará numa passarela do Samba, sem Luís Airão!
Sem mais milongas, Elbinha manda beijos e avisa que voltará logo com Jimenez e Gonzalez, meus chefes, pra visitar Edvan, meu querido cunhado, rei de Alagoinhas! Como não precisam mais de visto pra entrar em Pindorama, fato que revolucionou a política externa do Pato, o Donald, que hoje sabe que o Brasil não está entre o Haiti e a República Dominicana, é mais pra baixo e perto da Venezuela, meus jefes tem mais facilidade de acompanhar minha casta e fiel esposa, enquanto eu tomo conta da pizzaria! Japa está trancado no banheiro e os melequentos repetiram de ano!
Saudações Rubro Nigérrimas
PS: Tite é o CARALHO!
SP2: Abelão é o CARALHO!
SP3: Lembrem-se do Aráurro!!!
Só gostaria de entender o porque de acharem que o Luis Airão jogou bola nesse jogo de estreia de Jesus! Concordo que ele melhorou demais em relação ao que era: passou do patamar de merdda absoluta a PATÉTICO!!!
Eis aí o homem. O fabuloso. O inigualável músico, pizzaiolo e comentarista cinco estrelas do RP&A.
Atendendo a inúmeros apelos, temos Bill Duba de volta. E com uma de suas cartas estilo arrasa-quarteirão.
Jorge Jesus e Mourinho, Abel e Luxemburgo, Mano e Felipão, Diniz e Sampaoli, Donald e Sarney, Elbinha e Japa, Jimenez e Gonzalez, Zico e Rondinelli, Arão e Araújo, Tite e Edvan. Tudo junto e misturado numa geleia geral deliciosa e nutritiva.
Salve, salve, Bill Duba. E volte sempre.
Abração. SRN. Paz & Amor.
No início do jogo comecei a suar frio, aquela defesa em linha adiantada, como um batalhão de frente, um por todos, todos por um, tomando bolas adoidadas pelas costas, olhei perplexo para o Miki, o meu rato-mestre, que balançou a cabeça, calma aí, cara, daqui a pouco a gente desencanta, Ana, a aranha romântica me olhava apreensiva, será que esse cara vai pegar o Teacher, o Rivotril ou os dois juntos? No final para acalmar o time entraram os dois, Everton Ribeiro e Diego, eu cá comigo, pronto começou tudo de novo, mas até que o time acalmou, a defesa voltou a se postar em seu devido lugar, e deu para levar. Mas um progresso: se os caras não andaram sobre a água, deram umas corridinhas sobre o gramado de plástico. O que já é alguma coisa. Agora vem cá, será que o Felipão está fazendo escola? Esse negócio de meio campo armar jogadas, sei não, ontem não foi a tônica. Nesse caso, que tal contratar o Gérson como consultor?
Grande Xisto!
Sim, foi meio estranho ver a defesa naquele posicionamento ousado, mas aos poucos fomos nos acostumando à nova ordem. E outra: a utilização do VAR favorece, por praticamente eliminar a possibilidade de erro do bandeirinha.
Claro: um atacante inteligente e um meio-campo habilidoso podem tirar proveito, mas aí entra em cena o milenar provérbio chinês: quem tem medo de cagar não come.
No futebol cada vez mais cheio de novidades, agora inventaram essa história de ponta-armador. Por isso, fiquei feliz em ver a última Copa do Mundo ser decidida por duas seleções que tinham armadores tradicionais, pelo meio – Pogba e Modric.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, socorro, parece que os caras entenderam mal minha sugestão, não era esse o Gérson que eu me referia.
O Flamengo venceu o Atlético Paranaense na Baixada em 2011, gol de Ronaldinho Gaúcho.
Não houve equívoco por parte do Murtinho.
Foram mencionados três torneios – Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil.
A vitória obtida em 2011 ocorreu, sem a menor dúvida – salvo engano o gol foi de pênalti – completando as duas dezenas de jogos ocorridos neste Século XXI, só que foi por uma outra competição, a Sulameriquem, como sempre coloca o Grão Mestre.
Cá entre nós, a exceção para confirmar a regra.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Fala, Flavio.
A vitória em 2011 foi válida pela Copa Sul-Americana, que é a série B da Libertadores. E, felizmente, de série B a gente não entende.
Aliás, lá no começo do post, deixei claro que eu estava considerando apenas as três competições que interessam: Brasileiro, Libertadores e Copa do Brasil.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Não há muito o que comentar, muito menos cornetar. Quer dizer, talvez um leve sopro em direção ao Gabriel – o gol que ele perdeu num passe magistral do Arrascaeta é imperdoável (como perde gols feitos esse pereba!). Revendo o lance o Vitinho entrava livre pela direita. Era só dar um toquinho pra ele e desmontava o goleiro e o beque e o Vitinho não tinha como errar. Esse é daqueles jogadores que me irrita. E o que foi aquela cena ridícula depois do chute do goleiro na perna dele? Será que ninguém vai chamar atenção desse pereba que se acha? Outro que tá devendo faz alguns jogos é o BHenrique – e eu já havia comentado em outras oportunidades. Parece que o estoque dele acabou. Ou seja, essa duplinha tá me deixando preocupado pra continuação da temporada.
Abraço
srn p&a
PQP
falou tudo irmão !
eu diria mais sobre a partida,o treinador tirou o cuellar,essa situação inusitada dá uma visão do que será o flamengo com jesus…jogou mal,SAI !
sem essa de craque intocavél.
SRN !
Fala, Rasiko.
Concordo. Muitas vezes, Bruno Henrique se mostra alheio, parecendo pouco se importar com o que está acontecendo em campo e com o resultado que virá daquilo. Faltam concentração (como escreveu o João) e comprometimento.
Já o comportamento do Gabriel é insuportável e inadmissível. Acho que esse tipo de coisa só vai acabar no futebol brasileiro quando houver uma ação coordenada entre o comando dos clubes e a comissão de arbitragem.
Clubes: orientações claras, seguidas de punições. Arbitragem: cartão vermelho direto e acréscimo, que nem basquete, de cada segundo perdido com aquele tipo de encenação. Tenho um monte de senões em relação ao VAR, mas, já que o inventaram, que seja usado contra os falsos espertalhões e a favor do jogo.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, a falta de concentração é um dos graves defeitos do time. Acredito que somente com uma mudança de parte do elenco será possível uma determinação constante de jogo. Principalmente, o setor de criação. São muito dispersos. Ontem, tiveram uma atuação sofrível. O adversário fazia linha de passe dentro da grande área sem uma combatividade efetiva. E, para piorar, o arqueiro ia entregando o jogo. O tal de VAR fez vista grossa.
Parte desse elenco já está com o prazo de validade vencida. Arão, Diego, Everton Ribeiro, Vitinho…Não marcam ninguém. Os lampejos de Arrascaeta e as mudanças do treinador deram sobrevida ao time.
Como você mesmo disse, essas dispersões no jogo beiram a idiotice. Vitinho e, principalmente, Gabriel, vivem em um mundo à parte. Essas atuações, ao melhor estilo Alberto Roberto, irritam as duas torcidas.
O time não está jogando nada e ainda temos de aturar gols perdidos e encenações grotescas…Como diria um certo jornalista: Patético!
Haja coração!
SRN
Fala, João.
Então, rapaz, não quero criar expectativas excessivas, mas vi coisas diferentes e boas.
E não há como deixar de levar em conta as dificuldades que todo mundo encontra – vide Boca e River, recentemente – para enfrentar o Athletico Paranaense lá.
Almoçando ontem com um velho amigo rubro-negro, falei algo parecido com o que você escreveu: a sensação de que alguma coisa na montagem desse elenco não bate. Pra usar uma expressão da moda, “não dá liga”. O time está longe de ser ruim, mas não tem o jeitão dos times campeões. Difícil explicar.
Mas há, ali, vários jogadores de qualidade. Com isso e uma concepção de jogo diferente do que estamos acostumados, aqui no futebol brasileiro, existe a chance de se chegar a bons resultados.
Vamos torcer.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Jorge, ontem, pensando com o meu fecheclair, me lembrei dos grandes times do Flamengo que assisti e constatei que todos eles (53-54-55 e depois na era Zico, só pra ficar nesses 2 exemplos clássicos) eram formados por jogadores da base. Esse que está aí só tem o Léo Duarte, que deve vazar em favor do Marí. Talvez, por isso, a falta de liga. Pouco adianta conhecer a história do clube se o jogador não tem a experiência própria. Sentimento interior brota espontaneamente e não pode ser forçado. É um simples negócio e cada um cuidando do seu quadrado. E só.
srn p&a
Análise irretocável.
Ontem o Flamengo pareceu até um time de futebol masculino profissional disputando uma partida oficial.
Acrescento que a linha de defesa lá cima e substituição do Cuellar pelo Diego no meio do segundo tempo de um jogo de mata-mata fora de casa com resultado favorável deve ter gerado um baita frisson no grupo de WhatsApp dos treinadores brasileiros.
Fala, Trooper.
Pois é. Pouco nos resta a fazer, agora, além de aguardar.
Independentemente de desempenho e resultado, não há como negar que vimos um time diferente.
Além da mudança com o carro em movimento – sempre arriscada, mas algo precisava ser feito -, me preocupa o apego que os jogadores brasileiros costumam ter à zona de conforto. Porque a gente sabe do que jogadores de futebol são capazes de fazer, tanto para o bem quanto para o mal.
Espero que esses caras que estão lá tenham consciência da oportunidade que lhes caiu no colo.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Vou comentar mas não agora.
Motivo – ainda estou embasbacado com o artigo do Grão Mestre que somente li agora.
Um tempo se faz preciso para a emoção ser superada.
Uma primeira e curta observação – concordo praticamente com todas as colocações feitas pelo Murtinho.
SRN
FLAMENGO SEMPRE