O problema de finais de Carioca disputadas em dois jogos é que um jogo come valor do outro. Foi pouca gente no primeiro jogo não somente porque o organizador (a vasca) fez lambança, mas também porque o senso comum indica que as coisas só se resolvem na partida derradeira. Aí o Flamengo vai lá, passa o rodo na baranga, mete 2×0 de passagem e praticamente acaba com a brincadeira rural uma semana antes da partida final.
Não fossem o fanatismo e a proverbial assiduidade da torcida do Flamengo em qualquer jurisdição e situação e o comparecimento popular ao segundo jogo estaria seriamente comprometido. Mas aqui é Flamengo e ninguém que possua os meios para tal abre mão de ver aquela voltinha olímpica marota enquanto canta Vice de Novo! e Olha! Olha a Força indo embora! Ser campeão de qualquer coisa é muito bom. Até do Carioca.
Mas a gente sabe que depois do jogo de ontem no Vazíssimo, o Carioca já era, foi pro ovo, acabou. O Flamengo mal tomou conhecimento da presença do bacalhau em campo. Jogou seu futebol em desenvolvimento (um eufemismo popular nos anos do Milagre Econômico para subdesenvolvido), entregou as encomendas e fim de papo. O 2×0 ficou barato pros camisa-feia, eles além de contarem com aquela ajudinha dos mané do apito (tradicional em Cariocas) ainda tiveram a suprema sorte de um pobrema elétrico no VAR que os livrou de levarem mais um ou dois gols que certamente esvaziariam ainda mais a decisão de domingo que vem. Sem falar que o VAR usado por quem não leu o manual de instruções, mostrou o deletério e nocivo poder de inibir até mesmo o grito primal de gol do torcedor. Que agora fica esperando a confirmação do Big Brother (no sentido orwelliano do termo) pra poder extravasar suas mais primitivas emoções. Não sejamos luditas, mas certas modernidades só servem pra matar a magia.
A partida foi de tal maneira desigual que qualquer análise fica prejudicada por aquele velho papo de falta de parâmetros. Era chato perder de vez em quando, mas é muito mais chato ir a um Flamengo x Vasco já sabendo que o adversário nada poderá fazer. Ontem não teve disputa, foi quase um treino. Por isso ainda reluto em elogiar o Arão, que me pareceu ter feito ontem uma de suas melhores partidas na carreira. Foi chato pra mim, que já antes do jogo estava convencido que ele não tem lugar no time. Mas vida de corneta é assim mesmo, nem sempre se pode ganhar todas e nossa obrigação é se adaptar à realidade.
O esquema sem Diego obrigou o Arão a jogar mais atrás e o vi menos peladeiro e mais participativo. A mesma coisa, sem a parte do peladeiro, vale pro Arrascaeta. Tive a nítida impressão que o time ganhou em velocidade e lucidez com o uruguaio no meio. Mas como ter certeza se jogávamos contra um pato manco? Conviveremos com essas dúvidas até que as tabelas da vida nos coloquem diante de adversários mais qualificados. Mas no jogo de ontem os dois, Arão e Arrascaeta, além de Bruno Henrique e a camisa imaculada de Diego Alves, brilharam. Sobrou elogio até pro Abel, o que da minha parte soa muito irregular. Falaremos mais do Abel em seguida.
Nem precisamos comentar o nível de tabajarianismo do nosso paupérrimo estadual. As coisas na órbita da FERJ dão sempre a impressão de que foram coladas com cuspe. Mas isso não livra a cara do árbitro fraco, que inovou ao consultar o assistente de vídeo, negar o que as imagens mostravam e anular o gol legítimo de Bruno Henrique. Porra, pra roubar assim na cara de madeira não precisava de VAR. Mas isso é o Carioca, todo mundo sabia como era e o seu bizarro regulamento foi aprovados por todos os participantes. E o Flamengão também disse sim às artes de Rubinho e Cia.
Mas o que mais me incomoda no Carioca não é a sua incipiência ou desatualidade, mas a sua capacidade de mostrar a realidade dos fatos. Sabemos que o Carioca é uma droga recreativa e, quando usada sem excessos, é também um antídoto violento para o Oba-Oba. Porque quem vê a dificuldade que o Flamengo, com seu elenco de meio bilhão de dinheiros e aquela camisa que só falta dar cambalhotas e adeusinhos pra a arquibancada, encontra pra suplantar timinhos constrangedores como o da vasca de ontem, vê também que o Flamengo está a anos-luz de distância da excelência técnica e tática que humildemente exigimos.
Vasco, Botafogo, Fluminense e Bangu tão só o pó da rabiola, mas endureceram seus jogos com a gente e todos esses mortos de fome deixaram um coco no nosso balaio. Sim, amigos, o Carioca é a prova definitiva que o Flamengão Fuderosão Campeão do Mundo Livre só existe em nossos delírios. A nossa realidade é o Carioca, um campeonato que está se tornando periférico até para os padrões do Brasil. Por sua vez um país periférico em um continente também da perifa do futebol. Resumindo, fora as pilhas com os três patetas cariocas, nossa moral tem pequena amplitude. E só vai aumentar se, e quando, mostrarmos algo a mais na Libertadores.
E é aí que a o segundo jogo da final começa a atrapalhar nossas altas aspirações continentais. Na coletiva após o jogo no Engenhão o Abel já foi tirando o seu da reta e jogando na conta da diretoria a exigência de escalar o time AAA no domingo que vem. Apenas 3 dias antes de cruzarmos a Cordilheira dos Andes pra ir buscar um ponto obrigatório na casa da LDU. No meu entendimento tosco de leigo escalar os titulares pra jogar com a vasca significa priorizar a porra do Carioca em detrimento da Libertadores. Uma opção que o Flamengo vem fazendo nos últimos 38 anos e só tomando na cabeça. Espantosamente, parece que vamos repetir esse ano novamente.
Por um instante consigo me colocar no lugar do Abel, com seu infausto currículo e decisões pelo Flamengo. Deve estar tendo pesadelos horripilantes com a mera possibilidade de dar ruim em um dos próximos dois jogos. Mas, sinceramente, não sei qual tragédia seria pior na Escala Rubro-Negra de Vexames, perder um Carioca praticamente obrigatório ou repetir a presepada de 2017 e sair da Libertadores ainda na fase de grupos. O Abel tá há anos no futebol, já tá grandinho pra escolher sozinho se prefere pular na panela ou no fogo. Não precisava mandar letrinha em coletiva e dizer que a diretoria tá pressionando. Ou ele manda no time, como afirmou desnecessariamente diversas vezes, ou não manda.
Como meu compromisso é apenas com o bom senso e com a lógica, e não com jogadores, diretores, torcedores e puxa-sacos, é fácil tomar essa decisão. Mas não é o meu emprego que tá na linha de tiro. Tem que ganhar os dois jogos, óbvio. Pra ganhar da baranga no domingo não precisa da trupe toda. Mete um catadão com nossos bons moleques (que já tocaram o terror na Final da Taça Rio), goleiro, os beques, o Gabriel que vai tentar piranhar o Bruno Henrique pra ser o Artilheiro do bagulho, umas poucas feras escolhidas repousando no banco para qualquer eventualidade e um abraço. Carioca é pré-temporada e já passou demais da hora de acabar.
*Em 15 de Abril celebramos os 81 anos de Claudia Cardinale.
Mengão Sempre
Só pode ser comigo, com o Xisto, com o Rasiko ou até com o Aureo, a turma de ^velhinhos^ do RP&A.
Não sei por que não estou me sentindo confiante ( agora é moda dizer-se “confortável”) para essa decisão. Aquele gol que nos foi descaradamente roubado está me fazendo uma cosquinha esquisita nas costas, sei lá, eu por quê. O passado nos condena como já foi lembrado alhures (epa!) a tragédia de 2008 com o América do México naquele oba-oba extemporâneo do Joel e em outras ocasiões em que demos mole para adversários já vencidos de antemão. Tomara que o Abel dê uma sacudidela no time, acho boa a ideia de mexer aqui e ali pra não cairmos na mesmice e consequente acomodação. Racionalizo a coisa e não vejo como perder só esse diabo dessa cócega nas costas que não me deixa…
Desculpe, caro Aureo, mas vou discordar.
Dos quatro jogadores que você acresceu à lista – havia escrito que presente o David Neres – há muitas impropriedades, que precisam ser esclarecidas.
De fato, apenas UM, o Veltman, que atuou os 90 minutos, ontem, como também o jogo de ida.
Esqueci-me dele, é bem verdade, MAS justifico – NÃO é titular.
A posição de lateral direita pertence ao Mazraoui, que estava suspenso (cartões amarelos) na partida de ida e, ontem, como, pelo mesmo motivo, estava suspenso o argentino Tagliafico (jogou contra nós, pelo Independiente), foi desloscado para a esquerda, tendo se contundido e sendo substituído, logo aos 11 minutos, exatamente pelo Sinkgraven, outro dos quatro acrescentados.
Já o zagueiro de área argentino Magallan (jogou a final da Libertadores pelo Boca e, salvo engano, fez até gol contra) entrou aos 82 minutos, exatamente no lugar do Sinkgraven, ao passo que o veterano Huntelaar foi, em assim dizendo, homenageado pelo técnico, eis que substituiu o marroquino Ziyech já aos 88 minutos da partida, no apagar das luzes, ao estilo de antigamente.
Desde a metade do ano passado, venho acompanhando, com o maior entusiasmo, dentro das limitadas possibilidades, esse novo time do Ajax.
Sempre fui um admirador do time da era Cruyff, que era fora de série.
Não creio que possa ser o campeão, pois deve pegar, na semifinal, o Pep Guardiola com o supermilionário time do Manchester City.
Mesmo assim, é algo fantástico.
Somente hoje, o GE traz a notícia de que os holandeses jogaram três mata-mata classificatórios para chegar à fase de grupos.
Já tinha conhecimento, desde sempre. Algo jamais acontecido.
Outro dado fabuloso, a média de idade, pouco superior a 23 anos, tão somente.
Pena que este time talvez seja desmantelado, eis que o volante De Jong (n. 21 e com 21 anos) já está vendido para o Barcelona e o austríaco Weber, que era titular da zaga ao lado do excelente De Ligt (Blind caia para a posição hoje ocupada pelo dinamarquês Schone, em constante revesamento), até já saiu do time, vendido, se não me falha a memória, para o futebol português.
Além disso, como escrevi anteriormente, até os substitutos do jogo em que empatamos eram reservas dos reservas, sendo que o atracante Lang, que, no finalzinho, chutou uma bola na trave, tinha só 17 anos.
Por fim, embora você não tenha tocado neste outro aspecto da questão, é sempre bom lembrar que NÃO vencemos o Ajax na Flórida.
O regulamento estúpido da competição não permite o resultado final de empate. Obriga a uma disputa de penaltis, que não transforma o resultado em vitória, até porque acrescenta APENAS um ponto ao vencedor da mesma, que fomos nós.
Nós dois ainda pegamos – e por muito tempo – cada vitória valendo só DOIS pontos, mas, de há muito, vale TRÊS. Logo …
Sinceras SRN
FLAMENGO SEMPRE
Duplo equívoco meu – não é o Lang que tem 17 anos. É o Gravenberch. E não tem 17 anos. Tem apenas 16.
O jogo maluco e sensacional de ontem entre os ingleses, resultando na inesperada classificação do Tottenham, trouxe mais alento para a classificação do Ajax à final.
Entendo que seja favorito, mas, na final, contra qualquer dos dois adversários possíveis, é, em princípio, zebra.
Invadi o recinto cheio de ódio pra criticar este comunista hedonista, não necessariamente nesta ordem, todavia me deparo apenas com verdades, nada mais do que verdades. Minha missão foi pro saco. Eu também achei o time com Arrascaeta melhor. Concordo unanimemente com tudo que foi dito sobre o Estadual e o Abel. Ainda temos muito caminho a percorrer para ser um time que impõe ao menos respeito, já que nosso medo a vasca já tem demais. Algo que eu tenho menos ranço do que tu, Arthur, é o VAR. Pois acho que se bem conduzido pode duplicar nosso grito de gol. Abaixo o ludismo.
Existem imbecilidades rubro-negras que me deixam fulo de RAIVA.
Acabo de ler mais uma, de um exótico e desconhecido MUSEU DE MEMES DO FLAMENGO.
Não é que os imbecis insistem no absurdo, que, mesmo de brincadeirinha, não tem cabimento.
Dizem lá os idiotas da objetividade – ^Ganhamos^ do Ajax, logo somos melhores que Real Madrid e Juventus, além do que Everton Ribeiro é o melhor 7 do Mundo.
Ainda bem que existe um Jorge Murtinho que, com a maior clareza possível, colocou as duas escalações do Ajax, aquela contra o nosso time e a do encontro com o RM.
No primeiro, OS RESERVAS, com a exceção do David Neres, inclusive com a porrada de substituições feitas, todas envolvendo jogadores reservas dos reservas.
Além de tudo, somente empatamos e, mais ainda, tomando uma verdadeira coça dos garotinhos holandeses.
Unica solução – Vão tomar no CU, babacas do Museu de Merda.
Emputecidas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Carlos Moraes,
realmente é desproporcional a diferença entre o futebol que se joga na Europa e o jogado na América do Sul.
Entretanto, a bem da verdade, naquele time do Ajax que enfrentou o Flamengo jogaram 5 jogadores, que também entraram em campo hoje e venceram o Juventus. A saber: Veltman, Magallán, Sinkgraven, Huntelaar e David Neres.
Time que enfrentou o Flamengo:
Lamprou, Kristensen, Schuurs (Veltman), Magallán e Sinkgraven (Bakker); Eiting (Jensen), Gravenberch (De Wit) e Labyad; David Neres (Ekkelenkamp), Huntelaar (Traoré) e Cerny (Lang)
Técnico: Erik ten Hag.
Time que venceu o Juventus.
André Onana; Joel Veltman, Matthijs de Ligt, Daley Blind e Noussair Mazraoui (Daley Sinkgraven, depois Lisandro Magallan); Lasse Schöne e Frenkie de Jong; Donny van de Beek; Hakim Ziyech (Klaas Jan Huntelaar), Dusan Tadic e David Neres.
Técnico: Erik ten Hag
Agora, se um dia o Corinthians sagrou-se campeão mundial vencendo o Chelsea por 1 x 0, não é impossível dar uma zebra e o Flamengo tornar-se bicampeão mundial, se é que ele chega lá.
Cordiais Saudações Rubro-Negras.
Não concordo com a escalação de um time reserva, é jogo de final de campeonato, vale título, coisa muito rara ultimamente na Gávea e temos que voltar a honrar a máxima do “deixou chegar” do tempo das vacas gordas!
Além disso, o time principal precisa de ritmo de jogo e de uma volta olímpica para tirar a inhaca do cheirinho, mas, sem oba-oba, afinal, o carioquinha só tem tradição, não tem mais a mesma representatividade e importância, porém, não convém bobear e jogar com seriedade é indispensável, nada de oba-oba, brincadeirinhas e subestimar o adversário, mesmo sendo o Vice da Gama, não ganhamos nada ainda e até aqui esse time tem sido vacilão, quando terminar o jogo com resultado favorável ao Flamengo, a gente brinca e sacaneia os viceínos…
SRN!!!
Eu acho graça, quando leio nas redes sociais, ao ver a torcida pedir para o Flamengo entrar em campo contra o Vasco com um time misto. Vai que por obra do imponderável, do Sobrenatural de Almeida, o Flamengo perde o título, quebrando uma escrita de 31 anos, deixando de nos garantir o direito de sacanear os vices…
Ora, o elenco terá uma semana inteirinha para descansar. E jogar uma final contra um Vasco, desgastado física e emocionalmente, em crise, com salários atrasados, e ainda com uma vantagem de dois gols no placar, apenas servirá como preparativo para a pedreira lá no morro contra a LDU, que na realidade é um Vasco melhorado. Mas, essa tal de altitude…
SRN!
Eu também não vou muito com os cornos desse tal de Var. Noutro dia estava vendo um jogo do campeonato inglês ( premier league é o cacete) não me lembro dos times, nem dos personagens, mas a jogada,sim, houve uma falta ali quase no ângulo da linha de meio campo com a lateral do lado esquerdo, o cara cobrou rápido, atravessando todo o campo e alcançando o companheiro do outro lado, que penetrou, depois de alguns etc., etc., redundou em gol, belíssimo gol, pelo trabalho de toda uma jogada, aí ouvi essa pérola do locutor “que nos falava”, se houvesse VAR, esse gol seria anulado porque a bola estava em movimento. Olha que tremenda sandice, a máquina anularia um gol fruto de uma obra -prima de jogada, desde a precisão do passe longo que , presume-se, se a bola tivesse em movimento só dificultaria a jogada, quer dizer, toda lindíssima jogada seria frustrada pela opinião fria de uma bosta de uma máquina. Outra jogada que me chamou a atenção, um gol anulado Davydson (sei lá se é assim que esses cara meio esquisito se chama) pelo VAR, porque o cara estava um pentelésimo de centímetro impedido, o que não faria a mínima diferença simplesmente porque os zagueiros “que não lhe davam condições” não chegariam no atacante nem com a velocidade supersônica do Super-Homem. Por essas e outras eu acho que o fator humano (uma obra-prima do Graham Greene) deveria sempre estar presente mesmo com seus erros, desde que não fossem gritantes, obviamente.
Complementando.
Jogadores com presença obrigatória no banco – EVERTON RIBEIRO, Diego, Gabigol e Cuellar.
Por fim, não se poderia esquecer mesmo o aniversário da Claudinha, sempre lembrando que, como companheiro de berçário, fui o primeiro varão a dar uma cantada nela.
Nunca imaginaria que um amor platônico causasse tanto ciúmes. Viva o amor!
Ser ou não ser??
Assim como o Arthur, também não entendo o envio de todos os titulares para o jogo de domingo. Um bom mistão seria mais do que suficiente para manter a vantagem sobre o time da vasca. Acho meio exagero querer ganhar com tudo só para dizer que não deu mole.
Mas, ao mesmo tempo, entendo o receio dos dirigentes do clube em não dar brechas para coisas imponderáveis. Como tivemos no dia 07/05/2008 (despedida de Joel).
Só que a diferença técnica é tão grande que, na pior das hipóteses, o jogo terminaria em um empate tranquilo com gol de pênalti roubado (pra não perder o costume) no final do jogo.
Aliás, quando chegou a notícia de que o VAR havia caído depois de ajudar o Vasco, tive a quase certeza de que o juizinho inventaria um pênalti para eles no final do jogo. Bastaria que eles mandassem uma bola cruzada na área e que um de seus jogadores se jogasse no chão.
Só que, o domínio foi tão grande que nem uma bola vadia eles conseguiram mandar para a nossa área. E é por isso que o nosso sub-21 teria totais condições de levantar o caneco no domingo.
Enfim, os traumas recentes acabaram por impor decisões das mais discutíveis pela direção rubro-negra. Só que, não dá pra ser totalmente contra esse nível de prudência. Ainda mais em se tratando de Flamengo.
Coisa, aliás, que precisa ficar pra trás. Esse negócio de “carregar fantasmas” não faz bem pra ninguém. E só conseguiremos exorcizá-los de vez quando levantarmos todas as taças que estão sem par em nossa sala de trofèus.
SRN a todos!!
Titulares ou Reservas, eis a questão !
Na verdade, é um problema mundial.
Peguemos a semana passada, tomando em conta a parte do mundo onde se concentram os melhores jogadores, nascidos lá ou não.
Três times rigorosamente em ponta nos seus países – Barcelona, Ajax e Liverpool.
O Barça do Messi, jogou contra o lanterna absoluto do Campeonato, um tal de Huesca, um desconhecido até 2018/19. Fora de casa. Time completamente reserva, sendo que a dupla Messi e Suarez sequer ficou no banco. Seria esforço demais e tido como desnecessário. Fracassou, Ficou no medíocre 0 x 0, mas manteve NOVE pontos de vantagem, faltando cerca de cinco rodadas.
A imensa folga na liderança, mais do que o péssimo adversário, certamente motivou a escalação esdrúxula.
O Ajax, líder do holandês apenas pelo saldo de goals, tinha um adversário também péssimo e desconhecido, ainda por cima jogando em Amsterdam.
Escalou todos os titulares que haviam jogado contra a Juventus e que voltam a atuar, ainda hoje, contra a chamada Velha Senhora, em jogo da maior importância.
Esmagou por tranquilos 6 x 2, até aumentando a sua vantagem no saldo, que já é suficientemente grande.
Por fim, o Liverpool, que, como todos sabem, disputa ferozmente a recuperação de um título que já não ganha a VINTE E NOVE anos. Ao contrário dos demais tinha um adversário poderoso. Não titubeou, Escalou todos os titulares e ganhou por 2 x 0, para alegria geral e, talvez, do Porto, seu adversário de amanhã.
De toda a baboseira escrita, o que pode se deduzir.
São as CIRCUNSTÂNCIAS que acabam ditando a moda.
A qualidade do adversário, a posição na Tabela da competição, mais do que propriamente a idéia de poupar os jogadores.
Nisto tudo, como fica o Flamengo.
Vou contra a maioria.
Levando em consideração a EXTREMA RUINDADE do adversário (com sinceridade, NÃO É GOZAÇÃO, que até não faz o meu estilo, achei bem mais eficiente o pobre San Jose de Oruro, que fez gol e ainda ameaçou umas outras duas vezes) e a vantagem obtida, escalaria um time misto e olhe lá.
O goleiro (Ter Stegen foi o único titular em campo), um dos zagueiros de área, Arão, para ver se aprende, e o De Arrascaeta, que está bem descansado (apesar da viagem à China) e precisa dar um toque de classe no time. No banco, mais uns quatro titulares, para serem eventualmente aproveitados,
Em suma – Diego Alves, Ruimdinei, Léo Duarte, Rodolfo e Trauco – Arão, Ronaldo, Lucas Silva e Arrascaeta – Vitinho e Vitão.
E seja o que Deus quiser …
Despreocupadas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Errei.
De acordo com a imprensa, vamos atuar com os titulares.
Por outro lado, PALMAS PARA MIM.
Analisei a situação de três times europeus – Barcelona, Ajax e Liverpool – que conseguiram, de forma brilhante, a classificação para as semifinais da Champions League.
Não acertei o Tottenham, mas fico muito satisfeito com tudo que aconteceu por lá.
E foi tUDO mesmo, momentos mágicos deste esporte fantástico e alucinante.
Paradigmamos mais um.
Atenção para a micro aula de história nesse trecho:
“Que agora fica esperando a confirmação do Big Brother (no sentido orwelliano do termo) pra poder extravasar suas mais primitivas emoções. Não sejamos luditas, mas certas modernidades só servem pra matar a magia.”
Que a Cardinale continue frequentando nossos sonhos!
Que a Libertadores se transforme em realidade…de preferência o mais rápido possível!
Arthur,
não creio que a ausência de publico no jogo de domingo ocorreu em razão de a partida não decidir o campeonato, porque em São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte, onde também foram realizados somente a primeira partida da final, o público bateu na casa dos 51 mil torcedores, na média.
A pirracinha do Vasco levou apenas 9.976 pagantes, terminando com um déficit de R$ 332.873,00. Eurico fez escola em São Januário.
Quanto à prioridade entre o Carioca e a Libertadores, o Flamengo pode perfeitamente treinar no domingo contra o Vasco e jogar à vera contra a LDU, ambas as partidas com o time titular, até porque há tempo suficiente para descansar o elenco, já que não teremos jogo no decorrer desta semana. (Já o Vasco terá na quarta-feira uma partida encarniçada na Vila Belmiro).
E parece mesmo que o Flamengo entrará em campo contra o Vasco, com sua força máxima: Diego Alves; Pará, Rodrigo Caio, Léo Duarte e Renê; Cuellar e Willian Arão; Everton Ribeiro, Diego, Arrascaeta; e Gabigol.
Aliás, esta é a minha formação ideal, talvez com Bruno Henrique no lugar do Gabigol.
Em 1981, o Flamengo não tinha no elenco nenhum ponta que se destacasse. Mas, tinha 3 meias atacantes, que jogavam com a 10, um fora de série, Zico, e dois muito bons,Tita e Lico.
Cláudio Coutinho arrumou a solução: deslocou Tita e Lico para as pontas, e o resto da história todos conhecem.
SRN!
Concordo com o catadão a la Taça Rio, mas lembre-se que o jogo da quarta em Quito só acontece pro Abel se ele passar pela vasca no domingo.
Agora, que seria muito bom um time misto, seria.
SRN
Acho que o Clube não está em posição de escolher prioridades pelo que vem demonstrando em campo. Cumpre observar que deu um mísero chute no primeiro tempo do jogo de domingo. O amplo domínio mais uma vez vez não se converteu em chances de gol por falhas no último passe e finalizações afobadas. Os gols sairam em sobra de bolas rebatidas, sem nenhum brilho coletivo, somente por oportunismo do atacante e perspicácia do uruguaio no segundo tento.
Acredito que o treinador colocará a força máxima na final. Não irá brincar com a sorte, como é comum no desempenho do time. Apesar da fragilidade do adversário.
Talento individual à parte, o coletivo ainda está muito aquém do esperado. O Campeonato não é referência, o que torna obrigação a sua conquista. Esperamos que os melhores joguem, sempre
SRN