Campeonato Brasileiro, 21ª rodada.
Começo a escrever esse post logo após a vitória de três a um sobre o Inter e me sentindo humilhado pela coluna do Tostão, publicada algumas horas antes, na Folha de S.Paulo, sob o título “Pênalti ou não, eis a questão”. Depois de duas semanas de férias, Tostão voltou dando o costumeiro show de bola, com as mesmas inteligência e objetividade que tanto encantavam quem o viu jogar. Fez críticas afiadas aos lances individuais bisonhos e à fartura de bolas rifadas na área; aos meias e atacantes rapidinhos e habilidosos, mas com pouca técnica – são coisas distintas –, e que parecem melhores do que são; a Rogério Ceni e outros treinadores de jeitão moderno que vão ao limite na aplicação de seus conceitos, sem medir quando praticá-los ou não; ao descomedimento no uso do VAR; à desnecessária e complicada mudança na regra da bola na mão/mão na bola. Enquadrou Renato Gaúcho por suas prepotentes e desrespeitosas declarações a respeito de Jorge Jesus, deu uma cutucada no excesso de vaidade do treinador rubro-negro. Aproveitou, contudo, para elogiar o bom time do Grêmio e celebrar o amplo repertório criativo, tanto individual quanto coletivo, que o Flamengo vem apresentando. Tudo isso numa coluna só. Foi um cracaço em campo, é o melhor de todos no teclado.
O Internacional foi a campo disposto a radicalizar a escolha que fizera na primeira partida das quartas de final da Libertadores: a de não jogar. Repito: não é a opção por não deixar jogar, e sim a de não jogar. Muito estranho. Talvez seja uma versão aperfeiçoada do tal futebol de resultados, que esse ano já trouxe como frutos a perda do título gaúcho para o Grêmio, a perda da Copa do Brasil para o Athletico Paranaense, a eliminação nas quartas de final da Libertadores para o Flamengo e os doze pontos que o separam do líder do Campeonato Brasileiro.
Como o Inter entrou com ainda mais gente de características defensivas no meio-campo, previa-se um jogo amarrado, que exigiria do Flamengo a difícil combinação entre paciência e velocidade. Talvez tenha faltado a exuberância das últimas partidas, mas o Flamengo teve ambas. Embora atípico – dificilmente dois caras de um mesmo time são expulsos já no primeiro tempo –, o jogo aprofundou o enredo que Flamengo e Inter desenvolveram na partida disputada há pouco mais de trinta dias. A única mudança foi provocada pela displicência de Willian Arão e Rodrigo Caio, além do esforço de Patrick, no lance do gol de empate, que obviamente só aconteceu porque as coisas pareciam fáceis. Só que não pode acontecer.
A história de poupar ou não traz uma consequência inevitável: quando o clube não poupa, o jogador trata de poupar a si próprio. É compreensível. Vantagem no placar, time azeitado e numa fase em que tudo dá certo, adversário com dois a menos, dureza na semifinal da Libertadores daqui a uma semana. Claro que, ainda que de forma inconsciente, a rapaziada vai dar uma refluída na paudurecência. Entretanto, isso deveria ser feito depois de abrir pelo menos dois a zero. Um a zero é arriscado demais.
Da mesma forma que acontecera com Filipe Luís na partida com o Cruzeiro, dessa vez foi Rafinha o lateral construtor de nossas melhores jogadas ofensivas, e de seus cruzamentos conscientes saíram o segundo e o terceiro gols. A escolha do Inter por entupir o meio-campo e abrir mão de um atacante pela esquerda o deixou livre. Fazer isso contra o atual time do Flamengo é fatal: temos dois laterais de enorme inteligência tática e eficiência no apoio.
Apesar de facilitar a chegada à vitória, as expulsões deram ao jogo a incômoda obrigação de goleada. Porém, não há goleada sem esforço, e não creio que, nessa altura da temporada e das duas competições em que estamos na briga, o time do Flamengo deva gastar energia além do que é necessário. A questão é ter o devido bom senso para entender precisamente quando é que uma partida está com a tampa fechada. Se a gente saca isso em casa ou na arquibancada, é claro que eles percebem dentro de campo.
O brilho foi menos intenso, mas nada que mereça nossa preocupação. “O Flamengo sabe, no momento certo, alternar a marcação por pressão, o domínio da bola e do jogo e a troca de passes, com a marcação mais recuada e os contra-ataques em velocidade. É o futebol moderno, prazeroso e eficiente.”
Quem escreveu essa preciosidade entre aspas não fui eu, quem me dera. Está lá na coluna do Tostão.
Lances principais.
1º tempo:
Aos 14 minutos, paciência e velocidade, em jogada que teve início com uma longa troca de passes. Everton Ribeiro, Bruno Henrique, Filipe Luís, Willian Arão, Gerson, Rafinha, Everton Ribeiro, Rafinha, Arão, Filipe Luís, Arão, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí, Filipe Luís, Rodrigo Caio, Everton Ribeiro, Gerson, Rafinha, Rodrigo Caio e daí a Everton Ribeiro que, depois de se livrar de Nonato e Uendel, buscou Gabriel mais à frente. Klaus tentou o bote, Gabriel girou em cima dele, invadiu a área, driblou Marcelo Lomba, foi puxado por Bruno e tocou para o gol. Bruno se atirou no chão e, quando caiu, a bola bateu em seu braço. De cara, achei pênalti no puxão e não entendi por que o narrador do PFC, Jáder Rocha, além dos comentaristas Lédio Carmona, Ricardinho e, sobretudo, o especialista em arbitragem Sálvio Spinola insistiram em discutir o toque na mão. (Sálvio demorou quase quinze minutos para reconhecer o acerto na marcação do pênalti. E Jáder escancarou sua parcialidade ao afirmar, um pouco depois, que o Inter tivera “um pênalti sonegado”. Foi o suposto – e pra lá de discutível – pênalti de Rodrigo Caio em Guerrero.) Bruno foi expulso. Aos 19, Gabriel bateu forte e no alto do canto esquerdo, enquanto Lomba caiu para a direita. Um a zero.
Aos 30, nova troca de passes desde a zaga até chegar a Everton Ribeiro, no meio-campo. Ele lançou Rafinha na direita e partiu para acompanhar a jogada. Rafinha avançou, levou para o meio e cruzou à meia-altura na área, com perigo. A bola passou por Everton Ribeiro, Rodrigo Lindoso e Klaus, Marcelo Lomba se esticou e salvou com um tapa.
Aos 35, Arrascaeta virou uma bola longa demais para Rafinha, que deu um carrinho junto à linha lateral, dominou e tocou para Gabriel. Nova virada de jogo para Filipe Luís. Ele recuou a Gerson, recebeu de volta, tocou para Everton Ribeiro, daí a Willian Arão e novamente a Gabriel, que passou por Patrick e, antes de chegar à área, bateu forte, de pé esquerdo, por cima do gol de Lomba.
Aos 41, Filipe Luís e Everton Ribeiro tabelaram na esquerda, Filipe Luís chegou à linha de fundo e, bem marcado por Nonato, cavou o escanteio. Na cobrança ensaiada, Arrascaeta rolou para Filipe Luís, que tocou de letra a Everton Ribeiro. Ele cruzou e Arão desviou de cabeça. Sozinho, Rodrigo Caio se atrapalhou e, em vez de tentar o gol, devolveu para o meio da pequena área. A bola passou por Marcelo Lomba e Klaus tirou.
Aos 43, após uma disputa de bola normal com Rodrigo Caio, Guerrero saiu com o rosto sangrando, deu um de seus conhecidos siricoticos e foi expulso.
2º tempo:
Aos 3 minutos, Willian Arão foi displicente na disputa com Patrick, na lateral, e perdeu uma bola fácil. Na sequência, Rodrigo Caio foi displicente na disputa com Patrick, na linha de fundo, e perdeu outra bola fácil. Patrick tocou para trás, Rodrigo Lindoso dominou e rolou para Edenílson, que colocou de pé esquerdo. A bola roçou em Gerson e enganou Diego Alves, que tinha saltado certo no lance. Com dois a menos em campo, o Inter fez um a um.
Aos 10, a troca de passes foi entre Filipe Luís, Arrascaeta, Willian Arão, Everton Ribeiro, Rafinha, Gerson, Arão, Rafinha, Gerson, Arão, Rodrigo Caio e Rafinha, que puxou para o meio, ergueu a cabeça e levantou a bola na pequena área. Marcelo Lomba não saiu, Klaus e Zeca ficaram presos ao chão, Arrascaeta subiu entre os dois e cabeceou firme. Dois a um.
Aos 14, depois de rápida manobra envolvendo Arrascaeta, Everton Ribeiro e Filipe Luís, Bruno Henrique recebeu dentro da área, cortou Nonato para dentro e buscou o ângulo esquerdo de Lomba. Rente ao travessão.
Aos 18, lançado por Arrascaeta, Bruno Henrique foi à linha de fundo, deu um corte em Victor Cuesta e tocou mal para o meio. Edenílson tirou e a sobra chegou rolando para Everton Ribeiro pegar de primeira, da entrada da área. O chute não saiu como ele queria, mas levou perigo, passando junto à trave direita de Marcelo Lomba.
Aos 20, outra jogada ensaiada no escanteio pela esquerda. Arrascaeta, Filipe Luís, Arrascaeta, Gerson e Everton Ribeiro, que cruzou na medida, à meia-altura. Bruno Henrique pôs muita força na conclusão e mandou por cima.
Aos 29, Gerson organizou o jogo com estilo e eficiência, distribuiu passes pra lá e pra cá, e por fim rolou a Rafinha, que fez mais um ótimo cruzamento nas costas da zaga do Inter. Arrascaeta escorou para a pequena área, matando Lomba, Zeca e Klaus, Bruno Henrique só empurrou para o gol vazio. Três a um.
Aos 32, Guilherme Parede escapou pela direita e Pablo Marí cedeu escanteio. Parede cobrou, Victor Cuesta ganhou no alto de Rafinha e escorou para Rodrigo Lindoso, livre na pequena área. Ele girou chutando, Diego Alves fez ótima defesa com o pé esquerdo e a bola voltou para Lindoso, que emendou por cima do travessão.
Aos 38, Bruno Henrique roubou a bola de Edenílson, disparou pelo meio, pareceu indeciso quanto à definição do lance e acabou desarmado por Cuesta. Arrascaeta recuperou, trocou passes com Filipe Luís, empurrou a Everton Ribeiro e daí a Reinier, que ajeitou e mandou uma bomba de fora da área. Marcelo Lomba teve que fazer a defesa em dois tempos.
Aos 40, Vitinho recebeu de Filipe Luís no bico da área, cortou Zeca para dentro e chutou rasteiro. Lomba defendeu firme, no canto direito.
Aos 46, depois de boa jogada de Gerson, Vitinho cruzou da esquerda com perigo e Uendel tirou do jeito que deu, por cima do travessão de Lomba. Na cobrança do escanteio, Vitinho empurrou a Gerson, recebeu de volta e rolou na entrada da área para a chegada de Everton Ribeiro. Ele colocou buscando o canto direito de Marcelo Lomba, que só olhou. Passou muito perto.
Ficha do jogo.
Flamengo 3 x 1 Internacional.
Maracanã, 25 de setembro.
Flamengo: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão (Reinier), Gerson, Everton Ribeiro e Arrascaeta (Vitinho); Gabriel (Berrío) e Bruno Henrique. Técnico: Jorge Jesus.
Internacional: Marcelo Lomba; Bruno, Rodrigo Moledo (Klaus), Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Lindoso, Edenílson, Nonato (Guilherme Parede) e Patrick; Nico López (Zeca) e Guerrero. Técnico: Odair Hellmann.
Gols: Gabriel aos 19’ do 1º tempo; Edenílson aos 3’, Arrascaeta aos 10’ e Bruno Henrique aos 29’ do 2º.
Cartões amarelos: Willian Arão; Edenílson. Cartões vermelhos: Bruno aos 14’ e Guerrero aos 43’ do 1º tempo.
Juiz: Luiz Flávio de Oliveira. Bandeirinhas: Danilo Manis e Miguel Ribeiro da Costa.
Renda: R$ 2.810.435,00. Público: 64.548.
Vou ser curto e grosso.
Jogo contra time com apenas 9 jogadores não comento.
É óbvio que os nossos melhores jogadores jogaram muito bem, mas, além de levar um gol ridículo, estão esquecendo que não levamos o segundo graças a uma defesa milagrosa do excelente Diego Alves, nunca lembrado como deveria ser.
Passemos a um pósimo pograma.
Grêmio x Flamengo.
Este sim, será o jogo do ano… até o jogo de volta.
||Aguardemos.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu amigo Carlos Moraes.
Muito bom. Também acho complicado comentar um jogo tão diferentão.
Diego Alves: relutei em botar o tal lance no “resumão” (conforme você batizou), porque o bandeirinha marcou impedimento. Acabei colocando, porque, em tempos de VAR, impedimento marcado por bandeirinha vale tanto quanto uma nota de três reais. O lance foi difícil, e se a bola entrasse talvez o VAR validasse o gol. Mas foi uma grande defesa, e isso está lá no post, aos 32 minutos do segundo tempo.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Vi que estava no resumão, classificada,corretamente, como ótima defesa.
Razão maior para minha observação, pois o jogo em si não merecia.
Aproveitndo que já tivemos outro jogo, que coisa absurda o bandeirinha esperar para marcar o impedimento de dez metros após o chute do Daniel Alves.
Desta forma não há quem aguente o VAR
Salve Murtinho
Tenho cabeça grande não só por ser filho de nordestinos mas também pra ter boa memória… há cerca de menos de um ano lembro que dizíamos aqui que o sonho era que o Flamengo chegasse ao patamar de ser um time temido… respeitado pelos adversários e com JJ vemos que esse dia chegou e que com a continuidade do trabalho e o comprometimento de todos os envolvidos a tendência é que esse respeito e temor de enfrentar o Flamengo ultrapassará fronteiras… não, não seremos um Real Madri…um Barcelona…um Manchester… seremos o Flamengo de todos os sonhos!
(As tuas canecas estão com Delpupo)
Saudações!
Fala, Bruxo.
É uma honra ver você aqui nessa humilde caixa de comentários.
Bonito isso: o Flamengo de todos os sonhos.
E você está certo: tudo indica que estamos nos aproximando. É torcer para vir ao menos um dos dois títulos. Se acontecer, o céu passa a ser o limite.
Abração. SRN. Paz & Amor.
PS: Já falei com Delpupo, vamos marcar, beber e, claro, postar.
Murtinho, olha só o que escrevi algures (epa! nem me lembro onde) e antes da saída do Cuca, não por me gabar como profeta mas para demonstrar a esculhambação de nosso futebol:
Apesar de chato eu quase simpatizava com o Ceni por ser um cara trabalhador, estudioso e honesto, agora ele fica a ver navios, os dirigentes como sempre culpam todo mundo menos eles e os jogadores. Só falta a dança das cadeiras demitirem o Zé Ricardo do Fortaleza para recontratarem o Ceni. Desses dirigentes esperamos tudo.
Obs. Isso tudo aconteceu em menos de uma semana.
Pois é, Xisto.
Não me aprofundei no assunto, mas parece que isso já aconteceu: Zé Ricardo foi demitido e li por alto que o Fortaleza teria feito uma proposta ao Rogério.
E além da movimentação que você citou, Oswaldo de Oliveira também dançou. A pergunta é: quem é que, em 2019, ainda contrata Oswaldo de Oliveira para técnico? Só falta chamarem o irmão, Waldemar Lemos, para o lugar dele.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Oswaldo de Oliveira dirigia o Flamengo quando o time teve uma série invicta muito longa, não sei se igual a essa, mas que foi perdida num daqueles jogos que fazíamos em Brasília parece que para o Coritiba ou coisa parecida, velhos tempos de ciganos e fugas da segundona, em compensação ganhávamos muitas partidas “fora de casa”.
Sim, Xisto, acho que foi em 2015.
O time era mais ou menos, mas enfileiramos seis vitórias seguidas. (Igual a essa série de 2019, nunca. Pelo que andei ouvindo, só o Cruzeiro de 2003 e 2013 ganhou oito seguidas.) Em 2015, quem cortou nosso barato foi o Coritiba, em Brasília. Perdemos por dois a zero.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, como disse o Mestre Rasiko, não se pode confundir poupar energia com displicência. É brincar com a sorte. A soberba de alguns jogadores não condiz com a determinação do treinador. A exemplo do Sampaoli, o Mister é enérgico. Não admite vacinações.
Volto a afirmar, o maior adversário do Flamengo é ele próprio.
Depois da entregada, colocar Berrio e Vitinho juntos é teste para cardíaco.
Menos, Mister. Um elefante já aborrece muita gente…
SRN
Vacilações.
Sim, sim, sem dúvida.
Dá um desconto ao Mister: ele tem que botar os caras pra jogar. São eles que temos no banco para o ataque, não há muito o que fazer. E (deixa eu falar baixinho) eles podem ser úteis, como já foram algumas vezes.
Abração. SRN. Paz & Amor.
De acordo. Mas um de cada vez. Os dois juntos é judiação. É maltratar o coração do precoce idoso.
Fato!
Tá tudo certo, mais uma vitória convincente de um time que toma um gol de bobeira mas que deixa o torcedor tranquilo quanto à sua capacidade de reagir. O drible do Everton Ribeiro no Nonato e num outro lá quebrando a linha de defesa e botando o Gabriel na cara do gol é daqueles lances que valem o ingresso.
Foi a pior partida do Rodrigo Caio no Flamengo. Se quiser ser o grande zagueiro que ele pode e deve ser, não pode dar margem a interpretações de se foi falta ou não. Zagueiro é bom quando antecipa e não quando ataca e o vacilo que deu no gol do Inter me irritou. Zagueiro bom e técnico também dá bico pro mato.
Mas o que mais me irritou mesmo foi o inexplicável papelão do Rafinha se metendo onde não era chamado. Que porra ele foi fazer na confusão armada pelo Guerrero? É amigo dele dos tempos de Alemanha? Convida pra jantar e oferece maracujina e chá de camomila com rivotril. E o pior é que não saia do bolo, tomou um tapa na mão de um jogador do Inter, continuou querendo acalmar um Guerrero enfurecido se arriscando num envolvimento emocional incabível prum cara com a experiência dele. Só conseguiu irritar o JJ que deu-lhe um esporro em regra, criando uma situação desagradável e desnecessária no grupo. Além desse lance escroto, tá reclamando muito… mas joga pra caralho.
Quanto ao Guerrero, nenhuma novidade. Nunca vi nada demais nele além desses pitis descontrolados típicos de quem só olha o próprio umbigo e foda-se o time. Foi sempre assim no Flamengo e a saga continua. Jogador super-hiper valorizado que não decide nada, nos prejudicou diversas vezes e não deixou nenhuma saudade.
O JJ não poupa ninguém e os próprios jogadores, acertadamente, diminuem o ritmo diante da insana maratona, mas isso não é justificativa pra displicência. Tomar gol de time com menos 2 não dá pra engolir. E, pior, não aparece ninguém pra fazer o mea-culpa. Era jogo pra goleada histórica. Ficou barato pra eles a troco de nada. Houve desrespeito com a nossa torcida; a mesma que apoia e idolatra é também a que massacra e execra se perceber salto Anabela.
srn p&a
Fala, Rasiko.
1) Everton Ribeiro desequilibra. Muita habilidade e muita visão.
2) Os zagueiros das gerações que vêm por aí talvez não tenham esse problema, mas os atuais precisam se adaptar à convivência com o VAR. O pênalti que Pablo Marí fez contra o Grêmio é um bom exemplo disso. Não pode acontecer, porque mesmo que o juiz não veja, o VAR dedura. Sou muito chato com essa história de pênalti, não achei falta do Rodrigo Caio no Guerrero, mas é importante se ligar. Discordo apenas quanto ao fato de ter sido a pior atuação do Rodrigo Caio. Não acho que tenha jogado mal, até porque o Inter praticamente não atacou. Vi mérito do Guerrero no lance do suposto pênalti – ele usa muito bem o corpo nas disputas diretas – e Rodrigo Caio falhou no gol do Inter tanto quanto já tinha falhado no gol do Goiás e naquele primeiro gol do Atlético Mineiro, quando perdemos por dois a um. Mas vem fazendo um grande campeonato.
3) Sim, Rafinha levou um belo esporro do Jorge Jesus. Se o problema está do lado do adversário, ele que resolva. Agora, jogou e vem jogando muito.
4) Concordo. Diminuir o ritmo é uma coisa, jogar com displicência é outra. Mesmo porque a displicência obrigou o time a correr mais do que precisaria. Ainda bem que o segundo gol saiu apenas sete minutos depois do empate.
5) Sim, não dá pra tomar gol tendo dois caras a mais em campo. Mas tenho minhas dúvidas quanto à goleada histórica. Inclusive, se ela viesse, viria com um justo asterisco: o de que o Inter jogou desde os 14 do primeiro tempo com um a menos e o segundo tempo inteiro com dois. Fora o gol que levamos por causa do salto alto, acho que o resto ficou de bom tamanho.
Abração. SRN. Paz & Amor.
O Flamengo deu uma relaxada no gol dos gaúchos, mas manteve o controle do jogo e empilhou chances perdidas.
Estamos falando da oitava vitória seguida e desejando a perfeição. Conforme diz a música “A perfeição é uma meta defendida pelo goleiro que joga na seleção”.
Sábado tem jogo complicado, a cabeça da rapaziada vai estar no jogo de quarta feira, mas o Jesus vai saber o que fazer à respeito.
Pra cima deles Flamengo!
Fala, Ricardo.
Isso aí.
Quanto ao jogo complicado de sábado, precisamos ter consciência de que agora todos vão ser assim. Quem não quer jogo complicado que fique ali pelo meio da tabela, ganha domingo, perde quarta, empata no domingo seguinte, décimo lugar, décimo primeiro. Sem pressão, sem cobrança, sem cornetagem.
Para quem disputa título, todos os jogos são essenciais. Até se chegar àquele ponto do campeonato em que não se pode mais ser alcançado. Não é isso?
Abração. SRN. Paz & Amor.
Pra variar lá vem os dirigentes do Inter reclamar, o disco é tão repetido que já sabemos de cor o que corre em seus sulcos, eles deveriam é providenciar um time melhor, quanto ao Guerrero, ora, o Guerrero, nunca foi melhor do que isso, e agora seu ódio ( que agora é moda vigente no país) agudizou-se contra o Flamengo por inveja, frustração sei lá eu. Não querem ver o óbvio, os dirigentes, o Inter é um time mediano e muito mais fraco que o Flamengo; foram ao Maracanã pra tentar perder de pouco, conforme você concluiu, o juiz só cumpriu a regra para um time indisciplinado, covarde jogando o atual futebol brasileiro, ou seja, o que aqui ainda se considera futebol. De certa forma o Renato não está errado quando diz que o seu time joga o melhor futebol que dentro da atual realidade do nosso futebol não quer dizer absolutamente nada. Enquanto isso, Jesus, como aquele outro o fazia e agora o nosso o faz deita e paira em águas mansas.
Grande Xisto!
É, o Inter não muda o disco. Acho uma bobagem essa mania que os clubes têm de se achar perseguidos, culpar arbitragem por todas as derrotas etc. Só serve para esconder os próprios erros. Torcedor também gosta disso, e volta e meia eu discuto o assunto em alguns comentários aqui.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Análise perfeita como só um grande escriba Rubro Negro poderia fazer. Me parece que o Flamengo daqui pra frente vai ter que dosar o gás a cada jogo, considerando ainda que os adversários vão vir com ímpeto crescente.
Obs: salve Tostão!
Fala, Marcos.
Muito obrigado pela moral, mas que mané grande escriba nada, rapaz! Como escrevi no post sobre o jogo com o Cruzeiro, não passo de um blogueiro vagabundo.
Claro, salve Tostão! Esse sim, sabe tudo.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, esse jogo foi muito maçante, como já havia acontecido contra o Cruzeiro, após abrir o placar, mais uma vez o time acomodou. Foi a pior exibição coletiva e diria, até individual, de alguns jogadores, no Maracanã, sob o comando do Mister.
Particularmente, o meu índice de rabugice foi à estratosfera, após o gol de empate colorado. Levar um gol de nove jogadores é o cúmulo da estupidez. Pura displicência e falta de respeito com os torcedores.
Os jogadores iam complicando um jogo fácil, entregue pelo destempero do próprio adversário. Fico a pensar como se remunera um indivíduo que em quase 03 anos nunca fez um golzinho no vasquinho. Ainda bem que essa inutilidade está enganando nos pampas.
E o Mister, com pena do adversário, igualou o número de jogadores no gramado ao lançar Berrio e Vitinho. Aí é pra acabar!
O lado positivo do jogo é o ensinamento de respeito ao adversário e da atenção devida no transcorrer de todo o jogo. No mais, é para ser devidamente esquecido.
Jogo estranho, com gente esquisita.
SRN
Vejo de outra forma
Vi o Flamengo jogando contra um o quarto colocado do campeonato e vice da Copa do Brasil com uma imposição e uma dominância absurdas. Até o lance do pênalti, o Inter mal tocava na bola. Um massacre nos primeiros 30 minutos, desses que no Brasil é muito raro de se ver.
Após as expulsões, o jogo ficou estranho mesmo, não havia como não ficar. E o Flamengo tirou o pé, como bem frisou o Murtinho, como deveria tirar.
O gol que levamos foi oriundo de bobeiras individuais de jogadores que – evolução que tiveram com Jesus à parte – sempre foram afeitos a elas em suas carreiras. Não foi por falta de atitude do time, que mesmo depois do terceiro gol continuou atacando a ponto de perder vários gols.
Continuo vendo o Flamengo sobrando demais na turma.
Fala, Trooper.
Penso da mesma forma.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Fala, João.
Claro que, do mesmo modo que todo torcedor rubro-negro, também me exasperei com o gol de empate. Não poderia ter acontecido com dois a mais em campo, e muito menos daquele jeito.
Mas acho importante olharmos para o desempenho coletivo. Sendo mais time, tendo jogadores muito superiores, um padrão tático bem mais evoluído e com a expulsão do Bruno aos 14 minutos, deveríamos ter descido para o intervalo com dois gols de vantagem. Só que Bruno Henrique e Arrascaeta não fizeram um bom primeiro tempo, e como escrevi num dos posts mais recentes, quem marca muito pesado nos primeiros 45 minutos fatalmente sucumbirá na segunda fase do jogo. Conforme aconteceu mais uma vez.
O grande problema é que, se já estamos esperando goleadas até em cima do Manchester City, imagina contra o Internacional com dois a menos. E não é por aí que a banda toca. Se não é nada do outro mundo, o time do Inter é, no mínimo, valente e lutador. E me arrisco a dizer, sem nenhuma base técnica pra isso (puro chute), que o gol de empate só aconteceu porque tínhamos menos de 5 minutos do segundo tempo. Se o jogo já tivesse “esquentado”, provavelmente não teria acontecido. Sei lá.
Não achei a apresentação do Flamengo maçante. Depois do empate do Inter, o time criou um monte de oportunidades. A questão é acreditarmos numa regra que não existe: a de que com dois a mais em campo, temos a obrigação de ganhar de oito. Isso não vai acontecer. No post escrevi que não houve a exuberância das últimas apresentações, mas partidas atípicas também merecem que as vejamos de um jeito diferente.
Você abordou um ponto fundamental: o gol que levamos serviu de lição. E é muito melhor aprender ganhando do que deixando pontos pelo caminho.
Abração. SRN. Paz & Amor.