Meu mais recente post no RP&A teve a participação de três comentaristas. Isso. Metade de meia dúzia. Chacal, Rasiko e Carlos Moraes. Um, dois, três.
Culpa do baixo astral generalizado trazido pela peste pós-moderna? Do justificado e necessário recesso futebolístico? Do meu desinteresse por recopas, supercopas e outras caçaníqueiscopas? Possivelmente, de tudo um pouco.
Um dos comentários, feito em tom de lamento pelo Chacal – verdadeiro herói da resistência, que acompanha e participa do blog desde a primeira postagem –, cutuca a ferida e aborda o indigente índice de comparecimento, comparando-o com as mais de mil mensagens que costumavam enriquecer os bons tempos do lendário Urublog, do Arthur Muhlenberg, no globoesporte.com
Tenho uma suspeita que pode se revelar tolice completa, porém vou arriscar.
Os primeiros meses do RP&A, em 2015, contaram com uma adesão bastante boa. Eu mesmo, desconhecido da maioria dos leitores do Urublog, cheguei a ter postagens aqui com quatrocentos comentários. Muito mais do que meus textos geravam quando eram publicados no blog Questões do Futebol, da revista Piauí.
Uma das dificuldades enfrentadas pelo RP&A foi a decepção com o time. Enquanto Carlos Moraes, Rasiko, Chacal e mais uns quinze ou vinte caras continuaram segurando a gambiarra, dando força e interagindo, grande parte jogou a toalha, meio que de saco cheio de Alex Muralha, Márcio Araújo, Gabriel Perninha de Siriema, eliminações prematuras e em série na Libertadores, esperanças vãs no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. No entanto, cabe discussão: se tudo se resumisse à desilusão com os fracassos em campo, não era pra ter acontecido uma reação inversamente proporcional, a partir do fabuloso desempenho do futebol rubro-negro no ano passado?
Algo a ver com tendências ideológicas, sejam as escancaradas, sejam aquelas sutilmente alocadas nas entrelinhas? Não creio. O período a que o Chacal se referiu (2013/2014) foi de enorme radicalização, sobretudo nas redes sociais. E, como talvez dissesse Joel Santana, fosse from the right, from the middle ou from the left, a mulambada se manteve firme no Urublog, atuando freneticamente.
Terá caído a qualidade dos textos? Também não. Embora Vivi Mariano esteja sumidona, Dunlop escreve uma barbaridade e de um jeito que não tínhamos no RP&A. Acabei de reler “Heptacular”, que traz o Arthur no melhor de sua forma. A explicação, portanto, não passa por aí.
Tenho a impressão de que essa opinião vai desagradar a pessoas queridas, entusiastas da bagaça, mas desconfio que o sumiço da rapaziada foi provocado pela proliferação de grupos rubro-negros no WhatsApp – algo que, apesar de já existir na época do Urublog, ainda não estava tão disseminado quanto hoje. Não se trata de condenar os grupos, que podem ser úteis ou divertidos, vieram para ficar e não há o que fazer. Trata-se, apenas, de uma constatação.
Lembro que, no início do RP&A, um leitor do Ceará – novo, devia ter dezoito ou dezenove anos, começou bem atuante e logo depois desapareceu – propôs a criação de um grupo. Por temer a iniciativa, tremi na base. A ideia dividiu os debatedores e não prosperou. Respirei aliviado.
É evidente que a instantaneidade do WhatsApp representa um gigantesco estímulo à participação. Além disso, enquanto no blog há que se movimentar dentro do tópico proposto pelo blogueiro, nos grupos de WhatsApp o conteúdo é bem mais democrático. Só que, sendo sincero, em termos de texto e informação eles primam pela inconsequência. O cara escreve qualquer coisa e de qualquer maneira, sabendo que, se ali estiver uma imensa bobagem, ela vai se perder em poucos segundos, empurrada lá pra baixo da timeline ou do feed ou que porra de nome tenha. No blog é diferente.
Exemplifico.
Havia um grupo em que eu entrava de forma bissexta. Dele participava um cara que manja bastante de futebol, e que sempre foi um dos comentaristas mais assíduos aqui do RP&A. (Para não personificar o argumento, vou chamá-lo de, sei lá, Roberval.) Certo dia, debatia-se a contratação do Conca. Roberval era a favor. Como Conca só receberia se atuasse, ele apoiava a empreitada. Pois bem: numa de suas mensagens, Roberval postou que Conca carregara o Fluminense nas costas, nas conquistas dos Brasileiros de 2010 e 2012. Falso. Em 2012, Conca jogava na China.
Numa outra situação, em que se criticava o Felipe Melo, Roberval saiu em defesa do destemperado volante, afirmando que ele já levantara dois campeonatos brasileiros – 2016 e 2018 – pelo Palmeiras. Falso. Em 2016, Felipe Melo defendia a Internazionale de Milão. Se estivesse escrevendo um comentário para o RP&A, Roberval certamente teria feito uma rápida checagem e perceberia que a memória o traía. Em grupos de WhatsApp, neguinho manda a primeira coisa que vem à cabeça e que se dane.
Ainda nesse grupo, vi pessoas escalarem o Flamengo que disputou a final do estadual de 1966, com o Bangu, sem o zagueiro Itamar – figura central da decisão, pela voadora em Ladeira quando o atacante adversário tentava fugir da ira e da perseguição de Almir. E algumas aproveitaram o embalo para elogiar o timaço banguense, com destaque para a dupla formada por Parada e Bianchini. Detalhe: em 1966, nenhum dos dois fazia parte do elenco bancado por Castor de Andrade. Em outro grupo, houve quem dissesse que Berico era irmão do Fio Maravilha.
Os grupos de WhatsApp aceitam tudo, inclusive dados que não resistiriam a um breve par de cliques no google. Se estiverem errados, daqui a quinze segundos ninguém mais irá visualizá-los. No blog, não: o texto permanece e o mico fica. Se alguém quiser ver as besteiras que escrevi no ano passado e que foram devidamente derrubadas, estão todas disponíveis.
Repito: não condeno, apenas constato. E sinto pena, ainda mais porque as duas ferramentas poderiam conviver em paz e sem que uma excluísse a outra.
Tendo ou não fundamento, a tese está lançada e a caixa de comentários, como sempre, aberta a todos. Vamos ver quem se anima.
Nem que seja para espantar o tédio do confinamento.
Eu leio tudo e, geralmente, não comento. Só aprecio.
Blogs acabaram ficando para trás, na corrida tecnológica. No entanto, continuam ótimos para temas específicos, como o Mengão. De fato, não é a melhor ferramenta para se papear, então os comentários sempre serão poucos, se compararmos à importância que um blog tinha em 2009.
Continuem um bom trabalho, não desanimem! Aqui é o oásis onde encontro os textos-pérola sobre o Mengo meu dengo! Hoje é raro alguém conseguir ler um texto “longo”, mas eu continuo desfrutando desse gostinho clássico. Parabéns!
Fala, Tiago.
Então, rapaz. Isso aí é indiscutível do ponto de vista da realidade, mas discutível do ponto de vista da qualidade do que se lê. E nos grupos de WhatsApp, na imensa maioria das vezes, ela é muitíssimo rasa.
Além do que, conforme você disse, o blog segue tendo sua importância na questão de temas específicos. Mas, uai: os grupos de WhatsApp formados por flamenguistas não têm como tema exatamente o Flamengo?
Em relação a 2009, concordo, e meu texto usa esse argumento: naquela época, os grupos de WhatsApp não eram tão populares. Mas eu me referi ao próprio RP&A, às movimentações nas caixas de comentários que aconteciam até, sei lá, dois anos atrás. E que se reduziram bastante – talvez seja só coincidência – quando o Flamengo montou o timaço atual.
Obrigado por mais uma citação ao “oásis”. Continue desfrutando e aparecendo por aqui.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
Quando quero dar risada – e quero sempre, todo dia, toda hora – leio os comentaristas do youtube, do globoesporte e outros sites e canais onde a galera ignara ensandecida defeca pelos dedos. A insanidade é geral é irrestrita. Protegido por um nick, entro na onda e posto umas barbaridades que só não me envergonham porque esse eu é outro, meu bagaceiro interior que quer sair atirando impropérios pra todos os lados.
O RP&A, assim como foi o Urublog, é, perdoem o clichê, um oásis de inteligência e elegância em meio ao caos e boçalnarodade dos terríveis dias atuais – assim como foram os de Lula, Dilma, FHC e todos os outros que os antecederam (antes que me acusem de ser partidário de algum destes canalhas).
Só tenho celular/uatzap pra falar com meu filho que mora na França e acompanhar o crescimento do meu neto, nada mais. Encerrei a conta no FB, não tenho instagram, twiter ou qualquer outra das assim chamadas mídias sociais.Tenho dois chips: um de Portugal e outro do Brasil. Nenhum dos 2 funciona, não corro risco de ser achado. Como vivo na cidade de melhor clima, melhor povo, melhor café, melhor manteiga e melhor pão de padaria deste país (não, Carlos Moraes, não é Alto Paraíso), não me importo de prolongar indefinidamente essa quarentena que já dura 13 anos. A única falta que sinto é ver o Flamengo jogar, ainda mais agora, quando o voo já tinha sido alçado e uma aterrisagem forçada esvaziou a bola da euforia. Mas, tenho certeza, melhores, muitos melhores dias virão por aí. A mudança, a tão esperada mudança, finalmente está em andamento.
Só quem não pode parar é o RP&A. Falando nisso, cadê o Arthur? Que diga alguma coisa, nem que seja “Estou bem, não tô pegando nada nem ninguém.”
srn p&a
Grande Rasiko!
Essa é uma verdade indiscutível: alcança padrões industriais a quantidade de bobagens que a gente lê, ouve e vê na mídia esportiva tradicional. Com clichê ou sem clichê, é uma honra pra nós que o RP&A seja “um oásis de inteligência e elegância”. Sem falsa modéstia, merecemos.
Faltou uma informação essencial no seu comentário: melhor clima, melhor povo, melhor café, melhor manteiga e melhor pão de padaria deste país? Faltou dizer onde fica isso. E não se preocupe: pelo número de comentaristas que apareceram em minha penúltima postagem, pouca gente vai ver. Tem perigo de estragar não.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
Só pra você, sussurrado no ouvido esquerdo (pelo menos, em mim, é o que ouve melhor) pra manter o segredo: Piatã, Bahia, a terra do café (vários prêmios internacionais, inclusive o de melhor do mundo), da gentileza e da genuína honestidade. Além, claro, da tradicional denguice baiana. Já tô até me acostumando com a ideia do peregrino se aposentar por aqui.
PS-Tivi na tevê.
grande abraço, srn p&a
Fiquei com vontade de apagar esse comentário, pra que não haja risco. Vai que o pessoal se anima e invade, como é que fica? Lugares como esse valem ouro em pó.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
PS: Rapaz! Quer dizer que eu fui aparecer justo aí nesse paraíso? O lugar é bão mesmo!
Desde o Urublog que acompanho o Arthur, raros foram os textos que não li.
Assim também acompanho o República Paz e Amor desde o início, sempre está nos favoritos e mais acessados do meu navegador, embora não tenha hábito de comentar.
Apesar do claro posicionamento político da maioria dos cronistas, que embora sejam no geral contrários aos meus, tolero e respeito, mesmo sabendo que em outras condições político-administrativas do país tais opiniões não transpareciam tanto assim. Talvez porque tudo estivesse muito bem com o país naquela época e agora está horrível. Mas enfim, vivemos em uma democracia.
Acho que os grupos podem sim ter influência. Moro em Curitiba, longe das bases do nosso amado Mengão e é um alívio poder contar com a presença virtual e muitas vezes real da nação, seja em jogos ao vivo, seja nas embaixadas, principalmente num local onde a mídia oficial simplesmente ignora até onde conseguem a existência do maior do mundo, que raramente é sequer citado em programas esportivos locais no rádio ou na TV.
Mas a fonte de conhecimento flamengo, de prazer e diversão com os textos desses grandes mestres é incomparável.
Espero que mais e mais flamenguistas divulguem em seus grupos as excelentes crônicas do RPA, para que o blog nunca acabe, pelo contrário conviva harmoniosamente com os grupos, e assim como o Mengão, volte a crescer.
Não, meu irmão de cores, não vivemos numa democracia – se precisar, eu provo.
Esta a maior falácia que nos condicionaram a aceitar como sendo verdade, aqui e no mundo todo, incluindo o tão festejado Estados Unidos da América do Norte como sendo a maior democracia do Ocidente. Quem viveu lá, sabe. Democracia de cima pra baixo não é, nunca foi e não pode ser democracia.
Democracia onde políticos – que foram eleitos pra defender os interesses do povo – são meros títeres dos banqueiros internacionais e das mega corporações nacionais e multinacionais não passa de uma cortina de fumaça pra esconder a corrupção galopante neste país e em TODAS as supostas “democracias”.
A lógica e as evidências explicam o óbvio. Só não vê quem não quer.
srn p&a
Boa, Fabio.
Você deu uma bela lição de como lidar com as divergências políticas. Tolerância, respeito e uma justa dose de ironia, que sempre vai bem. Ninguém precisa deixar de participar da caixa de comentários do blog por causa disso.
Também espero que cada vez mais e mais flamenguistas divulguem em seus grupos de WhatsApp as postagens do RP&A. E que a imprensa esportiva curitibana tome tenência e passe a dar, ao melhor time de futebol surgido no Brasil em muitos anos, o espaço que ele merece.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho
Eu não cheguei a conhecer o Urublog, o que demonstra uma enorme falha de caráter da minha parte.
Mas este República, Paz & Amor é leitura constante.
Percebo a enorme capacidade de escrita que vocês tem (sinto falta da Vivi que está mesmo sumida..).
Li os dois excelentes livros do Muhlemberg publicados agora no final de 2019 que, diversas vezes, me levaram a gargalhar.
O Arthur é muito criativo e engraçado, talvez só pra nós rubro-negros e bem vestidos, como ele sempre repete.
Eu não duvido nada que grupos de whatsApp podem ser mais dinâmicos do que um blog, mas, por outro lado, entendo que
aqui é possível colocar algumas ideias com mais tranquilidade, embora já tenha vivenciado um patrulhamento chato, apenas porque dei minha opinião sobre alguns jogadores.
Mas foi só uma vez .
Considero este blog uma ótima fonte de leitura, invariavelmente com textos inteligentes.
Sendo assim, só posso desejar vida longa pra todos vocês e para o blog.
SRN sempre !!!!
Fala, Eduardo.
Quer dizer que o senhor comprou – assim espero – os dois livros do Arthur e não comprou o meu? Pô, “Festa na Favela” tá à venda na Amazon, facinho. Link direto:
https://www.amazon.com.br/Festa-Favela-Libertadores-hepta-Brasileiro/dp/8565193306/ref=sr_1_1?__mk_pt_BR=%C3%85M%C3%85%C5%BD%C3%95%C3%91&keywords=festa+na+favela&qid=1586189284&sr=8-1
Se não aparecerem as letrinhas azuis, copia e cola, não tem erro. Outra opção, inclusive com frete mais barato, é comprar pelo WhatsApp (olha ele aí numa ação do bem!) da loja Espaço CauliArte. É só mandar uma mensagem pra (11) 97378-6354 e falar com a Mirella.
A principal diferença entre o blog e os grupos de WhatsApp é exatamente a que você descreveu. Em relação ao patrulhamento, me parece normal em torcedores de futebol. Se o cara não gosta do Gustavo Henrique, todo gol que o Flamengo levar vai ser culpa dele. Se não gosta do Diego Alves, vai sempre achar que ele falhou. No início do RP&A, havia um leitor e comentarista assíduo, o André, que era fã do nosso (felizmente ex) lateral-direito Pará. Ele fazia descrições geniais dos bons lances dos quais o Pará participava. E quando Pará não participava, André dava um jeito de incluí-lo na jogada. Era muito divertido. André sumiu e tá fazendo falta.
Obrigado pelos elogios, apareça sempre, e não esqueça: “Festa na Favela”.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, deixa comigo. Vou me redimir ….
abs
Boa, garoto!
Abração.
Caro Murtinho,
Como espectadora, já que não sou flamenguista, acho que gerava mais debate quando o Flamengo era aquela desgraça. Sempre tinha um que acordava caridoso e vinha querer defender Alex Muralha, Muricy, Abelão. Aí brotava uma reação dos outros querendo fazer a pessoa voltar à sanidade.
Hoje o Flamengo é hors-concours, não tem o que debater.
Grande abraço e juízo na quarentena!
Tenho a mesma opinião, notável palmeirense.
Faço uma pequena distinção.
Não seria o ^Flamengo desgraça^, mas apenas o ^Flamengo hors concours^.
Já até escrevi aqui mesmo que muitos jogos, pela fraqueza dos adversários, tornam-se chatos, sem emoção, a menos que aconteça algum lance de destaque, nem tão comuns assim.
Além do mais, da minha parte, estou irmanado com o Murtinho.
Esses dois títulos internacionais nada representam para mim.
São caça-níqueis internacionais, na verdade inventados pelos europeus.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Minha querida Bia!
Antes de mais nada, devo um pedido de desculpas.
No início de fevereiro, fiz um evento de lançamento do “Festa na Favela” com meus amigos paulistanos. Foi num bar muito legal de Perdizes, o Mundano (cujo dono é palmeirense doente), e eu queria te convidar.
Parti de um raciocínio lógico, embora sem qualquer embasamento. Você é palmeirense. Por ficar perto do Allianz Parque e da sede do clube, Perdizes é um bairro com enorme concentração de torcedores do Palmeiras. Pensei: é possível que a Bia more por ali, e aí fica fácil aparecer lá. Só que, com a correria que antecedeu o encontro, acabei esquecendo de te mandar o e-mail.
Depois, pensei: de onde tirei que a Bia mora em Perdizes? Sequer sei se ela mora na capital. De todo modo, vacilei. Uma pena, porque foi bem bacana.
Quanto ao seu comentário, acho que procede. Parece que, quando o time decepcionava, as pessoas tinham necessidade de extravasar e enxergavam nas próprias críticas um meio de ajudar a promover as mudanças. Agora que o time se acertou, a rapaziada só quer mesmo é comemorar. É uma teoria.
Tô sossegado no confinamento. Já tentei convencer minha mulher que posso acordar antes das seis da matina pra fazer meu exercício (costumava caminhar quarenta minutos e correr vinte, três ou quatro vezes por semana), já apelei para o argumento de que velho precisa tomar sol, nada adiantou. Ela tá me trazendo na rédea curta.
Beijo grande. Paz & Amor. E se cuida.
Concordo quanto aos títulos internacionais, Carlos. Se tem mais graça para times da Arábia Saudita e Japão do que grandes do Brasil e da Inglaterra, então o negócio é sem graça. Com todo respeito aos times do oitavo ou nono escalão mundial, veja bem. Desde que parou o futebol eu já revi alguns jogos aleatórios da Champions League, da Premier League – não me senti tentada a rever nenhum jogo de mundial da FIFA, nem mesmo a sapecada do Barça no Santos.
Murtinho, você está desculpado de não ter me convidado para o lançamento do seu livro. Não sei se eu teria ido porque há alguns anos que não moro mais em São Paulo, moro no Sul de Minas Gerais – mas, respondendo a sua dúvida, eu sempre fui Butantãner enquanto morei em São Paulo. É certo que eu gostaria de ter ido, sem dúvida. Não tenho nada contra adquirir livros de outros times, aliás, agora que parei para pensar, minha estante de futebol é dominada por livros com temática botafoguense. Se eu fosse comentarista de TV, minha estante ia combinar com a quarentena, essa quarentena que me faz torcer pelo Botafogo todo dia. Enfim, não vou entrar nesse assunto porque parece que tem gente aqui no blog que se melindra quando consegue pescar algumas frases soltas jogadas assim no meio do texto e eu não quero espantar seus comentaristas.
Vamos ficar vivos para eu comprar seu livro e você autografar ele pra mim, combinado?
Tá vendo aí? Não sei de onde tirei que você morava em Perdizes. Provavelmente, porque eu gostaria que você fosse ao lançamento.
Tudo certo então: ficaremos vivos. E é claro que seu livro vai seguir com dedicatória. Vou te mandar um e-mail, pra você ter acesso ao meu e a gente combinar por lá. Porque, pra ter dedicatória, não dá pra ser via Amazon. OK?
Ah, muito bom o raciocínio a respeito desses títulos internacionais (Libertadores à parte, certo?): se tem mais graça para o futebol da Arábia Saudita do que para o futebol inglês, essa graça é muito relativa. Excelente!
Beijo grande.
Conheço muita gente que lê o RP&A, mas nunca comenta. Eu mesmo só comentei 1 vez para defender que o pisco é peruano (terra do meu pai) e não chileno Participo de 3 grupos só de Flamengo no Whatsapp. Muitas vezes mando o link daqui pra eles. Para mim, é o melhor blog de futebol, não só de Flamengo, disparado.
Fala, Fernando.
E não é que esse texto do Arthur teve algo de premonitório? Depois do debate a respeito da origem do pisco, a decisão da Liberta acabou se transferindo pra Lima. E tudo resolvido.
Essas coisas são bacanas.
Lembro que, em 2014, eu escrevia o blog “Questões do Futebol”, da Piauí, e decidi fazer uma série sobre as seleções que disputariam a Copa no Brasil. Havia análises pretensamente sérias, havia outras bem-humoradas (“Existe arroz à grega, existe iogurte grego; futebol grego não existe”), e eu não acreditava em título da Espanha, da Argentina, da Holanda ou da França. Sabe qual foi o título da postagem sobre a seleção alemã? “A grande ameaça.” Deu no que deu.
Apareça sempre, continue mandando os links para o pessoal dos seus grupos no WhatsApp e convença a turma de que RP&A e grupos de WhatsApp não são excludentes.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
Salve, Murtinho!
Poxa, mestre, o que seríamos de nós sem a nobreza dos textos aqui publicados?
Sobre a sua escrita, ainda a me recordo da sua explicação da jogada do Gérson com o passe de letra para o Arão carimbar o travessão do Avaí ter sido mais genial que a bicicleta do Arrascaera sobre o Ceará. Ou então quando profetizou que se nossos corações aguentassem, viveríamos para comemorar libertadores e brasileiro.
Só tenho a agradecer a todos os colaboradores do RPA por manterem esse esforço lúcido e criativo aqui.
Um sincero muito obrigado a todos vocês!!
SRN
Fala, Marco.
Estava sumido, rapaz!
Pois então, o RP&A tem dessas coisas aí que você falou, e que o Xisto registrou muito bem no comentário dele.
Postagens com uma pegada bem diferente – e as diferenças existem, inclusive e principalmente, entre nós: eu escrevo de um jeito, Arthur de outro, Dunlop de um terceiro, Vivi tem o estilo dela. É impossível ler o Arthur e achar que está lendo o Dunlop. São inconfundíveis.
E, conforme o Xisto escreveu, há comentários preciosos, inteligentes e muito bem montados. Essa turma não pode sumir.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
PS: No finzinho do ano passado, mandei um e-mail pra você pelo privado, mas agora percebi que seu endereço de e-mail mudou. Vou reenviar, ok?
Salve, Murtinho!
Obrigado pela mensagem! Eu realmente perdi o acesso ao meu email antigo, tive de criar esse ‘contatonovo’ que estou usando agora.
Estou na espera pelo seu email !
Imagino que tenha algo relacionado aquele dia em que eu bebi umas a mais e vim aqui escrever que daria um jeito de comprar um livro autografado por você, será que estou certo? Rs
Eu ainda não comprei o Festa na Favela, mas já dei uma paquerada nele no site da Amazon.
Abraço, Murtinho!
SRN
Mandei lá, Marco.
E, depois que mandei, vi que esqueci de colocar o “Assunto”. Ok?
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
Olá Murtinho,
concordo com você. Creio que a criação de grupos de whatApp também possa ter contribuído para a diminuição dos comentários aqui no RP&A.
Eu acrescentaria ainda um outro fator, e posso estar completamente equivocado. Mas a divisão política reinante no país acabou por contaminar o nosso blog.
Antes havia debates entre os participantes, todos relativos estritamente ao futebol. Aos poucos, porém, começaram a surgir desentendimentos no campo da política ideológica, que, repito, afastaram alguns usuais comentaristas.
Particularmente, confesso que não tenho trazido regularmente meus comentários aqui no RP&A, um pouco por preguiça e um pouco por andar assoberbado de serviço. Todavia, jamais abandonei o RP&A, sendo o “like” sempre obrigatório.
Um forte abraço.
SRN!
Fala, Aureo.
Sim, é bastante possível que a polarização política tenha lá sua parcela de culpa, embora eu considere que exista aí uma vontade grande demais de politizar tudo. (Não sua, que fez este comentário, mas de quem politiza.)
Deixa eu tentar explicar.
Se você pegar meu penúltimo post, lá estão os seguintes assuntos: entrevista de Jorge Jesus ao programa “Jogo Sagrado”, do Fox Sports; o rendimento de Gerson, Everton Ribeiro, Arrascaeta e Gabriel na partida com o Liverpool; o salário pedido por Jorge Jesus para renovar com o clube; o treinamento no escuro; a ideia de que o Flamengo atual tem todas as condições de encarar o Barcelona de Messi; a impressionante jogada de contra-ataque com Rafinha, Everton Ribeiro, Bruno Henrique, Gabriel e Arrascaeta; a atuação de Thiago Maia; as dificuldades que devemos enfrentar em Quito, na partida com o Independiente del Valle. Ou seja: quem quisesse falar apenas de futebol e especificamente sobre aquele post, tinha oito assuntos para escolher e opinar. E essa é, mais ou menos, a pegada dos textos publicados aqui no RP&A. Dificilmente a gente encontra, no blog, postagens monotemáticas.
Bom. Vai que, no meio de catorze ou quinze parágrafos, entre sete ou oito assuntos percorridos, um deles tem um viés político. Se o leitor gosta de discutir política, emburaca nele, comenta, concorda ou discorda, e tudo bem. Nesses cinco anos de RP&A, houve apenas um caso de banimento de um alucinado que – não sei de onde ele tirou esse disparate! – acusou o blog de ser vendido ao Corinthians. Censura a comentários, não tenho conhecimento. Agora, se o cara não gosta de discutir política ou acha que esse não é o foro adequado para isso, ele pode simplesmente ignorar o tal parágrafo e escolher um dos sete ou oito assuntos focados no futebol e no Flamengo.
Quer um bom exemplo? Outro dia, escrevi aqui que o Chacal comentou no primeiro post que publiquei, comentou no último e comenta sempre. Pois eu não lembro de ter visto nenhum comentário do Chacal em que ele revele sua preferência ideológica. Se você me perguntar em quem o Chacal votou na última eleição, não faço ideia. Tudo leva a crer que o Chacal não gosta de discutir política aqui, e nem por isso ele deixou de entrar para falar das coisas do Flamengo.
Repito: é bastante possível que isso tenha afastado alguns comentaristas. Mas não deveria ser motivo.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
meu amado irmão jorge murtinho,
já vi comentários aqui péssimos tanto da direita como da esquerda,pra ser sincero TODOS são bem idiotas.
mas isso não vai me afastar desse espaço.
tem muita gente talentosa escrevendo aqui e não me permito perder isso.
SRN !
Perfeito.
Na minha visão, apesar de tentar entender as razões alheias, nada até hoje se mostrou motivo suficiente para abandonar a leitura do blog ou a participação na caixa de comentários.
Bola pra frente.
Abração.
Vou contar uma estorinha, como meu primeio comentário a este artigo, que merece muitas reflexões.
Ninguém sabe, muito menos avalia, o amor que muitos sentiam a respeito do Urublog.
Quando chegou a seu ponto final, foi a fossa, autêntica, como se cantada pela Dolores Duran.
Eis que, estava eu em Curitiba, onde continuou morando o meu filho mais velho, debaixo do chuveiro, quando a minha mulher entrou, com meu celular, afirmando – é o Chacal, lá do Rio de Janeiro.
Entendia que algo de novo poderia justificar o telefonema.
Certa, certíssima estava ela.
Chacal eufórico fazia a comunicação solene – o Arthur voltou, em um Grupo novo.
Mal sabia ele que, dias antes, ainda em Brasília, bebericando com dois urubloguistas fanáticos no Fausto & Manoel, nós três criadores de um grupo de zapp diretamente ligado à famosa instituição do Grão Mestre, com mais dois amigos, recebemos um telefonema do próprio Arthur comunicando que brevemente voltaria, com o RPA, na companhia de grandes nomes, a saber as duas lindezas Vivi e Nivinha, mais dois barbudos, Murtinho e Arnaldo.
Fiquei na minha, nada comentando com o Chacal, para não estragar a alegria do amigo e, confesso, pelas dúvidas que ainda tinha se o sucessor do Urulog viria à tona.
Tínhamos amor pelo Urublog, que, de imediato, se transferiu para o RPA.
Por isso mesmo, não largamos a rapadura, nem largaremos, com Covid-19 ou o caralho a quatro.
Depois comentarei o meu porque a respeito do número menor de comentaristas, uma evidência de nossos dias.
Quis primeiro registrar a gravidez e o parto, para mim e alguns amigos (não estou autorizado a mencionar o nome deles) do República, Paz & Amor.
Em pesados tempos de confinamento, SRN
FLAMENGO SEMPRE
Dos três citados pelo Murtinho, nada falei a respeito do Rasiko.
Um cara fora de série, conhecedor, como poucos, da mente humana.
Diferente, com soe acontecer com as inteligências privilegiadas.
Outro amigão, que foi, pouco a pouco, se consolidando como tal.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
“Caralho a quatro” não deveria ser no plural?
Acho que “caralho a quatro” não deveria ser plural! Passa pela forma de divisão do “caralho”pra quatro, coisa de delírio machista, mas ainda assim referindo-se (ífem caiu ou não?) a UM caralho apenas!
A alternativa plural seria “OS CARALHO!!!”, que suprime o “S” pra enfatizar a comoção do sujeito (no caso sujeito macho, seguido de predicado e objeto direto ou indireto), ou mesmo em alguns casos a indignação com a colocação anterior, por exemplo:”Maradona é melhor que o Zico OS CARALHO!!!”
SAUDAÇÕES RUBRO NIGÉRRIMAS
Eu aqui cagando regra e escrevendo hífen errado! Obrigado corretor!
Pra quem ainda não o conhecia, eis aí o primeiro filólogo entregador de pizzas de Miami – e quiçá do mundo.
Se cuida aí, meu camarada.
Porra, perdi 6 dias, por pura preguiça, pra dar essa gargalhada. Gracias, Bill Duba, rir é o melhor remédio contra qualquer vírus.
Essa discussão é importantíssima!
Millôr Fernandes dizia que, com exceção do número um, todos os outros deveriam ser ditos e escritos no plural. Em vez de quatro, quatros. Em vez de cinco, cincos. E assim por diante.
Faz sentido, não?
querido amigo,
obrigado por não ter revelado o segredo e estragado a minha felicidade .
SRN !
Meu querido Carlos Moraes!
Temos aí um comentário histórico.
Esse é um daqueles que se enquadram na resposta que dei ao Xisto, e é por coisas assim que lamento a redução da participação dos comentaristas.
Tomara que todos se animem a voltar.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
Irmãos Rubro Negros,
Conclamo a todos, a partir de agora, e desse texto, mais uma vez de um brilhantismo único, que só nossos porta vozes eméritos , Murtinho, Vivi, Arthur, Nivinha e Dunlop podem nos presentear, a mesmo sem tempo, com preguiça ou por falta de bagagem linguística para argumentar, a prestigiá-los sempre com, no mínimo, um simples SRN. Para que tenham em mente que nós, milhões que somos, jamais estaremos separados, e eles, jamais desprestigiados.
À você, mestre Murtinho :
SRN
Maravilha, Fábio.
Agora, deixa eu te dizer: preguiça tem de ser respeitada, mas falta de bagagem linguística não existe. O que a gente quer é discutir as coisas do Flamengo como se estivesse todo mundo em volta de uma mesa de boteco. Cada um diz o que quer e escreve do jeito que sabe. O resto não tem importância.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
Meu primeiro post, talvez o último. Entro todos os dias (desde sempre) à espera de um texto novo, independente do autor. RP&A é disparada a melhor leitura que faço na internet. Minha teoria é de que existem muitos como eu. Vida longa ao RP&A!
Tenho certeza de que há muitos como você. É aquela estória: quem entrou, leu e gostou, sabe que entrou leu e gosto e que não precisa dizer a ninguém, porque, se ele sabe, todos sabem. Fato é que eu entro de duas ou três vezes ao dia e me ressinto muito da Vivi e do Arnaldo. Elejo, neste momento, três crônicas que divulguei fartamente para várias pessoas, por entendê-la suprapartidárias: a do Dunlop, em que um grupo de amigos pagou o ingresso para um catador de latas; a do Arthur sobre Fla e Flu serem os Irmãos Karamozov do futebol (uma amiga, professora de literatura que não liga para futebol achou o máximo) e a do Murtinho sobre o Campeonato de 87 (certas coisas não dá para discutir). A eleição não implica nenhum demérito a outras crônicas de outros (ou dos mesmo autores), apenas busca evidenciar o altíssimo nível dos textos, já copiados por figurões do passado (o Renato Maurício Prado, quando escrevia no Globo, usou o trocadilho do Arthur sobre o Hernani Brocador, naquele gol de letra contra o Fluminense – o Fluminense foi para o Hospital Brocad’Or. E olha que nem deu o crédito à autoria, assumiu como se fosse dele…)
Em complemento: sou carioca, mas, em relação a grupos de zap, tenho mentalidade mineira: grupo com mais de dois é comicio…
Boa!
Fala, Alvaro.
Seu comentário levantou uma questão, que possivelmente vai surgir em outras mensagens aqui e eu não tinha me dado conta: o post “O Dia do Chacal” não é um apelo em busca de comentários, não é carência, não é mimimi, não é chororô.
O eixo do texto é: por que as pessoas comentavam quando o time estava uma draga e pararam de comentar quando passamos a ter um timaço? Ao menos aparentemente, isso é contraditório.
E não vale só para os meus textos. A redução da participação nas postagens do Arthur é inexplicável. Daí que fiz o post, pra ver se alguém me explica e eu consigo entender. Como percebi um aumento inversamente proporcional na adesão a grupos rubro-negros de WhatsApp, imaginei que essa poderia ser uma das explicações. Posso estar errado.
Opa! Fico feliz pela inclusão de uma das minhas postagens no seu Top 3. E por falar nela, nunca é demais reforçar: não cabe discussão. Oitenta e Sete é nosso, e fim de papo.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
Qualé, Higor? Último por quê?
É muito bom saber que você está sempre prestigiando, e torço pelo sucesso da sua teoria. Tomara.
Em meu nome e em nome da rapaziada do blog, obrigado pelos elogios. Mas não some não.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
Que texto… Murta. Ainda que não concorde, é um lindo fato a se pensar. Porque na minha opinião, tem a ver com um movimento doentio humano muito maior. O imediatismo igualado a….não sei ao certo, mas algo com veracidade.
Carece de observação.
Té.
Fala, Brunão. Tudo certo, meu camarada?
Perfeito. O texto merece mesmo um monte de questionamentos, e pode estar completamente furado. Vamos pensar e observar.
Quanto aos grupos de WhatsApp, você cutucou a ferida. O imediatismo e o protagonismo dos participantes atraem. E a pouca preocupação com a veracidade do que se posta é emblemática. Sinal dos tempos.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
Caro Murtinho,
Como músico que sou sei bem a importância da platéia. É muito ruim tocar pra pouca gente, mas é muito pior tocar pra pessoas desqualificadas e incapazes de compreender o texto, musical no meu caso.
Eu nunca perdi umaã crônica sequer deste blog, e se não comento em todas elas é por pura admiração e respeito aos escribas oficiais.
Gosto muito de alguns comentários, discordo de outros, mas os leio também.
Não tome como insucesso a diminuição de leitores. Teve um cara que fez muito sucesso nas últimas eleições presidenciais e se revela, mesmo para muitos dos seus adeptos, um genocida.
Podemos estar em menor número, mas a qualidade dos textos do RP&A não tem preço!
Saúde pra vocês!
Fala, Mauricio.
Pois é.
É bastante possível que eu consiga, nas páginas internas do blog, ver o número de visualizações, postagens que se mostraram mais atraentes e tal. Do mesmo modo que, posso garantir, não tenho a menor ideia de como se faz isso.
De todo modo, se fosse essa a principal preocupação, eu poderia perguntar ao Bruno Nin, grande flamenguista que cuida – de graça, diga-se – das questões de TI do RP&A. Não é o caso.
O que me deixou bolado foi a brutal diminuição dos comentários, justo em um dos momentos mais gloriosos da história do futebol rubro-negro.
Por que o sumiço dos caras que comentavam? Pensei: será que o formato se esgotou? Será que as pessoas passaram a achar que tinham feito a parte que lhes cabia, quando o time merecia ser criticado, e que agora chegou a hora de curtir? É uma hipótese, uai.
O que a gente pode chamar – com uma certa petulância – de “audiência qualificada” sempre fez parte do RP&A. Mas o oportuno comentário do Chacal, no penúltimo post, levantou a lebre. E acho que gerou um bom debate.
Obrigado pela força e pelos elogios.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
PS: Desculpe entrar no campo pessoal, mas fiquei curioso. Sendo músico profissional e tendo esse sobrenome brilhante, você é parente do Altamiro Carrilho? Se for, deixa eu te falar uma coisa: meu avô por parte de mãe, que era um bom violonista amador, e meu pai, que chegou a cantar na rádio Mayrink Veiga, eram fãzaços do Altamiro Carrilho, a quem consideravam um dos maiores instrumentistas da música brasileira.
Caro Murtinho, há poucos dias atrás vasculhei de cabo a rabo posts até bem antigos, eu estava à procura de um comentário meu em que eu criei um técnico distribuindo as camisas para os seus jogadores, um aqui pelas tatuagens, outro ali pelos colorido dos cabelos, já não me lembro mais. Lembrei-me do tal comentário porque resolvi reunir alguns escritos meus que não passam de minicontos e esse até que daria, parece que foi até elogiado, pasmem!, por alguém ( meu pudor de virgem fica abaladíssimo com essa falta de modéstia). Acabei não encontrando o tal trabalho, mas valeu a pena o mergulho, me diverti muito com velhas crônicas suas e de toda a equipe, que poderiam figurar em qualquer antologia do gênero, inclusive reli muitos trabalhos de outros que aqui escrevem há tantos anos, também de altíssima qualidade. Foi uma viagem maravilhosa em que vi como num filme as várias fases do nosso Flamengo. Recomendo a todos.
Grande Xisto!
Pois então, rapaz, isso é importantíssimo.
Lembro que, no início do RP&A, um dia eu cheguei a fazer uma brincadeira na caixa de comentários, dizendo que ia parar de escrever os posts: ia botar duas ou três linhas propondo um tema e deixar vocês se esbaldarem. Era tanta coisa boa, bem pensada e bem-escrita, que as nossas postagens ficavam um pouco envergonhadas.
Análises técnicas, abordagens carregadas de humor, textos caóticos e inspiradíssimos (alô, Bill Duba, aquele abraço!), eu me amarrava. De repente, os comentários foram sumindo e ficamos que nem aquela antiga história do ajudante de pintor que falou pro chefe: segura aí no pincel, chefia, que agora eu vou tirar a escada.
Nesses tempos de confinamento, sua sugestão de uma revisitada geral é excelente. Também recomendo.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
SRN Jorge,este é meu primeiro comentário aqui no RP&A ,mas como leitor já se vão uns 2 ou 3 anos.Compartilho com vc dessa visão sobre what’s up e seus grupos,e até por isso não faço parte de nenhum,além de meu celular não ter esse recurso(pois é sou das antigas tal qual meu aparelho telefônico móvel).Mas saiba que,assim como eu muitos,RN apenas leem ao invés de comentar,por vários motivos,preguiça,ignorância cibernética,comodidade e até por vergonha de parecer um semi-analfabeto diante de tão primorosos textos.Mas como esse seu texto me fez rever essa minha resistência a comentar aqui,saiba que agora,não só nos seus brilhantes textos como dos demais colunistas terão meus comentários,que sei que nada demais serão,apenas mais um Rubro-negro que ama falar,ouvir e principalmente ler sobre nosso Mengão.
Fala, Maxwel.
Repito aqui o que respondi no comentário do Rodolfo: não tem essa de “parecer semianalfabeto diante de tão primorosos textos”.
Claro: a gente se preocupa em fazer abordagens diferentes e escrever de um jeito um pouco mais caprichado do que costumamos encontrar nas páginas esportivas dos jornais e sites. Mas essa é a tarefa de quem produz os conteúdos do RP&A, os que leem e comentam não precisam se preocupar com estilo ou lugar certo de meter a crase.
O que vale é opinar, debater, participar. Isso dá o maior gás ao blog. E é legal saber que, a partir de agora, você vai marcar presença nas caixas de comentários das postagens da rapaziada. Maravilha.
Quanto aos grupos de WhatsApp, tá sendo possível perceber que não é pouca gente que tem a mesma percepção que eu.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
Talvez a diminuição dos comentários e aumento das interações whatsappianas (neologismo que acabei de inventar…) tenha a ver justamente com a diferença entre ter que elaborar um texto, por pequeno que seja, e a facilidade de apenas encaminhar uma mensagem postada sabe-se lá por quem…. Dizia o mestre Raul Seixas, profeta do Covid, “Eu avalio o preço me baseando no nível mental que você anda por aí usando”. Talvez por isso, o whatsapp é gratuito. Muitas vezes, é um preço justo, é o que valem mesmo a maioria das postagens…. Zero!
Sigamos gastando os teclados em outras teclas além do control C / control V… Quem sabe a moda (retrô, é certo) pega de novo?
SRN
Boa, Ogrão.
O nome dessa parada aí é resistência. Por isso levantei, no final do texto, a bola de que as duas coisas não precisam ser excludentes.
Por exemplo: por que não pegar uma postagem do Arthur ou uma crônica do Dunlop e abrir discussão sobre ela no grupo? Certamente vai vir coisa bem mais bacana que isso:
– Golaço.
– Puta golaço do caralho!
– Bruno Henrique é foda.
– Foda.
– Bolão do Gerson.
– Bolão. E o babaca do Tite não chamou Gerson.
– Tite é um bosta.
– Renato dá de dez.
– Dois enganadores do caralho.
Sei lá. Como disse Aldyr Blanc na letra de “A Nível De”, cada um come o que gosta.
Abração. SRN. Paz & Amor. E se cuida.
Caro Jorge,
Tenho a impressão de que você tem razão em relação a essa migração das redes para as mídias sociais. A paisagem política não deixa de ser uma imagem nítida do seu argumento. A esfera pública está definitivamente dispersa e a formação da opinião pública, feliz ou infelizmente, passa muito pelas interações em grupos de pessoas que pensam mais ou menos igual. O consumo de informações serve, cada vez mais, para reproduzir nossas convicções e preconceitos. Diante dessa distopia louca que ora vivemos, espanta como tantas pessoas ainda duvidam da gravidade do momento – daí, me parece, cresce o risco de um desastre de proporções gigantescas.
Perdoe desviar um pouco do tema da coluna. É que o assunto me interessa diretamente. Como outras pessoas que conheço, acompanho o RP&A assiduamente. Nos meus quase 40, porém, não tenho o hábito de interagir, nem no blog nem no whatsapp, nem nos tempos de vacas magras, nem na bonança. De toda sorte, encarecidamente, estimulo a vocês, Vivi, Dunlop, Mulemberg, que não deixem o samba morrer, não deixem o samba acabar. Mesmo que aqui do fundo da sala, estamos atentos e aproveitando muito os textos.
Um abraço e mengão sempre,
Renato.
Fala, Renato.
Discordo, rapaz: não houve desvio algum em relação ao tema da coluna. Ele se insere nisso aí que você falou, só que você abordou de forma bem mais ampla.
Existe pouca coisa tão arrogante quanto essa história de só querer papo com quem pensa igual, para que se tenha a falsa confirmação de que a gente tem razão. E me diga lá: qual é a vantagem de ter razão? É desse jeito que se anda pra frente?
Adaptando o extraordinário Paulinho: o samba não vai acabar; só se for quando o dia clarear.
Apareça sempre.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Desanima não, eu mesmo leio *todos* os posts desse blog, desde o início, mas quase nunca comento.
Um pouco por achar que não tenho muito a contribuir, mas muito mais por preguiça mesmo.
Fala, Rodolfo.
Reforço pra você a primeira linha da minha resposta ao comentário do Guilherme: absolutamente, não há desânimo. Foi mais a combinação entre curiosidade e a total falta de saco com grupos de WhatsApp, sobretudo por causa do tradicional e predominante embrulha e manda das postagens.
Preguiça é compreensível (a não ser em tempos de quarentena, aí não tem desculpa), mas não existe isso de “pouco a contribuir”. Mesmo quando se tem essa sensação – canso de passar por ela em vários dos meus textos –, serve pra animar as discussões. E discussões no futebol são tão importantes quanto a bola.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Não esmoreça, Murtinho…. quase nunca comento, mas não deixo de vir aqui ao RP&A quase todos os dias (mesmo na quarentena), para conferir se há algum dos brilhantes textos desse timaço de ilustre torcedores. Participo de apenas um “grupo” de Flamenguistas no WhatsApp, composto por um tio, um primo e minha irmã, onde sempre indico os textos desta pagina, mas dificilmente eles comentam aqui. Vou começar a comentar mais então, para vcs saberem que ainda representam uma parte importante do meu Rubro-Negrismo diário! SRN, Guilherme
Fala, Guilherme.
Não esmoreci, de jeito nenhum.
Foi mais uma curiosidade, pois algo não batia: quando tínhamos Alex Muralha, Rafael Vaz, Márcio Araújo, Gabriel Perninha de Siriema e Everton QI de Siri, não ganhávamos nada relevante, não passávamos das oitavas da Libertadores e vivíamos sendo zoados nas redes sociais, o blog lotava de comentários. Aí passamos a ter um timaço, ganhamos tudo, fizemos a mais exuberante temporada de um time do futebol brasileiro em muito tempo, e neguinho some. Quis entender.
Volte sempre. E não esqueça de trazer seu tio, seu primo, sua irmã e quem mais você quiser. Todos serão sempre bem-vindos aqui.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.
Oi Jorge, acompanho vocês desde sempre, isto é, desde que o Arthur saiu do GE e fiquei vagando por aí atrás dele. No começo do RP&A a produção de textos vinha com uma boa quantidade. Não sei ao certo quanto durou, e quando voltou a normalizar, mas houve um período que a produção de textos caiu bastante. Acho que o próprio Arthur pegou um ano sabático, e quase não escreveu. Sorte a nossa que você e os outros ainda mantinham alguns textos (e sorte a nossa que pudemos conhecê-los).
Acompanho algumas pessoas que do ponto de vista de literatura tratam a questão do “papo de Whatsapp” muito parecida com a sua. Nessa pegada, ele diz “parem de só ler notícia e vão ler coisas de verdade!”.
Vida longa pra vocês!!! Sempre estarei por aqui para lê-los!
Fala, Rafael.
Sim, você está certo: a quantidade de textos alterna momentos de grande produção com outros de seca. Isso ocorre porque – creio que todo mundo sabe – o RP&A não põe um puto no bolso de nenhum de nós, e há que se cuidar da vida.
No entanto, veja: em 2019, envolvidos com os projetos dos nossos livros, Arthur e eu fizemos postagens sobre todos os jogos do Flamengo, pelo menos a partir da primeira rodada da Libertadores. Nivinha, idem. Dunlop produziu bastante, e em altíssimo nível. A gente não combina nada, nunca se conversou sobre isso, mas sempre que alguém dá uma sumida, os outros mantêm a pegada.
Não tenho certeza quanto à “culpa” dos grupos de WhatsApp, foi algo que me passou pela cabeça. Certamente há outros motivos, e alguns surgiram aqui na caixa de comentários. Apenas quis abrir o debate, pra saber o que vocês acham e confirmar ou não o receio que tive quando, há cinco anos, o tal menino do Ceará sugeriu a formação do grupo.
A opinião das pessoas que você segue é muito importante – e olha que a comparação delas é com literatura, enquanto eu falei especificamente sobre o nosso blog. Enfim, vamo que vamo. Enquanto houver quem leia, haverá quem escreva.
Abração. SRN. Paz & Amor. Se cuida.