Eu não ia falar mais sobre o Flamengo, pelo menos no presente blog, mas fiz uma descoberta preocupante. Manja aquela sensação de que a gente esqueceu alguma coisa, mas não sabe o que é? Pois é isso, fiquei estarrecido com a última entrevista de nosso Zé sabichão na mente, não pelo que ele disse, pois é uma sucessão de números, 4-2-4, que depois passa pra 3-4-3, depois…bem à medida que ele explica uma substituição, faz a correspondência numérica no sistema, não existe uma palavra em referência à alma, amor à camisa, a suor e lágrima, enfim luta, coragem, é tudo uma decoreba ginasiana de quem vai pra prova oral (ainda existe prova oral?). E essa falta de sentimento que ele me passou que eu trazia, ainda trago, entalada. Aí, entra a Nivinha, a nossa musa é emoção pura, para o bem ou para o mal, ela ri, fica com raiva, tudo no seu rosto revela o que lhe vai na alma, obviamente conforme a atuação do Flamengo, sinceridade maior impossível. E vibramos e choramos com ela. E assim deve ser. Aqui entra o rosto de nosso Zé Ricardo, uma facies impassível, não pisca, não há uma ruga sequer no seu rosto, não há mímica, uma máscara congelada,anímica, por assim dizer, uma facies parkinsoniana, ou de quem está empregnado por alguma substância antipsicótica. Enfim, não há emoção naquele rosto de robô. Já notei que ele sempre termina com o lugar-comum: estamos no caminho certo, vamos melhorar, o que, infelizmente é repetido por alguns jogadores, inclusive o Diego. A minha conclusão é que o time confia demais nos esquemas, ou seja, em números que os representam, acham que o sistema tático por si só ganhará o jogo, não há porque esforçar-se, se cada um cumprir o seu papel dentro daquele tabuleiro abstrato, a vitória virá sem se derramar uma gota de suor. Típico da era tecnológica que vivemos em que a máquina, o computador faz tudo. O ser humano está alienado, esquecido que tem se ter alma para que possamos realizar a mínima coisa nessa nossa trajetória chamada vida. Noutro dia o choramingas do Abelão, perguntado sobre o que ele fizera no vestiário para a reação de seu time, ele respondeu: dei um esporro, botei pra quebrar. Não precisa ser um passional como o Mano Menezes que está sendo expulso toda hora. Mas pergunto ao nosso robô: onde entra o fator humano? Ele já deu um esporro nesse time de burocratas? Ou fica esperando que suas mudanças táticas ganhem o jogo, sem a alma suor e lágrimas dos humanos?

Vamos estudar o jogo que falta para acabar a OITAVA RODADA (um quinto, vinte por cento, como queiram, do Campeonato).
Pra mim, dá Grêmio, que, pelo que tenho visto, é disparado o melhor de todos os vintes clubes na disputa.
Interessa-me, agora, para mera reflexão, ver a situação do Cruzeiro, que, no exato momento, é apenas e tão somente o DÉCIMO QUARTO COLOCADO, com os seus DEZ pontos ganhos.
No entanto, se ganhar, o que acho dificílimo, pulará para o QUARTO (se for por dois gols de diferença) ou QUINTO (vitória simples).
Se empatar, o que chega a ser viável, até porque joga no Mineirão, para OITAVO.
Conclui-se, portanto, que, para se alcançar, pelo lado bom, a Libertadores, ainda está muito fácil, embora, pelo lado ruim, para entrar na ZONA, TAMBÉM há muitas probabilidades, apesar da presença de times como o Avaí, o Atlético-GO e o Ixpó, pelo menos estes, todos que lá estão e deverão ficar.
OBS. IMPORTANTE – já jogamos contra estes três e também contra o outro integrante da ZONA, o Genérico, que, quero crer, lá não ficará.
Por isso mesmo – E COM RAZÃO – disseram que a tabela nos seria MUITO FAVORÁVEL. Seria, mas NÃO FOI.

Alcançar a Libertadores, que é o ^minimum minimorum^ que se pretende, não parece difícil, mas o TÍTULO … JÁ ERA, o que é lamentável.
Afinal, até o momento, somos os ÚLTIMOS CARIOCAS, enquanto um tal de Vascu segue flanando na nossa frente. VERGONHA das VERGONHAS.

A quem CULPAR, cabe indagar.

No meu modo de ver, NÃO ESCAPA quem quer que seja.
Da Diretoria sem personalidade, ao Técnico burro e incompetente, passando pelo ELENCO, em quase sua totalidade, ninguém merece perdão.
Falta POSTURA, disse-o bem, belíssima Musa, mas, o que é pior, falta QUALIDADE a MUITOS jogadores, sem falar nos displicentes como o intolerável Seu Peru, que finge brigar com o vento, para disfarçar o seu ^doice far niente^.

Atualmente, os jogos do Flamengo são simplesmente IRRITANTES.
Não dá o menor gosto presenciá-los, mesmo que seja sentado numa confortável poltrona, diante da TV, que, no mais das vezes, dá vontade de QUEBRAR.
Ontem, beneficiados pela arbitragem, que não deu o notório impedimento do Everton no decisivo lance que antecedeu o primeiro gol e, mesmo sendo outro o apitador de apito, não expulsou o senhor baixinho, desinteressado e gordinho logo no seu primeiro lance – VERDADEIRA AGRESSÃO – conseguimos um empate milagroso (apesar do que, o resultado, em si, foi justo).

Esperemos o que vem pela frente.
Na quinta, lá na Ilha, uma sopa no mel, a Chapecoense, ontem, em plena Arena Condá, tranquilamente derrotada pelo Foguinho.
Se não ganhar este jogo – E BEM – é melhor irmos todos nos concentrar na Igreja de São Judas Tadeu, ali no Cosme Velho, bem em frente ao Colégio São Vicente, onde meus dois filhos mais velhos estudaram, nos bons tempos do querido e saudoso Padre Almeida, em vigília diária de oito horas, no mínimo.

Fraternas SRN
FLAMENGO SEMPRE