A dificuldade que o Flamengo encontrou pra eliminar o Corinthians da Copa do Brasil foi nenhuma. Mesmo desfrutando de uma folga não regulamentar na rodada 7 do Brasileiro, mesmo contando com o apoio explícito e descarado da proba CBF e dos incontáveis pelascos encastelados nas redações dos veículos de imprensa paulista, os maloqueiros não conseguiram sequer motivar a sua mal acostumada torcida a apoia-los no jogo de volta no Maracanã. Ao contrário da Magnética, sempre presente e confiante, chova ou faça sol, a torcida dos caras não foi capaz de lotar o amplo e generoso espaço reservado a ela no Maraca. Sub-representada, restou à parcela da Fiel presente no estádio fazer fotos e vídeos do show da torcida do Flamengo antes de, na ausência de melhor destino, voltar de cabeça inchada pra ponta feia da Dutra.
Pelo menos dessa vez não mataram nenhum torcedor adversário. Façanha da qual a imprensa corintiana não pode ser orgulhar. Desde que acabou o jogo os coleguinhas estão matando a todos de vergonha com suas vãs tentativas de estabelecer uma narrativa fantasiosa, delirante e desconectada da verdade fática, em que o Corinthians teria jogado melhor que o Flamengo. Apesar dos curicas terem perdido os jogos em casa e fora e não terem feito mais gols que o Flamengo. Uma total inversão da lógica do futebol. Tipo uma saudade do que ainda não viveram. Que cafonice.
Quem esteve presente ou assistiu aos dois jogos sabe perfeitamente que a história escrita no gramado foi bem outra. O Flamengo, no primeiro jogo sob o jugo jurássico de Abel e no segundo gravemente desfalcado e sob o comando interino do ignoto Fera, simplesmente não tomou conhecimento do fraco time paulista. O time rubro-negro se impôs com naturalidade e, mesmo sem brilhar, se classificou à fase seguinte da Copa do Brasil sem precisar fazer nada além de jogar com seriedade e sem palhaçadinhas.
Um resultado lógico e previsível, até corriqueiro, que não deveria provocar nenhuma surpresa a quem acompanha o futebol nacional. Mas que despertou na crônica esportiva paulista a sanha revisionista e retardada que pretende modificar eventos históricos quando os escombros causados pelos mesmos ainda estão fumegando e sobre as cabeças das vítimas. Que papelão. Depois não entendem porque a patuléia hoje confere maior credibilidade aos relatos feitos por tiozões do pavê no Whatsasap do que aos diários centenários impressos em rotativas.
O domínio do Flamengo foi absoluto e incontestável durante os 180 minutos do duelo com os maloqueiros. Mesmo sem dar show o Mengão cumpriu o planejamento e conquistou a vaga nas 4as de final da competição que melhor premia no futebol nacional. E mostrou que tem plenas condições de avançar na Copa do Brasil se continuar a jogar com consciência da suas limitações. Consciência que na opinião desse incansável corneteiro foi o grande diferencial do time escalado pelo treinador interino. Aliás, cabe o reconhecimento ao Marcelo Fera Salles. Se mostrou muito mais capaz que o Abel. Capaz, por exemplo, de substituir o Arão durante uma partida. Tarefa das mais simples que o Abel nunca foi capaz de realizar.
Outro cara que precisa ser reconhecido é o Rodrigo Caio. Quando chegou, comprado a peso de ouro, despertou desconfiança e incredulidade nas suas qualidades. Principalmente pela imagem construída pela imprensa paulista, sempre mordaz ao analisar jogadores que optam por trocar a cinzenta várzea de Piratininga pelos gramados verdejantes do futebol carioca. Rodrigo Caio, sozinho, está mudando a imagem dos condomínios de todo o Brasil como núcleos de excelência na formação de jogadores de futebol. Rodrigo Caio não penas baldou todas as débeis tentativas de ataque da paulistada como ainda teve tempo pra ir lá na frente e meter dois gols no Cássio. Infelizmente só um deles foi validado.
E quase que o seu gol legítimo também foi anulado. O quarteto de arbitragem gaúcho exibiu coesão e homogeneidade. Liderados pelo contumaz meliante Vuaden, se mostraram incapazes de uma honestidade. Inverteram laterais e faltas o tempo todo. E o bandeirinha ainda foi capaz de levantar seu instrumento de trabalho irregularmente e sem necessidade na tentativa de melar nosso ataque.
Ora, se a porra do VAR está em operação e vai escrutinar todos os lances de gol qual a necessidade de levantar a bandeira em um lance controverso qualquer? Vontade de aparecer? Deixa o lance rolar e depois resolve com os outros ladrões malocados no cafofo de Osama. Não pare a jogada, animal. As pessoas pagam ingresso pra ver gols e não demonstrações de inépcia da arbitragem.
Ando muito revoltado com o VAR, acredito piamente que é um atraso tecnológico que ameaça perigosamente o desenvolvimento do esporte e afeta negativamente a mente do torcedores. Porque seu uso indiscriminado está reprimindo a expressão de emoções profundamente enraizadas no cérebro humano. O grito de gol sistematicamente entalado na garganta pode causar danos neurológicos, psíquicos e sociais cuja extensão a ciência ainda não contabilizou.
Estou estudando o assunto e assim que terminar minha pós-graduação na Harvard Shenanigans School of Anthropology voltarei a abordar o assunto com maior propriedade. Por hora posso adiantar que esse negócio de só comemorar gol depois que os salafrários do apito dão aquela corridinha pro meio-de-campo equivale às bruscas pausas impostas aos perfuradores não prevenidos para que gozem fora. Não faz bem à saúde.
Fora essas misérias originadas na mente ociosa dos dirigentes da FIFA e seus associados, o jogo foi legal e o resultado justo. O Flamengo agora tem mais 2 jogos contra times pequenos pelo Brasileiro antes do break da Copa América. Um deles facílimo, em que tem a obrigação de massacrar o adversário. O outro um pouco mais duro, em Brasília, contra o CSA. Geral está empolgado com a mini boa fase, por isso mesmo é que precisamos redobrar a atenção. É da natureza do Flamengo buscar sempre o caminho mais difícil. Vamos em frente no sapatinho, porque ainda não ganhamos nada.
Mengão Sempre
Estou fazendo análise direta com o meu psicanalista/medianeiro/filósofo Miki, o rato mestre, toda hora eu volto para me fixar nas axilas da Jinx Falkburg, como esclareceu o Arthur, agora mais essa, além de Flamengo só vejo essa maravilhosa peça anatômica.
Como de costume mais um excelente texto do Arthur.
Perspicácia e irreverência impar que nos faz mais rubronegros após a leitura.
Sobre o jogo de terça-feira, ainda que pesem as observações do autor, na minha avaliação o jogo esteve para os gambás até o distribuidor de coletes adversários resolver promover alterações no time dele. Penso que o tão aclamado treinador paulista foi diretamente responsável por facilitar a vida do Flamengo durante o jogo do Maracanã… Que continuem venerando quem nos ajuda.
Sobre nosso Fera, gosto de vencer e gosto de não sofrer gols, mas a presença do Diego durante os 90 minutos me incomodou muito, o atual capitão e “dono” da 10 não pode ficar em campo, se tiver atuando como foi na terça-feira. O cara atrapalha muito a evolução do time, até terça achava que ele poderia ter o status de “útil” no elenco, já não acho mais.
Saudações Rubro-Negras
Uma pena que o meu aparelho de televisão estivesse com defeito.
Não consegui ver direito o jogo, muito pelo contrário. Vi outro, totalmente diferente.
Em ambos, o do Arthur e o meu, uma certeza.
Ganhamos e nos classificamos.
Tudo bem.
Vesgas SRN
FLAMENGO SEMPRE
O “pachequismo” do Arthur…
Tudo bem que a classificação veio, mas não foi com esse domínio todo que o Arthur tentou repassar.
Mas, eu entendo. Depois do monte de coisas idiotas que a imprensa paulista está falando do jogo, qualquer coisa é aceitável dentro de uma crônica.
Se assistirmos aos comentaristas da imprensa paulista logo depois do jogo, veremos que eles estão felizes pela exibição do Corinthians diante do Flamengo. Parece até que eles deram uma goleada no jogo e que, por culpa do regulamente esdrúxulo, foram eliminados da competição. Algo impensável pelas bandas da Gávea.
Se nós somos eliminados, não adianta falar que o time jogou bem e que merecia ter vencido. O que vale, pra nós, é o resultado do confronto. Pois, há bastante tempo, o que mais nos interessa é levantar a taça no final do campeonato. E, de preferência, jogando bonito. (Mas, serve se não jogar bonito também).
Flamengo teve uma pequena evolução defensiva no comando do Fera. São dois jogos (finalmente) sem levar gols e um time mais bem postado em campo. Pena que nesse último jogo vários jogadores tenham tido uma atuação sofrível em termos técnicos. Não fosse isso, o jogo teria perdido a emoção já no 1º tempo, pois perdemos algumas jogadas em função de erros bizarros de nossos jogadores de frente. E quase nos complicamos no jogo por erros bizarros de nossos jogadores de trás.
Apesar dos inúmeros erros, o time conseguiu se manter no jogo por causa de melhora na parte tática. Laterais que subiram menos e apenas nos momentos certos e, principalmente, uma obediência tática maior do Arão jogando, de fato, como 2º volante. Tanto é assim que foram poucas as investidas do antigo “meia” ao ataque. Só me lembro do passe milimétrico do Arão pro Gabigol que chutou em cima do Cássio. E não muito mais do que isso.
Ou seja, fez o que deveria fazer sempre. E tem gente que acha isso ruim.
No mais, o time parece ter tirado um peso gigante das costas com a saída do Abel.
E isso é perceptível com o jeito de alguns jogadores se portarem em campo. E a tendência é que isso melhore ainda mais com a chegada do Jorge Jesus. Vamos aguardar o que teremos a partir da volta da parada da Copa América.
Eu, pessoalmente, estou muito otimista com o crescimento do time. E isso em função da chegada de um treinador mais capacitado que o Abel; com a chegada do Rafinha para suprir a nossa maior deficiência e a provável chegada de um grande zagueiro.
SRN a todos!!!
Mas se não tivesse VAR eles teriam anulado o gol legítimo. Você viu que eles ficaram 2 minutos vendo as imagens procurando alguma coisa para justificar a anulação, mas como não acharam nada, tiveram que aceitar o 1×0.
Acho melhor esperar os 2 min para comemorar o gol do que ver ele ser embolsado pela arbitragem
[Rodrigo Caio, sozinho, está mudando a imagem dos condomínios de todo o Brasil como núcleos de excelência na formação de jogadores de futebol.]
Arthur é craque demais! Desenrolem um podcast com o grande elenco do RP&A.
Em breve! Aguarde e confie.
Aí fica bonito demais! No Brewteco Tijuca! Antes de um jogo!
Bar do seu conhecido, Rafael Farra!!!
Agora, fora o futebol, que suvaco (axila é o cacetea, aliás, dizem que axila é quando está depilado) o dessa Malone aí em cima. Sou um suvacólogo assumido, meu fetiche é suvaco/axila de mulher, claro). Acabei de dizer isso ao meu boquiaberto analista o rato mestre Miki, que além de filósofo também é meu analista.
Não é a Dorothy, é a Jinx Falkenburg, tenista e starlet. Irmã do Bob Falkenburg, criador do Bob’s.
Arthur, como diria Manuel Bandeira; ” o que me importa que seja Marlone ou Jinx, eu só vejo o beco.”
Arthur, concordo com tudo, um detalhezinho interessante é que os torcedores dessa porra desse time, ainda aplaudiram por terem perdido só por um a zero. Quer dizer, perder para o Flamengo por pouco é motivo de orgulho e nós aqui cornetando adoidado nosso time. Também não entendi o bandeira agitar freneticamente a bandeira que ele deveria enfiar no devido fiofó, condinome de paulista para cu. A vontade de roubar era tão intensa que a bichona não se conteve e enquanto a outra saltitava de contente mexendo o dedinho negativamente anulando o gol, deve ter levado um tremendo esporro daqueles outros meliantes do VAR que também não são flor que se cheire, a única coisa de útil é que a gente agora xinga a senhora mãe deles no coletivo.O Flamengo não jogou essas coisas como como estamos cansados de saber, mas deu pra ganhar com sobras, o resto é coisa típica daquele lugar que o Bussunda disse que foi o lugar mais esquisito que ele fez amor. Nas poucas vezes que lá compareci por dever, nem tentei, pois sabia que era broxura na certa.
Caro Arthur, seus textos como sempre exuberantes, apenas acrescento que, nesse jogo o adversário jogou melhor; tenho que admitir. Porém, é mister salientar que houve o fator psicológico nas cabeças dos gambás, uma vez que precisavam da vitória, houve uma certa motivação ocorrida nos neurônios de cada jogador( Lembra dos últimos 5 minutos conta o Athlético, que viramos numa situação adversa? foram os neurônio rubro-negros que motivaram a fisiologia dos jogadores do Mengão). Jogamos com o regulamento, sem expor nossas defesas, daí a vitória viria em oportunidades, digamos, não organizada. SRN.
Tu viu outro jogo. Os gambás jogaram muito bem, corremos muito riscos. Fera é uma piada. Melhor não elogiar.
Uma defesa do Diego Alves, num chute do Love.
Uma bola na trave num chute de longe em rebite de escanteio e outra numa saída errada do Diego Alves já no fim do jogo.
Só. Mais nada. Isso porque precisavam vencer. Se não precisassem eram capazes de passar o jogo inteiro atrás, como fazem em 70% dos jogos.
Piada é o Carille.
E, claro, o Abel.
Fera, em duas entrevistas, mostrou mais conhecimento de Flamengo e de futebol do que o Abel na vida inteira.
Entretanto, a paulistada comemorava afirmando que “foi a melhor partida do Curintia este ano.” Desde que eu me entendo, é a primeira vez que eu vejo torcida comemorar uma desclassificação.
Desfalcado de Cuellar, Arrascaeta e Trauco, jogadores de seleção, o nosso time jogou o necessário para passar de fase. Segurou os primeiros 45 minutos e imprimiu um ritmo ofensivo no tempo final.
O time deles começou a partida correndo feito maluco. Jogavam como se fosse partida final de copa do mundo. Vagner Love parecia estar dopado. Já o nosso time com o regulamento na cabeça. E eu logo vaticinei: não irão aguentar esse ritmo o tempo todo. Dito e feito: botaram a língua prá fora.
Aí eu fico me perguntando: se vencemos deles no dia em que jogaram tudo o que sabiam, imaginem quando for o inverso?
Mas, a nossa classificação foi construída não somente no jogo da volta, mas também no jogo da ida, quando demos um banho de bola na gambazada.
Porém, sem euforia, porque ainda não levo fé nesse time, vou aguardando um adversário à altura para enfrentar nossas próprias limitações.
Mas, com Rafinha na lateral direita e Trauco na esquerda; Arão de volante menos ofensivo, ajudando Cuellar na marcação; um meio de campo criativo com Everton Ribeiro, Diego e Arrascaeta; Bruno Henrique na frente; e contratando-se um zagueiro firme e tarimbado, uma vez que o Léo Duarte (que é bom de bola) necessita ainda de mais amadurecimento – pode até ser que eu venha a acreditar no time.
Por enquanto, está dando para o gasto. Daqui prá frente a tendência será jogos mais complicados, porque a maioria dos fracos já caiu fora, tanto da Copa do Brasil, quanto da Libertadores. Restam apenas poucas molezas.
SRN!
grande aureo.
só para acrescentar o seu rico comentário, o corinthians vem ganhando tudo nos últimos dez anos,se tornou uma equipe vencedora,já teve elencos melhores é vdd,mas é um rival de peso.
SRN !
Acho que minha televisão é em preto e branco, pois vi uma partida totalmente diferente. O jogo foi decidido nos detalhes. Seria um a zero para quem fizesse primeiro. Prevaleceu o lado afeito ao objetivo maior- o gol.
Exatamente o que faltou ao adversário: o cacoete ofensivo. Tivera um mínimo de qualidade em objetividade , o resultado seria diferente.
A dificuldade de se impor, aclarou os vários defeitos ainda a serem resolvidos. Não há substituto para Arão. Falta talento para os reservas. Muita pegada e pouca técnica ofensiva. Ê gritante a ausência de habilidade. Mais uma posição a ser preenchida juntamente com a lateral direita.
Esses jogos pegados servem para avaliar o real potencial de cada jogador. Renê não comprometeu. Rodrigo Caio e Everton Ribeiro foram os expoentes . Os demais, muito aquém. Taticamente, o adversário sobressaiu.
Restou evidenciado que o goleiro não é confiável; O nosso jovem zagueiro precisa de mais cancha; e, que a camisa nove requer um atacante de área mais objetivo.
Cuellar e Arrascaeta fazem muita falta. O protagonismo não pode ser de Diego. Os erros cometidos na época do anterior treinador teimaram em persistir. Ligação direta da defesa e os levantamentos inúteis na área adversária.
Pela incompetência ofensiva do adversário e da voluntariedade do zagueiro, a Vitória no detalhe aconteceu.
Restou a preocupação. Será que preciso comprar um aparelho de TV mais moderno?
SRN
O que foi dito aqui, sobre a imprensa de um modo geral, e a paulista em particular, é a expressão mais legítima de uma verdade que se apresenta com características de eterna e imortalmente perturbadora. Deixe que comemorem assim. Li hoje, em algum lugar perdido num “Universo em Desencanto” qualquer, que os “curingas” comemoraram a derrota como se vitória houvesse sido foi também a impressão que tive). Que seja sempre assim; que sua invencibilidade se estenda à consumação dos séculos. Quando será que começaremos a goleá-los impiedosamente para que, definitivamente, aceitem que o Rio de Janeiro é banhado pelo oceano Atlântico?