Já dizia o filósofo e ex-goleiro Albert Camus: “Futebol é inteligência em movimento.” Outra definição possível: “Futebol é um esporte que motiva paixões e ótimos livros, que nunca temos tempo de ler por culpa do futebol.”
Pensei nessa durante a Copa do Mundo da Rússia (um dia eu conto mais), quando tentei mas não consegui tempo para ler o “Escola brasileira de futebol”, livraço-aço-aço do PVC publicado em maio deste ano, pela editora Objetiva.
Trata-se do nono livro de Paulo Vinícius Coelho (para os íntimos), e é o melhor deles por diversos motivos, mas adianto o mais importante: só dá Flamengo.
Acostumado a ir atrás da informação como quem vai num prato de comida, PVC remonta em linguagem ágil e saborosa, rei da resenha que é, a história e as histórias do estilo brasileiro de jogar e encantar o mundo. E, como se precisasse provar que sabe do que diz, menciona o Flamengo em 42 páginas, do início até a 270, numa aula de futebol para todos menos alguns.
Tratar de táticas de futebol é para poucos. No Brasil, lembro de Pedro Zamora, João Saldanha e Ricardo Drubscky, que lançaram obras pioneiras, nenhuma das três muito lidas. PVC chega para abalar com um livro para treinadores e torcedores, no qual não faltam lembranças como a do jogo onde um torcedor brigão mordeu um cachorro da PM, sutis comentários que não nos deixam esquecer da tremenda desorganização do nosso futebol.
Mas PVC é antes de tudo um forte, e resiste bravamente às estatísticas insanas que lhe deram fama na TV – bem, pelo menos até a página 239, quase no fim, quando o jornalista palmeirense não resiste e cita que o São Paulo de Telê Santana acertava “mais de 17 passes por minuto”, “com aproveitamento de 85%”. Não seria um livro do PVC sem ao menos uma dessa.
Para o leitor que fecha com o certo, chama especial atenção como o Flamengo participou ativamente de algumas revoluções táticas do nosso esporte. Exemplo: nos tempos de Friedenreich, os times brasileiros jogavam num 2-3-5 franco e amalucado. Isso até 1937, quando o técnico Dori Kürschner foi trazido da Hungria para a Gávea por José Bastos Padilha, o avô do cineasta, para lançar em solo brasileiro o WM, esquema moderníssimo para a época.
De Kürschner para cá, PVC destaca uma série de treinadores que foram contribuindo para a beleza do jogo ou para esquemas vitoriosos, quase todos com passagens pelo rubro-negro carioca, casos de Flávio Costa, Fleitas Solich, Zagallo, Telê Santana, Vanderlei Luxemburgo, Carpegiani e Cláudio Coutinho –
este para PVC, um dos grandes, se não o maior. (Perguntado sobre quem foi o maior treinador brasileiro de todos, o autor respondeu, ao “Correio Braziliense”: “A gente perdeu uma figura, que foi técnico da seleção brasileira antes do tempo, e que se não tivesse morrido tão cedo, teria sido o maior técnico do Brasil – porque conseguia juntar o acadêmico e o empírico, a mistura das coisas, que era o Cláudio Coutinho.”
Nesses tempos em que, como lembrou o jornalista Carlos Eduardo Mansur de “O Globo”, o Maurício Barbieri em uma semana “passou de grande promessa nacional a um jovem despreparado”, vale recordarmos a lição de Coutinho (1939–1981). Gaúcho de Dom Pedrito, o ex-preparador treinou o Flamengo quase ininterruptamente de 1976 a 1980, com algumas paradas pontuais para assumir a seleção. Em quatro anos, ajudou a montar as bases para o maior time da história rubro-negra. Muito do que nos encanta hoje, nos gramados nacionais e internacionais, veio de Coutinho, como assinala PVC quando cita, na página 162, “a pressão ousada no campo de ataque, introduzida por Cláudio Coutinho no Flamengo campeão mundial”.
Quatro anos para um treinador trabalhar seus conceitos e filosofias! Ah, quem dera.
Ao analisar o fim dos anos 1980, PVC rende merecidas e creio que até então inéditas homenagens ao treinador Carlinhos Violino, por coincidência ou não um técnico com identificação e tempo, muito tempo, de Gávea. Para PVC, Carlinhos foi outro revolucionário com o Flamengo tetracampeão de 1987, time que fez do Renato Portaluppi ponta-direita um atacante que cortava para o meio, recuava para o centro e infernizava as defesas. O esquema consagrado por Carlinhos sem centroavantes fixos e com um losango no meio-campo (Andrade, Aílton, Zinho e Zico, snif), com Bebeto e Renato (snif, snif) se movimentando no ataque, ganharia o Brasil aos poucos – e influenciaria decisivamente o Brasil de Parreira na Copa de 1994.
Numa das melhores passagens, o insano PVC mergulha a fundo na criação do carrossel holandês, e recorda como o país entrou numa crise braba sem títulos e idas à Copa, até a formação de um dos times mais fascinantes que eu vi jogar, a Holanda campeã europeia de 1988. “Logo após o último fracasso, a Federação Holandesa convocou todos os treinadores para um debate sobre as razões da crise”, descreve PVC, recordando o colóquio com o lendário Rinus Michels, então diretor técnico, com o técnico da seleção, Leo Beenhakker, e Johan Cruyff, técnico do Ajax à época. “Jamais houve uma iniciativa parecida na história do futebol brasileiro”, arremata PVC.
O leitor bobo, como eu, fecha esse capítulo 18 e fica pensando: rapaz, imagina um clube que fosse capaz de reunir, uma vez por semestre que fosse, um comitê de notáveis apaixonados por suas cores, como Zico, Leonardo, Fábio Luciano, Andrade, Carpegiani, Petkovic, Júnior, Vanderlei Luxemburgo, Evaristo de Macedo e Júlio Cesar, para conversar com o atual treinador sobre ideias e filosofia de jogo para o semestre seguinte?
No fim, o livro de PVC ensina que futebol pode ser aquela caixinha de sempre, mas continua a ser “inteligência em movimento”, como percebeu Camus. Um esporte apaixonante em que o intercâmbio de ideias, planejamento, paciência com o treinador, “jogadores com fome” de mostrar serviço e dois ou três craques entrosados são uma receita e tanto para formar times campeões. Um dia a gente chega lá.
O Flamengo não pode perder jamais, no torneio mais reles que se possa imaginar, para esses times ( a colocação é aleatória):1. Paraná, 2.Ceará, 3. Atlético PR, 4.Vitória, 5.Sport,6.Chapecoense, 7.Bahia,8. América MG; tem obrigação de ganhar:9.Vasco, 10.Fluminense, 11.Botafogo. Façam as contas. Nada mais a declarar, como diria uma triste figura dos anos de chumbo, Aramando Falcão.
Uma pergunta acanhada:
Alguem sabe se isso nao é RECORDE MUNDIAL de um time (dito) grande nao ganhar partida de campeonato desde 1976 no campo de um adversario (dito) pequeno?
srn
Depois da horrorosa vitória (alé do mais injussta, pois caberia melhor o empate, mas justiça e futebol não se casam) da quarta-feira, escrevi, em gurpos rubro-negros que pertençam exatamente neste sentido.
Dois dias, o Fernando Calazans, exceção da crônica esportiva, escreveu excelente artigo sob o título ^A triste noite do futebol^.
Voltei no grupo e deitei e rolei, até dizendo que o cronista havia me copiado.
Apanhei mais, sob aquela terrível alegação de que quem quer ver show – já que vitória e classificação seriam suficientes – que vá ao teatro ou que assista os jogos do Manchester City (aqui, com minha total concordância).
Afirmei – se voltarem a jogar assim, tomam de dois do Genérico, já que é mesmo nossa sina perder na República de Curitiba.
Fui modesto. Errei apenas por um gol. Foram três, além do baile.
A verdade é uma só.
Não me peçam para explicar, mas, depois da Copa, tirando o jogo contra o fraquíssimo time do Ixpó e aquela brilhate e mais do que surpreendente partida contra o Grêmio, lá em Porto Alegre, pela Copa do Brasil, TODOS, RIGOROSAMENTE TODOS os jogos que disputamos foram péssimos, deprimentemente péssimos.
Tivemos muita sorte, até por que tínhamos uma vantagem apreciável na liderança, e terminamos o turno ainda no terceiro lugar, embora já a quatro pontos do líder.
Não culpo o técnico, que é jovem e estudioso, no dizer do Grão Mestre.
Culpo, em boa parte, o ilustre candidato Banana de Melo, que contrata jogadores HORROROISOS como estes dois últimos colombianos, especialmente o centroavante de merda que estava enganando no México e, ao que me parece, EXIGE (ou seriam os empresários de cada um deles) que sejam escalados.
Não tenho condições suficientes de avaliar o futebol do Lincoln, mas penso que pior do que o Henrique Dourado e do que o Uribe ele NÃO É, a menos que também seja um morto vivo, apenas muito jovem.
É uma vergonha a esclação constante e inútil destes dois ^reforços^ que só o Banana contrataria.
Além do mais, NENHUMA providência em relação aos laterais, obrigando-nos, duas vezes por semana, a aturar o futebol PÍFIO do Rodinei (o pior de todos) e do Renê. INACREDITÁVEL.
Everton Ribeiro é um fenômeno a parte, pois tem capacidade de jogar brilhantemete certas partidas e ridiculamente outras, como a de hoje.
A apatia do time no início da partida, a ponto de sofrer, em pouquíssimos minutos – do nono ao vigésimo – TRÊS gols áe também de todo inaceitável.
O Banana já sei o que irá dizer – a culpa é da CBF, é da arbitragem, algo no gênero, como é do seu feitio.
Jamais assumi a responsabilidade pela sua INCOMPETÊNCIA.
Arrasadas SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – e o Juca Kfouri, hein. Que bolinha de cristal ele tem. Há algumas semanas, para raiva de muitos rubro-negros que não perceberam que era uma brincadeira que acabou dando certo, categoricamente previu – o São Paulo vai terminar o turno com QUATRO pontos de vantagem sobre o Flamengo. Não deu outra …
Um lance da partida resumiu o desempenho em campo. Vejamos: Disputa de bola junto à bandeira de escanteio na lateral direita da defesa rubro-negra. Nosso jovem e selecionável meio-campo, cercado de adversários, objetiva a posse da mesma em uma troca de propriedade que dura impacientes minutos. Placar continua em 3 x 0 para os mandantes, que se dispõem a inteligentemente participar desse confronto para apenas deixar o tempo passar. Ao contrário, o jovem continua em sua insensata e angustiante batalha na intenção de demonstrar mais talento. E o tempo passa, passa, passa…e nada acontece. Nem poderia. Em um espaço inútil de campo.
Tal qual a jogada, o elenco demonstrou mais uma vez total ausência de objetividade. Uma superioridade de posse de bola de total inutilidade.
Como é sabido, os times do sul quando jogam em seus domínios impõe o uso da força e da extrema obediência tática. O Atlético Paranaense não foge a regra. Sempre jogou dessa maneira. Na base do abafa, na pressão. Não dispõem de talentos individuais, fazem da raça e da torcida seus maiores trunfos. Objetivam a falha adversária para numa sobra de bola conseguir o intento. Para jogar contra essa espécie de time todo cuidado defensivo é pouco. Um observador não é jogador para este tipo de duelo.
O que mais impressiona é que o time não se adequa ao adversário. Não se observa estudo ou esquema tático para neutralizar os mesmos pontos positivos do adversário. Sempre os mesmos. Pressão, pressão, pressão…
Não vou citar negativamente nenhum jogador, pois, já são demais conhecidos. Como demasiadamente conhecidas são as oscilações de desempenho. Vida que segue.
S R N
Corretíssima observação do ridículo e pretencioso lance do Paquetá na bandeirinha de corner.
Tamu juntos
Bem, mesmo não sendo um super-herói da Marvel na vida real sou um defensor ideológica e filosoficamente dos fracos e dos oprimidos, mas em se tratando de futebol tenho horror a time pequeno, principalmente quando jogam com o Flamengo; se jogam com outros, os chamados grandes eu quero que ambos se expludam. E para o meu desengano total o que era bom se acabou como disse o Chico, a porra do Flamengo perdeu mais uma e…pra time pequeno. Não sei o que é que eu faço mais, se paro de escrever aqui para gaúdio de todos e felicidade geral da nação que bondosamente me aturam ou se escrevo mandando o time, teinador, presidente, roupeiro, e tudo o mais que vá pro inferno e acumulando se possível pra puta que os pariu. Não dá mais. Nesta saga de Fio Maravilha que o Flamengo segue, para meu desespero, deu o pior Fio possível, aquele que saía do Maracanã quase caçado a pauladas como a ratazana prenha do Nelson Rodrigues. E, pasmem, ainda teve um dos jogadores que disse que o Flamengo entrou em campo com sono. Digo eu: esse sono é eterno, aliás um tremendo romance policial do Raymond Chandler, não só para quem gosta do gênero, mas de grandes romances da literatura, aí vai a dica. Eu sei que não tem nada a ver com futebol, aliás, como o time do Flamengo que jogou hoje, também não teve nada a ver com futebol. E quer saber de uma coisa, eu não aguento mais choramingar, choramingas em domingos é obviedade das mais óbvias, portanto, meu doce armário me espera, e espero que o time do Flamengo, seu técnico, o Beribéri, o massagista, o diretor, os que contratam essas merdas que todos vão se ralar nas ostras. E tenho dito.
Arrreeeeeeeego…..Não é possivel o que acontece com esse time….Outro dia foi para um time reserva a derrota….Agora pra um timinho que ta na zona de rebaixamento….Eu realmente gostaria de entender o que se passa com o Flamengo…Que raio de tabu e esse que se jogar no Sul do BR. o resultado ja e o de sempre: derrota!!!!! Ahhh quer saber, não quero entender mais é coisa nenhuma…Deixa pra lá….Ninguem la na Gávea se importa mesmo, se ganha ou perde ta tudo na boa….Pra que me estressar?!?!? Vida que segue e vamos ver no que vai dar….Afinal, isso aqui é Flamengo. Inté….!!!!
Bem, até surgir um lugar aqui no blog vou aqui mesmo.
Somos fregueses como um time minusculo, no sul. 25 anos em Porto Alegre e aqui, impressionante dado: Desde 1974 nao vencemos. Parece mentira. Mas se confirma ano apos ano.
Uma VERGONHA imensa!
Vergonhoso é tb nosso futebol.
O futebol bom que surgiu DE REPENTE com a entrada do Barba, sumiu tao DE REPENTE tb.
Ninguem sabe pq começamos a jogar bem, da noite para o dia, e ninguem sabe pq nao acertamos mais nenhuma partida depois da copa.
O Gremio veio com os reservas e fez um show tatico.
O Cruzeiro fez outro show tatico, dias depois.
Desse jogo nao posso falar, pq pela primeira vez na minha vida, desliguei o aparelho com o CRF jogando, depois do 2×0 nao queria mais me irritar e preferi tentar curtir o restante do domingo. O que nao funcionou, jah que de rabo de olho vi que era 3×0 – e sem ter ido ao banheiro (insinando o desastre do 7×1).
Depois de qq coisa todo mundo é sabio e profeta. Eu acho que o Barba deveria ter escalado os reservas hoje. Nao para poupar os outros e sim para ver se temos jogadores no banco que deveriam entrar como titular.
E nao falo das laterais.
Porque o time como um todo nao funciona mais. A tatica nao pode ser boa se os jogadores nao sabem – de repente – exerce-la.
E quem acha que mesmo sem tatica boa e perfeita pode dar certo – como um senhor aqui do blog – deve ficar de boca aberta, qd ve times como o dos reservas do Gremio e o do Cruzeiro que passam na nossa cara o quanto ainda falta para ser grande.
Rapidez e passes certeiros sao a base do futebol moderno. Estavamos a caminho disso, melhorando.
Repito, DE REPENTE nao dah mais. Voltamos aquele futebolzinho inutil e imbecil de tempos antigos, lento, impressiso e sem a vontade de ganhar forçando a barra.
Tivemos 3 jogos que definiram o nosso estado atual.
Gremio reservas
Cruzeiro libertadores
Gremio Copa
Nos 3 fomos imensamente inferiores, em tudo.
E nao é por esses times terem mais jogadores de classe e sim por serem TATICAMENTE muito superiores pela simples razao de serem mais disciplinados e com mais vontade de ganhar.
Nao ter a bola contra o Gremio em pleno Maraca e levar um show contra os reservas deles em Porto Alegre e nao ter o que fazer contra o Cruzeiro – DEVERIA ter despertado o ultimo do CRF e de seus torcedores.
Estamos ruins, ainda nao pessimos.
Ou chegamos no fundo do poço e temos que levantar, ou nao chegamos ainda.
Estamos – em nivel de performance – em queda livre.
O que mais me incomoda é de nao saber por que!
Espero, e muito, que o Barba saiba. E que mude, imediatamente, algo.
Acho que estah na hora de puxar a corrente e despejar para o infinito essa merda toda.
Ninguem aguenta mais esse cheiro!
SRN
Uma pista para o pifio desempenho do time existe: O meio-campo.
Esse era muito ruim antes do Barba, melhorou muito com sua chegada e agora voltou aos velhos tempos.
Nao somente nao criam, mas tb nao marcam e erram definitivamente muito mais do que acertam.
Vemos em todos os ultimos jogos, jogadores dos adversarios completamente livres na area e perto dela. Abissais erros de marcacao – e falta de vontade de fazer os ultimos passos.
Vemos erros de passes imediatamente apos ter ganho a bola, entregando assim o jogo e nao deixando o time respirar e se organizar.
Somente esses 2 fatos jah fazem com que o time esteja sempre embaixo de pressao, perca a vontade de correr, cada um empurra a responsabilidade para um outro, a criatividade acaba.
Acho entao que é no meio que existe O problema.
E nao é cansaço. Depois da copa jah começaram jogando assim. Talvez alguns se acham e nao querem mais correr?
Mas porque tantos erros de passes, porque tantas divididas perdidas, tanta lentidao no contra-ataque?
SRN
Assistindo a um programa televisivo de esporte, vim saber que Pedro – atacante convocado para a Seleção Brasileira – passou 05 anos nas categorias de base do rubro-negro, na qual foi dispensado por não ter altura suficiente para a posição.
Diante de tanta disparidade e saindo do tema abordado pelo lustre redator, fico a indagar quais os critérios para a contratação e dispensa de jogadores. E, principalmente, quem são os “Estudiosos ” responsáveis por contratações de atacantes que estão a abarrotar o banco de reservas e a atravancar a subida dos garotos da base.
Marlos Moreno, Uribe, Henrique Dourado, Geuvanio, Guerrero, Alecssandro…Lembrei no colega Xisto.
SRN
Porque a conversa sobre o futebol ATUAL , pé no chao, do Flamengo nao tem mais espaço e ninguem mais escreve?
Estamos numa fase super importante, dificil e o blog estah calado.
Muito esquisito, isso.
Nao?
SRN
… e primeira maior revolução tática do futebol nasceu na Gávea.
Até o início dos anos 50, todos os time jogavam no sistema WM, com raras variações.
Foi quando, em 1953, “Dom” Fleitas Solich recuou o Zagalo para ajudar na armação do meio de campo, nascendo assim o 4-3-3, utilizado até hoje por muitos treinadores, pois foi naquele novíssimo 4-3-3 que o Flamengo conquistou o seu segundo tricampeonato carioca: 1953,1954 e 1955.
SRN!
Muito bom!
Um pequeno detalhe interessante, que nenhum dos que jogaram sob o comando do Coutinho conseguiram colocar em prática ,como técnicos, o que aprenderam com ele…
Parabéns pelo excelente texto!
SRN
Vou aproveitar a deixa do Xisto em seu segundo comentário.
Esta taça anualmente disputada pelo Barcelona é um verdadeiro festival. Tenho uma vaga lembrança que já deu de OITO no Santos
No último fim de semana começou a Premier League e foi um show de bola, proporcionado basicamente pelo Liverpool e pelo Manchester City.
Tenho um pena desgraçada do Guardiola. Coitado, como deve ser difícil escolher os ONZE que vão começar e mais os SETE do banco.
Domingo, no clássico, em Londres, contra outro grande, o Arsenal, o City jogou entrou em campo desta forma –
Ederson (reserva da Seleção do Brasil), Walker (titular da Inglaterra), Stones (titular da Inglaterra), Laporte (francês, que não é da Seleção campeã mundial, mas sim da seleção dos jogadores mais caros do mundo, como titular) e Mendy (reserva da França) – Fernandinho (reserva do Brasil), Gundogan (titular/reserva da Alemanha), Bernardo Silva (titular de Portugal) e Mahrez (titular da Argélia, que não foi à Copa, a única contratação para 2018/2019) – Sterlng (titular da Inglaterra) e Aguero (titular da Argentina).
No banco – Bravo (titular do Chile, que não foi à Copa), Otamendi (titular da Argentina), Kompany (titular da Bélgica). de Bruyne (titular da Bélgica, que, ontem, sofreu uma contusão, aparentemente séria), Sane (estupidamente cortado, a última hora, da seleção da Alemanha) Gabriel Jesus (titular do Brasil) e Foden (menino prodígio da Inglaterra, campeão mundial, ano passado, do sub-17, tendo sido escolhido o melhor jogador do torneio).
Acham que é pouco, Indago.
Pois é mesmo.
De volta da Copa, ainda não estão em forma o armador David Silva, da Espanha, e o polivalente Delph, da Inglaterra.
Escolher apenas ONZE deve ser um problema aterrorizante para o gênio espanhol.
Daí, eu pergunto – quando, como, em que lugar, o nosso Flamengo, o Grêmio, o São Paulo, o Boca Juniors, o River Plate, o Atlético Nacional, por mais que tenham contratado rebutalhos de ouro do futebol europeu, como o Vitinho, mas tendo perdido extraordinárias promessas, como o Vinicius Junior, vai conseguir sequer EMPATAR com um time deste (int)
Estarrecidas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Não vê a dura realidade quem não quer. O melhor time do nosso continente, para termos um parâmetro, o vencedor da Libertadores, por exemplo, se for encarar qualquer time europeu provavelmente perde, se for encarar um dos grandes, certamente perde. Haja vista o passeio, mais um, que o Barcelona deu no Boca Junior. E ainda vem o Renato inventar moda que o Maracanã se curvou ao time dele, este cara tem uma visão totalmente turva quando fala do gaymio, quando levaram aquele vareio do Real Madrid e só perderam por um a zero por pura sorte, não chutaram uma bola no gol adversário, aliás, nem passaram do meio de campo, esse fanfarrão disse que “perdemos por uma bola parada que desviou na barreira”.Por tudo isso me contento com o Flamengo ir ganhando as partidas que aparecerem, mesmo sendo dominado, esqueçam o tal DNA rubro -negro, a famigerada posse de bola que já morreu, quem manda aqui sou eu, e vai ganhando por mísero um a zero que seja , mas ganhe. E não trpopece em times pequenos.
Realmente os nomes citados formam um respeitável time de treinadores, pra mim está faltando Gentil Cardoso, ele e Solich simplificaram bastante o que hoje chamam de “esquema de jogo”, sem frescuras e fosforilações desnecessárias. Acho que na lista não figura os que atrasaram o futebol brasileiro como os irmãos Moreiras (Zezé e Aymoré) e outros que ainda pululam por aí, ainda bem, merecem o silêncio. Agora há que se tomar cuidado com os modismos, como o que está em vigência, o tal “time copeiro”, copeiro é o cacete, time bom tem é que jogar futebol, ter bons jogadores só isso. Falar nisso vamos ver se o nosso Flamengo engrena dessa vez, e acabe logo com essa história de querer imitar o Fio Maravilha…
Gostei muito da proposta do penúltimo parágrafo. O difícil, no caso, seria separar as medidas de curto, médio e longo prazo para preparar o futebol. Normalmente prevalecem as de curto prazo, com resultados imediatos.
Parabéns pelo texto. SRN
Valeu Sartori!
O romantismo do futebol vai ficar guardado nas memórias do tempo. Nos últimos anos, nada de novo ou de revolucionário foi apresentado. A última Copa do Mundo é o maior exemplo. Jogos decididos na maioria das vezes em bolas paradas, com partidas disputadas com extrema marcação e dedicação tática. A arte do futebol foi relegada a segundo plano em face do objetivo maior: o resultado vitorioso.
Como também muda-se a cada semana a identificação dos personagens em razão do resultado. Conforme salientado por você, o Treinador do Flamengo vinha de dois resultados negativos, em que sua capacidade técnica estava sendo questionada. Ontem, o “Estudioso” – como descreve o apaixonado rubro-negro Arthur Muhlenberg – com extrema eficácia anulou o ataque gremista, como há muito não se via. A defesa, por incrível que pareça, teve uma atuação irretocável. O Estudioso saltou de besta para bestial.
Em face do tempo e da exigência de resultados, a dança das cadeiras não para. Os outros times do Rio são os maiores exemplos. Mas em matéria de Flamengo, além dos resultados imediatos, existem outros fatores que fogem a simples análise técnica e tática que é a vontade de vencer. Há altos e baixos desempenhos em uma mesma partida. Não existe uma regularidade. Partidas com alto empenho em contraste com desempenhos pífios. Ontem foi de todo positivo. Esse é o maior desafio para o jovem treinador. A frequência de uma regularidade.
Em relação ao jornalista, eu o comparo ao Fernando Calazans. Muito bom de redação. Perfeito! Mas, oralmente…não tem o mesmo desempenho. Independentemente, vou adquirir a obra.
SRN
Perfeito, Dunlop. Comprei o livro pra ver se enfim consigo entender alguma coisa dos gramados do mundo.
Mas, diga uma coisa: Porque nao da mais pra descarregar aqui o que carregamos no coraçao, depois de um jogo como esse (alias, os 4 ultimos) – e sim somente comentar intelligentemente e cheio de insinuaçoes?
Para alguem que nao sabe fazer isso – como eu, que soh sabe falar e pensar de jeito nao refinado – virou uma academia.
Eu, hein!!!
😉
Grande Henrique, boa leitura. Obrigado pelos elogios, mas quem escreve refinado é o PVC, que leva vários meses e quase 300 páginas para comentar futebol. Nós aqui apenas descarregamos o que sentimos, da maneira que nos parece melhor. Descarreguemos mais, que tá fueda!
Em ótimo momento este artigo.
O futebol pode ser lindo como também algo enfadonho.
O problema está na EMOÇÃO que traz sempre embutida.
Exemplifiquemos.
Flamengo 1 x 0 Grêmio, ontem, à noite.
Tecnicamente, um jogo simplesmente HORROROSO, de PÉSSIMA qualidade.
Eis senão quando, tendo embutida, apenas, é lógico, para os torcedores, como eu, do Flamengo, um forte componente emocional.
Vá entender.
SRN, ao mesmo tempo eufóricas e aporrinhadas.
FLAMENGO SEMPRE
Grande resenha! Parabéns, Dunlop!
Obrigado, Carrilho!
Espetacular!