Dependendo do ângulo do observador o empate fora de casa com gol pode ser um bom resultado. Mas pela bola que o Flamengo jogou, em especial no 1º tempo, estamos todos autorizados a se emputecer com o que aconteceu na noite do Olímpico. Dava pro Flamengo ter resolvido a semifinal ontem mesmo. Mas também dava pra ter saído de lá derrotado e com mínimas esperanças de redenção em casa. Principalmente pela nauseabunda arbitragem providenciada pela Conmebol.
Bastou que o fanfarrônico Nestor Pitana apitasse o início da partida para o Flamengo obliterar completamente o Grêmio. Nem parecia que era o Flamengo que estava jogando fora de casa e ao sul do Mampituba, região onde historicamente não costuma obter os melhores resultados. Foram 45 minutos martelando o Grêmio com muita intensidade e inteligência.
Acontece que jogos de futebol não têm apenas 45 minutos, tem 90. E as semifinais da Liberta têm 180. Portanto, foi de pouca serventia o futebol de sonho que o Flamengo desfilou no 1º tempo do jogo em Porto Alegre. Não adianta dominar absolutamente e mal deixar o adversário tocar na bola quando este domínio não se traduz em bola no barbante. Aliás, o futebol nos tempos do VAR tem nos ensinado da maneira menos pedagógica possível que a bola no barbante, por si só, também não é suficiente.
O VAR, ou melhor, a tecnologia do software usado pelo VAR, é um mistério. Tem funcionado como uma maravilhosa desculpa para erros crassos de aplicação da regra e um tremendo corta onda para quem está assistindo ao jogo. Já não há mais espontaneidade nas reações motivadas pelo que os nossos próprios olhos enxergam. O grito de gol, aos poucos, vai sendo auto sufocado enquanto esperamos o veredito que virá do cafofo do Osama onde se reúnem os árbitros do VAR.
No fundo, o VAR tem sido maravilhosamente útil para a diluição da accountability (responsabilização) da arbitragem. O árbitro, supostamente a maior autoridade em campo, agora tem uma instância superior para justificar erros e tirar o seu da reta na hora das cobranças. O VAR erra muito, porque árbitros, ainda mais quando reunidos, erram muito, programadores de software erram muito e dirigentes de futebol também erram demais.
Principalmente ao deixar que uma tecnologia que obviamente ainda está em seu estágio Beta altere tão radicalmente a natureza do jogo de bola. O VAR é uma máquina vagabunda de sistematizar injustiças operando em nome da justiça. Ou seja, nem pelo pioneirismo o VAR merece elogios. Mas sigamos com bom humor, sem chororô e sem faniquitagem, o roubado que ri rouba alguma coisa do ladrão. Bola pra frente que o jogo hoje em dia é assim.
Se o jogo não fosse assim o time de Renight teria levado um sacode humilhante dentro de seu próprio terreiro. Quando o Flamengo teve o primeiro de seus gols validados o placar moral já estava 3×0 e ainda avançaria até o escandaloso 4×0 que teria encerrado a semifinal ainda no seu jogo de ida. Bad for business. Mas até esse placar moral desmoronou com o gol que os gaúchos fizeram na crocodilagem.
Verdade que houve uma série de vacilos em sequência, a começar pelo safado árbitro argentino que não marcou a falta escandalosa sobre Filipe Luís. Seguiu com a garoteada inexplicável de Everton Ribeiro, que teve a bola nos pés e não parou o jogo para o atendimento ao companheiro e com a inação de Piris da Motta, de quem se esperava, no mínimo, um roundhouse kick nos peitos do gremista que avançava com a bola para o ataque.
Não culpem os gremistas, fair play não se cobra, fair play se pratica. Os caras bateram impiedosamente e sem serem incomodados pela arbitragem pusilânime e sem vergonha durante o jogo todo, apostando tudo nas faltas violentas para impedir que a bola rolasse. Não poderia se esperar nenhuma atitude mais nobre daquele bando de caneludos.
Se quiserem culpar alguém culpem a si mesmos por acreditarem que a semifinal da Libertadores 2019, contrariando toda a lógica histórica da competição, seria regida pelas regras da International Board. Libertadores tem apenas um ligeiro parentesco com o futebol.
Libertadores é briga de faca. E nessa controvertida arte marcial devemos reconhecer que é o Grêmio, e não o Flamengo, o pica da história. São eles que tem algo a nos ensinar e não contrário. Nesse sentido, o cruel resultado no placar, que não traduz sequer vagamente o que foi o jogo, foi uma lição extraordinária pro Flamengo.
Quem sabe finalmente tenhamos aprendido que não existe jogo ganho, que fazer mais gols que o adversário nem sempre é suficiente e que não se pode dar mole nem durante um segundo numa semifinal. O próximo jogo vai mostrar se o Flamengo foi capaz de aprender alguma coisa.
A torcida já estava preparada, sabe muito bem que se não for no perrengue nem Flamengo é. Mas torcida sozinha não ganha jogo. O Flamengo tem que fazer por onde. E ontem não fez.
Mengão Sempre
Como já dizia Nelson Rodrigues “o vídeo tape é burro”. E o VAR é a ferramenta favorita da juizada burra. Usam pra qualquer coisa.
Gol então virou detalhe, Parreira deve estar delirando
Agora, escalar juiz argentino em jogo que vai definir o adversário dos times compatriotas é sacanagem. Neguinho já percebeu que o Flamengo é o time a ser batido.
Saudações Rubronegras!
Frustração não mata…
O sentimento pós-jogo é, sem dúvida, de frustração.
O Flamengo “amassou” o Grêmio e não faltou nada para demonstrar a sua superioridade. Aliás, como disse um apresentador de TV, faltaram centímetros.
Flamengo conseguiu fazer um jogo quase perfeito no 1º tempo. Quase porque faltaram os gols serem validados para mostrar, no placar, a diferença entre os dois times naquele período do jogo.
E mais, faltaram centímetros para simplesmente destruir o Grêmio em sua própria casa. Pois, como ficou evidenciado com as imagens do Renato Gaúcho e dos torcedores, os caras estavam apavorados com a superioridade rubro-negra. E só não sucumbiram totalmente porque o VAR anulou os gols em função das mínimas irregularidades verificadas por eles mesmos.
Não fosse isso, estaríamos falando de pacotes de viagem para Santiago e como nós hospedar melhor durante a estada na capital chilena. Entre um vinho e outro, os torcedores se organizariam para ver o jogo e fazer festa em outro país.
Mas, não foi isso que aconteceu. Apesar de o placar moral ter sido 4×0, o placar real foi 1×1. E é por isso que precisamos ficar espertos para não dar “milho aos pombos” e deixar escapar uma oportunidade de ouro como a deste ano. Visto que temos o melhor time e ainda iremos decidir em casa com a vantagem de já iniciar o jogo classificado.
O desfalque do Arrascaeta é um complicador. Filipe Luís deve jogar normalmente no jogo da volta. Mas, não podemos dar mole daqui pra lá. Afinal, estamos na ponta do Brasileirão e a torcida quer os dois títulos de qualquer jeito.
A vitória sobre a Chapecoense no domingo é mais do que obrigatória. Time fraquíssimo que não consegue articular jogadas de ataque e que tem Gum na defesa, Márcio Araújo no meio-campo e não tem mais o Apodi para dar alguma esperança de ataque pra eles.
Vamos seguir na remada. Temos os Porcos tentando aproveitar o nosso desgaste em função da Libertadores e o Grêmio tentando aproveitar o nosso desgaste em função do Brasileirão.
Mas, fazer o quê? Enquanto o calendário for essa bagunça perene, não temos outra escolha a não ser jogar conforme as datas estipuladas.
SRN a todos!!
Se no tênis e no vôlei, como exemplos, o VAR funciona com perfeição, por que não no futebol? Creio que a resposta encontra-se na dinâmica na qual se pratica o futebol. Muito mais complexa do que a dos outros dois exportes citados. Por enquanto, tudo ainda é muito novo, mas com o tempo o aperfeiçoamento haverá de acontecer.
Eu andei lendo não só aqui no RP&A, mas também em redes sociais, que no primeiro gol anulado por impedimento, o Gabigol tinha um pentelho do pé na frente do Konemam. Bem, eu coloquei o lance em pausa na televisão e fotografei. E por mais que eu tenha me esforçado, não consegui ver essa diferença. Ao contrário, eu vejo o calcanhar do Konemam mais próximo da linha da grande área.
Analisando a jogada com bastante atenção, verifiquei de cara que a tal linha azul é demasiadamente larga, impedindo dessa forma uma visão correta da posição dos pés dos jogadores. Portanto, o ideal será trocar essa grossa para uma linha mais fina possível.
Agora, quem afirma que o Gabigol estava em posição de impedimento neste lance, eu gostaria que apresentassem as razões para tal conclusão, porque eu não vi.
Mas, pode até ser que os profissionais do VAR tenham recursos que apresentem visões milimétricas do lance, que nós não possuímos. Porém, esse é um dos enigmas do VAR. Por que tudo que se decide no VAR é guardado a sete chaves? As filmagens do lances e a conversas entre VAR e árbitro não podem correr em segredo de justiça. Têm que se tornar públicas, no momento da paralisação da partida.
Imaginem se ninguém tivesse tido acesso à oitiva das testemunhas, ao depoimento do réu, às várias versões da delação premiada e à integra da sentença, como se poderia afirmar que a condenação do Lula não passou de uma tremenda armação para tira-lo da disputa presidencial?
Mudando de assunto, perderemos o Arrascaeta por no mínimo um mês. Todavia, O Reinier pode perfeitamente compensar esta grande perda. O garoto jogando no meio de gente grande irá mostrar para o mundo todo que ele é craque. Não estou muito preocupado. Para mim, nesse time só há um jogador insubstituível: GERSON.
Saudações Rubro-negras.
Nota da Redação: Qual maluco inventou “esporte” com “x”, eu ou o corretor?
Amigo, a linha de análise do VAR não é a mesma que aparece na transmissão, é uma linha bem mais fina que faz a checagem, com um zoom da imagem bem maior e mais nítido. Prefiro acreditar que a tecnologia é a beira da perfeição e a anulação foi correta.
E o que danado justifica eles mostrarem essa linha grossa? Por que não mostram essa linha fina também?
Levar um gol desse no jogo seguinte ao que o juiz parou 3 ataques perigosos do Flamengo por causa de supostas cãimbras de jogador do São Paulo é mesmo bem pedagógico.
Mostra como se rouba um jogo de futebol.
E agora nos preparemos para uma sequência sem Rodrigo Caio, Gabigol e Arrascaeta, graças à maravilhosa CBF e a importantíssima seleção brasileira.
Se o Palmeiras não retomar a liderança agora, já podem nos entregar a taça, que o campeonato acabou.
Canalhas
O Renato Gaúcho deve ter ido pra casa sem qualquer dúvida de quem joga o melhor futebol do Brasil. O Flamengo amassou o Grêmio no 1º tempo e não deixou que o adversário jogasse; no 2º tempo houve mais equilíbrio, com o Grêmio ameaçando duas vezes com defesas espetaculares do Diego Alves. A defesa falhou clamorosamente não cobrindo o espaço do Filipe Luís que tinha se machucado no campo de ataque e não houve ninguém pra isolar a bola ou parar a jogada com falta – Piris, sem comentários, e ERibeiro, como bem disse o João Neto, não tem sangue nos olhos. Além de Marí e Rodrigo Caio terem deixado o minúsculo Pepê entrar sozinho e concluir o passe do Cebolinha, no único lance que levou perigo junto com a finalização que terminou com a defesaça do DAlves. Com exceção desses 2 lances, o jogador mais perigoso do Grêmio foi engolido pelo brilhante esquema do JJ.
O pior jogador do Flamengo foi o Gabriel. O gol do Éverton Ribeiro foi anulado porque ele, Gabriel, fez uma falta estúpida, absurda e inconsequente no zagueiro do Grémio fora da jogada e sem nenhum propósito, já que não estava participando do lance. Quando fez o gol, que também foi anulado, já deveria saber a essas alturas que atacante só se movimenta em direção ao gol adversário no momento em que vê seu companheiro tocar na bola pra fazer a assistência. O impedimento foi confirmado por um joanete a mais, que não aconteceria se ele tivesse prestado atenção. E mais uma vez proporcionou uma quizumba com o Cortês sem nenhuma necessidade o que poderia ter custado um cartão. Teve também um lance em que recebeu a bola na esquerda, dentro da área, tendo pela frente só o fraquíssimo Galhardo, a quem tirou da jogada com um toque pra direita, e teve um enorme espaço tanto em direção ao Paulo Vitor quanto à sua direita que não aproveitou e foi incapaz de invadir e concluir como quisesse. Reconheço a grande fase dele, mas, por essas e por outras não estou inscrito entre os maiores admiradores do seu futebol. É muito mascarado pro meu gosto e jogador mascarado pensa primeiro em si mesmo e não no time.
Ou seja, poderíamos ter matado o jogo com, sem exagero, uma goleada e coloco na conta dele a não-vitória que poderia ter sido acachapante diante da espetacular exibição de um time comandado por um técnico excepcional.
Que partida do Arão! Que baita jogador é o Gérson!
srn p&a
Caro Rasiko, SRN!
O corpo fala! O horror choroso estava estampado na cara do Renato gremistas. Atropelaremos no Maraca, basta juntar raça a catogoria!
Se o Renato tivesse vergonha na cara mesmo, ele entregaria os pontos, enfiaria a afiada língua vocês sabem onde, e daria os trâmites por findo. Vai ser difícil o timeco dele ganhar aqui no Maracanã, mas enfim, futebol é aquela caixinha, etc., etc.,mas na remotíssima possibilidade do Flamengo perder, o time do Renato será inapelavelmente esmagado pelo River ( que também esmagou o Boca, só que traduziu em gols), pois é, aí entra a velha história, um raio não cai no mesmo lugar duas vezes (eu e meus lugares-comuns), quero dizer com isso, se houver a suprema desgraça do Flamengo perder o tal Grêmio nem vai dar para a saída, não seria então melhor que deixassem logo de uma vez o Flamengo representar o glorioso futebol(?) verde-amarelo?Quanto o VAR é simplesmente horripilante saber-se que uma reles máquina que emite elétrons para formar imagens ( se eu estiver errado os físicos me corrijam) dite o andar do jogo, pode ser até que a fita métrica eletrónica (assim mesmo castiço em homenagem ao nosso português que botou a gauchada na roda) tenha acertado em verificar que o dedão do pé do nosso Gabigol estava impedido, mas pergunto eu: e o fator humano (excelente livro de Graham Greene) vai pras picas? Tudo isso, fora o roubo agora feito por um soldalício de apedeutas, está me cheirando a filme B de ficção científica (sem querer ofender o criador do filme trash de Ed Wood).
Arthur, o sentimento pós-jogo foi um misto de satisfação pela atuação do time e raiva pela falta de atitude e essência de espírito de Libertadores. Isso me irrita profundamente, como a qualquer torcedor com um mínimo de isenção. O que o Everton Ribeiro fez foi exatamente o que tinha feito na fatídica derrota para o San Lorenzo na Argentina. Muito vacilão. Um cara escolado mas que não tem um mínimo de competitividade. Mais uma vez nos jogos importantes ele foi uma figura apagada. Uma atuação medrosa. Falta sangue nos olhos. Libertadores é outro nível. Requer atenção, disposição e virilidade. Gérson jogou por si e por ele. Um dos fatores preponderantes para o gol de empate foi a sua ausência. Esse incorpora o espírito vencedor.
Um primeiro tempo primoroso e completamente inútil. Na minha opinião, houve acerto na anulação dos gols. As irregularidades foram cometidas por reflexos da Síndrome de Guerrero que acomete Gabriel e seus erros de posicionamento e finalizações bisonhas. Lembrou o jogador dos tempos de Abel. Um misto de pereba e matador. Uma crise de identidade que o acomete em jogos no campo do adversário.
O segundo tempo foi diferente, só não houve derrota por causa da intervenção de Diego Alves.
Um jogo dominado e “perdido” por erros próprios. Um empate com cara de derrota.
SRN
Excelente!
Falei com os confrades do grupo do alojamento ECHO, da turma VERDE PUMA 2011, na gloriosa ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA, que foi melhor o empate! O Flamengo não sabe jogar com vantagem e Maracanã transbordando! Além disso, hoje o Flamengo tem que vencer por pelo menos 3 gols de diferença, pra não dar chance ao anti chorões nem ao árbitros incompetentes desse lado do globo. Se pelo menos um daqueles gols fosse validado ou o jogador do Grêmio fosse expulso… Nooossa! “Flamídia, Time da Globo, Time da CBF, da Conmebosta…”
SRN!