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O último grande herói do Flamengo

Por | 15 de maio de 2019
36 Comments
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    Jorge Murtinho 6 anos ago Responder

    Depois desse texto, entrou mais um ídolo na minha restrita galeria: Marcelo Dunlop.

    Parabéns, meu camarada. A primeira rodada no Braseiro, na próxima cervejada, é por minha conta.

    Abração. SRN. Paz & Amor.

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    Aureo Rocha 6 anos ago Responder

    Marcelo Dunlop,
    magistral esse seu artigo. Pura emoção.
    Todos esses heróis por você citados são meus também.

    Agora, há um herói especial na minha vida. Foi quem me ensinou não só a torcer pelo Flamengo, mas principalmente a amar o Flamengo. Trata-se do meu padrasto, que me criou após a morte do meu pai. Chamava-se Ascânio José da Silva, “O Poeta Cego do Flamengo”.

    Mário Filho, no seu livro “Histórias do Flamengo”, a ele dedicou um capítulo, do qual extraio o seguinte trecho:

    “É Moreira Leite quem fornece as fotografias para o álbum de Ascânio da Silva. O Flamengo levanta um campeonato – remo, de football – Ascânio de Silva avisa logo que precisa de uma fotografia para o álbum. O álbum do Ascânio da Silva não pode ficar sem a fotografia da guarnição, do time campeão.

    Moreira Leite providencia logo as chapas, envia-as, o mais depressa possível, ao Instituto dos Cegos. O Ascânio da Silva telefone para agradecer, para reclamar:

    – Moreira Leite, obrigado. As fotografias estão muito boas.
    – Moreira Leite, como é que você me mandou o time do flamengo sem faixa? Os jogadores estão sem faixa e falta o Jarbas. O Jarbas também é campeão, Moreira Leite.

    Moreira Leite sente-se envergonhado. Ele pensara que, para um cego, tanto fazia um fotografia do time com faixa ou sem faixa. E, quando acaba, a graça da fotografia, para o cego Ascânio da Silva, estava na faixa de campeão.

    O Moreira Leite não devia esquecer-se nunca de que o álbum de fotografia do Flamengo era uma das vaidades do Ascânio da Silva. Passando os dedos por cima da superfície lisa da prova fotográfica, o Ascânio da Silva sabia onde estavam o Pirilo e o Jurandir.

    É este amor pelas coisas do Flamengo que dá inspiração a Ascânio da Silva para escrever um soneto: “Sonho Realizado”. O soneto vai para o arquivo do Flamengo. E quem ler, mais tarde, se comoverá, como eu me comovi. Principalmente com a data: Domingo, um a zero.” (Obra citada, 4ª Edição, pág. 239/240)

    Este meu herói me ensinou a amar o Flamengo.

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      Carlos Moraes 6 anos ago Responder

      Amigo Aureo,

      desse herói eu tinha certeza.

      SRN
      FLAMENGO SEMPRE

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    Bernardo, CAXA 6 anos ago Responder

    Genial e sensacional são palavras mais adequadas para esse texto. Mas, te conhecendo, acho que vc ficará mais satisfeito com uma descrição mais humana. Entao: ri muito, aprendi muito com o texto. Revi meu conceito de herói. E fico muito orgulhoso de ser contemporâneo e amigo do autor. Salve Mestre, Dunla.

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    Queiroz 6 anos ago Responder

    Simplesmente Phoda.
    Boa Dunlop

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    AMARAL RAFAEL 6 anos ago Responder

    Genial, como sempre!

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    Fernando Amadeo 6 anos ago Responder

    Texto espetacular! Obrigado por nos brindar com essa crônica supimpa! Fiquei emocionado ao ler sobre Valido! Meu pai não se cansava de me falar sobre esse jogaço! Nosso primeiro tri! Parabéns ao RPA! Tomo a liberdade de fazer minhas as palavras do Rasiko! Obrigado por existirem, talentosíssimos cronistas do RPA!

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    Rasiko 6 anos ago Responder

    Meu herói é o Leandro. Pelo super craque que foi, pela humildade, pela lealdade, por nunca ter vestido outra camisa e por seu comovente amor pelo Flamengo.

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    Pedro H Trajano 6 anos ago Responder

    Pqp q texto!! Emoção pura e tudo q espero eh q o herói Jonatha seja eternamente lembrado!!
    Abs

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    Carlos Moraes 6 anos ago Responder

    Quem foi o meu maior herói (rubro-negro), interrogo-me, em função da linda crônica do Dunlop.

    Penso, penso, penso … e não consigo chegar a uma conclusão.

    PQP, se for falar a verdade, vão me quebrar a pau.

    O meu maior herói robro-negro outro não que … eu mesmo.

    Taí, eu, gaiato como tantos torcedores, vibrante como todos que conheci, emocionado em simples vitórias suadas e até inesperadas como naquele Fla-Flu em que o Babá, no último segundo, encobriu o Castilho e a bola entrou chorando-chiorando,
    triste pela derrota mas alegre pela estupenda exibição de futebol do Garrincha, quando perdemos um título por 3 x 0, em pleno Maracanã, sei lá mais em que ano, e muito mais poderia escrever e relembrar.

    Sim, não tenho dúvida.
    O maior herói rubro-negro sou eu mesmo, não com o meu nome, mas no anonimato de todo e qualquer torcedor do Flamengo.
    O grande herói do futebol é e sempre será o TORCEDDR.

    SRN
    FLAMENGO SEMPRE

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      Rasiko 6 anos ago Responder

      Lindo, meu amigo Carlos, lindo! O que não faz uma crônica escrita com o coração! Quanta inspiração para que a nobreza de espírito se manifeste em todos nós! Quanta generosidade na entrega do que temos de mais precioso! O Flamengo se tornando um meio para que o melhor de cada um de nós se exponha sem medo, timidez ou restrições.

      Mais uma vez, obrigado. De coração.

      srn p&a

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        Rasiko 6 anos ago Responder

        Só vc pra lembrar que o Grande Herói sempre foi o anônimo torcedor, aquele que tornou possível o Flamengo ser o que é.

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          Carlos Moraes 6 anos ago Responder

          Agradeço, meu amigo.

          Avise-me, quaando vier a Brasília.

          SRN
          FLAMENGO SEMPRE

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    André Miranda 6 anos ago Responder

    Sensacional!

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    pedro rocha 6 anos ago Responder

    Genial, cara!
    Me emocionei demais.
    Meu herói pessoal é Sávio.
    Adolescente nos anos 90, vibrava com os dibres e gols do “anjo loiro da gávea” narrados especialmente por Januário de Oliveira (recentemente o Esporte Espetacular exibiu uma reportagem magnífica do Eric Faria sobre a carreira de Januário).
    Canhoto (porém péssimo de bola), era Sávio que eu imitava nas peladas. Nunca simpatizei com Ronaldo Nazário, embora reconheça que foi um monstro de bola, mas nunca simpatizei, desde antes de virar a estrela da companhia da seleção e da globo (mais ou menos como Neymar hoje, porém Ronaldo entregava muito mais, isso é inegável), e acho que essa antipatia começou mesmo quando, nas Olímpiadas de Atlanta, Zagallo substituía Sávio por Ronaldo, então “Ronaldinho”. Na minha idolatria cega, Sávio era melhor. As carreiras de ambos mostram que não, claro…mas a paixão de um adolescente por seu ídolo não me deixava ver.

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      Rasiko 6 anos ago Responder

      Sei não, sei não! Como, pra mim, o Sávio tá entre os 11 dos melhores times do Flamengo (impossível ter só um) de todos os tempos e como o Ronaldo nunca envergou o Manto, fico com o Sávio.

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      fred 6 anos ago Responder

      era época da música “I saw the sign”, grupo chamado Ace of Base.
      Eu cantarolava com meu irmão,
      I saw the Sávio.
      😉

      SRN

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    Ricardo 6 anos ago Responder

    Heróis tambem são aqueles que como você sabem exaltar as grandes batalhas Rubronegras!

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    Rasiko 6 anos ago Responder

    Dunlop sempre escrevendo crônicas inusitadas e brilhantes.

    Como tenho orgulho desse RP&A! Me traz sempre enorme alegria.

    Cada um melhor que o outro e o outro melhor que o um.

    Sou capaz de jurar que não existe no mundo clube que tenha tantos, tão espetaculares, tão cultos e tão diversificados textadores a escrever sobre o mesmo tema: a paixão flamenga.

    É o que mantém meu pé alado sobre a terra.

    Meu mais amplo, profundo, reverente, emocionado e sincero obrigado.

    srn p&a

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    Getúlio Antonio Foca Junior 6 anos ago Responder

    Belo texto!

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    Negan Rubro-Negro 6 anos ago Responder

    Foda demais cara,que texto magnifico,emocionante e impactante,como é o nosso Flamengo.

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    Muhlenberg 6 anos ago Responder

    Compartilhamos vários ídolos, por isso citarei um herói anônimo. O soldado do fogo que toca o apito na clássica gravação do Hino do Flamengo pela Banda do Corpo dos Bombeiros do Estado da Guanabara.

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      Dunlop 6 anos ago Responder

      Anotado aqui. Aliás, mestre, rende uma crônica somente com os heróis flamengos compositores, músicos e arranjadores – os esquecidos quando falamos de monstros sagrados como Lamartine, Ary, Wilson, João… SRN

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    Leônidas Nery 6 anos ago Responder

    Obina, a cara de um povo. Brasileiro, baiano e rubro-negro. Irreverente e carismático. Autor de gols célebres, salvando o Flamengo de um descenso eminente e consagrando o Mais Querido, cada vez mais vitorioso no cenário esportivo nacional. Vasco e Botafogo? Suas vítimas principais. Campeonatos Cariocas contra o alvi-negro lacrimal e aquele heróico gol na Copa do Brasil de 2006 contra o marujo bacalhau! Obina: uma lenda! Um herói da raça e do povo flamengo.

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      Dunlop 6 anos ago Responder

      Aquelas sardas no nariz, o início no futebol de praia entre os pescadores, o faro de gol, os chutes desengonçados e decisivos… Amigo Leônidas, confesso que não soube como perfilar Obina sem perfilar Brocador sem perfilar Fio, sem chorar. Ficou para uma próxima. Abraços e SRN

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        Leônidas Nery 6 anos ago Responder

        Tríade de leões: Fio, o Maravilha; Obina, melhor que Eto’o; Hernane, o Brocador; Verdadeiros operários da bola. Síntese da alma rubro-negra: SANGUE, SUOR E… MUITA ALEGRIA

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      felipe 6 anos ago Responder

      Meu primeiro titulo no maraca comecou com dele. 1×0 sobre o botafogo 2008.
      lembro dele matando a bola coma barriga e ea quicando. Nao vi mais nada depois soh a explosao!

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        Leônidas Nery 6 anos ago Responder

        Eu vi uma cabeçada de costas do Obina! Eu vi! Primeiro lance dele naquele jogo contra o choroso da zona sul. E que goool!

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    Mauricio Carrilho 6 anos ago Responder

    Muito boa crônica! Esse RPA tá ficando cada dia mais foda!
    Parabéns, moçada!

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      Dunlop 6 anos ago Responder

      Obrigado, mestrão! SRN

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    Leonardo tauil 6 anos ago Responder

    Excelente Marcelo
    Mas o Vitinho pode ficar um pouco menos abnegado nas próximas fases da libertadores

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      Dunlop 6 anos ago Responder

      Faço votos, chega de abnegação!

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    Marcos 6 anos ago Responder

    Hahahahah krl que crônica meus amigos, que crônica!

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