Quem sabe, talvez, um dia, no futuro, o Flamengo (na figura de seus dirigentes) mostre uma fração da importância, do respeito e da reverência que a torcida dedica à Libertadores da América. O torcedor médio do Flamengo já ultrapassou o estágio da obsessão com a cobiçada taça, abraçou o pragmatismo e demonstrou, sem qualquer pudor, que empatar sem gols e sob intenso perrengue com o decadente, e hoje desimportante no futebol do continente, Peñarol foi um extraordinário resultado. Mas como um daqueles gols que precisam ser confirmados pelo VAR, a comemoração pela passagem à fase do mata-mata foi bastante comedida, preferencialmente íntima. Mesmo com o Peñarol representando todo o Brasil arcoirista na quarta-feira. Melhor ficar sapato. Também fiquei amarradão com a classificação, mas absolutamente puto da vida com o Flamengo ter jogado os 45 minutos finais dando bicuda.
O empate pode até ter garantido ao Flamengo a classificação em 1º lugar no seu grupo, mas a partida mostrou, sem o filtro das rivalidades nacionais, quase sempre favorável ao rubro-negro, que apesar de trabalhar com um dos 5 maiores orçamentos da América do Sul, o maior patrimônio esportivo do Flamengo em 2019 ainda é a nossa história pregressa. Mesmo diante de um adversário fraquíssimo, que contava apenas com a sua camisa e a notória selvageria de seus torcedores, o time do Flamengo correu o risco de mais uma vez passar vergonha. Porque é um time (não elenco) tão ou mais fraco quanto o Peñarol. A igualdade de pontos na tabela, 10 em 18 possíveis (55.6%), é mais uma confirmação de nossa medíocre realidade.
As chances de sucesso do Flamengo no resto da competição dependerão de quanto tempo vai durar o suplício de Abel no cargo, cuja demissão iminente parece depender apenas do surgimento de um substituto no mercado para se confirmar. A brodagem até tenta passar um pano pro Abel nas coletivas. Mas não faz a menor diferença o que Abel diz quando a avaliação do seu trabalho é feita a partir do que o time por ele treinado mostra. Até para os defensores da sua continuidade no comando é difícil apresentar argumentos a seu favor se o assunto é campo e bola. Se no Carioca já se percebia e no Brasileiro tem sido frequente, a infantilidade tática do Flamengo fica escancaradamente exposta na Libertadores.
É preciso uma dose forte de otimismo e uma maior ainda de inconsequência para achar que o Flamengo, a continuar jogando no modo Vamo Lá, Porra!, possa ir longe na Liberta. É verdade que otimismo, inconsequência e vamolaporrismo sempre foram valores historicamente cultivados pela torcida do Flamengo, ontem mesmo tinha uns malucos dizendo torcer para que o sorteio indicasse a LDU como nosso próximo adversário, por ser o time equatoriano, segundo eles, uma carne assada. Como se o Flamengo não tivesse levado uma sapatada deles em Quito há menos de um mês. Carne assada pra gente é só vasco, fluminense e botafogo, contra qualquer outro adversário esse time precisa cagar sangue pra vencer.
Não renego meu otimismo, tampouco a inconsequência ou o vamolaporrismo que já são parte da minha personalidade, mas os anos de experiência em papelões continentais me acrescentaram alguma vergonha na cara. Para o Flamengo, teoricamente o 7º melhor time do continente, qualquer um dos possíveis 15 adversários na próxima fase vai ser uma foda pra ganhar. Ter consciência desse fato é fundamental para evitar futuras decepções. Dá até pra um time ruim ganhar Libertadores sem jogar bom futebol, acontece quase todo ano, mas é quando o futebol é substituído pela vibração, pela vontade, raça, blábláblá. Aqueles valores intangíveis e inatacáveis que são a muleta preferida de quem não tem explicações lógicas para justificar vitórias, empates ou derrotas. E cá pra nós, hoje nem essa vibração, essa raça, o Flamengo exibe coletivamente.
Em tese faltam só 7 jogos, uma Copa do Mundo, para o Flamengo quebrar a escrita e acabar com a inhaca de 38 anos sem ganhar Libertadores. Só que quando assistimos ao Flamengo jogar é fácil compreender que estamos separados por eras geológicas da grande equipe de 1981. Os jogadores do time campeão mundial estavam sempre pedindo a bola, os jogadores atuais parecem querer se livrar dela.
Os antigos romanos tinham duas palavras para se referir ao trabalho. Uma usada em relação ao trabalho braçal, que envolvia esforço físico, que eles chamavam de labor. E outra para o trabalho criativo, chamado opus. Em qualquer esporte a combinação equilibrada de labor e opus é característica nas equipes bem sucedidas. Sucesso que se traduz na clássica citação Mens sana in corpore sano. Cuja origem é um trecho da Sátira X do poeta e retórico Décimo Júnio Juvenal, em resposta à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida, da qual transcrevo três linhas:
*orandum est ut sit mens sana in corpore sano
fortem posce animum mortis terrore carentem,
qui spatium uitae extremum inter munera ponat
*Deve-se pedir em oração que a mente seja sã num corpo são
Peça uma alma corajosa que careça do temor da morte
Que ponha a longevidade em último lugar entre as bênçãos da natureza
Pra quem curte o futebol bem jogado e valoriza o uso da inteligência os nossos jogos são uma verdadeira tortura. É só labor suarento e olhe lá, nem sombra de opus. E Juvenal deu a planta certinha do que é o mais importante, não basta ser saudável e inteligente. Também é preciso desprezar a sobrevivência, morrer velho numa cama é uma desonra para quem luta. Os verdadeiros lutadores não podem ter medo. Está mais do que evidente que sem um trabalho psicológico bem feito, e conduzido por profissional da área, o Flamengo não vai superar sozinho o trauma cultivado desde a derrota pro Peñarol em 1982. Ainda dá tempo de trabalhar essa falha, mas não se vê no clube a menor sombra de preocupação com um problema que não se resolverá contratando laterais ou com notas oficiais. Não existe maior falta de coragem do que não admitir que não se tem coragem.
Classificação pras 8as sempre foi obrigação, não é motivo pra nenhuma marra, ainda mais jogando esse futebol va-ga-bun-do. Vamos no português vulgar, o Flamengo se caga de medo na Libertadores. Enquanto não enfrentar esse medo, com orientação profissional e não com bravatas comunicacionais, vai continuar a dar vexame na competição. Porque é nítido que o time não confia em si mesmo. Se os jogadores não confiam, como é que a gente vai confiar? Jogando essa bolinha sem vergonha não há otimismo ou vamolaporrismo que aguente.
Já dizia Virgílio, poeta romano um pouco mais antigo que Juvenal, na sua Eneida, Audaces fortuna iuvat. A sorte protege os audazes.
Mengão Sempre
Mais Mulhenberg impossível. A.diferenciar dos textos mais antigos do Mestre é que o otimismo desenfreado foi pro espaço. Praticamente, não assisti ao jogo. Havia ido a um show e depois da expulsão do Pará, que juntou o QI do jogador com a inoperância do Abestalhado, senti o coração pular pela boca como no jogo contra o San Lorenzo. Pela TV não dá…
E foi no Maraca que saí puto na derrota e na vitória.
Na derrota pro Volata Redonda del Sur, pq o professor perdeu o meio campo, após a expulsão do Gabriel, fazendo alteração óbvia e populista colocando um atacante.
Na Vitória de 6×1 pq o time foi estático e previsível. Com um a menos, o San Jose levou perigo umas 3 vezes.
Saúde e Sorte
Tal qual o Bolero, de Ravel, obra musical de melodia uniforme e repetitiva, eu volto a afirmar, agora com mais ênfase: eu não confio nesse time, nesse técnico e nessa diretoria.
Por isso, Arthur, concordo integralmente com o seu brilhante artigo. Se o time jogou um bom futebol no primeiro tempo, no segundo levou um sufoco danado. E não fosse a ruindade desse time do Peñarol, hoje estaríamos com o gosto amargo da desclassificação.
Perder uns golzinhos numa partida é natural. Porém, perder um montão é sinônimo de fraqueza e ineficiência do elenco.
Aliás, apesar de a mídia assegurar que foram 9, eu contei 10 chances de gol. 7 no primeiro e 3 no segundo tempo. Uma chance para cada um dos meninos mortos no incêndio. Coincidência?
Infelizmente, nesta Pátria Amada Brasil, muitos incompetentes e despreparados ocupam a vaga de pessoas que desempenhariam no lugar deles um papel com total acerto.
Assim, posso assegurar que o Brocador não perderia a metade dos gols que o Gabiglobo vem perdendo. Hernane “Brocador”, simplório nordestino de Bom Jesus da Lapa, tratado como uma figura folclórica, jamais alcançou comentários elogiosos da mídia, como recebe o paulista Gabiglobo.
Agora, falando de amenidades, quero agradecer ao mestre, Carlos Morais, por ter me levado ao passado. Uma época em que eu fui propriotário de cavalo de corrida. (foi isso mesmo que você leu) Ocasião em que eu conheci o Juvenal. Um dos maiores jóqueis de todos os tempos.
De vez em quando, eu encontrava o Juvenal num restaurante que existia na Marques de São Vicente, um pouco acima do Baixo Gávea.
Falávamos sobre turfe e Flamengo. Juvenal é flamenguista fanático. De uma simplicidade trazida do sertão de Alagoas, Juvenal cativava o seu enorme fã-clube.
Trago aqui especialmente para o Carlos Morais, uma das vitórias do Juvenal que mais me emocionaram: Grande Prêmio Brasil de 1987. Que ano, hein?
Detalhe: o locutor Ernani Pires Ferreira (já falecido) um grande rubro-negro, ao invés de dizer “contorna a curva da reta oposta”, ele dizia “contorna a curva do Flamengo” em páreos clássicos e “contorna a curva do Mengão em páreos comuns. É que o nosso clube fica colado ao Hipódromo.
JUVENAL ESTAVA CERTO, em torcer pelo Flamengo. Nordestino inteligente, esse Juvenal.
SRN!
https://www.youtube.com/watch?v=5PJC4wiaH88
achei o texto calcado em questão política, enevoado por paixão partidária.
Houve ‘opus’ sim. Tivesse o biquinho do gabi”gol” entrado, logo no início, nego gritaria GOLAÇO.
Fomos quase bem.
meu sonho da vez é ver esse abel bem longe do meu mengão,antes que seja tarde !
arthur vc falou que o time é sem culhão,eu concordo que a galera já entra empilhada e a culpa é do treinador que põe culpa em tudo que dá errado nos jogadores,não sei se vcs perceberam isso.
foi assim com o arrascaeda no jogo com o fluminense e agora nessa última partida,dizendo que treinador não perde gols.
um verdadeiro filho da puta !
envergonhadas SRN !
Acho os caras meio sem sangue. Só confio nos prata da casa e no Bruno Ribeiro. E acho que vamos continuar contratando sem sangue .
Você não viu o jogo contra o Penarol ou apenas está com saudade dos bananas? Dizer que o Flamengo jogou mal é brincadeira…
Pode crer, o Flamengo jogou pra caralho. Nem levou pressão do poderoso Peñarol. É decididamente o time a ser batido nessa Libertadores. Estou muito satisfeito, mas tive que detonar porque falar bem do rinusmicheliano Flamengo do Abel não dá audiência.
Titulo click bait, que vergonha!
Vamos fazer uma votação.
Um voto para o título clickbait – o seu.
Outro contra – o meu
Quem se anima a desempatar.
Forte candidato o ^pau nos comunas^ …
Arthur, você deixou claro que o problema do Flamengo “é depiano” no dizer do Tom Jobim, ou seja, o elenco, time, lá o que seja, está necessitando mais de um psicanalista do que essa gasta cartilha de cantilenas de autoajuda que todo professor agora acha que “tem o elenco na mão” porque decorou alguns clichês dessas publicações que frequentam as páginas literárias entre os mais vendidos. Eu já falei na tal síndrome do perdedor, ou complexo do fracassado. Quem não conhece pelo menos um tipo? O cara que não aguenta o sucesso e quando tudo parece que vai deslanchar,arranja um jeito de se auto-sabotar. Quanto a tradução fisiológica para o tipo “labor” e o “opus”, o labor seria o supra-renal que só funciona na base da adrenalina, sua em bicas para conseguir o mínimo, o opus é o que faz as coisas com extrema facilidade, levando um pé nas costas. Pois é, o Flamengo está mais pra supra-renal e, pior, às vezes nem consegue suar a camisa pra cumprir um simples labor.
Disse tudo. É inaceitável ver tanto dinheiro num amontoado e não enxergar a beleza de um futebol bem jogado.
Um time que não se prepara para um possível cartão vermelho por exemplo, está no mínimo indo no “seja o que Deus quiser”.
Isso deveria ser pauta no rachão, o time titular enfrentar o reserva com 1 a menos, aplicando tática pra manter a posse de bola, encurtar os espaços e achar o caminho ofensivo. Porém, se com 11 já não se enxerga tática, imagina com 10.
Abraço, Arthurzão
Dizer/escrever que eu não expressaria melhor o que penso de tudo isso que acontece no Flamengo seria, no mínimo, o óbvio diante do impressionante talento do Arthur pra produzir textos tão ricos com materiais tão pobres.
O mais irritante no Abel é a total ausência de criatividade pra encontrar soluções dentro do farto elenco que não seja trocar 6 por meia-dúzia.
Porque não testar, por exemplo, o Hugo Moura ou o Ronaldo ou o Lucas Silva, quem sabe o Vitor Gabriel ou o Leomir no lugar do abominável Pará? Qualquer um serve, porra! Até o Rodiney, se estiver disponível no intervalo entre suas representações de gaiatices patéticas, pode ser testado.
Na outra ponta, deixa o Renê amarrado na coleira no Ninho treinando passe de 5 metros pra ver se ele sobe a média de 1 em 10 pra, pelo menos, 3 em 7. Concordo que, noves fora o Sarrafiori, ele é um bom marcador. Então, que cumpra bem sua função primária e entregue a bola pro mais próximo vestindo a mesma camisa.
É fundamental ter consciência das próprias limitações pra poder superá-las. Não existem doenças, mas doentes. Se não se admite que está doente (mente), a doença toma o organismo por completo (corpo). O nome disso é câncer. A mente é senhora do corpo, mas precisa estar consciente das possíveis fraquezas e fragilidades do sistema imunológico pra emitir comandos de regeneração celular. Pra isso tem que ter humildade pra reconhecer que algo não vai bem, caso contrário não vai ter ninguém pra obedecer uma ordem que não foi recebida. A mente representa o consciente (comando-mestre) e o corpo, o inconsciente (o que é comandado-discípulo). Essa equação é simples e eficiente demais pra ser ignorada em qualquer atividade humana.
Com zero de vaidade e interesse pessoal, meu maior desejo é ajudar o Flamengo nessa área, onde milhares de depoimentos de alunos e clientes – únicos que têm autoridade pra isso – ao longo de quase 40 anos me dão o feedback de ser altamente capacitado a revelar potenciais inexplorados.
E, por ter essa consciência, me sinto imensamente frustrado por não ter a oportunidade de contribuir na prática com uma mudança de paradigma essencial pra ter o meu Flamengo de volta.
Que os amigos me perdoem o desabafo, mas só estando na minha pele pra poder avaliar o que significa esse sentimento. A essas alturas, só Flamengo pra mexer tão profundamente com as minhas emoções.
snr
Só pra esclarecer: não tenho nenhuma expectativa de algo ao menos parecido com o Flamengo dos anos 80 na forma e no conteúdo. Isso seria uma ingenuidade inconcebível. Mas a incorporação de um espírito vencedor e confiança no próprio taco, é possível. E foi o que faltou pra que dos 9 gols bisonhamente perdidos ao menos 3 entrassem na caçapa. O do Vitinho não me sai da cabeça.
Parabéns, pela honestidade e clareza de raciocínio, Rasiko!
Arthur, transcrevo os comentários de André Rocha, colunista de UOL, no transcorrer da partida contra o Penarol, antes da expulsão do lateral.
“Eu tô aqui vendo o jogo do Fla a trabalho, analisando o que acontece no campo. Cabeça fria. Mas a cada chance perdida eu me compadeço de quem está torcendo e vendo o roteiro da desgraça se desenhando na frente. Mesmo que no final não aconteça eu imagino a angústia agora”.
Exatamente o que sentia. Apenas aguardando a cagada a ser realizada. Se consumou com mais uma atitude bisonha do já veterano jogador em sua série de insensatez. Se houve falta para tal infração, não importa. As atitudes temerárias são comuns em seus desempenhos, independentes de competição. Vale como exemplo mais recente o jogo contra o Cruzeiro, no qual não foi expulso por fraqueza do juiz e por jogar em seus domínios.
Custa imaginar uma derrota em um jogo amplamente dominado, contra um adversário fraco. Que somente não ocorreu por esta insuficiência técnica. Mas o roteiro produzido era exatamente idêntico aos já protagonizados.
Para não perder o costume…acredito que haverá melhoras de desempenho com um lateral direito mediano e um novo homem de área ( Uribe, não!).
Sem invencionices, deixem o uruguaio na titularidade e César no gol. E, Gabiquasegol, na reserva, aprimorando o físico e as finalizações.
SRN
Eu não entendi o final, você disse não ao Uribe e ao gabiquasenuncagol, estou tentando visualizar quem ocuparia o lugar, já que, segundo você, o titular e o seu reserva não. Apesar da Parazice, não é salvo conduto, mas se o gabiquasenuncagol tivesse colocado as 3 bolas no barbante, a expulsão, aquela altura, não faria a menor diferença. Quanto à melhoria de desempenho, creio que ela não está atrelada a um lateral e um novo homem de área, mas sim com treinamento, estilo de jogo diferente, variações táticas, e não menos importante, um outro treinador que tenha como mote essas três coisas supracitadas. Logo, só chegando um leandro ou um romário para o desempenho melhorar, caso contrário, é imprescindível a chegada de um novo pofexô com ideias atuais para fazer um pedalhão à piamontese com esse filé mingnon senão Abel continuará pedindo ao açougueiro para moer o mingnon.
Caro, Marlus. Acredito que a Diretoria não irá dispensar o treinador. Então, na minha avaliação, um mediano lateral direito seria menos ruim do que o atual titular. Pelo menos no comportamental.
Quanto ao atacante, tanto o titular como o reserva, não satisfazem no quesito aproveitamento. São contumazes em perder gols. Lincoln poderia ser testado ou outro poderia ser contratado. Não necessariamente um Romário. Este parou de jogar após a Copa de 1994. Vindo a passeio pelos diversos clubes que jogou e que ainda pagam salários pendentes. No rubro-negro não ganhou nenhum título expressivo. Chegando a perder o centenário em 1995, com um jogador a mais. Em resumo: Uma tremenda enganação tal qual Ronaldinho Gaúcho.
Um abraço.
SRN
Daqui pra frente, tudo vai ser diferente…
Parafraseando Roberto Carlos (não vou me meter no assunto Mitologia porque o Arthur tá muito afiado), para que as coisas mudem elas têm que mudar.
Parece tão óbvio, mas é disso que o Flamengo precisa para voltar a exalar o odor da confiança (já que o odor do medo é percebido há léguas de distância pelos predadores).
Nós estávamos praticamente classificados antes do jogo contra o Peñarol no Rio de Janeiro. Uma vitória simples e faríamos 9 pontos com a quase certeza de que faríamos 12 pontos no jogo seguinte contra o fraco San Jose. Só que os “fantasmas” da Libertadores apareceram novamente e colocaram em dúvida a capacidade de nosso time.
E, SEM CONFIANÇA, NÃO SE FAZ NADA DIREITO!!
Para o time ter confiança, é preciso que os resultados sejam diferentes. É preciso que as coisas, mesmo em situações que pareçam idênticas, tenham resultados diferentes para mudar a percepção de todos (jogadores, comissão técnica, diretoria, imprensa e, principalmente, torcedores).
O clima de “já era”, “já perdeu”, “vamos passar vergonha de novo” era perceptível. Sempre que algo não funcionava, o pensamento derrotista e de desespero se instalava nas mentes dos torcedores.
O time perde 9 chances claras de gol -> a torcida já pensa no pior.
Pará nem falta faz, mas é expulso com 18 minutos do 2º tempo -> a torcida já tem um culpado pra eliminação.
O jogo da LDU, que estava empatado, de repente começa a ter um gol atrás do outro -> fudeu!!
Mas, ao contrário do pessimismo exacerbado geral, o time praticamente não sofreu. Nem levou gol no último minuto de jogo.
Portanto, as coisas já estão começando a ser diferentes.
E, na próxima semana (sorteio dos confrontos), veremos como as coisas ficarão. Já que o Flamengo, ultimamente, só tem tido “pedreiras” nos confrontos de Libertadores e Copa do Brasil. Quem sabe isso também muda.
No ano passado, o Palmeiras jogou com o Cerro Porteño nas 8as. de final. A diferença dos times era tão grande que eles ganharam o primeiro jogo fora de casa por 2×0. E levaram uma vantagem praticamente definitiva para casa. Vantagem que era tão grande que, mesmo com Felipe Mello expulso com 5 minutos de jogo, não sofreram risco de eliminação em nenhum momento do jogo.
E, para completar, o chaveamento ainda previu o confronto contra o vencedor do fraquíssimo Corinthians de 2018 e Colo Colo. Ambos times muito fracos e que não impunham praticamente nenhum risco pra eles. Resultado?? Chegaram às semifinais da Libertadores praticamente sem esforço por terem sido beneficiados no sorteio.
E, se é assim, também quero um caminho tranquilo até às semifinais. Afinal, se é pras coisas serem diferentes, que tal começar com um sorteio favorável e um chaveamento também favorável?? Porque, ultimamente, nós não estamos com muita sorte na hora de escolher as “bolinhas”. Basta ver que, na Copa do Brasil, pegamos o Corinthians quando poderíamos ter pegado Sampaio Correia, Paysandu ou Fortaleza.
Dizem que quem quer ser campeão não escolhe adversários. Mas, se for para escolher entre jogar contra o River Plate ou o Emelec, a minha resposta já está na ponta da língua. Afinal, o que o rubro-negro precisa é de resultados para ganhar confiança. E pouco importa contra quem nós jogamos. O que importa é ser campeão no final da competição.
Afinal, ano passado, derrotamos o poderoso Grêmio na Copa do Brasil. Mas, tempos depois, perdemos a semifinal para o Corinthians. E o que fica na mente de todos é que o time foi eliminado.
Se tivesse pegado Chapecoense nas semifinais e ganhado nos pênaltis (como fez o Cruzeiro em 2017) depois de fazer dois jogos bisonhos, ninguém se importaria. Mano Meneses, por exemplo, teria sido demitido ali caso perdesse o título. E é assim que o futebol brasileiro ainda funciona.
Portanto, eu quero que as coisas mudem. E se puderem mudar em todos os aspectos (inclusive nos sorteios), eu não vou reclamar de jeito nenhum.
SRN a todos!!!
“a léguas de distância”. Não sei de onde apareceu esse “há”.
O primeiro Juvenal que conheci foi um baita mulato gaúcho que veio, em torno de 1949, para a zaga do Flamengo e foi também o zagueiro da nossa seleção na Copa de 1950.
O terceiro, numa fase turfística que vivi, foi o ^Lá vem o Juvenal^.
O quarto e último aquele do comercial da TV, ^nem a pau, Juvenal^.
No meio do caminho, o segundo a me atormentar, esse aí que o genial Arthur tornou o personagem do dia.
Sempre DETESTEI exercícios físicos, mas sabia que eram necessários.
Em qualquer Academia de ginástica, lá estava o famoso Mens sana in corpore sano (Juvenal)
Fui pesquisar quem seria o diabólico ser que me mandava, a contragosto, fazer exercícios físicos (jogar bola era um prazer) e deparei-me com o versinho transcrito pelo Grão Mestre.
Pegou-me em cheio.
Já tinha os meus medos, o da morte acima de todos, e detestei a mensagem.
Começaram os meus anos de peregrinação pela Terapia, que persistiram muito, como bem sabe essa figura notável que é o nosso companheiro de rubronegrismo, o Rasiko.
Não há jeito.
No meu caso, prevaleceu a longevidade, como até seria óbvio, pois a mente, à exceção de alguns momentos passageiros, não chegou a ter a tranquilidade necessária para aceitar o sacrifício do corpo.
Insanas SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – quanto ao artigo. Perfeito. Em todos os sentidos.
O texto ficou ótimo como sempre e consigo ver essa falta de coragem e fibra que se foi desde o modesto time de 2013. Desde então passamos a contratar jogadores cada vez mais caros que impõe condições surreais ao Flamengo para jogarem aqui e não demonstram nem mesmo um respeito pelo que recebem. Quanto aos treinadores a grande maioria é como o Abel e quando perdemos para treinadores com as táticas dele reclamamos que o nosso é inexperiente ou que não conhece o Futebol brasileiro. Resumindo futebol não tem receita pronta e estamos há tempo demais tentando acertar esse ponto. Já trocamos tudo algumas vezes mas quem tá nos bastidores deveria se interessar em resolver estes problemas como a torcida. Pra mim 2019 é um retrocesso físico muito maior do que tático e técnico. Sem corpo são não tem mente que funcione!
SRN!
Sinceramente e com todo o respeito, eu trocaria as bolas – sem mente sã não há corpo que funcione.
Esse é o espírito, tem corneta até pro infeliz que morreu há mais de 2000 anos.
Não é só o tempo que separa o time atual daquele de 1981.
A maioria dos jogadores daquela época era formada na base .
Agora apenas o Leo e eventualmente o Cesão atuam como titulares. Se ao menos tivessem permanecido Vinícius, Paquetá, Jorge…
Craque o Flamengo faz em casa!
No momento, sem tempo, uma só palavra –
E X T R A O R D I N Á R I O ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! ! !
Extraordinárias SRN
FLAMENGO SEMPRE
É Artur, tenho q concordar com vc, o nosso Flamengo gela na libertadores, e isso só vai acabar quando voltarmos a ganhar outra, e pra ganharmos outra basta o restante do elenco seguir os passos do Cuellar, hj de longe nosso melhor jogador, mas como um bom flamenguista já estou olhando passagem pro Chile, SRN.
Fla jogou bem.
Texto foda.
Gabiperdegol e Vitinho não são profissionais.
SRN.