Tenho um amigo que não é Flamengo, mas é muito inteligente. Já há alguns anos esse amigo, sem abdicar da sua afiliação clubística original, desistiu de torcer contra o Flamengo, por inútil. Aliás, ele foi mais longe, desistiu de ficar puto com o Flamengo. Para esse sábio amigo, ficar puto com o Flamengo é como ficar puto com o mar. Não adianta lutar contra a força das suas correntes e a sua imensidão, lutar contra o mar é burrice. O meu amigo diz, com autoridade de exímio nadador, que com o mar não se briga, que o melhor a fazer é evitar se meter com ele nos dias em que está brabo.
Nem precisamos dizer que o Flamengo atualmente está no nível 9,8 na escala de brabeza. Os resultados falam por si. O time ainda está no Rio, se aprontando pra rodada final mais emocionante da história do Campeonato Brasileiro desde 2009. Mas o coração de 40 milhões de mulambos já tá lá na ponta feia da Dutra desde a noite de domingo.
O São Paulo, o único obstáculo entre o Flamengo e o Octa podia ter resolvido sua vida e seus modestos objetivos no jogo contra o Botafogo, onde mostrou porque não ganhou porra nenhuma em 2020. É um time superestimado, que não entrega as encomendas. Agora terão que jogar a temporada toda em 90 minutos contra o Flamengo para alcançar a mesquinha honraria da vaga na fase de grupos da Liberta.
Verdade que o São Paulo enfrentou um Botafogo já sem nada a perder, mas que nem por isso deixou de cumprir sua função social primeira que é atrapalhar o Flamengo sempre que puder. Para fuder com o Flamengo o Botafogo é capaz das maiores proezas, até mesmo de vencer um jogo. Isso sim é uma rivalidade, intensa, duradoura e irracional. Atualmente é só ela que mantém o pequeno clube da Zona Sul carioca vivo. Todo fudido, mas ainda vivo e dando preju.
A liderança conquistada epicamente no Maracanã não alterou em nenhum dos cascudos torcedores rubro-negros a percepção de que o Flamengo continua sob a mesma pressão que o tem impulsionado nas últimas sete ou oito partidas: se não ganhar o próximo jogo já era o brinquedo. No Corinthians, que pega o nosso bi vice Interregional, não dá pra confiar, é daqueles times que se tiver que tomar conta de três tartarugas uma foge, uma engravida e a terceira começa fumar crack. Só podemos confiar em nós mesmos, não vai dar pra terceirizar o título.
A trajetória do Flamengo nessa reta final do Brasileiro não abre espaço para interpretações. O time só parou com a sacanagem e caiu na real depois que a água bateu na bunda. As três pipocadas nas rodadas 26, 27 e 28, o empate ridículo com o Fortaleza fora e as derrotas mais ridículas ainda pro Flu e pro Ceará no Maraca, provocaram uma autocombustão espontânea no rabo dos nossos jogadores. Produzindo o indispensável fogo sagrado que Rogério Ceni não foi capaz de acender desde sua estreia na competição naquele empate muquirana com o Atlético de Goiás na véspera do nosso aniversário de 125 anos.
Até bem pouco tempo atrás o Flamengo era considerado por muitos gato-mestres carta fora do baralho. Esses caras não aprendem nunca. Mas o mais incrível é que ainda tem gente otária que todo ano cai na conversa deles e sai comprando ingressos para o enterro do Flamengo. Evento muito esperado, muito anunciado, mas que até hoje nunca aconteceu porque o ilustre defunto se recusa a colaborar para a sua realização. E sem o defunto não tem enterro. Quer dizer, o enterro até que sai, viúvas choram, se declamam epicédios emocionados à beira da cova, mas o defunto é sempre outro.
Para profundo desgosto dos nossos detratores o Flamengo continua mais vivo que Elvis Presley, agitando as massas, escandalizando o establishment e batendo recordes de audiência diariamente. Deixando milhões de pobres e fudidos do país mais felizes, confiantes e abusados. O que desagrada profundamente às nossas atrasadas elites econômicas, saudosas do tempo em que o pobre, o preto e o fudido sabiam o seu lugar.
Ainda que o Flamengo seja um clube burguês, com pouquíssimo interesse em participar ativamente do grande ajuste de contas que o país necessita para sair do buraco, acaba sendo o catalizador mais poderoso e eficaz para unir, ainda que brevemente, o povo dessa terra. O Flamengo, do muro da Gávea pra fora, é a encarnação da revolução popular brasileira. Não vai ser amanhã, mas um dia os plutocratas sem vergonha vão aprender o que Tio Lênin queria dizer quando falou que “As revoluções são as festas dos oprimidos e explorados.” e que vidas rubro-negras importam. Demorou.
É claro que na decisão do Brasileiro o papel social do Flamengo, por mais relevante que seja, não entra em campo. Mas a torcida também não entra em campo, nesse campeonato nem na arquibancada entra, e nem por isso alguém é idiota a ponto de desconsiderar essa força. Tio Marx disse que “as revoluções são a locomotiva da história”. O francês Victor Hugo, mesmo tendo dado o azar de morrer dez anos antes do Flamengo nascer, gostava de dizer nas reuniões do Cenáculo que “as revoluções, como os vulcões, têm os seus dias de chamas e os seus anos de fumaça”. Como é inegável que a fumaça já subiu pra cuca, fico com a sabedoria do preto Machado de Assis: “As ocasiões fazem as revoluções”.
A ocasião chegou, o Octa Brasileiro é agora uma questão de vontade. Se o Flamengo quiser mesmo vai levar. E é óbvio que o Flamengo quer. Em 1968, enquanto o pau quebrava em Paris pixaram num muro um aviso pra quem queria que tudo permanecesse igual: Tome os meus desejos como realidade, porque eu acredito na realidade dos meus desejos.
Já vi o vídeo 5 vezes. Não pra ver o Che morto, cena deprimente por tudo que ela envolve e revela, mas pra babar com a Nathalie Cardone, super gata tesuda até a alma exposta em sua voz, tão bela quanto.
Falando em Che Guevara, até hoje não sei o que pensar do caráter desse cara. Por um lado, pra mim o mais marcante tendendo a ter um peso maior na avaliação geral, tem o médico (recém formado?) disposto a enfrentar a barra pesadíssima das selvas sulamericanas pra tratar leprosos. De graça. Mais disposto ainda em arriscar a própria vida pra defender e libertar um povo que nem era o seu, assim como não era seu o povo angolano e o boliviano. Por outro, ouvi dizer, li por aí , me contaram, vi na internet, soube que ele teria, em persona, fuzilado gente pra caralho, ou seja, teria tido o mesmo comportamento, comandado pela mesma cabeça e o mesmo espírito que condenava: a violência como foco central que atrai e envolve ambos os lados. No fim, dá no mesmo. Como deu. Só que com o futuro de Cuba, Guevara não tem nada a ver. Ele cumpriu o seu destino e continuou sua saga em outras plagas.
Confesso que me sinto sem elementos suficientes pra saber que, de fato, era Che Guevara. Só sei que as camisetas com a cara dele continuam vendendo muito na Europa e Estados Unidos.
Se alguém mais por dentro tiver informações a acrescentar sobre o mítico personagem, faça o favor, fique à vontade e agradeço antecipadamente.
“… o Octa Brasileiro agora é uma questão de vontade. Se o Flamengo quiser mesmo vai levar.”
Foi o que eu disse. Se os jogadores quiserem, mesmo, e encenarem todos os clichês como “coração na ponta da chuteira, sangue nos olhos, faca nos dentes, foco, atenção, comprometimento, garra, raça…” e encarnarem o rolo compressor, sufocando os caras, em menos de 20 minutos o garoto do placar vai carimbar: 2×0. Daí pra goleada num São Paulo desmotivado é um pulo.
Não chego a estar nervoso, mas que o tempo parece mais lento, parece.
Mesmo você enchendo seu texto de citações, totalmente descontextualizadas da atual realidade, não deixo de vir aqui e lê-lo. Zico era destro e não canhoto, por isso é mito. Maradona era canhoto, por isso morreu de tanta loucura, apesar de gênio. Jesus está sentado à direita de Deus pai, e não à esquerda. Entre as citações que podem instigar os jogadores prefiro a de Thomas Hobbes, que diz que o homem é o lobo do homem. O lobo mau Flamengo vai com tudo para comer as cordeirinhas. Darwin estava certo, que sobreviva e vença o mais forte. Ao vencedor às batatas. Ao Flamengo à Glória! Saudações Arthur. Um dia te dou um aperto de mão, sempre com a direita, óbvio!
Durma-se com um barulho desses, vai lá eu me compreender, torci o tempo todo pro Flamengo chegar a final com os bâmbis, pois na época tudo indicava que seria essa final a chance que teríamos em decidir e sermos campeões, claro, se lá chegássemos. Note-se os bâmbis estavam jogando muito ou pelo menos os entendidos assim diziam. Agora que chegou a tão ansiada partida e os caras estão as andrajos e o Flamengo é franco favorito, eu estou me borrando de medo. “O mal que se esconde no coração humano, o sombra sabe” ( Saint-Clair Lopes na antiga Rádio Nacional).
“A fúria da desconstrução é uma fúria destruidora, de homens que se deixam apanhar por uma fantasia de onipotência demiúrgica e que querem fazer o mundo recomeçar do zero. Somos aqui as vítimas da utopia de 1968, que deverá um dia ser considerada pelo que realmente foi: uma terrível fantasia regressiva, que busca devolver à humanidade sua pureza virginal, a pureza de uma infância ainda não corrompida pela lógica do mundo adulto e das instituições”. – Mathieu Bock-Côté
Quinta-feira é dia de conservar a moral e os bons costumes Rubro-Negros e, na base da meritocracia, oprimir os bambi, em nome de Jesus!
Esse comentário deveria ser no blog anterior no meio daquela discussão toda sobre regras, etc., etc.
Para o Carlos Moraes, aliás, uma dúvida antiga minha. Já que estão falando tanto em regras de futebol e até comparando com o código penal, eu sempre impliquei com a tal regra do impedimento que considera o cara impedido, quando ele sai do impedimento e volta para a posição legal do jogo espontaneamente, aquela figura do Mário Vianna com dos enes, sai da posição B para a A ou, sei lá eu, de A pra B, quer dizer ele , reu confesso, se coloca em condição legal para voltar a participar do jogo. Isso não é uma contradição com a justiça que diz que o criminoso que espontaneamente admite seu crime tem lá suas regalias?Para completar, se o cara estava em vantagem e ele por livre e espontânea vontade abdica dessa vantagem ainda é punido?
Confesso a vocês: estou me borrando de medo pelo jogo de amanhã. Como disse o Arthur, essa porra de bostachorense só serve pra atrapalhar, foi ganhar logo agora, aquela história cutucou a onça (no caso uma onça meio aviadada, ou um bâmbi, o que dá no mesmo) e quem vai pagar o pato somos nós. Por outro lado, se isso consola, o velho ditado está a nosso favor, um raio não cai no mesmo lugar, não é possível que a gente vá perder mais essa depois de três sacodes para a bambilândia. Mas como para o Flamengo nada é fácil.
Aprendimos a quererte
Desde la historica altura
Donde el sol de tu bravura
Le puso un cerco a la muerte
Dedicada ao Comandante Che Guevara, essa estrofe cabe perfeitamente ao Flamengo.
Arthur, esta sua crônica deveria ser lida no vestiário momentos antes do jogo de amanhã. Hilária e emocionante como sói ocorrer em seus textos.
essa derrota do são paulo pro botafogo vai ser fundamental pra manter o foco do flamengo na competição ,eles vão precisar jogar pra ganhar e ai que pode ficar muito bom pra gente.
eles deixarão espaços e podemos aproveitar dessa situação.
o flamengo tem mais dificuldades de furar o bloqueio das retrancas do que jogar com times mais tecnicos.
são paulo vai jogar com lateral esquerdo improvisado e ai que o nosso everton ribeiro pode se dar muito bem e quem sabe decidir o campeonato pra gente.
Chacal, meu amigo,
eu também queria, da mesma forma que quase todo flamenguista, a vitória do São Paulo sobre o Botafogo, a fim de transformar o jogo de amanhã num simples amistoso para os bambis.
Porém, agora eu fico me questionando: é melhor enfrentar um time que joga despreocupado ou um time a quem só a vitória interessa?
Assim, Flamengo e São Paulo jogam com a mesma preocupação. E eu creio que nessa igualdade, poderemos levar a melhor, em razão de o nosso elenco estar acostumado a decisões.
Para tentar me acalmar (ou pirar de vez) fui assistir aos piores momentos de São Paulo 4 x 1 Flamengo.
Caramba! Perdemos dois pênaltis e mandamos uma na trave. Dia em que tudo deu certo para os caras. O quarto gol saiu de um lançamento do goleiro deles.
Pois é, como já dizia Nelson Rodrigues:
“sem sorte não se chupa nem um Chicabon. Você pode engasgar com o palito ou ser atropelado pela carrocinha”.
meu amigo,em todas as partidas contra os bambis,eles estavam com o time completo e nóis desfalcados,agora a situação mudou pro nosso lado.
vamos com tudo pra cima deles.
Filipe Luís mostrou espontaneamente, sem querer parecer, mas sendo, o nível e a qualidade do seu caráter. Antes do jogador de futebol, o ser humano, o companheiro, o amigo, tem sentimentos e empatia com o sofrimento desse amigo, que por sinal, mesmo jogando no adversário e competindo diretamente pelo título, é muito querido pelo elenco do Flamengo, comissão técnica, funcionários e todos dentro do clube por seu temperamento alegre, brincalhão, sempre cooperando pra tornar leve e positivo o ambiente.
Comentei aqui antes mesmo das declarações dele ao Eric Faria que o balançar da cabeça do Filipe Luís no momento do cartão não tinha a ver com a decisão certa ou errada do árbitro, do var, do bandeirinha, sei lá de quem, mas de ver o desapontamento na cara do amigo. Eu achei a imagem chocante. A mim emocionou. Mesmo assim achei justo o cartão. É recomendação do Conselho Arbitral da FIFA, por isso que o Var interferiu. O perigo de uma lesão grave naquela região é muito grande, o percentual é muito alto, o risco é suicida. O Filipe Luís deve ter sido amparado por uma congregação de espíritos poderosos. Escapou por muito pouco de uma contusão daquelas de 6 meses no estaleiro. Como milagrosamente saiu inteiro – a cena do pisão é dolorida – e faceiro, lamentou a decepção do amigo e balançou a cabeça em solidariedade à tristeza dele, de estar sendo excluído de um clássico decisivo do qual ele, Rodinei, vinha sendo talvez o maior protagonista durante a semana com o torcedor pagando 1 milhão pra ele jogar e em menos de 50 minutos tava fora. Eu também iria ficar muito puto.
Mas o Flamengo ganharia de qualquer jeito. É muito melhor do que o Inter e qualquer time do Brasil e das Américas. Do meio pra frente é um terror pra qualquer adversário. Inspirados e em sintonia entre eles são imparáveis, jogando o puro e objetivo futebol-arte unindo o individual ao coletivo, todos juntos e motivados não tem pra ninguém. As derrotas e empates inaceitáveis que poderiam ter nos custado o título (e ainda podem) devem servir como lição definitiva. Quero dizer com isso que no frigir do omelete quem decide são os jogadores dentro de campo e ponto final. Treinador e comissão técnica fazem a preparação, deixam o jogador na melhor condição possível pro jogo, mas na hora que a bola rola, é tudo com ele, jogador. Quanto mais livre, leve e solto ele se sentir, melhor. Improvisar é preciso, criar mais ainda e finalizar, essencial; bola na rede é a essência do futebol. A capacidade de entrega de cada um é que vai decidir a favor… ou contra. Os exemplos e lideranças de Diego Ribas e Gabriel Barbosa nesse quesito têm sido fundamentais. Raça, Amor e Paixão são a tradução poética dessa entrega, mas sem sua prática é bem mais difícil.
Tio Lênin? Tio Marx? Filme exaltando Che Guevara? Parece que o que temos em comum é apenas o Flamengo.
Azar o seu, camarada.
Pelo comentário, não sei se gostaria de ter algo a mais do que o Flamengo em comum com você…
Exato! O texto é muito bom, até o momento que o cara começa a esquerdar, aí … “esmerda” tudo!!!
Já vi o vídeo 5 vezes. Não pra ver o Che morto, cena deprimente por tudo que ela envolve e revela, mas pra babar com a Nathalie Cardone, super gata tesuda até a alma exposta em sua voz, tão bela quanto.
Falando em Che Guevara, até hoje não sei o que pensar do caráter desse cara. Por um lado, pra mim o mais marcante tendendo a ter um peso maior na avaliação geral, tem o médico (recém formado?) disposto a enfrentar a barra pesadíssima das selvas sulamericanas pra tratar leprosos. De graça. Mais disposto ainda em arriscar a própria vida pra defender e libertar um povo que nem era o seu, assim como não era seu o povo angolano e o boliviano. Por outro, ouvi dizer, li por aí , me contaram, vi na internet, soube que ele teria, em persona, fuzilado gente pra caralho, ou seja, teria tido o mesmo comportamento, comandado pela mesma cabeça e o mesmo espírito que condenava: a violência como foco central que atrai e envolve ambos os lados. No fim, dá no mesmo. Como deu. Só que com o futuro de Cuba, Guevara não tem nada a ver. Ele cumpriu o seu destino e continuou sua saga em outras plagas.
Confesso que me sinto sem elementos suficientes pra saber que, de fato, era Che Guevara. Só sei que as camisetas com a cara dele continuam vendendo muito na Europa e Estados Unidos.
Se alguém mais por dentro tiver informações a acrescentar sobre o mítico personagem, faça o favor, fique à vontade e agradeço antecipadamente.
Enquanto aguardo vou ver de novo a Nathalie.
“… o Octa Brasileiro agora é uma questão de vontade. Se o Flamengo quiser mesmo vai levar.”
Foi o que eu disse. Se os jogadores quiserem, mesmo, e encenarem todos os clichês como “coração na ponta da chuteira, sangue nos olhos, faca nos dentes, foco, atenção, comprometimento, garra, raça…” e encarnarem o rolo compressor, sufocando os caras, em menos de 20 minutos o garoto do placar vai carimbar: 2×0. Daí pra goleada num São Paulo desmotivado é um pulo.
Não chego a estar nervoso, mas que o tempo parece mais lento, parece.
Mesmo você enchendo seu texto de citações, totalmente descontextualizadas da atual realidade, não deixo de vir aqui e lê-lo. Zico era destro e não canhoto, por isso é mito. Maradona era canhoto, por isso morreu de tanta loucura, apesar de gênio. Jesus está sentado à direita de Deus pai, e não à esquerda. Entre as citações que podem instigar os jogadores prefiro a de Thomas Hobbes, que diz que o homem é o lobo do homem. O lobo mau Flamengo vai com tudo para comer as cordeirinhas. Darwin estava certo, que sobreviva e vença o mais forte. Ao vencedor às batatas. Ao Flamengo à Glória! Saudações Arthur. Um dia te dou um aperto de mão, sempre com a direita, óbvio!
Durma-se com um barulho desses, vai lá eu me compreender, torci o tempo todo pro Flamengo chegar a final com os bâmbis, pois na época tudo indicava que seria essa final a chance que teríamos em decidir e sermos campeões, claro, se lá chegássemos. Note-se os bâmbis estavam jogando muito ou pelo menos os entendidos assim diziam. Agora que chegou a tão ansiada partida e os caras estão as andrajos e o Flamengo é franco favorito, eu estou me borrando de medo. “O mal que se esconde no coração humano, o sombra sabe” ( Saint-Clair Lopes na antiga Rádio Nacional).
Perfeito chamado historico, Arthur.
Deixa eu colocar tb 2 recordaçoes desse tempo imortal:
SOUS LES PAVES, LA PLAGE !
Os bambis-pavés serao varridos pra longe, porque chegaremos assim neles:
HAY QUE ENDURECER, SIN PERDER LA TERNURA !
SRN – octa hoy !!!
Foda! Vamos ao octa!
Que ensinamento, Arthur. Aulas!
Que o Mengão impulsione a nação para respirar o ar que a COVID tenta deixar faltar.
Aristóteles dizia que as revoluções colocavam em jogo as grandes questões, que elas comecem com o octa para chegar no impeachment.
Saudações!
Belo texto, aliás, como sempre, queridão! SRN
“A fúria da desconstrução é uma fúria destruidora, de homens que se deixam apanhar por uma fantasia de onipotência demiúrgica e que querem fazer o mundo recomeçar do zero. Somos aqui as vítimas da utopia de 1968, que deverá um dia ser considerada pelo que realmente foi: uma terrível fantasia regressiva, que busca devolver à humanidade sua pureza virginal, a pureza de uma infância ainda não corrompida pela lógica do mundo adulto e das instituições”. – Mathieu Bock-Côté
Quinta-feira é dia de conservar a moral e os bons costumes Rubro-Negros e, na base da meritocracia, oprimir os bambi, em nome de Jesus!
“… se tiver que tomar conta de três tartarugas uma foge, uma engravida e a terceira começa fumar crack. ”
Dondié que o cara tira essas coisas?
Que linda a Nathalie Cardone.
Só o Arthur pode nos ajudar, querido amigo.
Esse vídeo belíssimo, que desconhecia, deve ter mais de vinte anos.
A Nathalie Cardone, atualmente, deve ter cerca de 60 anos e não pode ser tão linda assim.
A música é cubana mesmo, tendo uma porrada de gravações.
Saudades do Comandante, o único ser humano que vi abandonar o poder para se embrenhar na selva, em apoio aos oprimidos.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Eu me pergunto isso várias vezes lendo o Arthur. Mas ontem as tartarugas deram as mãos e fecharam o gol. Que sufoco, irmão.
Nenhum épico é escrito sem drama.
Vai pra cima deles, Mengo!
Entao que nao seja “épico”. Num guento mais drama, nao!
Octa facil, com 3 gols no primeiro e mais um ou 2 no segundo. Batida do coraçao tranquila.
Mas podem fazer mais, se tiverem vontade.
Esse comentário deveria ser no blog anterior no meio daquela discussão toda sobre regras, etc., etc.
Para o Carlos Moraes, aliás, uma dúvida antiga minha. Já que estão falando tanto em regras de futebol e até comparando com o código penal, eu sempre impliquei com a tal regra do impedimento que considera o cara impedido, quando ele sai do impedimento e volta para a posição legal do jogo espontaneamente, aquela figura do Mário Vianna com dos enes, sai da posição B para a A ou, sei lá eu, de A pra B, quer dizer ele , reu confesso, se coloca em condição legal para voltar a participar do jogo. Isso não é uma contradição com a justiça que diz que o criminoso que espontaneamente admite seu crime tem lá suas regalias?Para completar, se o cara estava em vantagem e ele por livre e espontânea vontade abdica dessa vantagem ainda é punido?
Confesso a vocês: estou me borrando de medo pelo jogo de amanhã. Como disse o Arthur, essa porra de bostachorense só serve pra atrapalhar, foi ganhar logo agora, aquela história cutucou a onça (no caso uma onça meio aviadada, ou um bâmbi, o que dá no mesmo) e quem vai pagar o pato somos nós. Por outro lado, se isso consola, o velho ditado está a nosso favor, um raio não cai no mesmo lugar, não é possível que a gente vá perder mais essa depois de três sacodes para a bambilândia. Mas como para o Flamengo nada é fácil.
Aprendimos a quererte
Desde la historica altura
Donde el sol de tu bravura
Le puso un cerco a la muerte
Dedicada ao Comandante Che Guevara, essa estrofe cabe perfeitamente ao Flamengo.
Arthur, esta sua crônica deveria ser lida no vestiário momentos antes do jogo de amanhã. Hilária e emocionante como sói ocorrer em seus textos.
Sem palavras para adjetivar esta crônica.
Hasta el octa.
Cooncordo plenamente.
Leitura (e audição) obrigatória no vestiário.
Nervosas SRN
FLAMENGO SEMPRE
essa derrota do são paulo pro botafogo vai ser fundamental pra manter o foco do flamengo na competição ,eles vão precisar jogar pra ganhar e ai que pode ficar muito bom pra gente.
eles deixarão espaços e podemos aproveitar dessa situação.
o flamengo tem mais dificuldades de furar o bloqueio das retrancas do que jogar com times mais tecnicos.
são paulo vai jogar com lateral esquerdo improvisado e ai que o nosso everton ribeiro pode se dar muito bem e quem sabe decidir o campeonato pra gente.
SRN !
Chacal, meu amigo,
eu também queria, da mesma forma que quase todo flamenguista, a vitória do São Paulo sobre o Botafogo, a fim de transformar o jogo de amanhã num simples amistoso para os bambis.
Porém, agora eu fico me questionando: é melhor enfrentar um time que joga despreocupado ou um time a quem só a vitória interessa?
Assim, Flamengo e São Paulo jogam com a mesma preocupação. E eu creio que nessa igualdade, poderemos levar a melhor, em razão de o nosso elenco estar acostumado a decisões.
Para tentar me acalmar (ou pirar de vez) fui assistir aos piores momentos de São Paulo 4 x 1 Flamengo.
Caramba! Perdemos dois pênaltis e mandamos uma na trave. Dia em que tudo deu certo para os caras. O quarto gol saiu de um lançamento do goleiro deles.
Pois é, como já dizia Nelson Rodrigues:
“sem sorte não se chupa nem um Chicabon. Você pode engasgar com o palito ou ser atropelado pela carrocinha”.
Que a sorte não nos abandone amanhã.
SRN!
meu amigo,em todas as partidas contra os bambis,eles estavam com o time completo e nóis desfalcados,agora a situação mudou pro nosso lado.
vamos com tudo pra cima deles.
SRN !
PUTA QUE PARIU !!!!!
QUE VÍDEO !!!!!
Por ora, nada más a comentar.
Emocionadíssimas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Caçaroletas Flamejantes!
Ai tu me quebra!
Largou a caneta.
Matou a pau.
Parabéns Mulambo!
Filipe Luís mostrou espontaneamente, sem querer parecer, mas sendo, o nível e a qualidade do seu caráter. Antes do jogador de futebol, o ser humano, o companheiro, o amigo, tem sentimentos e empatia com o sofrimento desse amigo, que por sinal, mesmo jogando no adversário e competindo diretamente pelo título, é muito querido pelo elenco do Flamengo, comissão técnica, funcionários e todos dentro do clube por seu temperamento alegre, brincalhão, sempre cooperando pra tornar leve e positivo o ambiente.
Comentei aqui antes mesmo das declarações dele ao Eric Faria que o balançar da cabeça do Filipe Luís no momento do cartão não tinha a ver com a decisão certa ou errada do árbitro, do var, do bandeirinha, sei lá de quem, mas de ver o desapontamento na cara do amigo. Eu achei a imagem chocante. A mim emocionou. Mesmo assim achei justo o cartão. É recomendação do Conselho Arbitral da FIFA, por isso que o Var interferiu. O perigo de uma lesão grave naquela região é muito grande, o percentual é muito alto, o risco é suicida. O Filipe Luís deve ter sido amparado por uma congregação de espíritos poderosos. Escapou por muito pouco de uma contusão daquelas de 6 meses no estaleiro. Como milagrosamente saiu inteiro – a cena do pisão é dolorida – e faceiro, lamentou a decepção do amigo e balançou a cabeça em solidariedade à tristeza dele, de estar sendo excluído de um clássico decisivo do qual ele, Rodinei, vinha sendo talvez o maior protagonista durante a semana com o torcedor pagando 1 milhão pra ele jogar e em menos de 50 minutos tava fora. Eu também iria ficar muito puto.
Mas o Flamengo ganharia de qualquer jeito. É muito melhor do que o Inter e qualquer time do Brasil e das Américas. Do meio pra frente é um terror pra qualquer adversário. Inspirados e em sintonia entre eles são imparáveis, jogando o puro e objetivo futebol-arte unindo o individual ao coletivo, todos juntos e motivados não tem pra ninguém. As derrotas e empates inaceitáveis que poderiam ter nos custado o título (e ainda podem) devem servir como lição definitiva. Quero dizer com isso que no frigir do omelete quem decide são os jogadores dentro de campo e ponto final. Treinador e comissão técnica fazem a preparação, deixam o jogador na melhor condição possível pro jogo, mas na hora que a bola rola, é tudo com ele, jogador. Quanto mais livre, leve e solto ele se sentir, melhor. Improvisar é preciso, criar mais ainda e finalizar, essencial; bola na rede é a essência do futebol. A capacidade de entrega de cada um é que vai decidir a favor… ou contra. Os exemplos e lideranças de Diego Ribas e Gabriel Barbosa nesse quesito têm sido fundamentais. Raça, Amor e Paixão são a tradução poética dessa entrega, mas sem sua prática é bem mais difícil.
Falou e disse, Rasiko. Aliás, ótimo comentário.
Grato, Frederico.