Embora não seja lá grandes coisas, esse post é abusado e exige uma trinca de pré-requisitos.
Primeiro: ler a crônica “Pela autogestão das fake news”, publicada por Antonio Prata em sua coluna do último domingo na Folha de S.Paulo. Segundo: assistir pelo menos aos cinco minutos iniciais da entrevista de Miguel Ángel Ramírez, treinador do Independiente del Valle, ao programa Bola da Vez, exibido em agosto pela ESPN Brasil. Terceiro: conferir mais uma aula tática de Téo Benjamin, “Resultado que assusta, desempenho ainda mais”, postada no Mundo Rubro-Negro. Os três links estão no final desse texto.
Esbanjando categoria no manejo das palavras, Antonio Prata advoga o direito de criarmos nossas próprias fake news, em vez de embarcar nas alheias – o que, numa interpretação livre, significa a intransigente e irônica defesa da capacidade de falar bobagens e espalhá-las livremente por aí. Tem acontecido à beça com coisas bem mais importantes, e também com o tal do jogo posicional.
Logo no início da conversa com André Plihal, André Kfouri e o ex-jogador Alex, Miguel Ángel Ramírez diz o seguinte: “Os jogadores (do Del Valle) acreditaram na ideia, entenderam o que queríamos propor, e o que propusemos não é fácil. O jogo de posição exige interpretação, muita concentração e capacidade para executá-lo.” Repetindo: jogo de posição. É nisso que Ramírez acredita, é assim que ele põe o Independiente para jogar, foi assim que venceu a Copa Sul-Americana de 2019 e nos fez tomar um vareio de bola como há muito não sofríamos.
Já o texto do Téo faz uma análise rica a respeito de como e por que aconteceu a catástrofe de Quito. Entre diversas e tantas razões, a principal responsa vai para o esquema pelo qual Domènec optou para marcar a saída de bola do Del Valle. Nada a ver com um suposto engessamento do jogo posicional – que de engessado não tem nada.
Um amigo rubro-negro vem cavando espaço na seção “Ladrilheiros”, aqui do RP&A. Ele propôs a criação de uma coluna – que tem boa chance de ficar divertida –, porém, enrolado toda vida, não decidiu se encara ou não a empreitada. Esse amigo costuma me abastecer com pérolas capturadas nas redes sociais. Após a derrota de quinta-feira passada, ele me encaminhou uma postagem em que o brilhante analista dizia algo como “enquanto Domènec insistia no jogo de posição, o adversário se movimentava intensamente”. Não sei de onde tiraram que o jogo posicional se faz com jogadores imóveis, como se fossem atletas de totó. A questão é que temos escutado a estupidez até mesmo da boca de comentaristas profissionais – o que em parte explica por que o futebol brasileiro permanece, taticamente, na Idade da Bola Lascada.
Da mesma forma que nem todos os que sabem jogar bola se transformam em grandes jogadores de futebol, há uma considerável distância entre ser um ótimo assistente e um bom treinador. Personalidade – que não necessariamente tem a ver com histrionismo –, habilidade para passar suas propostas e convencer os jogadores a acreditar nelas, conhecimento do potencial do elenco e das dificuldades que cada adversário é capaz de provocar, tirocínio para tomar decisões rápidas e certeiras à beira do gramado, segurança para mudar estratégias no decorrer da partida.
Duvidar do conhecimento de Domènec a respeito do jogo seria tolice. Entretanto, algumas das indispensáveis qualidades do parágrafo acima ainda não deram as caras em seu trabalho à frente do Flamengo.
Dome tem transmitido apatia, o que ficou claro quando levamos o primeiro gol do Ceará, o segundo do Del Valle e em ambas as ocasiões fomos à lona.
Depois de 45 dias de trabalho e onze partidas disputadas, não conseguiu fazer o time assimilar sua ideia de jogo. Sim, as competições estão rolando e não há tempo para treinar. Por acaso lhe disseram que seria diferente?
Não parece familiarizado com as qualidades e as limitações da rapaziada. Pôr Pedro em campo, fazendo-o entrar no lugar de quem pode abastecê-lo, é um contrassenso. Terminar os jogos com cinco atacantes é desespero em estado puro, e como dizia Mário Sérgio Pontes de Paiva – salve Silvio Luiz! –, o desespero é sempre o caminho mais longo para se chegar ao gol.
Domènec tem dado pinta de que pouco ou nada sabe sobre os adversários e as competições. Perder de cinco a zero não existe, isso vale para qualquer situação e fim de papo. Todavia, se perder de cinco a zero no Campeonato Brasileiro não faz diferença para a colocação final, na Libertadores periga tirar o time da brincadeira. Lembremos: ano passado, Flamengo, LDU e Peñarol terminaram a fase de grupos com o mesmo número de pontos. O saldo de gols deu o primeiro lugar ao Flamengo, o segundo à LDU e descartou o Peñarol. Se uma de nossas duas derrotas tivesse sido por cinco a zero, estaríamos fora das oitavas.
A favor de Dome, encontro um ponto: jogadores, dirigentes, jornalistas e nós, torcedores, todos precisamos admitir que 2019 nunca mais. Aliás: 2019 provavelmente não se repetiria nem se Jorge Jesus continuasse e ainda que o mundo não tivesse que enfrentar o coronavírus. Aquilo não tem explicação. Fora isso, meu teimoso notebook insiste em bater na mesma tecla: está difícil avaliar qualquer coisa, pois o que tem sido disputado nos vazios e tristes estádios daqui ou de Londres, do Porto ou de Madri, de Munique ou de Milão, é uma vaga lembrança do futebol de verdade.
A questão é: esperar o que de Domènec e até quando?
Seria ele um excelente auxiliar que estava no ponto para virar um bom treinador, ou sua justificável pretensão teria sido má ideia? De todo modo, é na parte do “até quando” que mora o maior enrosco. Depois da necessária seca e da difícil convivência, duas vezes por semana, com mugnis e márcios araújos, e após tanto sacrifício para que o clube se reorganizasse e alcançasse o nível a que chegou, está fora de discussão pedir aos torcedores que tenham paciência europeia. Além do que, sempre cabe recorrer aos grandes pensadores, atualizando-os: Sir Neném Prancha dizia que “se macumba ganhasse jogo, o campeonato baiano terminava empatado.” Se a manutenção infinita dos treinadores em seus cargos fosse suficiente para montar bons times, ninguém seria campeão na Alemanha.
É evidente que o cara – seja quem for – precisa de tempo. Só que é muito estranho, e pouco inteligente, que alguém assuma o comando de um time excelente e vencedor, e o transforme num imprevisível mar de oscilações. Contra o Del Valle, o horror. Apenas cinco dias depois e todo quebrado, um primeiro tempo absoluto e uma vitória sem sustos em cima do Barcelona de Guayaquil. Futebol ioiô.
Para amplificar a problemática, foi pro saco a presunção da diretoria rubro-negra na montagem de seu ilusório bunker antipandemia. Bidu. Entendo a necessidade de fazer dinheiro para manter a graça alcançada, mas num esporte que envolve tanta gente, adversários, hotéis, aviões, aeroportos, cidades, estados e, no caso da Libertadores, países diferentes, não havia como transformar nossos jogadores no John Travolta de O Menino da Bolha de Plástico.
As açodadas ações da nossa diretoria me vieram à cabeça assim que vi, na edição de julho da revista piauí, o cartum de Leandro Assis que tomei emprestado para ilustrar o post. Esperteza quando é muita vira bicho e come o dono. Arrogância também.
Para ler a crônica de Antonio Prata, clique aqui.
Para assistir à entrevista de Miguel Ángel Ramírez, clique aqui.
Para conferir a análise de Téo Benjamin, clique aqui.
Esclarecimento: a arte original de Leandro Assis tem um formato diferente, e sua horizontalização foi necessária para que se encaixasse no padrão de postagens do RP&A. Clique aqui para ver esse e outros 23 trabalhos de Leandro Assis, publicados na edição de julho da piauí.
Salve, Murtinho!
Obrigado pelo texto e pelos adicionais.
Gostaria de pedir uma ajuda para alguém que saiba sobre isso: quem são os envolvidos, quem tem competência e participa da elaboração da lista dos atletas inscritos na Libertadores?
Ocorreu uma tragédia sanitária, mas isso não alivia a lista com apenas 34 nomes. Salvo engano, no presente momento temos 12 jogadores disponíveis para o jogo contra o Del Valle, próxima quarta feira.
Não quero apontar uma culpa, mas me sinaliza um alerta esse erro dentro do departamento de futebol.
Por fim, você tem abordado esse ponto já há algum tempo, Murtinho. Não é mais futebol e parece que nosso futebol, tristemente, se encaminha para uma barbárie. A falta de solidariedade do Palmeiras, o excesso de jornalista esportivos publicando/divulgando opiniões sobre o ‘Flamengo ter brigado pelo retorno do futebol, o Flamengo quer público nos estádios’ – só falta escreverem ‘bem feito’ diante da tragédia, teve até um idiota que sugeriu o Flamengo ter intencionalmente contaminado os funcionários. É triste ver essa falta de sensibilidade para com o ser humano.
Um sincero desejo de melhoras a todos os funcionários e terceiros envolvidos nesse caso.
Abraço, Murtinho.
Murtinho, vc diz que 2019 “nunca mais”.
Bem, o Bayern meteu 8 no Barcelona, ganhou a Champions com autoridade, entrou em férias, se reapresentou e na estreia do campeonato alemão…meteu 8 no Shake.
Será que alguém se reapresentou gordo? Será que alguém faz beicinho quando é substituído? Será que os jogadores se acomodaram? Será que o vestiário cheio de “primadonas” (só tem craque com personalidade forte) ficou difícil de ser gerenciado?
Se o nosso time foi praticamente todo mantido (e reforçado), por que é impossível repetir 2019? Por que não podemos fazer outra campanha de 90 pontos? O que impede?
meu caro amigo jorge murtinho,saudações !
vendo o noticiario de hoje 23/09/2020 temos vários jogadores,dirigentes e até equipe técnica e médica com covid 19.
eu acho até que teve gente que jogou ontem com a covid 19 .
isso justificaria a queda de rendimento depois dos 30 minutos do primeiro tempo.
agora a midia antiflamenguista tá fazendo a festa pra cima do mengão.
estão falando que o flamengo q liderou a volta do futebol e colocando a culpa de todas as desgraças pra cima do flamengo.
canalhas mil vezes !!!
flamengo foi o clube que criou protocolos q foi elogiado até pela FIFA.
agora se juntam todos contra o mengão…imprensa,adversários …etc
a coisa tá preta para o nossso lado,mas gosto dessas adversidades,flamengo cresce nesses momentos.
se não for dificil,não é flamengo.
vamos esperar cenas dos próximos capítulos ….
SRN !
A mesma mídia que crítica o Flamengo por ter apoiado a volta do futebol é a que desfila elogios para a Premier League, que voltou antes do futebol brasileiro, em um país com taxa de mortalidade superior pela COVID superior à do Brasil.
Aliás, essa semana teve jogo da Copa da Inglaterra adiado porque um dos times tinha vários jogadores com COVID. Não vi UM JORNALISTA sequer criticar o retorno do futebol por lá.
Agora, na primeira oportunidade, a imprensa tá com o dedo em riste apostado na cara do Flamengo. “Bem-feito”, dizem eles. E, pior, ainda tem gente que se diz flamenguista, aqui mesmo nesse blog, que cai nesse papinho.
Deve ter que fazer curso de demagogia e sem-vergonhice para ser jornalista no Brasil.
pois é ….
ser grande implica sofrer perseguições como estas.
SRN !
Vou discordar, até porque não vejo perseguição alguma.
Independe de posição política.
Os negacionistas da pandemia são cultuadores de uma personalidade psicologicamente abalada.
Façamos uma retrospectiva, bem simples.
Dado UM
A Presidência da República x Rede Globo.
Inquestionável.
Dado DOIS
A pandemia e o futebol
Dado TRÊS
O Dr, Landim, ilustre Presidente do nosso Flamengo.
Diante de tais dados, vamos armar a realidade do que aconteceu.
O Flamengo – como qualquer outro clube – nada tinha a ver com a briguinha dos poderosos. PR x RG
Eis senão quando, o ilustre Dr. Landim resolve viajar para Brasília, com a missão específica de puxar o saco do PR.
Sugerida uma MP – da qual ninguém mais fala e que talvez já tenha tido o seu prazo de validade superado – apoio imediato do Dr. Landim, ávido de espesinhar a Rede Globo, com a finalidade de exercer o seu principal mister, o puxasaquismo.
A MP, sem que fossem realizados jogos, não teria o menor valor prático.
Na sua avidez puxa saquista, o Dr. Landim proclama, de alto som, que volte o futebol, pois essa pandemia nada mais é que uma gripesinha, como diagnosticado pelo nosso sábio maior.
Além do mais, o Flamengo, clube rico e poderoso, tem os mais modernos aparelhamentos para impedir que seus atletas sejam atingidos pela gripesinha.
Deu no que deu, aliás, o óbvio.
Escrevi aqui.
A volta dos jogos é uma deslavada loucura.
Na Europa, já retornaram na Alemanha e breve retornarão nos demais países, mas há que se constatar que lá os problemas surgiram com dois ou três meses de antecedência, tendo sido, além do mais, melhor combatidos, eis que não houve sábio algum que classificasse o mal como uma simples gripesinha, facilmente superada pelos atletas, obviamente ´pelos futebolistas.
Além do mais, tanto no Brasileirão como na Libertadores haverá a necessidade de se recorrer constantemente ao transporte aéreo, sabidamente uma fortíssima fonte de transmissão da doença, além dos hotéis a serem utilizados, tanto em terras caboclas como no exterior.
O puxa saquismo do Dr. Landim prevaleceu, eis que muitos foram os que aderiram à insânia, por motivos óbvios, todos querendo tirar a sua casquinha.
Agora, só resta dizer – ^guenta, puxa saco^.
Isso não impede, pela mais elementar lógica, que seja adiado o jogo contra o Palmeiras, quando nunca.
Pandêmicas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Carlos Moraes, seu comentário tem vários equívocos. Por exemplo: quando o Landim foi à Brasília negociar a MP, o campeonato carioca já tinha voltado. E a MP não nos afeta em nada no Brasileirão.
Mas o pior é que vc afirma que o futebol “já voltou na Alemanha e em breve voltará em outros países”. Completamente equivocado. TODOS os campeonatos europeus de futebol estão em andamento. Há bastante tempo, por sinal. Em vários deles – Itália, Espanha, Inglaterra, França etc. – a taxa de mortalidade pela COVID é maior que a brasileira e a americana. Isso a imprensa não te conta não é? Pois é.
A propósito, não só o futebol, mas grande parte dos esportes voltaram. NBA, NFL, fórmula 1, tênis etc.
Mas aqui, em Banânia, a imprensa defende que não tinha que estar acontecendo nada. Todo mundo deveria estar em casa, trancafiado, perdendo renda, perdendo empregos, empobrecendo a todos. Como estão fazendo na Argentina.
Aliás, a Argentina é dona do mais longo e severo lockdown do mundo – 5 meses já – e não adiantou nada. Altíssimos índices de contágio e mortalidades. Crer em lockdown equivale a uma fé cega, sem qualquer comprovação científica. O curioso é que quem segue essa crença SEMPRE tem o seu garantido no contracheque no fim do mês. Não sei se é o seu caso, Moraes, mas se não for, será o primeiro que conheço.
E adivinha: na Argentina o futebol também voltou.
Futebol é atividade econômica que gera renda, gera empregos, gera entretenimento pra quem está trancado em casa, para quem está doente.
Querer culpar o Flamengo pelo seu retorno chega a ser desonesto. Tem mais 19 clubes disputando o campeonato.
A imprensa, que não tem problema algum em ser desonesta, tá aproveitando o momento difícil e caindo com tudo em cima do Flamengo. Compreensível e esperado, é o modus operandi dela fazer sensacionalismo e lucrar na desgraça.
Mas ver os próprios flamenguistas fazendo isso, é lamentável.
Cometi um pecado capital.
O comentário do Xisto fez-me omitir os elogios profundos que merece o artigo do Murtinho,
Cabe registrar a extraordinária perfomance do RP&A.
Em poucas horas, DUAS peças extraordinárias. Esta aqui do Murtinho e a do Arthur ali adiante. Fantásticas !!!
Parabéns !
Entusiasmadas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Excelente
Fico danado da vida quando acontece. Não foi a primeira vez. Faço um comentário sério e, ao enviar, vem a mensagem que o site não está recebendo ainda. Tempo perdido.
Recuperado, em boa parte, pelo maravilhoso texto do Xisto, com muitas coincidências, embora omitisse a parte da Política – com a qual concordo na sua totalidade – e por quinze minutos a mais.
Na minha análise, admiti que todo o primeiro tempo tivesse sido o que de melhor o catalão até agora produziu.
Acredito, no entanto, que o Xisto esteja mais próximo da verdade, pois, ainda ao fim da etapa, já se via o assanhamento da fraca equipe do Equador.
O Maurício Carrilho também consigna a primeira meia hora, afirmando não haver gás para o restante.
Nada justifica um cansaço precoce.
Jogávamos a beira mar e, além do mais, mar darwiniano.
Mas a queda de produção é um fato, algo que precisa ser urgentemente verificado.
Vamos para as duas últimas rodadas mo pau a pau contra o Del Valle e o Junior, com a vantagem do mando de campo, mesmo com os portões fechados.
É tudo ou nada, com a obrigação da primeira hipótese.
Afinal somos os atuais campeões.
Só tenho medo de uma coisa, algo que o Xisto bem relatou.
Falta o Criador, o nosso Jesus português.
Abençoadas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Engoli, em uma mesma frase, duas palavras.
Corrijo.
O Maurício Carrilho também consigna a primeira meia HORA, afirmando não HAVER gás para o restante.
Murtinho, você foi muito feliz quando disse que o Flamengo de 2019 ninguém jamais verá. A dura realidade é que o verdadeiro Flamengo é sse atual que está aí, com Dome ou sem Dome para atrapalhar. Aquele time foi fruto de uma série de coincidências que se encaixaram ao mesmo tempo e o resultado foi um dos maiores times brasileiros em todos os tempos. Claro, a faísca catalisadora foi o JJ (sem a qual o fenômeno jamais existiria). Os jogadores que deram certo na ocasião não eram tão fora de série assim: o Rafinha, um eterno reserva do Bayern, o Felipe Luís, já praticamente acabado na Europa, o Gabigol também não deu certo por lá, o Arrascaeta chegou a ser barrado pelo Abelão, o que de certa forma é uma credencial, mas, por outro lado o Arão, execrado pela torcida, foi reabilitado pelo mesmo Abel e está no time até hoje, o Bruno Henrique passou quase um ano no estaleiro no Santos com lesão no olho (estou falando de memória, por isso posso ter cometido erros e omissões). Esse time é o que permanece aí, agora em seu estado normal e, pior, sem o carisma do JJ para inflamá-lo. Milagre? Não acredito, ou só acredito, sei lá eu, só um fenômeno psicológico, diria até, uma histeria coletiva comandada por nosso carismático português. A ciência explica e acha que não é nada de extraordinário esses fenômenos. Você se lembra do Cué, Emile Cué, aquele psiquiatra francês conhecido com a famosa frase: “todos os dias, sob todos os pontos de vista, eu estou cada vez melhor”. Curou muita gente com o que chamavam de autossugestão. Eu sou dos que acreditam que a fé remove montanha, mas é sempre bom se levar uma pá, se for pobre, ou um escavadeira se for rico para ajudar. A mente não é essa maravilha que cura câncer como dizem os nossos pastores, mas que ajuda, ajuda. Quanto às fake news, queiram ou não queiram, vem dando certo para manter no poder um dos maiores impostores de todos os tempos, que se sente tão à vontade com elas, que mente descaradamente, agora até em nível internacional. É aquele lema nazista sobre a mentira repetitiva que eu nem vou repetir aqui de tão manjado. Dentro desse esquema do JJ o nosso San Paoli está fazendo algo parecido com as fracotes galinhas mineiras, histeria só, e eles estão líder. Para não encher mais o saco, o Dome, ora o Dome, pode ser até que ele venha dar certo, todos estamos torcendo, agora é difícil acreditar que no mundo de hoje um cara passe dez anos como aprendiz e depois de velho venha se lançar solo, deve ter feito muita análise para superar a baixa autoestima. Mas que ele dê certo, estou torcendo.
PALMAS, PALMAS DE PÉ, GRITANDO BRAVOS E PEDINDO BIS, COMO NOS VELHOS TEMPOS DO THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO !!!!!!!!!
Não é que eu queira me achar não, mas eu falei outro dia num resumão a mesma coisa, a união estável do mister com o time de 2019 foi amor a primeira vista, encaixe perfeito e acho que o portuga sartô fora porque sacou que não tinha mais como ficar melhor, dali em diante a queda era certa, lenta e gradual como diziam aqueles caras engravatados (gravata é o símbolo do enforcado meus caros compatriotas de Nação – alguém aí usa gravata?)
Alo Murtinho, otimo artigo. Concordo com varias coisas, discordo de varias outras, começando pela “paciencia europeia”, que nao tenho, embora vivendo aqui a maior parte da vida.
Ta muito, muito chato o que assistimos, para nao dizer – inaceitavel.
Nao, ioiô nao é “normal” como diz o senhor Siqueira. Uma leve oscillaçao é normal, nao isso que estamos assistindo, nos contorcendo perante a tv.
Um time que tem gaz para 30 minutos, poha, 30 MINUTOS, é somente brincadeira de pessimo gosto. Inacreditavel.
E nao ganhamas “tranquillamente” como vc disse e sim com MUITA sorte, pq os caras nao meteram dentro umas e outras. Nao queria vivenciar o que teria acontecido se empatassen …
Esse senhor novato transmete uma completa falta de garra e os nossos jogadores assimilaram bastante ja isso. Bando de baratas mortas se mexendo a contra-gosto.
Tivemos 30 minutos de um futebol UM POUCO melhor por uma unica razao: ostalento de alguns jogadores. Nao foi por escalaçao, por tatica, por nada disso que o novato pode influir.
E é ISSO que me tira a paciencia. Esse espanhol, vou xinga-lo de espanhol, nao sabe o que faz, esta sendo ultrapassado em tudo.
E pior, tem a ousadia de justificar o que vemos todos, como algo aceitavel e “muito bom”, uma mentira, uma merda de mentira, enfim, nao é treino secreto, é jogo transmittido até na casa do caralho, onde vivo, poha !
Ele esta na onda de um Trump e de um genocidario du karai: Os indios sao os que queimam a mata, essa é molhada, como o norte tem inverno bravo, a mudança climatica nao existe, a porcaria do virus tb nao, e se existir é uma gripezinha que atletas levam mole, mole pra casa …. e o Flamengo esta jogando MUITO BEM !
Chega, karai, chega !
Tambem discordo de nao haver mais possibilidade de vermos “2019” de novo. Claro que ha – nao vejo o por que de um time que arrasou nao jogar 10% do que jogou meses atras. Voce ve?
Nada, inaceitavel, esse senhor. Em 2 meses nao ha avanço em NADA, somente retrocedemos de jogo em jogo.
FORA ! O “europeu” perdeu toda e qualquer paciencia.
P.S. – ta errado isso – Proponho que o campeonato baiano nao sairia empatado nao – porque uns pais de santos se dizem muito superiores a outros, tendo mais isso e mais aquilo do que os copiadores, os nao-puros.
Poxa vida – quero o meu Flamengo de volta. SUBITO !
SRN
Alias, falando de “2019” – porque nao acreditamos nao somente que seja possivel ter um tempo tao vitorioso como aquele foi, como porque nao acreditar – e cobrar – do Flamengo um desempenho MAIOR ainda. Nao falo em titulos, porque isso é impossivel ser superado, mas falo em futebol.
Quero cobrar MAIS futebol do que em 2019!
SRN, Murtinho!
Ih mano, gostei! É issaí, senta a pua, concordis com tudo, dome é o karai.
Oi Jorge, a produção de um “bunker ilusório antipandemia” nunca foi o objetivo da diretoria. Os protocolos não estão aí para salvaguardar o time do vírus, e sim para evitar a propagação durante um jogo, objetivo conseguido, com pronto afastamento dos atletas (com a identificação rapida e eficiente, assim como afastamento imediato). Impossível prever quando e onde haverá um surto, e os protocolos servem como controle de dano, nada mais que isso. Literariamente menos interessante, entendo, mas sanitariamente responsável na medida do possível.
Sobre o jogo, acho a oscilação de um trabalho novo algo perfeitamente normal e esperado. Já mostramos um futebol muito mais interessante que do Abelão, na época que foi sacado. Por mim, avaliação de desempenho só no fim do ano… digo, de temporada.
Grande abraço!
Mais um ótimo texto. Só acho que além das questões táticas e de liderança do Dome, o condicionamento físico do time é terrível. Tem gás pra competir durante meia hora, depois é um salve-se quem puder.
Abraço e SRN