Campeonato Brasileiro, 27ª rodada.
“Se Euclides da Cunha fosse vivo, teria preferido o Flamengo a Canudos para contar a história do povo brasileiro.”
“O Flamengo joga, hoje, com a mesma alma de 1911.”
“Cada brasileiro, vivo ou morto, já foi Flamengo por um instante, por um dia.”
Os mais novos podem estranhar, mas as frases acima fazem parte do rico repertório de um dos maiores torcedores tricolores de todos os tempos.
Irmão do autor de duas obras-primas – “Histórias do Flamengo” e “O Negro no Futebol Brasileiro”, ambas escritas por Mário Filho –, Nelson Rodrigues foi um cronista esportivo espetacular, pela inteligência, pelas tiradas impagáveis, pelos personagens criados e, claro, pela capacidade de reverenciar o rival mais famoso. Não há futebol sem o outro lado. E, sobretudo, não há futebol sem que o outro lado também seja forte.
Nelson talvez tenha sido o maior responsável por fazer do Fla-Flu nosso clássico mais badalado, conseguindo com talento e sagacidade o que Eurico Miranda tentou a vida inteira, com truculência e sem sucesso, em relação a Flamengo e Vasco. Independentemente de fases ou momentos, elencos ou dinheiros, o Fla-Flu segue imbatível.
Há outras frases de Nelson Rodrigues que louvam o Flamengo. Há muitas. Porém, em tempos pós-Jorge Jesus, nenhuma é tão atual quanto essa:
“Nada é mais bonito do que a euforia da massa flamenga.”
O Fla-Flu pelo segundo turno do Campeonato Brasileiro não fugiu à regra do que o time tem feito Brasil afora, e ainda mais no Maracanã. Com três minutos de jogo, o Flamengo já produzira duas grandes chances de gol e uma delas repousava no fundo da rede tricolor. O massacre só foi parar aos vinte do segundo tempo, quando um contra-ataque mortal definiu o placar e a partida.
Em relação a quem entrou em campo no meio da semana, contra o Fortaleza, houve o retorno de Bruno Henrique e Everton Ribeiro, que estavam suspensos, além de Filipe Luís – retomando o ritmo e se testando para o jogo da próxima quarta-feira, que irá apontar um dos finalistas da Libertadores. Prosseguimos sem Rafinha e Arrascaeta, descansamos Willian Arão, tiramos Gerson após o segundo gol.
Curiosidade: peça a qualquer rubro-negro, mesmo o mais atento e apaixonado, para dizer quem deixou de atuar nessa ou naquela partida. Poucos conseguirão se lembrar, por exemplo, que nos três a zero em cima do Ceará, Bruno Henrique não estava em campo. Ou que Everton Ribeiro só entrou na parte final da vitória de quatro a um sobre o Vasco. Willian Arão, que tem sido um dos nossos jogadores mais regulares e importantes na temporada, no Fla-Flu ficou no banco por quase setenta minutos, entrando somente após o gol de Gerson. Sai um, entra outro, saem dois, entram outros dois, e o time mantém a pegada e o apetite.
Embora com algum excesso de preciosismo no último passe – ele enxerga muito à frente e às vezes é difícil acompanhá-lo –, Everton Ribeiro deu mais uma aula de armação, com movimentação e visão de jogo. Bruno Henrique decisivo, Gerson incansável, Gabriel se mexendo por todos os cantos do ataque. (É fundamental compreender, embora nossa cultura futebolística não facilite, que muitas vezes, para um atacante, estontear a zaga adversária vale tanto quanto fazer gols, por atrair as atenções e criar as condições para que outros os façam.)
Com tudo isso, e mais uma poderosa exibição coletiva, me parece justo – da mesma forma que fiz com Vitinho, na vitória sobre o Atlético Mineiro – destacar a atuação de Rodinei. Foi muito bem e mostrou que, pelo menos por enquanto, entre ele e João Lucas, a primeira opção para a reserva de Rafinha é ele.
Seguindo o imprescindível clichê, nada está ganho – e nem poderia, faltando onze rodadas para acabar o campeonato. Nem o Bayern de Munique, em sua enfadonha hegemonia na liga alemã.
No entanto, pergunto: alguém duvida?
Lances principais.
1º tempo:
Aos 2 minutos, Everton Ribeiro fez boa jogada pela direita e enfiou para Rodinei, junto à linha de fundo. Yonny González tomou a frente do lateral rubro-negro e tentou ganhar o tiro de meta, chutando em cima de Rodinei. Esperto, Rodinei se esquivou e a tentativa de Yonny virou um presente para Gabriel dentro da área. Ele dominou e bateu no canto esquerdo, Muriel fez uma difícil defesa para escanteio.
Aos 3, Everton Ribeiro cobrou curto para Rodinei, que levantou na medida para Bruno Henrique, quase na pequena área. Bruno Henrique subiu mais que Gilberto e cabeceou firme, no canto esquerdo de Muriel. Um a zero.
Aos 6, Nenê cobrou escanteio na esquerda, Yonny González ganhou no alto de Rodrigo Caio e desviou. Bem adiantado, Wellington Nem completou de voleio, Diego Alves fez ótima defesa e Pablo Marí afastou para escanteio. Caso o gol tivesse acontecido, a revisão do VAR certamente o anularia.
Aos 7, Diego Alves saiu jogando com Everton Ribeiro, que tocou de cabeça para Gabriel. Ele ganhou de Allan e Daniel na corrida, invadiu a área, cutucou para o gol e Muriel fez mais uma boa defesa para escanteio.
Aos 9, Gabriel dominou na esquerda, partiu pra cima de Nino, passou por ele e, dentro da área, recebeu o carrinho por trás. Anderson Daronco marcou apenas escanteio e, chamado pela turma do VAR, confirmou a marcação. Assistindo ao jogo pela tevê, pênalti claro. Pela imagem de uma das câmeras do VAR, pênalti claro. Não acredito em teorias da conspiração para prejudicar o Flamengo e nada justifica a não marcação da penalidade, mas creio que Gabriel vem enfrentando problemas de credibilidade junto aos juízes. Paciência: colhe-se o que se planta.
Aos 13, Vitinho cobrou escanteio, Pablo Marí e Frazan subiram, Frazan tocou de cabeça e quase marcou contra.
Aos 16, Rodrigo Caio interceptou um ataque do Fluminense servindo Gabriel, que escorou para Everton Ribeiro na entrada da área. Everton Ribeiro bateu forte, Muriel fez mais uma boa defesa.
Aos 24, Pablo Marí errou o passe, Nino cortou, Ganso e Pablo Marí dividiram sem dar em bola, Wellington Nem recolheu a sobra, carregou para o meio, limpou Piris da Motta e chutou colocado no canto direito. Diego Alves espalmou.
Aos 27, a sobra de um escanteio cobrado por Everton Ribeiro ficou na direita com Rodinei. Ele empurrou a Vitinho, que cruzou. Rodrigo Caio subiu mais que Gilberto e testou firme, no canto esquerdo. Muriel espalmou, Everton Ribeiro dominou o rebote e pôs na pequena área, Frazan salvou.
Aos 31, Diego Alves saiu jogando com Rodinei e daí a Everton Ribeiro, que acelerou e buscou Gabriel no meio. Gabriel tocou a Bruno Henrique, já do outro lado. Ele recolheu e deu um lançamento preciso, na cabeça de Vitinho. Boa conclusão, para baixo, rente à trave direita de Muriel.
Aos 44, o Fluminense trabalhou bem pela esquerda, com Daniel, Caio Henrique, Ganso, novamente Daniel e daí o lançamento a Caio Henrique, entre Rodinei e Everton Ribeiro. Caio Henrique cruzou e, de puxeta, Yonny González completou com muito perigo. A bola passou junto à trave, Diego Alves apenas olhou.
2º tempo:
Com menos de 1 minuto, o Flamengo apertou a saída de bola, Allan errou, Bruno Henrique tomou, rolou a Gabriel, a Vitinho e daí a Bruno Henrique, que da meia-lua concluiu mal, para fora.
Com 1 minuto, outro erro na saída de bola do Fluminense. Everton Ribeiro cortou de cabeça, Frazan vacilou, Gabriel roubou e tentou driblar Muriel, que tirou com um tapa.
Aos 10, Gilberto recebeu com muito espaço na direita e cruzou. Diego Alves, Rodrigo Caio e Rodinei não se comunicaram, Rodrigo Caio roçou de cabeça encobrindo Rodinei e a sobra ficou com Nenê, que chutou forte. A bola desviou em Rodinei e saiu a escanteio.
Aos 20, Diego Alves bateu para a frente, Bruno Henrique se antecipou a Nino e roçou de cabeça, Gabriel e Reinier dispararam no contra-ataque, se atrapalharam mas conseguiram dar sequência ao lance. Reinier recebeu na entrada da área e clareou para Gerson na direita. Ele trouxe para o meio, limpou Caio Henrique e soltou a bomba de pé esquerdo. A bola, que já ia entrar, ainda foi desviada por Gilberto antes de chegar à rede. Dois a zero.
Aos 48, Gilberto cobrou escanteio na direita, Lucão tocou de cabeça e, adiantado na pequena área, Frazan completou. Mais uma grande defesa de Diego Alves em outro lance que, se tivesse entrado, seria anulado pela revisão do VAR. Não que eu queira colaborar com o aumento das altas taxas de desemprego no país, mas não é o caso de economizar a grana dos bandeirinhas?
Aos 49, por incrível que pareça, Gabriel conseguiu levar cartão amarelo por uma falta em Yuri Lima junto à lateral da área do Fluminense. Puxão de orelha nele, Mister.
Ficha do jogo.
Flamengo 2 x 0 Fluminense.
Maracanã, 20 de outubro.
Flamengo: Diego Alves; Rodinei, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís (Renê); Piris da Motta, Gerson (Willian Arão) e Everton Ribeiro; Gabriel, Bruno Henrique e Vitinho (Reinier). Técnico: Jorge Jesus.
Fluminense: Muriel; Gilberto, Nino, Frazan e Caio Henrique; Allan, Daniel, Ganso (Lucão) e Nenê (Yuri Lima); Wellington Nem (João Pedro) e Yonny González. Técnico: Marcão.
Gols: Bruno Henrique aos 3’ do 1º tempo; Gerson aos 20’ do 2º.
Cartões amarelos: Pablo Marí, Piris da Motta e Gabriel; Frazão, Caio Henrique, Yuri Lima, Ganso e Lucão.
Juiz: Anderson Daronco. Bandeirinhas: Rafael Alves e Elio Nepomuceno.
Renda: R$ 2.565.378,00. Público: 52.279.
Tomava um chopp ontem e lembrei: preciso ler a crônica do Murtinho sobre o Fla x Flu. Será que já saiu texto novo do Arthurzão? Ele sempre tem um requinte de genialidade especial contra o trio flumifogo da gama, deve estar imperdível.
E pensei também: Murtinho lançou esse projeto de resenhar todas as partidas na temporada ideal. Já pensou ter que escrever nos anos de 2016, 17, 18?
Ex:
36 do 1º tempo: Rafael Vaz dá um chutão pra frente. A bola é disputada no meio de campo. Diego recebe de Márcio Araújo, domina, gira e toca para trás, o volante adversário se antecipa, ganha de Márcio Araújo na corrida e chuta fraco da intermediária. Muralha se atrapalha e a bola morre fraquinha no fundo do gol. Gol do Atlético Goianiense no Maracanã.
Por sorte estamos vendo o talento e a competência do Murtinho (e de todo o time RP&A) justo num ano mágico.
Na quarta faremos todos os gols que foram anulados pelo VAR no jogo de ida. 4×1 pra nós.
SRN!
Fala, Pedro.
Muito bom! E muito obrigado pela força de sempre.
Cara, essa jogada que você descreveu aos 36 do 1º tempo é um pesadelo. E pensar que tudo isso acontecia há tão pouco tempo.
Você acredita que, nesse Campeonato Brasileiro, o Rafael Vaz tem o mesmo número de gols (cinco) que os maiores artilheiros do Botafogo (Diego Souza e Alex Santana), do Fluminense (Pedro e Yonny González), do São Paulo (Pato e Reinaldo), do Inter (Edenílson), do Corinthians (Vagner Love)? E mais que qualquer um do Vasco? O homem tá impossível.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Aquele Fla x Flu tão versado por Nelson Rodrigues não existe mais.
Sequer dá pra chamar de clássico.
A torcida do fluminense não aparece mais no estádio há muitos anos.
Me senti num Flamengo x Madureira com um uniforme mais estranho.
É uma pena.
muito triste mesmo !
SRN !
Fala, Trooper.
Pois é. Como escrevi no começo do texto, não há futebol sem adversário forte. E por isso nossos grandes rivais passaram a ser de outros estados.
Uma pena que o Fla-Flu tenha deixado de ser a experiência estética arrebatadora que a tantos capturou para a paixão pelo futebol. Fui um deles.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Andei lendo e ouvindo por aí que o Flamengo poderá perder a classificação para a final da Libertadores, por um lado, porque o Grêmio é copeiro, e por outro, porque poderá baixar a soberba no time do Flamengo, além de querer buscar o resultado de 0x0.
Vou dizer aqui, o que gostaria de informar a esses secadores:
1 – Se o Grêmio fosse tão copeiro quanto acreditam, não teria perdido a final da Copa do Brasil para o Athlético-PR. E, ao contrário do entendimento de muitos, eu não vejo no time do Grêmio essa bola toda que muitos apregoam. Com um pouco mais de competência, o Flamengo teria enfiado uma goleada neles lá no Sul, garantindo antecipadamente a ida para a final.
2 – Mesmo que se algum jogador do Flamengo pretendesse acreditar no “já ganhou”, eu duvido que JJ deixaria isso acontecer. O esporro iria comer solto.
3 – Também não creio que JJ vai mudar o esquema tático e o comportamento do time, para jogar pelo 0x0. Deveremos assistir ao show que já estamos acostumados.
ATUALIZANDO AS PROBABILIDADES:
A partir do ano de 2006, quando o campeonato brasileiro passou a ser disputado por 20 clubes, a maior pontuação foi obtida pelo Corinthians em 2015, com 81 pontos. Depois vieram Cruzeiro em 2014 e Palmeiras em 2016 e 2018, com 80 pontos.
Nos nove demais anos, a média de pontos dos campeões alcançou 74 pontos, sendo a mais alta 78 em 2006, pelo São Paulo e a mais baixa o Flamengo em 2009 com 67.
Levando-se em consideração esses dados, e a derrota do Santos e o empate do Palmeiras, o Flamengo precisa de 14 pontos, de um total de 33 que ainda serão disputados, para chegar aos 78 pontos, que creio agora ser a pontuação máxima que um outro clube possa conseguir este ano.
Hoje, o Flamengo tem 79% de aproveitamento. O percentual máximo até hoje foi de 71.05%, obtido pelo Corinthians, em 2015. Para O Flamengo ser campão, precisa apenas ter um aproveitamento nas últimas 11 rodadas de 42.42%.
Portanto, apenas como exemplos, podemos ultrapassar a casa dos 78 pontos vencendo 4, empatando 1 e perdendo 6 partidas.
Nas restantes 11 rodadas, o Flamengo jogará 6 partidas no Maracanã, 1 no Engenhão e somente 4 fora do Rio de Janeiro, sendo que quando jogar na antepenúltima rodada contra o Palmeiras e na última contra o Santos, o campeonato provavelmente já estará decidido: FLAMENGO CAMPEÃO.
Creio que temos hoje 95% de chances de conquistarmos o Campeonato Brasileiro de 2019.
Sempre Flamengo.
Fala, Aureo.
1) Concordo. Balela. O Cruzeiro também tinha fama de copeiro e saiu tomando pau atrás de pau. Libertadores, Copa do Brasil, foi tudo pro saco. Por que o time é copeiro vai ganhar todas? O Boca não é copeiro? O que pesa, acho, é o fato de ser mata-mata. Se um está num dia bom e o outro está num dia ruim, danou-se. Foi mesmo uma pena não termos liquidado a parada lá em Porto Alegre.
2) Concordo. Você viu uma entrevista do Gabriel depois do Fla-Flu, ao repórter do SporTV? O cara perguntou se Jorge Jesus tinha pegado no pé dele por causa de determinado lance. Gabriel deu um sorriso de quem está de bem com a vida e respondeu: “Só no meu pé, não, ele pega no pé de todo mundo!” Isso é muito legal. Já vimos discussões de Jorge Jesus com Rafinha, com Gerson, o bicho pega geral.
3) Concordo. Não há chance de Jorge Jesus jogar por zero a zero. Claro: se o jogo estiver zero a zero aos trinta do segundo tempo e ele detectar alguma queda no meio-campo, de repente ele pode lançar o Piris da Motta, aí faz parte. Mas jogar pelo zero a zero não pertence ao gajo.
Rapaz, suas contas ainda vão me endoidar. Mas elas fazem todo sentido. E cada vez mais a previsão de Trooper se aproxima de virar realidade.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Existe um grupo que diz : futebol é gostoso por causa disso, a tal causa disso é a famosa frase “futebol é uma caixinha de surpresas”. Já disse e repito, amo futebol, mas é exatamente por isso que eu não gosto de futebol , caixinha de surpresa é o cacete, isso é papo pra masoquista, se todos esses timecos que andam por aí tivessem vergonha na cara mesmo já teriam entregue o caneco ao Flamengo. Alem dos inimigos, dos contras, da arco-íris cretina, ainda temos que disputar a taça com a tal de matemática. Estamos arriscados também a perder para aquele time de come e dorme do Renato, aí haja culhão para aguentar, vamos ouvir sandices tipo, Grêmio é copeiro, Renato é malandro, sabe das coisas, pior ter que aturar o próprio. Isso tudo porque o futebol é …imprevisível. Antes que eu me esqueça, caixinha de surpresa é o apelido de meu ovo de estimação. E tenho dito.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Xisto, você devia ser entrevistado no Pânico pra soltar essas pérolas ensandecidas.
Totalmente de acordo.
Gande Xisto!
Belíssimo comentário. E mais uma razão pra rapaziada entrar hoje à noite tinindo e trincando (como diziam os Novos Baianos e muito bem lembrou o Arthur): a gente não ter que ouvir esse monte de baboseiras.
Abração.
Há uns três ou quatro jogos atrás, afirmei, sem medo de errar, que o HEPTA está garantido.
Evidentemente, não de forma matemática, mas em razão do mínimo de lógica que o futebol permite.
Não tenho medo de errar, menos ainda de gato preto atravessando o caminho.
Um time infinitamente superior aos demais (apenas o Grêmio eu excluiria), sendo que os adversários se equivalem, pelo que todos perdendo pontos nos jogos travados entre si, ao passo que o tricolor gaúcho usando e abusando dos r eservas, tolice que, HÁ ANOS,o Renato Gaúcho venera.
Dito isso, uma bela e mais do que tranquila vitória, contra um Fluminense fraquíssimo, que vai ter dificuldades para fugir do rebaixamento.
As mais do que apropriados citações ao Grande Nelso, fazem-me imaginar a tristeza do mesmo se tivesse vivido para assistir o seu tricolor tão fraquinho assim.
Nem o Sobrenatural de Almeida, junto com a cabra vadia, poderiam dar uma esperança no jogo de ontem.
Um passeio e um massacre, com um dado a mais – sem arrefecer na segunda etapa, até que o segundo gol saísse.
De arbitragens, contrariando o meu hábito, falei demais na semana passada, pelo que impõe-se agora o silêncio.
Depois de amanhã, aí sim, deverá haver emoção, de tal forma que não sei se, para tanto, estarei preparado.
Utilizarei o meu recurso covarde. Vejo os primeiros 25 minutos. Se nada tiver acontecido, dou um descanso ao ^cuore ingrato^, voltando na etapa final com a mesma estratégia e seja o que Deus quiser.
De qualquer forma, conto com a classificação, pelo que suponho que, durante todos os 90 minutos, estarei sentado na minha poltrona á frente da televisão.
Proféticas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu amigo Carlos Moraes.
A situação do Fluminense é desoladora. Mas, apesar do meu histórico familiar, não tenho pena. O clube está pagando pela perdulária gestão no período Celso Barros. E, embora a gente tenha uma certa mania de tratar o torcedor como coitadinho, a torcida também tem sua parcela de culpa. Lembro que, em dos fla-flus de 2012, os torcedores tricolores cantavam na arquibancada: “Urubu otário / O Celso Barros / Tem dinheiro pra caralho”. Além da rima triste, o resultado está aí. Agora, aguentem.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, ontem, embora completamente dominado pelo Flamengo, o Fluminense teve duas oportunidades claras de gol e as desperdiçou! Lembre-se que “sem sorte, não se chupa nem um Chicabon”! Saudações Rubro-Negras! Rumo ao Hepta!
Fala, Serginho.
Bem lembrado. Essa é mais uma do Nelson que poderia ter entrado no post.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Corretíssimo, arrisco a dizer que ontem foi a melhor atuação do Rosinei em quatro anos de Flamengo. Cheguei a pensar que sem Rafinha, seria bom escalar Renê na direita, exclusivamente para marcar o Everton, agora acho que Rosinei merece a chance.
Fala, Flavio.
Pois é, rapaz, e pra você ver: eu acho que o Renê entrou mal no jogo. Mas quando ele entrou, o Fluminense já estava morto – é impossível a qualquer time do futebol atual escalar Nenê e Ganso no meio-campo. Os outros oito têm que correr por eles, e morrem cedo.
Agora, na boa: pensar em escalar Renê na direita é sinal de total desespero. Precisamos pensar nisso para o ano que vem.
Abração. SRN. Paz & Amor.
belo texto murtinho.
eu sempre deixei claro que o maior rival do flamengo é o fluminense,fla x flu é o classico mais charmoso do brasil,quiça do mundo.
eu eu eu eurico se fudeu !
ontem vimos mais um milagre de jesus(vc tem que escrever a respeito dos milagres)o limitado rodiney jogou um bolão.
engraçado que muitos apontavam o palmeiras como melhor elenco e é o flamengo que tem tido melhores resultados quando precisa usar seus reservas.
campeonato brasileiro já está encaminhado!
SRN !!!
Fala, Chacal.
Valeu, obrigado pela moral.
Sou suspeito pra falar. Sou de uma família cheia de tricolores, meu pai era Fluminense doente, o Fla-Flu tem uma importância colossal na minha vida. E tem a parada das cores, né? Quer coisa mais enfadonha do que Vasco e Botafogo, o estádio todo em preto e branco?
Encaminhado, está. Muito bem encaminhado. É só não fazer bobagem.
Abração. SRN. Paz & Amor
#RODILINDOÉMELHORQUERAFINHA
Taí um jogador pelo qual torço muito pra que continue jogando o que jogou ontem e não precise ser defenestrado por falta de qualidade técnica. Mostrou que tem (qualidade técnica) e não lembro de outra atuação tão primorosa dele no Flamengo. Mais um milagre de Jesus. Depois do Arão, Vitinho e agora Rodinei, só falta o Berrío, que me parece ser o espinho mais difícil pela falta de intimidade com a criança – é o típico caso em que a pedofilia é essencial.
“(É fundamental compreender, embora nossa cultura futebolística não facilite, que muitas vezes, para um atacante, estontear a zaga adversária vale tanto quanto fazer gols, por atrair as atenções e criar as condições para que outros os façam.)”. Tá vendo como as tuas explicações são fundamentais pros ignaras como eu? Na hora me baixou um profundo sentimento de compaixão pelo Gabigol e compreendi melhor a importância dele. Mestre é pra essas coisas.
E agora não dá mais pra segurar, vou entrar na canoa do meu amigo Carlos é gritar É CAMPEÃO! 11 rodadas restantes e 10 pontos na frente. Seria preciso perder 1 ponto por jogo e o Palmeiras ganhar o mesmo 1. Impossível não existe no futebol, mas estamos falando de um time jogando o fino da bola contra outro que a cada dia se atola na mediocridade dos sucessivos treinadores (?) de araque. Nem os “especialistas”, que até pouco tempo defendiam os técnicos brasileiros – como o Paulo Lima, da Fox -, se calam mais e reverenciam o trabalho do JJ, que vai muito além do Flamengo e, espero, terá consequências no futebol brasileiro. Como torcedores somos abençoados por esse turning point ter ocorrido no nosso time do coração. Meu único receio é uma JJ-dependência, sabendo que a disposição dele permanecer no Brasil por um longo período não é das maiores. Entendo a saudade da Terrinha. Se eu que não sou de lá, sinto, imagina o gajo!
srn p&a
Fala, Rasiko.
Ô, meu camarada, essa hashtag aí é espetacular!
Rodinei é imprevisível. Com o time todo jogando redondo, como tem acontecido, é possível que funcione. E aí vai mais uma pra conta do Jorge Jesus.
Gabriel tem sido muito importante pro Flamengo. Agora, vamos combinar: que papo é esse de mestre? Pirou?
Quanto à dependência, eis um problema com o qual teremos de lidar. E vou te dizer uma coisa: se eu fosse Jorge Jesus, ganhava a Libertadores, ganhava o Brasileiro, jogava dez mil réis no veado e partia. Seria lembrado, por todos e para sempre, como o maior técnico da história do clube. Mas como é Jorge Jesus e não Jorge Murtinho, resta torcer pro cara ficar.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, irmanamente contiuemos em nossas divergências. Estou em dúvida em relação ao pior jogador do jogo. Pela ordem. Ganso, Vitinho e Everton Ribeiro. Fiquei com pena do Gabriel. O coitado sempre estava bem colocado aguardando o passe derradeiro para o colocar na cara do gol, entretanto, o meia rubro-negro errou tudo no jogo. O último passe sempre impreciso. Para acertar um, erra dez. No Fla-Flu errou todos.
Ganso…sem comentários. Vitinho, na mesma lerdeza de sempre. Já vislumbro Diego como a primeira opção de reserva. Para a contrariedade de muitos. Tem personalidade, isso não se pode negar. Vai entrar e deslocar Gérson para as proximidades da área. É triste, mas o camisa 11 não demonstra evolução psicológica. Continua incrustrado em sua concha.
Nosso sempre questionável Rodinei me faz lembrar do Chico Buarque. Geni e o Zepelim. Domingo foi Rei. Restou a certeza: É menos ruim que o seu pretenso substituto.
Que venha o Grêmio.
Avante, Mengão!
Perfeita a análise sobre ER e Vitinho. Ainda bem que nosso time tem tantos bons jogadores e tão bem treinados, que ainda que um ou dois joguem mal, outros se destacam.
Só a simples menção ao nome da enceradeira quebrada me deu arrepio na espinha.
Não, apenas não.
Reinier já fez mais que ele com a camisa do Flamengo em meia dúzia de jogos.
Trooper, Reinier joga mais avançado, na posição do Arrascaeta. Também não nutro simpatia pelo utensílio doméstico ultrapassado, mas os reservas imediatos não demonstram personalidade, produtividade e intensidade, mesmo com toda a paciência disponibilizada. A contragosto, o projeto à reserva imediato, deslocando Gérson para a posição do anestesiado camisa 11.
Pela pressão da torcida e da normalidade dos fatos, é o que projeto.
Espero estar errado.
Um abraço.
Trooper e João,
Reforço minha discordância em relação ao Everton Ribeiro. Concordo em parte (ainda acredito na recuperação dele) a respeito do Vitinho.
Abraços. SRN. Paz & Amor.
Fala, João.
Continuemos. Divergir faz bem.
Pô, o time arrebentando e você preocupado com quem foi o pior em campo? Tá louco, rapaz!
Não resta a menor dúvida de que o pior foi o Ganso, mas isso não é problema nosso. E vou confessar uma coisa: houve um momento, já há algum tempo, em que eu cheguei a achar boa ideia trazer o Ganso pro Flamengo. Pra você ver como são as coisas.
Agora, vou te falar: se você não abandonar a implicância que tem com o Everton Ribeiro, fica difícil falar sobre as atuações dele. Cai naquela história que escrevi do Vitinho em outro post: pra você, Everton Ribeiro não tem mérito em nada do que acontece de bom e é culpado de tudo o que acontece de ruim. De todo modo, entendo. Torcedor é assim mesmo, penso a mesma coisa a respeito de vários jogadores e nada me convence do contrário. Somos todos loucos.
Também discordo em relação ao Vitinho. Continua incrustado em sua concha (essa é muito bem sacada!), ok, mas tenho notado evolução. E achei meio confusa essa sua sugestão de substituição (ao Arrascaeta e qualquer outro dos nossos atacantes, presumo).
Que venha o Grêmio.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, pelo desempenho irregular de todos os reservas, é mais plausível a escalação de Gérson adiantado. Seja na posição de Arrascaeta ou de Vitinho. Tem personalidade, vitalidade, virilidade e um bom chute de média distância.
Para ocupar a sua ocupação original, Diego. Não que seja merecido. Mais por incompetência dos demais. Entre ele e Piris da Motta, vai o menos ruim.
Apenas conjecturas.
O importante é o Mengão ganhar. Com implicância ou não.
Avante, Mengão!
É noix!!! SRN
Fala, Renato.
Isso aí. É noix e vamo que vamo. Pras cabeça.
Abração. SRN. Paz & Amor.