Campeonato Brasileiro, jogo antecipado da 34ª rodada.
As furiosas blitzes promovidas pelo Flamengo pós-Jorge Jesus, a partir do instante em que a bola começa a rolar e até os primeiros dez ou quinze minutos, têm produzido bons resultados. Na Libertadores, transformaram-se em gol no jogo com o Emelec (Gabriel aos nove minutos) e foram responsáveis pelos fundamentais sufocos aplicados para cima do Inter e do Grêmio, ambos em Porto Alegre, avisando que o time não se intimidaria e não deixaria nada barato. No Campeonato Brasileiro, mais gols, nas partidas com Goiás (Arrascaeta aos cinco), Palmeiras (Gabriel aos dez), Avaí (novamente Gabriel aos dez), Cruzeiro (Gabriel aos seis), Fluminense (Bruno Henrique aos três), CSA (Arrascaeta aos oito) e Vasco (Everton Ribeiro com menos de 1 minuto).
A coisa funciona. Só que não é em todo jogo, e nem é o jogo inteiro.
Desde que Charles Miller teve a brilhante ideia de trazer as duas primeiras bolas de futebol para o Brasil, em 1894, jamais existiu o time perfeito, capaz de mandar bem sempre e não perder nunca. Os verdadeiramente grandes entendem isso e transformam a compreensão em maturidade, para liquidar as faturas quando a oportunidade se apresenta – como o Flamengo fez em diversas ocasiões, nessa temporada – e para segurar a gambiarra quando o dia não está favorável, ou em momentos preciosos de uma parada dura.
O elenco do Flamengo reúne caras que tem títulos importantes no portfolio – Rafinha, Filipe Luís, Everton Ribeiro, Arrascaeta, Rodrigo Caio, Gabriel (os dois últimos, se quisermos considerar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016) –, e deveriam ser eles os maiores responsáveis pelo equilíbrio. No entanto, vejamos.
Vencíamos o Goiás, fora de casa, até os 49 minutos do segundo tempo, quando tínhamos um a menos devido à expulsão do goleiro César. Levamos o empate num contra-ataque, após uma tentativa do excelente Filipe Luís lá na frente, junto à linha de fundo adversária. Pra quê?
Ganhávamos do Vasco por um a zero, no Maracanã, e não estávamos bem, com Everton Ribeiro matando na canela – forte indício de noite zicada – e Bruno Henrique fazendo a mesma coisa que eu: assistindo. Era papo de se manter o controle e cozinhar até o intervalo, a fim de tomar os merecidos esporros do Mister e voltar babando. O problema é que Rafinha e Rodrigo Caio, dois da lista aí de cima, tiveram a infeliz ideia de subir juntos ao ataque, para tentar uma improvável trama pela meia-direita. Sofremos o primeiro gol, na sequência a virada, e transformamos uma partida que vinha morna, porém com placar favorável, em um caldeirão fervente.
Filipe Luís sofreu falta de Rafael Moura no empate do Goiás. Rafinha sofreu falta de Danilo Barcelos na origem da jogada que terminou com o gol de Marrony. Sim, e daí? Devíamos acender um punhado de velas por ter regressado de Goiânia com um pontinho na mochila. E permitimos ao tecnicamente fraco time do Vasco crescer e nos roubar mais dois.
Parece que, com o sucesso trazido pelas empolgantes blitzes ordenadas por Jorge Jesus, o time às vezes se esquece de olhar para o placar, o relógio e as circunstâncias, deixando escapar resultados que, ao que tudo indica, esse ano não nos farão falta, só que numa temporada mais parelha podem vir a fazer.
Não se trata de cornetagem gratuita de quem se acostumou mal, e sim de tentar detectar certos detalhes que vitórias, recordes e títulos costumam esconder – a exemplo do banco de reservas, que precisará ter sua estrutura reforçada, ano que vem, se continuarmos com a ambição de brigar por todos os títulos.
O lado bom do clássico com o Vasco foi que, apesar de muito pouca coisa ter dado certo – o segundo tempo de Bruno Henrique, os lampejos de Arrascaeta, o esforço de Gabriel –, ainda assim beliscamos um ponto, e por pouco não levávamos os três.
Mesmo sabendo que poucos concordarão comigo – Jorge Jesus, então, esse me execraria –, vamos lá: eu não escalaria o time completo contra o Grêmio. Podemos ir lá e ganhar? Sim, podemos, mas é o tipo de jogo que, sobretudo após a goleada na Libertadores, só será vencido com erro zero, concentração absoluta, intensidade até o apito final.
Vamos combinar que, quanto mais próximos ficamos do dia 23, mais difícil arrancar isso da rapaziada.
Lances principais.
1º tempo:
Aos 38 segundos, Rodrigo Caio saiu jogando com Pablo Marí, daí a Filipe Luís e a Reinier, que empurrou a Bruno Henrique. Yago Pikachu cortou, Bruno Henrique recuperou e devolveu a Reinier. Ele arrancou em velocidade, evitando a chegada de Guarín, Raul e Richard, chegou à linha de fundo e tocou para o meio da pequena área. Passando um pouco da bola, Gabriel não conseguiu dominar e a sobra ficou para Everton Ribeiro encher o pé, rasteiro, no canto esquerdo. Um a zero.
Aos 2 minutos, Bruno Henrique escapou pelo meio e lançou Gabriel em posição duvidosa. Ele entrou na área pela meia-esquerda e bateu forte, Fernando Miguel fez boa defesa. Com a jogada finalizada, foi marcado impedimento. Se a bola tivesse entrado, a decisão seria tomada pela turma do VAR.
Aos 6, após uma cobrança de falta na área do Flamengo, a sobra ficou com Pikachu na direita. Ele cruzou, Marrony ganhou no alto de Rodrigo Caio e cabeceou para baixo. Diego Alves defendeu firme, no centro do gol. Talvez tenha sido um sinal de que a zaga rubro-negra iria enfrentar uma noite de desacertos.
Aos 10, Guarín cobrou escanteio na esquerda, fechado, com perigo. Rodrigo Caio disputou no alto com Ricardo Graça e acabou cabeceando para trás. A bola passou perto da trave direita de Diego Alves, saindo a novo escanteio.
Aos 16, lançamento de Guarín, do meio-campo, na área do Flamengo. A bola quicou de um jeito esquisito, perdendo força e enganando Pablo Marí e Filipe Luís. Rossi arriscou uma puxeta, concluindo à direita do gol de Diego Alves.
Aos 33, depois de fazer falta em Rafinha e tomar-lhe a bola na entrada da área vascaína, Danilo Barcelos adiantou no meio-campo a Marrony. Ele abriu a Rossi, que cruzou. Raul escorou de cabeça e, quase na pequena área, Marrony emendou de pé direito, sem defesa para Diego Alves. O momento da conclusão de Marrony mostra a defesa do Flamengo completamente desarrumada, devido ao inexplicável avanço simultâneo de Rafinha e Rodrigo Caio. Um a um.
Aos 35, grande jogada de Yago Pikachu. Recebeu ótimo lançamento de Marrony na meia-direita e, apertado por Pablo Marí e Gerson, mesmo de costas enfiou a bola por entre as pernas de Marí, pegou na frente, entrou na área e deu um corte seco em Rodrigo Caio, que se precipitou e fêz pênalti. Aos 37, Pikachu bateu forte, no canto direito, Diego Alves caiu para o lado esquerdo. Dois a um.
Aos 39, Everton Ribeiro cobrou escanteio na direita. Rodrigo Caio subiu mais que Yago Pikachu e cabeceou por cima do travessão.
Aos 47, Gerson recebeu de Everton Ribeiro, um pouco à frente da meia-lua, e foi derrubado por Marrony. Aos 49, em cobrança ensaiada, Gabriel ameaçou bater direto e rolou na direita para Rafinha, livre. Ele chegou cruzando, rasteiro, uma bola que provavelmente seria cortada pela zaga. No meio do caminho, Danilo Barcelos tentou tirar e acabou enganando o goleiro Fernando Miguel. Gol contra, dois a dois.
2º tempo:
Aos 6 minutos, depois do Flamengo exercer uma certa pressão, embora sem criar nenhuma chance real, o Vasco fez boa jogada pela direita e Pikachu lançou Rossi nas costas de Pablo Marí. Rossi cruzou rasteiro para Marcos Júnior, na risca da pequena área. Conclusão de primeira, no canto direito de Diego Alves. Tanto Rossi quanto Marcos Júnior estavam completamente livres, em mais um branco total da zaga rubro-negra. Três a dois.
Aos 19, Ricardo Graça lançou Marrony na esquerda. Marcado por Rodrigo Caio, ele tentou tocar a Marcos Júnior, e Rafinha cortou errado, rolando a bola na entrada da área de presente para Richard. O chute de Richard saiu forte, explodiu em Willian Arão, ficou com Everton Ribeiro e daí a Gerson, que rapidamente adiantou a Bruno Henrique ainda no campo do Flamengo. Bruno Henrique disparou, deixou Ricardo Graça e Danilo Barcelos para trás, tocou para Arrascaeta, recebeu um bolão de volta, dominou com perfeição na corrida e mandou uma bomba no alto, sem defesa para Fernando Miguel. Um gol no melhor estilo Bruno Henrique. Três a três.
Aos 24, Arrascaeta sofreu falta de Raul e cobrou rápido a Everton Ribeiro, que abriu bem a Filipe Luís. O cruzamento de Filipe Luís foi preciso. Com o goleiro Fernando Miguel batido, Gabriel furou na pequena área, perdendo uma chance incrível. Bruno Henrique ainda tentou aproveitar a sobra, mas chutou por cima do travessão.
Aos 32, falta de Yago Pikachu em Arrascaeta, na meia-esquerda. Arrascaeta cobrou na área, Henríquez desviou de cabeça, para trás, e a sobra ficou com Gabriel, livre. Ele bateu de primeira, de pé esquerdo, à direita do gol de Fernando Miguel.
Aos 34, em sua primeira participação no jogo, Vitinho recebeu de Rafinha, driblou Bruno César, driblou Danilo Barcelos e pôs a bola na área. Gabriel ganhou no alto de Henríquez e roçou de cabeça. Bruno Henrique pegou firme de pé esquerdo, meio de virada, meio de sem-pulo. Mais um belo gol, quatro a três.
Aos 38, outra ótima jogada de Vitinho. Recebeu de Rafinha, driblou Danilo Barcelos, driblou Richard e rolou atrás para Gabriel, que tentou colocar. Ricardo Graça se atirou no lance e conseguiu salvar para escanteio.
Aos 43, excelente lançamento de Guarín para Ribamar, nas costas de Rodrigo Caio. De dentro da área, ele chutou forte, de pé esquerdo, Diego Alves fez grande defesa.
Aos 46, falta desnecessária de Arrascaeta em Rossi, um pouco antes do bico da área rubro-negra. Aos 47, Bruno César bateu, Diego Alves tirou de soco, Ricardo Graça ficou com a sobra e cruzou. Henríquez ganhou no alto de Filipe Luís e desviou, Diego Alves saiu mal do gol. Ribamar chegou no lance com mais vontade, atropelando Rodrigo Caio, Diego Alves, tudo, e completou de cabeça. Quatro a quatro.
Ficha do jogo.
Flamengo 4 x 4 Vasco.
Maracanã, 13 de novembro.
Flamengo: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís; Willian Arão; Everton Ribeiro (Piris da Motta), Gerson (Vitinho) e Reinier (Arrascaeta); Gabriel e Bruno Henrique. Técnico: Jorge Jesus.
Vasco: Fernando Miguel; Yago Pikachu, Henríquez, Ricardo Graça e Danilo Barcelos; Richard, Raul (Gabriel Pec), Guarín e Marcos Júnior (Bruno César); Rossi e Marrony (Ribamar). Técnico: Vanderlei Luxemburgo.
Gols: Everton Ribeiro aos 38”, Marrony aos 33’, Yago Pikachu aos 37’ e Danilo Barcelos, contra, aos 49’ do 1º tempo; Marcos Júnior aos 6’, Bruno Henrique aos 19’ e aos 34’, e Ribamar aos 47’ do 2º.
Cartões amarelos: Rafinha, Filipe Luís, Willian Arão, Gerson, Gabriel e Bruno Henrique; Yago Pikachu, Richard, Raul, Rossi e Marrony.
Juiz: Wilton Pereira Sampaio. Bandeirinhas: Fabrício Vilarinho da Silva e Bruno Pires.
Renda: R$ 3.061.381,00. Público: 52.757.
Bem, eu havia proferido no início do mês passado que no caso de escaparmos ilesos no mês de outubro, seríamos campeões brasileiros.
Isso está quase confirmado, agora que iríamos faturar os campeonatos sub 17, sub 20 e a liberta também , só nos meus mais otimistas desejos.
Como se não bastasse mais revelações brotando/se firmando (lázaro, reinier etc). A maré está sendo totalmente favorável e podemos vislumbrar um 2020 tão bom quanto (melhor acho que é praticamente impossível). O negócio é focar em ter um banco melhor, 1 zagueiro, 1 lateral direito, 1 volante e 1 centro avante. Aí, quem não fechar com o certo, terá muitas noites de insônia.
PS – Ainda é cedo para afirmar, mas podemos estar vislumbrando o surgimento de uma dinastia/império.
Prezado Murtinho,
Sofrer empate nos acréscimos, é frustrante. Esse gol em si foi fruto, no meu ponto de vista, de uma sucessão de erros. Não acho justo crucificar apenas alguns. Tal como no jogo com o Goiás, faltou concentração.
Parece que já entraram em campo com uma perigosa autossuficiência, agravada pelo gol relâmpago. Foi fatal. O gol de empate, ao final do primeiro tempo, também contribuiu para mascarar a, até então, péssima apresentação coletiva, que não se modificou até o terceiro gol deles. Na nossa torcida, na arquibancada do lado oposto, incredulidade total: deixar o cara totalmente livre na pequena área?
Como temos time e esquema tático infinitamente superiores, viramos e ficamos com o jogo nas mãos, para acabar deixando dois preciosos pontinhos no final. Frustrante, porém, um alerta na hora certa.
Bola pra frente, somos superiores, entraremos com um time muito competitivo no domingo, jogaremos com raça para obter os três pontos e, com a maioria dos titulares descansados, seguiremos para Lima para trazer o caneco, com raça, amor e paixão!
SRN! Pra cima deles, Flamengo!
Fala, Fernando.
Também acho que serviu de alerta na hora certa: a que antecede às decisões.
Vamo que vamo.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Acabo de ver uma entrevista do pofexô explicando, com ar doutoral, como “parou o Flamengo”.
Tomou 4 gols e só não levou 5 porque o Gabigol deu sua tradicional furada em cima da linha sem goleiro.
“Parou” benção
Kkk
Fim do mundo.
Parou porra nenhuma.
E o pior é a mídia especializada entrando nessa conversa mole. Parece que os caras gostam de mediocridade.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Lá no Arthur já defendi o Diego Alves.
Vou reiterar aqui, apesar do Murtinho não ter falado, como tantos, em frango, mas apenas de saída equivocada da meta.
No resumão, começa-se pela mesma afirmação que fiz no Grão Mestre, ou seja, ^falta desnecessária do Arrascaeta^, prosseguindo-se com a descrição correta do que aconteceu – saída de soco, rebatida do Ricardo Graça, cabeçada do Henriquez e a do Ribamar para o gol, entendendo-se que neste instante final ocorreu a saída equivocada.
Insisto no que escrevi anteriormente.
A área estava sobremodo congestionada, prejudicando e dificultando o movimento de qualquer jogador, mormente do goleiro, que, para evitar que o primeiro cruzamento – o do Bruno César – saíra além da pequena área (não tenho absoluta certeza), tendo obviamente que fazer o movimento de retorno.
Em havendo falhas, muito maiores as dos nossos defensores, que perderam o lance com o Henriquez, fundamental para que saísse o gol de empate.
Sei que estou sendo chato, mas, diante de injustiças – o entendimento de que foi frango – costumo ser insistente na defesa dos meus pontos de vista.
SRN
Carlos Moraes,
eu também entendo que não foi frango, apenas erros do Diego Alves. O primeiro erro aconteceu, na batida da falta, quando ele rebate a bola para o campo adversário, onde não havia nenhum jogador do Flamengo. O correto seria colocar a bola para a lateral ou até mesmo para a linha de fundo. Isto é fundamento, e fundamento se treina. A maioria dos goleiros brasileiros rebatem, de forma equivocada, a bola para a frente, em lances idênticos.
O segundo erro, um pouco desculpável em razão do acúmulo de jogadores, ocorreu no lance do gol, quando ele saiu atrasado para interceptar a bola. A frase é antiga, porém verdadeira: bola na pequena área é sempre do goleiro. Para mim, faltou reflexo ao nosso goleiro.
Saudações Rubro-negras.
Não acho que tenha sido frango, mas fiquei com a sensação de que ele poderia ter saído, digamos, com mais decisão. Rodrigo Caio, que vinha na bola tentando parar o Ribamar, também atrapalhou, mas goleiro é goleiro, tem que chegar chegando.
O lance me lembrou o Júlio César naquele gol do Sneijder, na derrota da seleção brasileira para a Holanda na Copa de 2010. Saiu, tem que ser dele.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Da série perguntinhas de algibeira:
1) por que o jogo entre o Flamengo e o Viceado é considerado o melhor jogo do campeonato, esqueceram o 5a4 do Flor no Gaymio?
2) por que consideram o melhor jogo do anão da colina no Brasileiro e o pior do Flamengo?
3) por que aquele jogador das bigodudas mandou o técnico do River ligar pro Luxa para pegar cola do “plano” que “parou” o Flamengo?
4)Por que a arco-íris ao invés de gozar com a pica alheia, não vai ralar seu cu nas ostras, entubar uma boa brachola, enfornar um bom robalo, agasalhar uma trolha ou sentar em cima de um caralho?
Murtinho, falar em sofrimento eu sou a própria imagem, precisa me ver, cabelos(os poucos) deslinhados, olhos esbugalhados, sudorese profusa.fria ,cobrindo todos os meus poros, roupas desalinhadas, penso até na canção antiga, “ateou foga às vestes, pulando pela ribanceira, a pobre infeliz teve vergonha de ser mãe solteira”, imagina, naqueles tempos ainda se tinha vergonha de ser mãe solteira, aliás, tinha-se vergonha de muita coisa que hoje ninguém tem mais. Nessas horas Rovotril pra dentro, estou usando gotas, não digo a dosagem para não induzir ninguém à dependência. Pois não é que eu vi um jogo ontem por causa do Carlos Moraes, que me lembrou o Flamengo contra os vice-ados, Brasil e França o qual já me referi em outro comentário, após ouvir uma sandice do técnico, acho que é Dhéa, o nome dele, que falou o jargão de agora dos fessores e dos cronistas esportivos (epa!) “vamos dar a bola pra eles, etc.”, quando liguei a TV já estava dois a zeo pros fraceses, claro, deram a bola pra eles e eles não fizeram mais que obrigação meteram a pelota( ah, esse tiranossauro que existe em mim)pra dentro de nosso gol. Aí eu vi o Brqsil dominando inteiramente o jogo, quer dizer, com mais posse de bola, me lembrei logo daquele relaxamento indesculpável do Flamengo contra os anões da colina, a França não demora muito vai tomar um gol, demorou, mas no segundo tempo tomaram dois gols, aí despertaram jogaram o que sabem, dominaram novamente a partida e…tomaram o terceiro gol, aliás, feito por um tal de Lázaro do Flamengo provavelmente mais um que o nosso JJ ressuscitou. Moral da história: enquanto os caras tiveram a bola de graça dada pela nossa seleção, fizeram o gol, depois a seleção canarinho ( vá lá) resolveu tomar a bola novamente ( ou os caras deixaram) e também fez gol.Não vou descrever as contradições nas entrelinhas dessa partida, vou deixar os meus parcos queridos ouvintes tirarem a conclusão. Agora, pra não dizer que sou intransigente, vou repetir uma frase que ouvi de um desse analistas que eu não sei o nome, minha mente está envelhecendo e está ficando seletiva, está deletando uma porrada de nomes e coisas que meu inconsciente não tinha coragem de fazer, o cara disse: “para o Flamengo perder esse campeonato, o Flamengo tem que virar Palmeiras e o Palmeiras virar Flamengo. Quase simpatizei com o cara.
Não pude ver a garotada. Fiquei surpreso com a nossa vitória, pois, pelo que vira anteriormente, a França me pareceu ser bem melhor do que nós.
Mas, como o Murtinho já declarou que não gosta das Seleções sub isto ou aquilo, vou, aproveitando a deixa deste fenomenal Xisto Beldroegas (desculpem-me, mas sempre me lembro do meu pai, que considerava o Lima Barreto e exatamente este seu personagem uma das glórias da literatura brasileira), escrever a respeito dos adultos canarinhos (ops, pagando royalties)..
Acabou de acabar. Tive a infelicidade de ver, em homenagem a Deodoro, todinho o nosso jogo contra o time do Messi.
Meu Deus do Céu, que horror ! 1 x 0 pra eles, gol quase de pênalti, pode enganar os que se livraram do castigo. Quem assistiu, viu um banho de bola argentino, com um só brasileiro a se destacar, exatamente o goleiro Alisson, que evitou um estrago ainda bem maior.
Pelo amor dos meus filhões e dos meus netinhos, a continuar assim, não dá.
Uma vergonha.
Só chutamos uma bola perigosa, a saber, antes do gol deles, um pênalti que o trágico Gabriel Jesús mandou para fora.
Única chance real nossa.
Pelas estatísticas da própria Globo, teriam sido mais de VINTE chutes deles contra SEIS nossos, sendo que os outros cinco não levaram o menor perigo para o goleiro Andrada, o jovem.
Bill Duba, parabéns pelo seu mantra – Tite é o CARALHO !!!!!
Entristecidas SRN e brasileiras.
FLAMENGO SEMPRE, seleção de vez em quando.
Meus amigos,
o melhor do jogo só vi agora, no Globo Esporte.
O Messi mandando o Titie ficar quietinho e calar a boca.
Sensacional !!!!!
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu querido Carlos Moraes.
É, não gosto mesmo não. Provavelmente, é implicância (ou rabugice) da minha parte, mas acho que, nesses subtodos aí, os caras entram em campo para se exibir aos olheiros dos empresários internacionais. Mais ou menos como acontece na Copinha – que acho a competição mais insuportável do mundo -, só que nesse caso os olheiros costumam ser locais.
Mais do que qualquer coisa, futebol é um esporte coletivo. Nesses torneios aí de subs, quase sempre é cada um jogando para si. Acho um saco. Admito: implicância ou rabugice.
Outra coisa de que não gosto é amistoso. Futebol tem que valer alguma coisa. Além disso, a CBF fez o gigantesco desfavor de acabar com o amor, a ligação e o interesse que tínhamos pela seleção brasileira. Uma lástima.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Grande Xisto!
Comentário de enorme lucidez.
Essa é genial: “Vamos dar a bola pra eles.” Aí os caras pegaram a bola, foram lá e fizeram dois gols. Maravilhoso!
Quanto ao relaxamento do Flamengo contra o Vasco, creio que a melhor explicação está no comentário do Trooper.
Essa do Flamengo virar Palmeiras e o Palmeiras virar Flamengo eu ainda não tinha ouvido. E é mesmo muito boa.
Modere-se no Rivotril. E vamo pra cima.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Totalmente time reserva!
Não somente para pensar na liberta e proteger os jogadores mas também pq o “time reserva” entra sim com a obrigação de ganhar.
Afinal quem são os reservas? No mano a mano nossos reservas se igualam ou superam o time pronto do grêmio.
Tem que ter reserva e tem que ter Vitória.
Fala, Felipe.
Concordo com a primeira parte, discordo da segunda, torço para que você esteja certo quanto à terceira.
Alguns dos nossos reservas são capazes de entrar no time e dar conta do recado. Mas se pusermos todos juntos em campo, vira um time fraco.
De qualquer modo, é o que eu faria.
Com titulares ou com reservas, confesso que hoje eu me contentaria com um empatezinho. Vamos ver.
Abração. SRN. Paz & Amor.
aposto que o mister vai seguir fazendo o melhor pro nosso mengão.
esse cara é muito inteligente e vai poupar quem tem que ser poupado.
o JJ já deu a dica pra todo mundo….falou que os jogadores estão com a cabeça na final da libertadores, gerson,arão e bruno henrique forçaram o terceiro amarelo,assim já iremos poupar três .
na minha opinião os mais desgastados do elenco.
não sei as condições fisicas de pablo mari,mas seria outro que precisa ser poupado.
o resto precisa estar em atividade…
arrascaeda precisa de ritimo de jogo,felipe luiz tbm.
sou contra poupar todos…é uma oportunidade maravilhosa jogar um jogo com tanta rivalidade.
teremos nesse jogo uma atmosfera a la libertadores.
pensem nisso !!!
SRN !
Fala, Chacal.
No caso do Arão e do Bruno Henrique, confesso que não percebi. Mas foi nítido que o Gerson jogou forçando o terceiro cartão.
Colocar o Arrascaeta pra recuperar o ritmo talvez fosse importante, ok. Só que há algo no seu argumento que vai contra ele mesmo.
Você não acha que num jogo com “atmosfera de Libertadores”, as chances de lesão são muito maiores? Lembre-se: Arrascaeta e Filipe Luís se contundiram, com gravidade, exatamente no jogo com o Grêmio, na partida de ida das semifinais.
Eu não sei. Não se trata de achar que jogador tem que descansar, que jogador não pode tomar sorvete no frio, que jogador não pode sair sem agasalho na chuva, que jogador precisa ser paparicado, não é nada disso. Trata-se, única e exclusivamente, da chance de contusão (sem tempo para recuperação), que é sempre maior em uma partida pegada.
Cara, vê se você lembra disso: em 2017, uma semana antes do primeiro jogo pela final da Copa do Brasil, contra o Cruzeiro, o Paraná eliminou o Flamengo naquela bosta de Copa da Primeira Liga. Entramos com um time quase todo reserva. Gabriel Perninha de Siriema foi escalado na lateral-direita. Pois bem. Guerrero estava fora da final – não sei se por causa da história do doping, cartões ou contusão -, Leandro Damião tinha ido embora, qual foi o único jogador que se machucou contra o Paraná? Lei de Murphy, óbvio: Felipe Vizeu. Tivemos que enfrentar o Cruzeiro com Paquetá improvisado de centroavante.
Eu não arriscaria.
Abração. SRN. Paz & Amor.
até parece que o mister me escutou….kkkkkk
tô brincando!
JJ fez o melhor mais uma vez,flamengo vai pra final com o time inteiro e descansado.
jogo contra o grêmio foi um bom treino pra final.
SRN !
Murtinho, concordo com você. Também entendo que o JJ deveria mandar um time de reservas para enfrentar o Grêmio.
Empatamos com o Botafogo debaixo de porrada e com o Vasco de provocação. Não sei de que forma o Grêmio irá jogar contra nós. Mas, inegavelmente, Renato Gaúcho, o elenco e toda a gauchada gremista estão destilando ódio pela saliva, doidos para vencer o Flamengo. Já levaram duas piabas este ano. No total 8 x 1 para nós.
Entendo ser um enorme risco colocar em campo o time principal a apenas 6 dias de uma final de Libertadores, numa partida de alto grau de tensão.
Jogando com um time reserva, a partida ficará esvaziada, colocando o peso da vitória nas costas dos gaúchos. E qualquer que seja o resultado do jogo, será sempre lucro para nós. Em caso de uma vitória nossa ou empate, somaremos pontos, e na derrota, pouparemos o time de um desgaste desnecessário.
Eu não daria forra para eles. O Grêmio tem que continuar sofrendo, nós não.
SRN!
Perfeito, Aureo.
Sem ter lido o seu comentário, foi exatamente isso o que escrevi em minha resposta ao comentário do Trooper.
Abração. SRN. Paz & Amor.
O gol aos 30 segundos mandou os corações, mentes e almas dos nossos jogadores diretamente para Lima.
É muito difícil manter a concentração nesse momento. Creio até ser humanamente impossível.
Só mesmo o Bruno Henrique.
Mas esse não é humano.
Fala, Trooper.
Não há dúvida. É humanamente impossível pensar em qualquer coisa que não seja a decisão de sábado que vem. Essa é uma das razões que me fazem inclinar pela tese de não escalar os titulares no jogo de Porto Alegre.
Além disso, botar os reservas daria uma murchada nos prováveis ímpetos revanchistas do Grêmio. Pra que se expor, correr o risco de tomar um sacode – que existe, a partir do momento em que entrarmos sem foco e tivermos empenho meia-boca – e ainda perder alguém por contusão?
O que o Bruno Henrique está fazendo nessa temporada é algo que há muito tempo eu não vejo um jogador brasileiro fazer.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, o jogo contra o Vasco é página virada. Pelo menos para nós. Os programas esportivos reiteradamente veiculam especulações sobre o desempenho do time, da sapiência do treinador adversário, da possibilidade de assimilação do resultado pelo Tiver Plate, da suposta arrogância de Bruno Henrique em depoimento após o jogo…
A única certeza é de que o time deu mole e de que poucos jogadores jogaram bem. Quer taticamente, quer individualmente. Como diria o saudoso Mário Sérgio: ” Deixaram o adversário gostar do jogo.”
Águas passadas, fico a analisar da importância do capitão em campo. Nada contra o seu protegido. Apenas acho que falta sangue nos olhos nesses duelos pegados. Na minha opinião, a faixa de Capitão deveria ser endereçada à Rafinha. Esse jogador encarna um espírito guerreiro, vibrante. As vezes é muito chato, se mete em assuntos alheios ao interesse do clube. Mas tem forte personalidade. Como capitão, de imediato seria blindado. Imune a receber cartões por reclamação. É capaz de chamar a atenção de Gabriel para um melhor comprometimento tático. Nesses duelos ao estilo de Libertadores é de suma importância uma melhor representação em campo. É lógico que a faixa não ganha jogo por si só, mas a forma de cobrança em seus pares e a imposição de respeito e forte personalidade ao adversário é essencial.
Apenas uma sugestão para o bem do clube. Um detalhe a ser observado.
Avante, Mengão!
SRN
Fala, João.
Hahaha! Que papo é esse de protegido? Quem tinha protegidos era o nosso ex-presidente Bandeira de Mello – e olha que eu achava compreensível. Não dá para um presidente de clube sair esculhambando os próprios jogadores. E aqui mesmo, em mais de uma ocasião, escrevi que achava difícil o Flamengo faturar a Libertadores porque o time depende muito de Everton Ribeiro e Arrascaeta, e nenhum dos dois tem um estilo apropriado à competição. Vou queimar a língua, se Zico quiser.
O outro lado da moeda é que sempre fui alucinado por futebol, e isso me ensinou a admirar quem sabe jogar bola. Por exemplo: mesmo no tempo em que ele era endeusado pela torcida do Flamengo, mantive minhas reservas em relação ao Cuéllar. Claro que ele tinha lá seus méritos, mas nunca foi nenhuma maravilha. A torcida do Flamengo tem manias meio estranhas. Entre o Cuéllar e o Everton Ribeiro, pra mim não há termo de comparação. Gosto de futebol.
Ao que interessa: rapaz, eu nem sei se essa história de ser ou não ser capitão tem tanta importância assim. Antes de tudo, creio que você está equivocado: o fato de ser capitão não dá a ninguém salvo-conduto em relação a cartões amarelos por reclamação. Cabe ao juiz se dirigir ao capitão quando acha que isso deve ser feito, por um motivo qualquer, mas o capitão não tem direito algum acima dos demais. E liderança não existe ou deixa de existir por causa daquela faixa que neguinho envolve no braço.
Não me lembro se foi contra o Corinthians ou contra o Bahia, mas em um desses dois jogos o Flamengo perdeu uma bola no meio-campo e Gabriel ficou parado, olhando. A jogada prosseguiu. Quando a nossa defesa fez o corte e matou o perigo, a câmera mostrou e foi fácil fazer a leitura labial de Rafinha, gritando lá de trás: “Gabriel, filho da puta!” Não é necessário ser capitão para isso.
A liderança do Rafinha me parece indiscutível. E o time não precisa ter um líder só. O Flamengo campeão brasileiro em 1980 tinha Zico, Júnior, Rondinelli, Carpegiani. A seleção brasileira de 70 – se o Pedro Rocha estiver lendo essa resposta, olha aí, Pedro, quanta diferença! – tinha Carlos Alberto, Piazza, Brito, Gérson, Pelé. Tenho a impressão de que Everton Ribeiro é capitão unicamente por uma questão de antiguidade. No atual time-base, ele, Diego Alves e Arão são os únicos que não chegaram esse ano.
De qualquer modo, vale a sugestão. Sem dúvida, é boa.
Abração. SRN. Paz & Amor.