Campeonato Brasileiro, 22ª rodada.
A torcida do Flamengo anda sonhando alto, com algo que nenhum clube jamais conseguiu: os títulos, no mesmo ano, da Libertadores da América e do Campeonato Brasileiro. (Qualquer pessoa com um pingo de bom senso há de reconhecer que títulos nacionais outorgados por fax são risíveis. A Taça Brasil teve sua importância à época, porém não há como compará-la ao Brasileiro. Em 1962 e 1963, temporadas em que conquistou as duas primeiras de suas três Libertadores, o Santos levantou a Taça Brasil. Número de adversários enfrentados nessa competição, tanto em 62 quanto em 63: dois. Piada.)
Na vigésima segunda rodada do Campeonato Brasileiro, pudemos perceber por que é tão difícil cozinhar essa dobradinha.
Desde a chegada de Jorge Jesus, ficou claro: além de contar com alguns dos melhores talentos individuais do mercado, o Flamengo se transformou num time diferente pela intensidade praticada do primeiro ao último minuto. Só que, contra o São Paulo, da mesma forma que Rafinha, Filipe Luís e Gerson, ela também não começou o jogo. E quando entrou, era tarde. É quase impossível, a qualquer um dos nossos adversários, resistir àquele ímpeto durante noventa minutos. Quando ele se reduz a quinze ou vinte, dá para encarar.
Os dois pontos largados no caminho podem ser vistos como uma espécie de imposto, que o time foi obrigado a pagar para entrar com força máxima na primeira das semifinais da Libertadores. Os quarenta e cinco minutos em que estivemos sem Rafinha e Gerson, e os setenta e cinco sem Filipe Luís – fundamentais na sequência de oito vitórias –, mostrou o quão temerário é, ao menos em partidas grandes, sacar os três ao mesmo tempo. Rodinei, Renê e Piris da Motta estão muitos, muitos furos abaixo.
Para piorar, tivemos Bruno Henrique fora de sintonia, Gabriel pouco produtivo e Everton Ribeiro desinspirado. Dos quatro ases ofensivos, houve alguns momentos de lucidez de Arrascaeta, e só. Todos pareciam jogar contra o São Paulo, no sábado, mirando o Grêmio da próxima quarta-feira. Até Jorge Jesus, sempre exigente e histriônico ao extremo, manteve-se mais sereno, como se compreendesse perfeitamente o que acontecia. É o imposto.
Períodos de instabilidade são comuns no Brasileiro, e não me lembro de nenhum campeão que não os tenha enfrentado. No entanto, convém não desconsiderar a incômoda presença do Palmeiras a nos morder o calcanhar. E se não existe gordura, tem que ter fome. Além do mais, nesse momento, Palmeiras e Grêmio têm, em relação ao Flamengo, a enorme vantagem de disputar apenas uma das duas competições.
Essa é a questão posta à mesa: se o Brasileiro é o padre, a Libertadores é a missa; se o Palmeiras é o padre, o Grêmio é a missa. Nossos olhares têm de se dividir igualmente entre os dois e não podemos perder nada.
Possível, é. Fácil, jamais será.
Lances principais.
1º tempo:
Aos 2 minutos, Reinaldo, Tche Tchê e Hernanes fizeram boa jogada pela esquerda, envolvendo Rodinei, Bruno Henrique e Piris da Motta. Reinaldo cruzou no meio da área, entre Rodrigo Caio e Pablo Marí. O centroavante são-paulino Pablo se atirou na bola, completando à direita do gol de Diego Alves.
Aos 5, Willian Arão recebeu de Renê no meio-campo, avançou e lançou Gabriel na meia-esquerda. Juanfran cedeu escanteio. Na cobrança ensaiada, Everton Ribeiro se desgarrou da marcação, recebeu de Arrascaeta e rolou para a conclusão de Renê, da risca da área. O chute levou perigo, Tiago Volpi deu um tapinha de segurança por cima do travessão.
Aos 6, na sequência do novo escanteio, Arrascaeta recebeu de Renê e pôs na área. Arboleda cabeceou para trás, Gabriel escorou para a pequena área, Arboleda tocou contra o próprio gol, Tiago Volpi defendeu. Gabriel pegou o rebote e, ante a saída de Volpi, rolou para Arão, que concluiu rasteiro, no canto direito. Bruno Alves salvou, com Tiago Volpi batido.
Aos 16, bonito lançamento de Arrascaeta para Renê, nas costas de Juanfran. Hernanes chegou na cobertura e pôs a escanteio. Arrascaeta cobrou na marca do pênalti, Hernanes não alcançou e, sem precisar subir, Willian Arão cabeceou para baixo, no meio do gol. Volpi defendeu em cima da linha, quase entrando com bola e tudo.
Aos 37, Luan errou o passe no meio-campo, Arão cortou e ligou com Arrascaeta, que fez ótimo lançamento para Gabriel, nas costas de Bruno Alves. Gabriel carregou pela esquerda, invadiu a área e, com certa displicência, buscou Bruno Henrique no meio. Arboleda tirou de carrinho para escanteio.
Aos 46, depois de Juanfran e Antony envolverem Renê, Juanfran tocou no meio para Daniel Alves, que lançou Tchê Tchê dentro da área. Ele demorou para concluir e Rodinei interceptou o chute, colocando a escanteio.
2º tempo:
Aos 7 minutos, o São Paulo se atrapalhou na saída de bola e Antony cedeu lateral. Renê cobrou rápido para Arrascaeta dentro da área, e daí a Bruno Henrique. Ele limpou para o pé direito e concluiu no canto esquerdo. Tiago Volpi saltou e espalmou.
Aos 15, Bruno Henrique recebeu de Willian Arão e fez boa jogada pela esquerda, livrando-se de Luan, de Antony e colocando na área para Arrascaeta. Ele girou à frente de Bruno Alves e rolou a Renê. Hernanes tirou e, na dividida com Pablo, Gerson tocou para o chute rasteiro de Everton Ribeiro. Volpi caiu no canto esquerdo e defendeu firme.
Aos 19, boa troca de passes do Flamengo. Rafinha, Everton Ribeiro, Rafinha, Gerson, Pablo Marí, Rodrigo Caio, Rafinha e Rodrigo Caio, que adiantou a Arrascaeta e daí o toque simples e preciso para Rafinha. Ele invadiu a área e chutou cruzado. Com Bruno Henrique chegando pelo outro lado para completar, Tiago Volpi deu um tapa e salvou. Luan tirou da área.
Aos 20, na sequência da jogada anterior, Gerson dominou na intermediária do São Paulo, tocou a Arrascaeta e partiu para a área. Arrascaeta empurrou a Bruno Henrique, que enfiou bela bola a Gerson. Tiago Volpi saiu e abafou o chute.
Aos 21, Volpi deu um chutão para a frente no tiro de meta e, junto à linha lateral, Pablo tocou de calcanhar. Absoluto na jogada, Pablo Marí errou o tempo de bola, falhou feio, Antony entrou na área e colocou rasteiro. Diego Alves fez ótima defesa, a bola subiu e encobriu o travessão.
Aos 32, embora sem qualquer perigo, um lance curioso: Everton Ribeiro sofreu falta na intermediária do São Paulo e, no comportamento típico de jogador brasileiro, ficou no chão se contorcendo. Filipe Luís, que acabara de substituir Renê, correu pra cima dele e, erguendo-o pelo braço, fez com que se levantasse rapidamente. É outro papo.
Aos 37, falta de Bruno Alves em Filipe Luís, na entrada da área. Arrascaeta levantou, Pablo Marí cabeceou para fora. O bandeirinha Alex dos Santos marcou impedimento, mas a posição de Pablo Marí pareceu boa. Caso a bola entrasse, é bastante possível que a turma do VAR validasse o lance.
Ficha do jogo.
Flamengo 0 x 0 São Paulo.
Maracanã, 28 de setembro.
Flamengo: Diego Alves; Rodinei (Rafinha), Rodrigo Caio, Pablo Marí e Renê (Filipe Luís); Piris da Motta (Gerson), Willian Arão, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Gabriel e Bruno Henrique. Técnico: Jorge Jesus.
São Paulo: Tiago Volpi; Juanfran, Bruno Alves, Arboleda e Reinaldo; Luan, Daniel Alves, Hernanes (Hudson) e Tchê Tchê (Vitor Bueno); Antony (Liziero) e Pablo. Técnico: Fernando Diniz.
Cartões amarelos: Rafinha, Everton Ribeiro e Gabriel; Reinaldo, Hernanes, Liziero e Pablo.
Juiz: Rafael Traci. Bandeirinhas: Henrique Ribeiro e Alex dos Santos.
Renda: R$ 3.541.963,00. Público: 67.051.
Impressionante! Concordo 100% com o artigo do Murtinho,que, oobviamente, considero excepcional.
Vou acrescentar algo meu.
Os primeiros 45 minutos representaram a melhor exibição do futebol brasileiro nos últimos 5 anos, no mínimo.
Um verdadeiro show de bola, atrapalhado pelo VAR, não pela anulação doss gols,que tive como correta, mas pela paralisação excessiva do espetáaculo.
De início, fico por aqui, pois estou em Curitiba, visitando o filho mais velho \(voce conheceu,\ Murtinho\)e não sei manejar direito o computador dele.
SRN~
FLAMENGO SEMPRE
O Renato Gaúcho deve ter ido pra casa sem qualquer dúvida de quem joga o melhor futebol do Brasil. O Flamengo amassou o Grêmio no 1º tempo e não deixou que o adversário jogasse; no 2º tempo houve mais equilíbrio, com o Grêmio ameaçando duas vezes com defesas espetaculares do Diego Alves. A defesa falhou clamorosamente não cobrindo o espaço do Filipe Luís que tinha se machucado no campo de ataque e não houve ninguém pra isolar a bola ou parar a jogada com falta. Além de Marí e Rodrigo Caio terem deixado o minúsculo Pepê entrar sozinho e concluir o passe do Cebolinha, no único lance que levou perigo junto com a finalização que terminou com a defesaça do DAlves. Com exceção desses 2 lances, o jogador mais perigoso do Grêmio foi engolido pelo brilhante esquema do JJ.
O pior jogador do Flamengo foi o Gabriel. O gol do Éverton Ribeiro foi anulado porque ele, Gabriel, fez uma falta estúpida, absurda e inconsequente no zagueiro do Grémio fora da jogada e sem nenhum propósito, já que não estava participando do lance. Quando fez o gol, que também foi anulado, já deveria saber a essas alturas que atacante só se movimenta em direção ao gol adversário no momento em que vê seu companheiro tocar na bola pra fazer a assistência. O impedimento foi confirmado por um joanete a mais, que não importaria se ele tivesse prestado atenção. E mais uma vez proporcionou uma quizumba com o Cortês sem nenhuma necessidade o que poderia ter custado um cartão. Teve também um lance em que recebeu a bola na esquerda, dentro da área, tendo pela frente só o fraquíssimo Galhardo, a quem tirou da jogada com um toque pra direita, e teve um enorme espaço tanto em direção ao Paulo Vitor quanto à sua direita que não aproveitou e foi incapaz de invadir e concluir como quisesse. Reconheço a grande fase dele, mas, por essas e por outras não estou inscrito entre os maiores admiradores do seu futebol. É muito mascarado pro meu gosto e jogador mascarado pensa primeiro em si mesmo e não no time.
Ou seja, poderíamos ter matado o jogo com, sem exagero, uma goleada e coloco na conta dele a não-vitória que poderia ter sido acachapante diante da espetacular exibição de um time comandado por um técnico excepcional.
Que partida do Arão! Que baita jogador é o Gérson!
srn p&a
Prezado Murtinho,
Claro que o sentimento na saída do Maraca foi de frustração. Estamos bem acostumados, e deixar escorrer 2 preciosos pontos em jogo contra quem praticou antijogo, é mesmo frustrante.
Não achei que o Flamengo jogou mal e a escalação e posicionamento inicial do JJ, que já mostrou ao que veio, certamente estava embasada nas observações, nos treinamentos e nas condições físicas dos substituídos. Infelizmente, não deu certo. Nossos reservas estão muito aquém dos titulares.
Como soi acontecer, sua análise é irretocável. Então, limito-me a abordar a conivência dos sopradores de apito com o antijogo.
Foi nítido os jogadores do São Paulo praticarem inúmeras “faltas táticas”, característica dos times do Diniz, principalmente no Gerson e no ER, impedindo a progressão das jogadas do Flamengo. Também fizeram uso indiscriminado da indecente cera, quando da reposição de bola, principalmente o goleiro, fora o cai-cai/entrada da maca. Enfim, picotaram o jogo a torto e a direito. JJ tem razão em reclamar.
O que me chama a atenção é a passividade do “árbitro”, aliás, de todos os “árbitros”.
Houve um lance emblemático, ocorrido já no terço final da partida: o goleiro deles, após longo e tenebroso inverno, coloca a bola na posição para bater o tiro de meta; entretanto, como das outras vezes, simplesmente ignora tudo e vai conversar com seus zagueiros na entrada da grande área. O diferente é que dessa vez o juizeco percebe, vai ao encontro do goleiro, aparentemente fala alguma coisa, vira as costas, volta para o meio campo, o goleiro prossegue na sua imoral cera, e fica tudo por isso mesmo.
Infelizmente, cenas deploráveis como essa repetem-se com frequência. Uma pena.
Assim fica ainda mais difícil voltarmos a ter futebol de qualidade. Não bastam apenas bons times jogando bonito e sendo objetivos. O antijogo tem que ser energicamente coibido, tal como você observou na atitude do FL recolocando ER no jogo.
Acorda Gaciba!
SRN! Pra cima deles, Flamengo!
Fala, Fernando.
Pois é. É tanta coisa que precisa mudar no futebol brasileiro, que a gente não sabe nem por onde começar. E talvez seja por isso que nada mude.
Qualidade dos gramados. Simulações dos jogadores. As constantes quedas dos goleiros, que sempre sentem algum tipo de contusão quando seu time é pressionado. Agora, você tem razão: vários desses absurdos e desses desrespeitos poderiam ser eliminados se tivéssemos arbitragens mais competentes e rigorosas.
Impressionante como o jogador se mostrar à beira da morte virou um vício, algo quase que cultural. O Flamengo queria vencer, estávamos nos quinze minutos finais, o time apertava o São Paulo, e Everton Ribeiro lá, se contorcendo. Será que é preciso o cara ter jogado na Europa para entender que futebol não é isso?
Abração. SRN. Paz & Amor.
Isso só vai acabar quando o tempo de jogo for reduzido para 35 minutos cada tempo, com o relógio parando sempre que a bola não estiver em jogo.
O papo de que isso geraria imprevisibilidade da duração total da partida, prejudicando os encaixes das partidas na programação de TV já foi por água abaixo com as TVs fechadas e o próprio VAR, que para o jogo várias vezes por tempo indefinido.
Uma mudança simples na regra que acabaria com a maldita cera.
Salve, Jorge!
Novamente, obrigado por compartilhar conosco mais um ótimo texto!
Fera, ótima análise, em especial quanto ao fato do nosso Flamengo estar em duas competições. Oscilação de rendimento e falta de peça de reposição/suporte à altura fazem parte de qualquer time campeão.
Bons jogadores são imprescindíveis para um bom elenco. Liderança e atitude como a demonstrada pelo Filipe Luis no lance do Éverton Ribeiro são um indicativo de potencial campeão.
Vamos ver.
Acho que o coração aguenta.
Fala, Marco.
Aguenta, claro que aguenta. Se aguentou nas últimas temporadas, quando os laterais titulares eram os do último sábado (ou Pará na direita, pra piorar), não é hora de fraquejar.
Mais uma vez, obrigado pela moral.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Todo mundo erra, até o JJ. O time no 1º tempo com os 3 perebas foi uma bagunça. Não entendi o Bhenrique na direita quando até as pedras sabem que ele rende mais pela esquerda. Pior, embolando com o Éverton Ribeiro, que é quem deveria estar armando por ali, e o Rodinei, que não cria nada, só fica no vamu qui vamu e é incapaz de levantar a cabeça pra ver o que se passa além da ponta do seu nariz. Como o JJ disse que não ia poupar ninguém, imagino que deva ter recebido um alerta do departamento médico pra segurar a onda, mas precisava o BH na direita? Precisava o Gabriel voltar no meio de campo pra buscar a bola? Precisava o Renê tentar imitar o Filipe Luís sem ter a menor condição? Me senti nos tempos do Abel e me deu calafrios. No 2º tempo, com a entrada do Rafinha e do Gérson, melhorou, mas nem tanto; ainda precisou de alguns bons minutos pra se ajustar à nova realidade e o São Paulo, que veio pra bater, picotar e não perder ou perder de pouco, ainda assim encontrou espaços pro contrataque e um deles quase foi fatal – Ave Diego Alves!
O que ficou evidente é que o Flamengo tem um grande time titular, mas não um grande elenco. As peças de reposição mais frequentes (Rodinei, Renê, Piris, Vitinho e Berrío) estão numa prateleira muito inferior. Desses aí o único que tenho esperança de um recovering é o Vitinho.Vamos sofrer com a ausência do Gabriel e do Arrascaeta nas seleções; talvez nem tanto com a entrada do Tuller, mas prevejo alguns tons de cinza nas próximas rodadas. Só não entendo porque o JJ não colocou o João que veio do Bangu, que num só jogo mostrou muito mais qualidade que o Rodinei (o que não quer dizer nada), e o Vinição, que o próprio treinador deixou claro seu entusiasmo com as qualidades do garoto; além do Hugo Moura, que a mim encantou.
srn p&a
Fala, Rasiko.
O ataque do Flamengo se movimenta bastante, mas você tem razão: quando Jorge Jesus coloca Bruno Henrique mais focado no lado direito, o rendimento cai. Por isso a intensidade é fundamental, porém no sábado os caras pisaram no freio.
Quanto ao Vinicius Souza e o Hugo Moura, respondi lá no comentário do Ricardo. Perdemos o timing, lançá-los agora me parece arriscado. Isso deveria ser feito há muito tempo, sobretudo com Hugo Moura, que sempre entrou fazendo bons jogos.
Também tenho esperança, embora para o ano que vem, na recuperação do Vitinho. E, ainda que bem abaixo dos demais, Berrío pode ser útil dependendo das características do jogo. A questão é que o sarrafo subiu. E no ano que vem será preciso quebrar a cabeça para diminuir os prejuízos causados pela necessidade de poupar aqui ou ali, porque a tendência é a de que o Flamengo passe a disputar todos títulos do calendário até o fim.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Embromando
Murtinho, só acho que houve incoerência na coerente possibilidade de poupar jogadores. Se já tinha montado a equipe para a disputa, o retorno dos antes preteridos, não sustentou a aludida pretensão.
O desacerto comprovou quão errada foi a montagem da equipe. Como mero torcedor, por consequência, crente em retrospectos, tabus e cositas mais, acredito que faltou um tanto de conhecimento sobre o jogo. O retrospecto mostrava o quão difícil é ganhar dos tricolores. Fazendo uma breve recordação, duvido alguém lembrar da última Vitória rubro-negra no Maracanã . Sem consultar, acho que foi de 2 x 1, quando o mala do Guerrero e Rogério Ceni jogaram.
Além dessa dificuldade, o atual treinador é Fernando Diniz. Contumaz dificultador em jogos contra nós. Com o fraquinho Fluminense já impunha enormes dificuldades e triunfos. O quê imaginar com o elenco tricolor paulista, muito mais encorpado?
Acho que faltou conhecimento do adversário. Como disse após o jogo com o Santos, eles estão estudando a forma de jogar do rubro-negro. Tiveram um tempo inteiro de vida facilitada. Piris da Mota é esforçado, somente. O da direita…o simples anúncio de sua presença já produz imagens e pensamentos negativos. Quanta inutilidade.
Os tricolores impuseram a mesma tática utilizada no jogo do ano passado. 1 x 0 para eles. Gol de Everton. Passaram o tempo inteiro picotando o jogo. Em uma estocada, fizeram o tento. Passaram o restante da partida embromando. Idêntico ao enredo de sábado. A diferença foi o resultado.
Falta um trabalho mais elaborado e o devido cuidado no encaixe da montagem do elenco. O retorno dos antes titulares provou o erro de avaliação cometido.
Como você mesmo diz, esse ano já deu. Então, fica a expectativa da contratação de jogadores à altura do time titular. Não adianta ter no elenco jogadores que não correspondem quando utilizados. Completa perda de tempo.
Menos mal que o vice-lider empatou. Vida que segue.
Fica a expectativa de um melhor desempenho contra o Grêmio. Afinal, a vida é um eterno aprendizado.
Lembrei daquele antigo sucesso do Grupo Revelação. Velocidade da luz.
“…Todo mundo erra !
Todo mundo erra sempre
Todo mundo vai errar.”
SRN
Fala, João.
Quando o adversário é um grande clube do futebol brasileiro, eu não acredito em jogo fácil. Ainda mais nesse momento em que o Flamengo virou o time a ser batido. Todos querem a glória.
Com essas cientificidades modernosas todas, fica difícil a gente criticar sem estar lá dentro, mas será que, no mínimo, não era o caso de jogar quarenta e cinco minutos com cada um? No primeiro tempo, Rafinha e Renê. No segundo, Rodinei e Filipe Luís. Reduziria o impacto. Tudo ao mesmo tempo agora, ainda mais sem o Gerson e com Piris da Motta no lugar dele, foi osso. (Não parei pra comparar um por um, mas é bastante provável que Piris da Motta seja, entre todos os jogadores do elenco rubro-negro, o que mais briga com a bola. Fez um bom jogo contra o Cruzeiro, tomara que, se for preciso, faça outros iguais àquele.)
É por isso que, embora a torcida deteste, acho importante poupar de um jeito mais planejado. Meio tempo com Rodrigo Caio, meio tempo com Pablo Marí. Um jogo sem Arrascaeta, um jogo sem Everton Ribeiro. E por aí vai. Também não concordo com o que costuma fazer Renato Gaúcho no Grêmio – na derrota para o Fluminense, nenhum titular entrou em campo -, fica uma aposta grande demais nos sempre imprevisíveis mata-matas.
Grupo Revelação? Velocidade da Luz?
Abração. SRN. Paz & Amor.
Piris da Motta é necessário em jogo pegado em campo inimigo. Igual ao jogo do Cruzeiro, em que o time mineiro precisava atacar e o rubro-negro defender.
Jogar para atacar contra um meio-campo técnico com atacantes rápidos e habilidosos, é um tiro no próprio pé. O jogador é desprovido de talento para iniciar o jogo. É, para piorar, não reúne o mínimo de consciência ofensiva. Está abaixo do Márcio Araújo. Esse, fazia uns golzinhos. Até de título.
Falou e disse! O time vai oscilar e vão faltar peças de reposição. Tem que ao menos recuperar o Vitinho. E dar oportunidade pro Viníção e o Hugo Moura no lugar do Piris da Motta e o João Lucas no lugar do Rodinei. Problema é substituir o Gabriel.
Quanto as canetadas da CBF tem que valer o que valia na época. Taça Brasil não era campeonato brasileiro, era um torneio entre os campeões estaduais. O Robertão parecia o Brasileiro, mas os clubes eram convidados, não havia critério técnico.
E Copa Rio Foi um torneio de verão, com clubes convidados. E por isso o Palmeiras NÃO TEM MUNDIAL!
Fala, Ricardo.
Não há clube no mundo que não sinta falta de dois ou três jogadores. É possível ter um elenco equilibrado quando todos são nota seis ou sete, mas experimente subir um pouquinho o nível. Exemplo: o elenco do Palmeiras é equilibrado, mas tire o Dudu do time. É um deus nos acuda.
Em relação ao Vinicius Souza e ao Hugo Moura, cometemos um erro: não os lançamos há mais tempo, agora é complicado. Agora só tem briga de cachorro grande, arriscado jogar os caras na fogueira.
Abração. SRN. Paz & Amor.