As mudanças estruturais pelas quais o Flamengo vem passando desde 2013 também tem seu custo. A riqueza, assim como a boa sorte, o amor ou a saúde, tem um preço. Preço que quase nunca é barato, mas que no fim das contas sempre é pago pela torcida, que é quem mais vibra nos triunfos, mas é também quem mais perde e sente as derrotas, fracassos e vexames.
Mesmo no ápice da viagem psicotrópica proporcionada pela goleada sobre o Goiás, na matinê de domingo, rolou oba-oba, mas não rolou porralouquice. Havia um entendimento, aparentemente universal, de que o time do Flamengo estava de parabéns, mas ainda era um trabalho em evolução que não estava pronto.
Não somente em termos de execução dos conceitos táticos de Jorge Jesus como também em relação às chegadas e inevitáveis partidas provocadas no elenco pela janela europeia de verão. Aos mais empolgados que vaticinaram conquistas rubro-negras em avassaladora sequência se contrapunham os ponderados que chamavam a atenção de que o ano do Flamengo está na verdade começando agora. Aparentemente os dois lados estavam certos.
Mas pouco ou nada se falou dos aspectos mentais e emocionais de jogadores, comissão técnica e torcida e de como esses fatores tem a capacidade de influir violentamente nos resultados obtidos ou não em campo. E muito menos falamos de como o novo status econômico do Flamengo impacta a nossa percepção da capacidade do time atingir seus objetivos, ou mesmo a capacidade de estabelecer essas metas de forma racional e objetiva. Claro, foi 6 x 1, quem é o neurótico que vai ficar catando pelo em ovo depois de uma goleada?
Teoricamente, o fato do Flamengo ser agora um clube rico não deveria afetar as qualidades que demonstrava possuir nos tempos das vacas magras. Em especial as qualidades que prescindem de suporte financeiro. Tais como coragem, raça e sorte. Mas isso é só na teoria, porque é perfeitamente possível que no percurso em direção à independência financeira o Flamengo tenha deixado algo de impalpável, algo de sutil, pelo caminho.
Vejam o caso das disputas de pênaltis. Entre 2004 e 2017, muitas vezes com times muito abaixo do mínimo de qualidade que se requer de um gigante de nossa envergadura, o Flamengo disputou inúmeras decisões por pênaltis, sem perder sequer uma. Hoje, oficialmente cheio da grana, recheado de craques e com um goleiro especialista em pegar penalidades máximas, não ganhamos mais nenhuma.
Não quero lançar aqui um anátema e nem promover linchamentos, mas o nosso fio virou desde que Diego perdeu sua cobrança contra o Flor na decisão da Taça Guanabara. Tenho nada contra Diego, apesar de achar que ele não devia ser titular. Quanto mais bater pênalti. Mas é inacreditável que ele ainda se voluntarie pra bater pênalti no Flamengo. E mais inacreditável é que alguém no Flamengo ainda permita que ele bata.
O Flamengo está mudando, inegável. Mas isso não pode ser usado como desculpa para relativizar erros ou justificar maus resultados. O Flamengo precisa aprender a lidar, sem com isso deixar de ser o Flamengo, a ter um CT de primeiro mundo, a ter elencos caros com jogadores com salários altíssimos pagos em dia e que treinam todos os dias. O Flamengo precisa aprender, ou reaprender, a ser favorito. E a não se deixar intimidar por sua própria torcida quando esta se apinha nas arquibancadas do Maracanã.
A derrota é sempre terrível, ainda mais nos mata-matas. E muito mais terrível é ser derrotado em casa. Mas perder uma disputa de pênaltis está longe de ser um vexame. O Flamengo, por tudo que é e representa, não deve deixar que esse feio hábito se torne um costume. E nem que essa derrota desconfortável impeça que o Flamengo continue crescendo e evoluindo. Que é o que parece estar acontecendo.
O modelo empresarial de administração é muito bom. A escola tática europeia é muito desenvolvida. São modelos de excelência que merecem ser estudados e imitados no que eles têm de melhor. Mas da cintura pra cima tá na hora do Flamengo começar se inspirar no próprio Flamengo.
O maior time do Flamengo, aquele que foi capaz de conquistar tudo que disputou e entrar para a história, começou oficialmente com o gol do Rondinelli em 1978. Que foi a concretização de um pacto pela vitória estabelecido pelos jogadores após uma derrota em uma disputa de pênaltis na final do 2º turno do Carioca de 1977.
Se inspira, Flamengo.
Mengão Sempre
Estão trocando pneu com o carro em movimento. De novo.
Não dá mais mudar treinador e elenco no meio da temporada. Até se adaptarem passou o ano, ficamos no meio do caminho. Parece que não aprendem com os anos anteriores. E investem errado. Gérson é mesmo necessário? Renovação do Diego era mesmo necessária? A escolha por Abel foi o primeiro grande equívoco do ano. Daí vieram os outros…
“Mas é inacreditável que ele ainda se voluntarie pra bater pênalti no Flamengo. E mais inacreditável é que alguém no Flamengo ainda permita que ele bata.”
É isso aí! A empáfia com que pegou a bola, a arrogância de não reconhecer os próprios erros, a prepotência de se achar o que não é.
E ainda vem a mulher dele com um post falando em Jesus, em fome mundial, um monte de merda e pedindo respeito. Respeito não se pede, minha senhora, se conquista.
Não canso de lembrar: os grandes títulos do Flamengo sempre foram conquistados com jogadores formados na base. Não por acaso, jogadores que, além de craques em sua maioria, tinham caráter exemplar. Mas, como também não canso de lembrar, a grana mudou essa história e mudou pra pior. Por isso mesmo tive que adaptar meu emocional aos novos e tenebrosos tempos de Lulas e Boçalnaros. Vibro com a vitória e cago e ando pra derrota, especialmente quando acontecem dessa maneira. Não merecem que desperdice minha energia.
srn p&a
PELO MENOS NÃO VÃO SER PENTA VICE DA COPA DO BRASIL !!!
Do pacto, confesso, nem sabia.
Logo, muito menos o nome. Do Barril, como palpitou o nosso Dunlop (Int).
Do jogo, em si, me lembro muito bem.
Não perdemos só o 2o. turno. O campeonato de 77 também, pois o Vasco já tinha sido o vencedor do primeiro.
Se vencêssemos o segundo, haveria uma decisão extra contra o Vasco (cá entre nós, exatamente o contrário do que aconteceria em 78, não fosse a cabeçado do Rei da Raça, em escanteio cobrado pelo nosso Deus).
Curiosidade de 77, para quem esteve lá no Maraca, provavelmente o Arthur, o Xisto, o João Neto.
Foi Tita quem não converteu o único pênalty que não entrou, bem ao contrário de ontem,
Também bem ao contrário, não teria coragem de dizer que o garoto (à época, óbvio) bateu mal.
Foi o Mazzaroppi quem fez uma defesa extraordinária.
Adivinhou o canto direito (dele), saltou muito (a bola foi alta, além de meia altura) e espalmou para um suposto escanteio.
Não sabia do Pacto, embora o Arthur, há pouco menos de um ano, tivesse escrito aqui a opinião do Ruy Castro.
Em assim sendo, todos nós, flamenguistas fanáticos, devemos agradecer ao Mazzaroppi.
Vamos escolhê-lo para uma de nossas Embaixadas, tirante a de Washington que já tem dono acima de qualquer suspeita.
Preferi, num primeiro momento, comentar as reminiscências, até porque são parte integrante de mais um excelente artigo do Grão Mestre, além de adequadas para quem já acompanha o Flamengo há tantos anos.
De ontem, só vou, por ora, fazer uma pequena observação, melhor dizendo só vou endossar o pedido do Xisto.
De forma muito elegante, vou gritar, por meio das teclas.
VTNC, Diego, seu embusteiro.
Emputecidas, em termos (amanhã explico), SRN
FLAMENGO SEMPRE
E eu dizia para um grande amigo rubro negro (aqui, na Biblioteca da UNI RIO, na Urca, onde faço minhas pesquisas) que torcia pela “revolução portuguesa” no futebol do Flamengo para inspirar todos os outros clubes da serie A a elevar ainda mais o nosso futebol! (quanto mais competitividade de alto nível, mais desenvolvimento e evolução! Tomara…)
PS:
Já falei (escrevi) uma vez que estava no Maracanã lotado, em 1978 (oficialmente 120.423 presentes, deviam ser uns 140 mil) acompanhando o meu irmão, rubro negro saudável, e “previ” o gol da final, qdo vi da arquibancada a disparada do Rondinelli e gritei “gol do Flamengo”! Início desta Era dourada de que fala o Arthur!
Ps2:
E falando em Boas Eras e felizes presenças… eis que “encontro” esta grande figura no Autódromo do Rio, curtindo a F1, onde estive no ano anterior vendo, ao vivo, a dobradinha Piquet /Senna! Éramos felizes e sabíamos! rs
No minuto 1:30 está o Arthur (e no minuto 2:00, dizem as boas línguas que se trata do filho do Galvão Bueno, futuro piloto, no carro do Senna; veja só…)
https://www.youtube.com/watch?v=Cp7qgW5zHG4&list=PLlK34JHHk7tTiT1_iFy83Y4G0FItYXeZu&index=211
Saudações automotivas, e emotivas, alvinegras! (©MCM)
Fernando 3
Uma alegria, sempre que o Fernando 3 volta a essas paragens !
Hoje, ainda por cima, com Piquet e Senna. mais Emerson, em 1975, quando o vencedor foi um garoto Lauda, sempre dentuço mas sem as mazelas do acidente que sofreria.
Um jovem Arthur, dando até entrevista, e o Carlinhos, que não sei dizer se é ou não o Cacá Bueno.
Beleza !
Concordo – ^Éramos felizes e sabíamos !^
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Abraço, mestre!
Caraca! Eu não consigo me lembrar desse treino! Eu devo ter sido hipnotizado.
rsrsrs
Abraço, Arthur!
Esqueçam culpados e desmontem suas guilhotinas, foi um tropeço doloroso, pelas expectativas e por termos a convicção e certeza que nosso time é muito superior ao Pathético. Um novo time está sendo montado, se não ocorrerem vendas, teremos como força máxima: DAlves, Rafinha, RodrigoC, Pablo, FilipeL (?), Cuellar, Gerson, Arrascaeta, ER7, Gabigol e BrunoH. Teremos o melhor time, técnico e estrutura do Brasil, pra cima deles Mengão.
Dizem que se aprende mais nas derrotas, mas ganhar é muito melhor !!!!
Saí do maracanã com uma dúvida mortal, que é saber como vamos jogar correndo desse jeito de 3 em 3 ou 4 em 4 dias .
Imagino que só tendo um elenco bem grande, mas com todos os jogadores bem….. É possível isso ?????
Honestamente eu acredito que “queimamos” o Lincoln ao não deixá-lo se desenvolver no sub-20 e que muitos jogadores não podem nem ser reservas num Flamengo muito forte. Exemplos : Berrio, Rodolfo …….. sendo que o Vitinho é um caso para ser analisado com seriedade, porque parece sempre assustado, e raramente acerta qualquer jogada. Ontem fez à do gol, mas antes e depois errou quase tudo que tentou.
Vamos em frente Flamengo, o tom de desânimo é justificável.
SRN
Flamengo jogou bem, se impôs, sufocou nos primeiros 30 minutos e foi superior durante 80% do jogo. A única bola do Atlético que foi no gol entrou, em uma falha conjunta de Rafinha e Cuellar, que estavam gastando a bola até aquele momento.
Sofremos com a perda dos nossos 2 jogadores mais decisivos, Arrascaeta e BH. Qualquer time sofreria. Mas a postura nunca deixou de ser ofensiva.
Alguns dirão que deveríamos ter abaixado as linhas depois do gol, à moda Abelão, Zé Ricardo, etc. Cansamos de levar viradas e perder decisões assim.
Tomaremos gols com a linha alta. Ainda mais agora que o time ainda está se adaptando. Prefiro perder jogando do que retrancado tomando pressão.
Diego titular, capitão, camisa 10 e principal cobrador de escanteios, faltas e pênaltis do time, a essa altura do campeonato, é brincadeira. Acho que Jesus não vai continuar repetindo esse erro.
Olhando o copo meio cheio: Ninguém até hoje conseguiu ganhar CB, Brasileiro e Libertadores no mesmo ano.
Sendo obrigado a escolher dentre estes, eu escolheria não ganhar a CB, sem nem precisar pensar muito.
Estamos vivíssimos no Brasileirão e na Libertadores, e sem a Copa do Brasil para atropelar o calendário, nossas chances aumentam nessas duas competições.
Achei injustas as vaias ao fim do jogo de ontem.
Fechei contigo. Falou exatamente o que eu penso. Não jogarmos semifinais e finais da CdoB e com isso, no fim das contas, o JJ terá até o final do ano quatro semanas inteiras pra treinar… acredito que isso será muito muito proveitoso. No mais, é teiste perder, mas é muito mais triste perder na retranca… vai pra cima deles Mengooo! SRN!
Não é caça às bruxas, embora o clima reinante no país inspire isso, mas se há cara que já deveria ter sido defenestrado no Flamengo é Diego Ribas. Nunca fui de procurar bodes expiatórios pra fracassos, nem quando caçavam o Márcio Araújo a pauladas como ratazana prenha, mas no caso do Diego eu não aguento mais. O cara é insuportável, pior que ele não faz nada de aberrantemente errado, mas pior ainda o que ele traz nas suas entrelinhas, certas coisas sutis impalpáveis ou invisíveis para um ser humano, talvez, como reza a lenda, um cachorro com sua sensibilidade extrassensorial possa captar. Manja aquela nuvenzinha preta que fica na cabeça do personagem das tirinhas para indicar mal agouro, ou algo assim? Pois é, se prestarmos atenção o Diego tem a sua nuvenzinha negra sobre sua bem arrumada cabeleira tipo dura lex sed lex no cabelo só gumex. Ele lembra o funcionário público padrão, não atrasou um minuto em sua longa carreira, cumpre seu expediente, não perde tempo com bate-papo de corredor, assina seu ponto e vai embora, não erra nunca, mas também nunca trouxe uma mísera ideia para melhorar o padrão da repartição. Pior que ele contagia o time, quando entra em campo o time começa a jogar no seu padrão, todos nos seus devidos lugares, fica tudo naquele marasmo que ele imprime ao time, ninguém faz nada errado, mas também ninguém cria mais nada, é só esperar a partida acabar, assinar o ponto e ir embora. Personalidade assim ninguém pode condenar e ele vai atravessando as eras, enganando professores, como parece que já caiu nas graças desse novo ai Jesus. Sutil nas suas declarações ocas, ou eivadas de inveja. Na entrevista do intervalo, quando perguntado se Arrascaeta faria falta, entre caras e bocas, escandindo as palavras para não perder o ritmo da dicção perfeita, elogiou o companheiro contundido, mas só faltou dizer que o Vitinho era muito melhor do que o craque uruguaio. E na hora de bater o pênalti, a pose napoleônica enquanto conduzia a bola, empáfia pura, arrogância típica de professor de Deus, vocês vão ver agora, seus babacas, o maior batedor de pênaltis que já apareceu na galáxia. E tentou a cavadinha mais extemporânea já vista mo Maracanã boquiaberto. O resto vocês já sabem.
Tem até um nome o encontro que selou o pacto entre os jogadores de não perder mais nada depois daquela final de 1977, né? Quem lembra aí?
O Pacto do Barril?
Exatamente Dunlop! Valeu!
Espero que o treinador avalie o resultado e o desempenho dos jogadores para iniciar uma reformulação em parte desse elenco de prazo de validade vencido. Essa nova mentalização de jogo requer a excelência em condicionamento físico e consciência tática. Nos dois quesitos, o adversário foi bem melhor, bem como, na somatória dos dois jogos. Já jogam dessa forma com imensa regularidade. Principalmente, em seus domínios. O resultado do primeiro jogo foi enganoso.
Ficaria imensamente feliz que as mudanças iniciassem no setor de meio-campo. Diego Ribas e Everton Ribeiro já deveriam estar fora há tempos! Na minha opinião, fazem parte do Trio Desgraça, juntamente com o goleiro, que ontem teve uma boa atuação, diferente dos citados.
Três anos e apenas cariocas…Na hora da verdade, se omitem em campo. Desempenhos sofríveis. Falta identificação com a camisa.
Que o resultado sirva de reflexão. É o que imensamente aguardo.
SRN
Do que adianta ter dinheiro Se você vai comprar só carro usado o carro que só fica na garagem. Quando não tinha dinheiro comprava carro popular mas que não dava defeito e era confiável agora que tem dinheiro compra carro que já fez sucesso na Europa mas que já está perdendo o uso e a qualidade isso sem contar os carros que até são novos mas que não foram utilizados na Europa e não tiveram muito destaque por não ser nem de tão boa qualidade assim como alguém vê. Assim o Flamengo hoje.
Com contratações que tem deixado a desejar cujo os salários não são baixos indo qual esperávamos o que é sumir sem a responsabilidade mas infelizmente o que vemos é falta de segurança e até mesmo talento. Não adianta ter um ótimo piloto se não temos carro que ande. Agora é torcer para que pegue embalo na ladeira.