Libertadores, oitavas de final, jogo de volta.
Essa é, certamente, a mais desvairada entre todas as analogias que costumo cometer aqui no RP&A. Ela me veio à cabeça ao final do tufão que varreu o Maracanã nos primeiros vinte minutos de jogo, um sufoco que volta e meia vemos o time do Flamengo sofrer e dificilmente temos o prazer de vê-lo ser capaz de aplicar.
Decerto não havia outro jeito. Era um risco calculado, devido à fragilidade ofensiva do adversário e à constatação de que jogar com aquela intensidade o tempo todo seria impraticável. Funcionou. Não houve o que conhecemos por “abafa”, que quase sempre é irmão gêmeo do desespero, e sim pressão consciente, marcação pesada no campo adversário, jogadas trabalhadas, trocas de passes envolventes, pouquíssimos cruzamentos a esmo, seriedade lá atrás e agressividade na frente.
No primeiro tempo, o Emelec não conseguiu respirar. No segundo, respirou mas sem assustar. O time equatoriano teve somente uma chance de gol concreta – o chute de Queiroz da entrada da área, que desviou em Pablo Marí e Diego Alves, parado no centro do gol, tirou com os cílios. A única defesa do nosso goleiro aconteceu na disputa de pênaltis.
Outra lembrança, essa anterior ao início do jogo, foi a do clima que tomava conta do Rio de Janeiro em 27 de maio de 2001, dia da decisão do Campeonato Carioca. O Vasco vencera a primeira partida por dois a um e poderia perder por um gol de diferença que ficaria com o título. No entanto, a cidade vivia um indisfarçável clima de “vai dar Flamengo”, sacramentado pela genial cobrança de falta do rabugento Petkovic.
Claro: acreditar é algo inerente ao estado de torcedor, porém é fácil perceber quando a crença carrega o mínimo de fundamento. O mais curioso é que, antes da partida com o Emelec, eu conseguia ter este sentimento aqui em São Paulo, e tenho certeza de que não era diferente o que acontecia com nossos milhões de torcedores que moram fora do Rio. Pergunte à Nivinha se ela não sentia o mesmo no Texas, ou à minha filha, ao meu genro e ao meu filho lá na cidade do Porto. Aposto que sim.
De qualquer modo, o nome do brinquedo é futebol e muitas vezes ele nos surpreende, tanto para o bem como para o mal. De repente, poderíamos tomar uma bola vadia, sofrer um gol bobo e tudo ruir. Mas não. Acho até injusto dizer que foram vinte minutos do mais puro Flamengo, pois se a nossa história – não tão recente, é verdade – nos acostumou a ver times de fibra, capazes de lutar com bravura até o último segundo, em pouquíssimas ocasiões assisti a uma blitz tão desperta e eficaz.
Os vinte minutos iniciais trouxeram a convicção de que não se alimentava um surto de otimismo bravateiro. E foram eles que me lembraram o bordão do Dr. Evandro, personagem do maior ator do Brasil, Julio Andrade, na série “Sob pressão”, produzida pela Conspiração Filmes. Quando a vida de um dos pacientes da emergência parece perdida, ante a cruel combinação entre quadro clínico desolador e as desumanas condições de trabalho no hospital público de uma zona carente do Rio de Janeiro, ele e sua equipe se viram como dá e com o que têm, se entregam com ardor à tarefa que juraram exercer apaixonadamente e encontram a solução. Sempre que isso acontece, ainda na mesa de cirurgia o Dr. Evandro solta o grito de guerra: “Ninguém morre no meu plantão!”
É inegável que o resultado da primeira partida, em Guayaquil, deixara o Flamengo à beira da morte na Libertadores. As precárias condições físicas de Arrascaeta e Everton Ribeiro, somadas ao desfalque de Rodrigo Caio, representavam obstáculos quase intransponíveis à tarefa de salvar a vida do clube na competição. Entretanto, foi como se nossos jogadores tivessem entrado em campo possuídos pelo espírito do Dr. Evandro, com corações e mentes inundados por uma pequena variação do bordão: “Hoje não vamos morrer no Maracanã!”
Enquanto as pernas ajudaram, Everton Ribeiro mandou no meio-campo. Quando começou a fraquejar e a errar passes, Jorge Jesus teve o mérito de substituí-lo rapidamente. Gerson se movimentou tanto que não havia a menor possibilidade de aguentar o jogo inteiro. Ao contrário do que vinha acontecendo nas últimas partidas, Bruno Henrique infernizou a vida do sistema defensivo adversário. Gabriel perdeu um gol por falta de tranquilidade, a que teve de sobra na cobrança do pênalti que abriu o placar e na conclusão do segundo. Cuéllar e Willian Arão, incansáveis. Thuler e Pablo Marí, sérios e simples. Rafinha e Renê muito bem, inclusive na hora mais escura das penalidades. Diego Alves pegou o pênalti que assegurou que ontem era dia de Flamengo. Embora claramente temeroso do que poderia acontecer com o músculo recém-lesionado, o que fez com que pouco produzisse com a bola rolando, Arrascaeta se incumbiu com perfeição da responsa de abrir caminho e passar confiança nos pênaltis. A entrada de Reinier serviu ao menos como batismo. E Berrío, bem, foi o nosso Berrío de sempre.
O que vai ser do Flamengo no restante da Libertadores, não dá para dizer. O que vai ser do Flamengo na sequência do Campeonato Brasileiro, não há como saber. Só que tudo é possível para um time que dispõe de um treinador corajoso, bons jogadores e que, acima de tudo, não está disposto a se deixar matar.
Lances principais.
1º tempo:
Com menos de 30 segundos, Pablo Marí lançou na intermediária do Emelec. Bruno Henrique ganhou no alto e serviu Rafinha, que chegou ao fundo e crruzou. Renê recolheu do outro lado, pôs novamente na área, a bola desviou na zaga e sobrou para Willian Arão na entrada da área. Ele dominou e bateu forte, de canhota, por cima do travessão.
Aos 4, Gabriel teve duas grandes chances em sequência. O Flamengo trocou passes com eficiência. Gerson, Thuler, Rafinha, Everton Ribeiro, virada a Pablo Marí, Arão, Gerson, Renê, Cuéllar, Arão e Everton Ribeiro, que empurrou no meio da área. Renê se esticou todo para deixar Gabriel cara a cara com Dreer, o goleiro do Emelec fez ótima defesa. A bola voltou e, com Dreer caído, Gabriel soltou uma bomba de pé direito, por cima do travessão.
Aos 7, jogada ensaiada no escanteio pela direita. Gerson se movimentou com inteligência, recebeu a cobrança de Everton Ribeiro e serviu Rafinha, que cortou Baguí para o meio e foi derrubado. Aos 9, Gabriel bateu rasteiro, no canto direito, enquanto Dreer caía para a esquerda. Um a zero.
Aos 18, Willian Arão tocou na esquerda, Bruno Henrique ganhou de Caicedo na dividida, botou na frente, livrou-se de Jaime, chegou à linha de fundo e buscou Everton Ribeiro entrando pelo meio. Atrapalhado por Mejía, Everton Ribeiro não conseguiu tocar na bola, que sobrou para Gabriel. A finalização, de pé esquerdo e de primeira, foi colocada, no canto direito de Dreer. Dois a zero.
2º tempo:
O Emelec voltou mais assanhadinho. Aos 2 minutos, Cabezas rolou na entrada da área para Queiroz, que chutou forte. A bola desviou em Pablo Marí, Diego Alves só olhou, passou rente à trave direita.
Aos 13, Gerson fez ótima jogada com Rafinha, arrancou pela direita, ganhou de Baguí na corrida e cruzou para Bruno Henrique. O zagueiro Quintero impediu a conclusão, colocando a escanteio. Na cobrança, aos 15, Arrascaeta levantou na área, Bruno Henrique desviou de cabeça e, livre na pequena área, Thuler completou para fora.
Aos 31, Baguí serviu Braian Angulo dentro da área. Ele girou em cima de Thuler e cruzou, Carabalí subiu sozinho e cabeceou mal, sobre o travessão.
Aos 35, Renê foi ao fundo, cruzou, Arrascaeta desviou para Bruno Henrique, Quintero tirou e a bola sobrou para Arão na entrada da área. Ele dominou e bateu por cima do travessão.
Aos 38, ótima arrancada de Bruno Henrique pela esquerda. Deu um drible de corpo em Caicedo, acelerou, passou por Quintero, invadiu a área e, na hora do chute, foi travado por Caicedo, que pôs a escanteio.
Aos 47, bom contra-ataque do Flamengo. Cuéllar a Arrascaeta, daí ótima bola esticada para Berrío na meia-esquerda. Bruno Henrique entrava livre pelo outro lado, só que o passe de Berrío foi muito comprido e matou o lance.
Disputa de pênaltis.
Arrascaeta. Alto, firme, sério, no canto direito. Dreer pulou no lado certo, mas passou longe de defender.
Brayan Angulo. Alto, no meio do gol. Diego Alves conseguiu tocar na bola, que morreu no fundo do gol.
Bruno Henrique. Alto, firme, sério, entre o meio do gol e o canto direito. Dreer mais uma vez saltou certo, e nada.
Cortez. Rasteiro, no canto direito, junto à trave. Sem chance para Diego Alves.
Renê. Rasteiro, no canto esquerdo. De novo: Dreer saltou certo, barbante.
Arroyo. O carniceiro bateu no canto direito, Diego Alves teve paciência para aguardar o momento exato de sair e defendeu.
Rafinha. Rasteiro, firme, no canto direito. Dreer caiu para a esquerda.
Queiroz. Uma pancada no travessão. Quatro a dois, passamos.
Ficha do jogo.
Flamengo 2 (4) x (2) 0 Emelec.
Maracanã, 31 de julho.
Flamengo: Diego Alves; Rafinha, Thuler, Pablo Marí e Renê; Cuéllar, Willian Arão, Everton Ribeiro (Arrascaeta) e Gerson (Berrío); Gabriel (Reinier) e Bruno Henrique. Técnico: Jorge Jesus.
Emelec: Dreer; Caicedo, Jaime (Quintero), Vega e Baguí; Arroyo, Godoy (Cortez) e Queiroz; Cabezas, Brayan Angulo e Guerrero (Carabalí). Técnico: Ismael Rescalvo.
Gols: Gabriel aos 9’ e aos 18’ do 1º tempo.
Cartões amarelos: Cuéllar, Willian Arão, Bruno Henrique; Quintero, Mejía, Arroyo e Cortez.
Trio de arbitragem argentino. Juiz: Néstor Pitana. Bandeirinhas: Hernán Maidana e Julio Fernández.
Renda: R$ 3.992.811,00. Público: 67.664.
Não consequi esperar.
Bahia 3 x 0 Flamengo.
Minha opinião.
Everton Ribeiro e De Arrascaeta são excepcionais jogadores, mas … não fazem tanta falta ao Flamengo como Cuellar e Gabriel.
Os dois primeiros são excepcionais criadores, mas, além de pouco ajudarem defensivamente, precisam de alguém para enfiar a bola nas redes, no mais das vezes.
Cuellar é extremamente funamental para o nosso sistema defensivo.
Gabriel, como passei a afirmar de uns quatro jogos para cá, é um tremendo homem gol.
No bolão do nosso amigo Bruxo, com a ausência certa do Gabriel (estava também suspenso), não tive dúvida e coloquei 0 x 0.
Se soubesse da ausência do Cuellar, manteria o placar em branco, SOMENTE para não torcer contra a nossa paixão.
O mais provável seria mesmo uma vitória baiana.
Deixo claro – nunca pelo extravagante placar de 3 x 0.
Além do mais, como jogaram mal diversos importantes jogadores, como o Diego Alves (segundo gol), Rafinha (acho que foi o pior de todos, só para queimar a nossa língua), o novato Thuler, Piris da Mota, que é bem fraco, Arão para variar, enfim todos ou quase todos.
Estamos ainda na 13 rodada e o Palmeiras vai perdendo também.
O Santos, do Sampaoli, agradece.
Na minha opinião, já era, até porque na hora H acontecem partidas como a de hoje.
Emputecidas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Prezado Murtinho,
Infelizmente, somente hoje estou tendo oportunidade de me manifestar, mas não poderia deixar de agradecer à Magnética! Estar no Maraca, no clima dessa torcida, é tudo de bom! Desde domingo, ainda mesmo antes do final do jogo com o faísca, a Magnética entrou no clima da quarta, e não mais saiu. O túnel vermelho na saída do Ninho, na chegada ao Maraca, os cânticos em uníssono durante todo o jogo, a pressão nos equador nos pênaltis, o incentivo aos nossos! A Magnética nos classificou! Que torcida é essa! É muito bom demais ser Flamengo! SRN! Pra cima deles Mengão!
Fala, Fernando.
Como diziam nossos antepassados, antes tarde do que nunca e quem é vivo sempre aparece. O importante é participar.
Verdade. Acompanhei de longe, mas vi que foi bonito demais. A coisa funciona de forma avassaladora quando há reciprocidade: a torcida apoia, o time corresponde, a torcida põe fogo, o time cresce ainda mais, e aí fica difícil segurar.
O mérito da torcida foi (é) inegável, mas o time tem que fazer a parte dele. Como fez.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, será que o Flamengo conseguiria aquela blitz frenética nos 20 minutos iniciais, se o Diego Ribas estivesse em campo com o seu tradicional “Girou. Tocou pro lado. Rifou na área”? Uma ode a Dixon Arroyo que, além de perder o pênalti, quebrou o Diego! Saudações Rubro-Negras!
Fala, Serginho.
Rapaz, a ode a Arroyo, O Carniceiro, é muita maldade.
Mas, respondendo sua pergunta: não acho não. Definitivamente, não conseguiria não.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Ah, se o Arão treinasse chutes de longa distância, ali, da entrada da área! Quantos golaços já teria feito! Seria bom ele mergulhar numa piscina de gelo e em seguida levar uma dedada de um massagista logo antes de entrar em campo. Acordado, pode ser que ele acerte. É bom jogador, mas esse detalhe tá sempre atrapalhando, seja na defesa ou no ataque.
Hahaha!
Teríamos que substituir o massagista por um proctologista? A estratégia é espetacular!
Eu acho que essa rapaziada não é muito chegada a esse tipo de treino que você falou. Devem achar que o Zico não treinava, que o Pet não treinava, que o Cristiano Ronaldo não treina. É só chegar lá e chutar. Uma pena.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Fala Rasiko e Murtinho,
Realmente todas as vezes que o Arão arrisca um chute, e até que ele arrisca bastante, eu fico pensando o que está faltando pra ele acertar apenas uma única bola de vez em quando no barbante.
Todos sabem aqui que nunca fui fã do Arão, não pq não o ache um bom jogador, mas por causa da displicência dele em campo.
Tenho que admitir que além de muito mais concentrado, ele parece ter uma vantagem em relação aos demais que há algum tempo já vinha observando, mas que (ao menos pra mim) ficou evidente no segundo tempo do jogo contra o Emelec: ele parece demorar mais a cansar do que os outros. Quanto tá todo mundo sem perna, ele ainda parece manter o ritmo do início do jogo. Vcs tb já notaram isso ou é apenas impressão minha?
SRN e que venham as coloradas.
O Vitinho também não acerta uma, parece que os chorafoguenses já se queixavam disso.
Grande Xisto. Grande Marco.
Outro dia vi uma entrevista do Carille, técnico do Corinthians, em que ele falou essa frase: “Eu não desisto assim tão fácil de um jogador.”
Na condição de torcedor, eu não desisti do Vitinho. Mas ele precisa melhorar, e muito, em tudo, e não apenas nos chutes de fora da área.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Então.
Não tenho problema com o Arão. Me considero neutro – o que quase nunca acontece com nós, torcedores.
Não acho que tenha de ser titular absoluto, mas acho que pode ser útil. Como tem sido nos últimos jogos.
Jogou bem, fico feliz e elogio. Jogou mal, fico puto e critico. Normal.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Marco, é claro que o Arão demora mais a cansar, ele dorme durante o jogo 🙂
hehehe, pensei nessa possibilidade, mas não quis dizer isso para não parecer que sempre tenho má vontade com o cara.
ontem o time, a torcida e o maracanã estavam em total sintonia.
jogo foi eletrizante e quem não foi perdeu….
o clima foi o mesmo daquele de 2001,quando o pet fez o golaço.
a atmosfera era tão bacana que encontrei um amigo com o filho e depois do jogo fomos andando juntos até o shopping tijuca(pegar o carro) ele me disse que chegou e o placar já era 2×0,mas mesmo assim curtiu muito o jogo.
a torcida comemorou como se tivesse ganho um titulo.
SRN !
Fala, Chacal.
Inveja sua e de quem foi! Passei por inúmeros momentos eletrizantes como esse, até me mudar para São Paulo e virar um conformado torcedor de sofá. É mesmo algo espetacular.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Nada como uma vitória dessa pra me dar vontade de só falar de Flamengo, dessa torcida que há quase 70 anos faço sempre questão de enaltecer e que, em renovadas ondas de admiração e alegria, continua me emocionando por sua paixão, fidelidade, criatividade e dedicação. Um dia fiz parte dela de corpo presente e garganta a postos. Não dá pra descrever pra quem nunca viveu. Mas dá pra dizer, “Você não sabe o que perdeu!”
O Flamengo pertence 100% à sua torcida. A Magnética é a dona do meu Mengão. O Flamengo só existe e se perpetua porque a Magnética nunca deixou de estar presente e segurar as pontas. É a Magnética que paga as contas, tostão por tostão. É a Magnética que põe dinheiro na caixinha e proporciona excelentes contratos de diversos patrocinadores. Todos pagando pra surfar na onda da Magnética.
O corredor de fogo foi coisa de gênio.
O Reinier jogou o tempo todo de costas pro gol. Não é a dele. Ele vem de trás, de frente pro crime, com a bola dominada armando, distribuindo e chegando pra concluir. Foi isso que vi. Se um assumido ignorante como eu vê, como é que o JJ não vê?! O garoto ficou perdidaço e foi facilmente marcado. Mas valeu pelo batismo. Entrou com vontade e é isso que interessa. Pelo menos por enquanto.
Quem parece ter superado o trauma é o Cuellar. Foi um alívio ver o colombiano mais solto, alerta e eficiente. Cheguei a ficar preocupado que ele demorasse a recuperar a forma pré-copa américa, mas tudo indica que a deprê passou.
Meu voto de encantamento vai pra dupla de zaga Thuller e Pablo Marí. Gratíssima surpresa. No Thuller eu já tinha apostado as fichas desde o ano passado e o Marí superou qualquer expectativa da grande maioria, eu incluso, embora não tenha desconfiado que seria mais um pereba. A altura dele impressionou e pensei que no mínimo poderia ser bom de cabeça. mas não contava com a grande quantidade de bônus: velocidade, passadas largas, excelente posicionamento, tranquilidade, poucas faltas, absoluto pelo alto. Olha!, impressionante! Se mantiver essa pegada e segurança, é melhor ainda que o Rodrigo Caio, ótimo jogador mas também inclinado a complicar o simples, insistindo de tempos em tempos a fazer umas pixotadas brabas de vez em quando, típica de quem joga pra galera e não pro time, quase sempre criando grande perigo pro pobre goleiro e frisson no torcedor.
#PabloMaríÉSeleção
srn p&a
srn p&a
Na euforia esqueci de mencionar que as contratações milionárias, assim como os salários também estratosféricos e os 2 CTs de 1º mundo, são totalmente bancados por Ela. Sim, a Magnética.
Deveria haver um representante permanente na direção, qualquer que seja o presidente ou tendência política. Aliás, o Flamengo não é medíocre pra ter política no seu comando, sinônimo de interesse pessoal. O torcedor não tem. Então precisa ter um de nós pra avaliar essas coisas e exigir que o único interesse que interessa é sempre o Flamengo.
E nós sabemos que não é bem assim que a banda toca quando se trata de dirigentes. Portanto…
Não consigo evitar de sonhar com um Flamengo perfeito.
srn p&a
Fala, Rasiko.
Excelente sugestão, embora de difícil implantação. (Ok: sonhar não custa nada.)
O mínimo dos mínimos seria ter um comando de futebol independente – deixa a piscina pra Turma do Parquinho – e dar voz (e voto) ao sócio-torcedor. Dá trabalho? Claro que dá. Mas quem quer moleza deveria dirigir clube sem torcida.
O pessoal fala muito em direitos televisivos, patrocínio na camisa, cota de pay-per-view etc., etc., etc. E esquece de quem está por trás disso e torna tudo possível.
Abração. SRN. Paz & Amor.
O Reinier entrou no jogo de forma circunstancial, por termos ficado sem centroavante com as lesões de Gabigol e Bruno Henrique, além do Lincoln, que já estava lesionado.
Ademais, ele joga de falso 9 na seleção brasileira.
O trabalho do Jesus tem se mostrado sensacional em diversos aspectos. O time corre muito, marca alto, pressiona demais e tudo isso jogando bonito, com bola no chão, troca de passes rápidas, tabelas e triangulações. Reveja os últimos do time e procure um gol feio sequer, e olha que estamos gols em profusão ultimamente.
Criticar o Jesus tá na moda, dizem que a torcida do Flamengo é muito exigente. Mas o que tem de xenofobia por aí não tá no gibi. O trabalho dele (e do Sampaoli), implantando em seus times com pouquíssimo tempo pra treinar o que outros treinadores brasileiros não conseguem de jeito nenhum, mesmo com anos à frente de suas equipes, é a evidência incontestável da falta de qualidade dos técnicos brasileiros.
Só não vê quem não quer.
Perfeito. Irretocável.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Jorge, acho que a dupla de zaga, Thuller e Pablo Marí, merece mais, muito mais, do que “simples e sérios”. Foram simples, sérios e autênticos monstros. Como já disse em outro comentário, acho o Thuller melhor que o Léo Duarte, só precisa ser lapidado pra não arrancar a cabeça do adversário com suas chegadas por trás. Se ele observar o Pablo, vai aprender. O espanhol cerca o adversário e dá o bote na hora certa. Excelente! Além de tudo, tem bom passe. Grande zagueiro. Grande contratação. E dizer que veio de graça. Pois é, nem todos os grandes da Europa são bons de olho. O City deixou passar.
Como é sabido, Gabriel Barbosa é meu ídolo desde sempre e a pergunta que faço é: será que precisamos mesmo de um 9 típico? A constante mudança de posição dos jogadores que chegam na frente confundindo a defesa não é mais importante do que o centro-avantão referência e que, teoricamente, é mais fácil de ser marcado? Claro que a resposta só pode ser dada em campo, mas fica o questionamento.
E agora vem a maior pedreira que JJ vai encontrar pelo caminho. O Inter tá jogando fino da bola, Guerrero fazendo em poucos meses o que não fez em anos de Flamengo e o Odair José tá no comando desde antes da construção do Beira-Rio (inauguração em que estive presente e meu ex-sogro foi um dos financiadores).
srn p&a
Rasiko, eu não costumo fazer a análise de jogador por jogador, para o post não ficar longo demais. Mas achei que dessa vez todos mereciam.
Concordo que Thuler e Pablo Marí deveriam ter recebido algo mais que “sérios e simples”, apenas tentei ser sintético e ressaltar o que mais se destacou na atuação da dupla. Tem uma coisa: precisamos vê-los em ação contra times de maior qualidade ofensiva. Domingo passado, marcaram Diego Souza, que é malandro, macaco velho, mas tá parecendo uma integrante da Ala das Baianas da Mangueira. E o Emelec deixou Brayan Angulo isoladão lá na frente.
A questão do centroavantão referência: eu não gosto, e já defendi essa tese aqui no RP&A em várias ocasiões. Prefiro mil vezes o atacante que se adapte a um esquema de movimentação intensa e constante troca de posições.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Não há a menor dúvida.
Havia, no ar, um fantástico clima de emoção e até, ouso dizer, de convicção, quanto à vitória, mais ainda, quanto à classificação.
Os primeiros vinte minutos foram eletrizantes.
O resumão está perfeito.
O chutão, bem por cima, do Arão, as chances do nosso craque Gabriel, por duas vezes, a primeiro resultando na ÚNICA defesa difícil – para os dois lados – da partida, depois os dois gols.
O resumão continuou perfeito.
Nos últimos 25 minutos da etapa inicial, apesar do evidente domínio nosso, nada de sensacional, até mesmo de emocionante, aconteceu.
Aí veio o 2o. tempo.
Se não fomos ameaçados, também não ameaçamos.
Uma só exceção.
Aquela do décimo quinto minuto, quando, após um corner, Thuler teve a chance do gol, chutando para fora.
Os DOIS goleiros, como aconteceu após os vinte e decisivos primeiros minutos de todo o jogo, praticamente não trabalharam.
Não posso deixar de registrar.
Há muito tempo não vivia uma expectativa tão grande.
Vou até confessar.
Não aguentei ver os últimos 15 minutos, o que me poupou de ver em ação o nosso Blecaute, o General da Banda.
Voltei para os pênaltis, até porque tenho uma mania – um raio não cai duas vezes no mesmo lugar.
A nossa cota de desperdício já tinha sido atingida e, além do mais, nenhum dos três – Diego, Vitinho e Everton Ribeiro – estava em campo.
Ufa, uma classificação sofrida, mas merecida.
Que venha o poderoso (de verdade) Inter dos pampas.
Aliviadas SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – tenho lido, até na imprensa carioca, que o Rafinha se jogou, pelo que o pênalti não existiu.
No seu comentário, assim como para mim, o Daronco hermano agiu corretamente.
Será que alguém irá se animar em abordar o tema..
Para mim, sou o comentarista número UM. Até agora, ninguém se habilitou ou não foi publicado.
Tirei a prova dos NOVE.
Fui às estatísticas do jogo e constatei.
Na direção certa das traves (que não contam), chutamos apenas QUATRO bolas e os melequentos do Bill Duba somente UMA.
Essa UMA, nem me lembro, como também não lembro da QUARTA nossa.
As TRÊS primeiras, todas do Gabriel, quais sejam aquela brilhantemente defendida (fico danado quando dizem que o atacante perdeu um gol quando, em verdade, ocorreu uma ótima defesa do goleiro rival) e os dois arremates que entraram.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Outro PS – Li agora os seis comentários que antecederam ao meu. Não há qualquer abordagem em relação ao pênalti. Por outro lado, como devem estar ardendo as orelhas do Diego. Um tanto ou quanto exagerado.
Meu amigo Carlos Moraes.
A coisa da estatística, no futebol, sempre precisa ser contextualizada. Não houve maior chance de gol, na partida, do que aquela do Thuler. Mais fácil do que qualquer um dos dois gols do Gabriel, até mesmo o de pênalti. No entanto, a conclusão de Thuler foi pra fora. E há bolas que vão na direção do gol – tipo o pênalti do bonitão contra o Athletico Paranaense -, sem oferecer o menor perigo.
Você tem razão quanto à história do gol perdido x ótima intervenção do goleiro. Não deixei isso claro no post, mas o gol perdido do Gabriel a que me referi (por falta de tranquilidade) foi o do rebote, em que o goleiro estava caído e ele deu uma bomba por cima do travessão. Talvez tenha sido porque a bola sobrou no pé direito, que antigamente diríamos ser “o do bonde”, mas aquilo foi um gol perdido. A defesa de Dreer no primeiro lance foi sensacional.
Você já deve ter percebido que faço parte do time dos que põem as orelhas de Diego para arder. Vai demorar a passar.
Abração. SRN. Paz & Amor.
No rebote, tb não achei gol perdido, por dois motivos.
1o) O Gabriel subiu tanto no meu conceito ultimamente que não fico feliz em criticá-lo
2o) Agora falando sério. Como você mesmo afirmou, a bola caiu no pé direito. Era chutar ou nada fazer. Com o pé direito, o menino perde a sua condição de ^quase craque^. Tá desculpado.
Agora, a melhor chance foi mesmo a do Thuler. Só que zagueiro será sempre zagueiro, com raríssimas exceções ou em raríssimas ocasiões.
Neste lance, se o Thuler não alcançasse a bola, tenho a impressão (apenas) que o Gabriel faria o gol da tranquilidade.
Um último detalhe,
O Emelec é uma emeleca.
Mas-porém-contudo-todavia, nós em nossas 8 vitórias em 11 jogos, JAMAIS conseguimos uma vitória por diferença maior do que de dois gols.
Ficou na média histórica.
Ô, meu amigo, centroavante que se preza tem que fazer aquele gol. Com pé esquerdo, com pé direito ou até com os dois pés ao mesmo tempo. Mas a melhora do Gabriel, nessa volta pós-Copa América, é impressionante.
Sim, o Emelec é fraco. Mas, nos últimos tempos, quantas vezes a gente viu o Flamengo se enrolar contra times até piores?
Abração. SRN. Paz & Amor.
Carlos, esqueceu dos 6 x 1 no Goiás?
Foi pênalti claro. O jogador do Emelec desloca o Rafinha com o braço esquerdo e impede sua passagem. Falta. Dentro da área é pênalti. O juiz nem vacilou. Apontou o dedão pro cal. Fique tranquilo. Tudo normal. Embora eu não me incomode nem um pouco de ser ajudado por juiz. Quantas vezes já fomos prejudicados! O universo está sempre em equilíbrio.
Agora é foco total no jogo contra os colorados do Uruguai do Norte!
Boa, Eduardo.
É isso aí, vamo que vamo.
Quem disse que o futebol uruguaio estava eliminado da Libertadores?
Abração. SRN. Paz & Amor.
Fala Murtinho, como é bom ser flamenguista e passar por toda essa adrenalina que como bem disseste sobre essa atmosfera que estava no ar e já conhecemos de outros carnavais.
Agora uma coisa determinante para essa classificação e peço desculpas se acham o contrário, foi a ausência em que o acaso nos deu do falso 10 Diego enceradeira Ribas, podem crucificar , mas não tem como não lembrar de todas as oportunidades que tivemos de ser campeão, ou mesmo se classificar e ele como protagonista sendo o antagonista ou mesmo sumindo nos momentos cruciais das partidas.
É nessa hora que o protagonismo de grandes jogadores se faz presente, Arrascaeta mesmo não estando na melhor forma foi pro jogo com objetivo de ajudar assim como o Everton, e na hora do pega pra capar não arriaram as calcinhas”Abel”.
Gabigol, Rafinha, Bruno Henrique, Gerson, Cuellar estão demostrando como deve usar essa camisa, com muita entrega e inteligência.
A nossa Jaga foi incrível, com uma pequena ressalva ao nosso Thuller que é novo e vai aprender mas de vez em quando ele é, como posso dizer, precipitado na força correndo o risco de ser expulso ou fazer pênalti.
Agora vou ser sincero, estou acreditando muito nesse time, seja pelo elenco, seja pelo técnico, mas principalmente por o Diego está se recuperando de uma cirurgia , tempo suficiente pra conquistarmos pelo menos um campeonato, pois ao meu ver, um time campeão tem que ter jogadores que decidam na hora em que a onça vai beber água,.
Como é bom ser flamenguista e saber que tem uma nação que ama e segue religiosamente o Flamengo assim como eu e o Murtinho.
Fala, Alessandro.
Vou contar uma coisa que, creio, ainda não contei aqui.
Durante a final da Copa Sul-Americana de 2017 – apesar de ser uma competição de bosta, se estamos nela e vamos à final, é melhor ganhar -, minha filha ainda morava no Rio e me mandou um WhatsApp raivoso. Ela reclamava, irada, que o Diego estava se escondendo o jogo inteiro. Toda vez que o Flamengo tinha a bola, ele se posicionava propositalmente ao lado de um jogador do Independiente, deixando de ser uma opção. Comecei a prestar atenção nisso e vi que ela estava certa. (Minha filha entende de futebol muito mais do que eu.) Lembro que, em nossa troca de mensagens, mandei o seguinte texto pra ela: “É. O Diego é o Márcio Araújo do meio pra frente.” De lá pra cá, ele chegou a fazer alguns bons jogos, mas nunca mais me enganou. Sem ele o time fica mais rápido, mais incisivo, impõe mais respeito.
A crítica ao Thuler é perfeita. Ele tem mania de fazer uma falta desnecessária, em que chega encoxando o atacante sem o menor carinho. Fez isso com Pato, no jogo do Morumbi com o São Paulo (um dos comentaristas da transmissão, não lembro quem era, chegou a dizer que ele merecia ser expulso), fez isso com Diego Souza, na falta que originou o segundo gol do Botafogo no último domingo, voltou a fazer contra o Emelec. Mas tem tudo pra ser um grande zagueiro. É rápido, joga firme, não brinca.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, eu acredito em sinais. Como falei anteriormente, o nosso maior reforço, sem sombra de dúvidas, foi a eventualidade. A saída do capitão e usurpador da mítica camisa 10, possibilitou a liberdade de atuação dos demais homens de meio-campo. Aquela obrigação de passar a bola e obrigatoriamente aguardar a boa vontade do substituído, arrastava demais o jogo. De imediato, sumiram as burocráticas bolas aéreas e os passes estúpidos pelo alto. O jogo agora é rasteiro, inteligente e envolvente. Requer prazo para melhoras, faz parte.
Ainda insisto que o Clube deva contratar um goleiro experiente. Meu maior receio era uma bola chutada a gol. Menos mal que o adversário era bem fraquinho em apetite ofensivo. Mas os jogos seguintes serão complicados. Requer uma postura mais segura, o que passa distante do desempenho do atual titular.
Foram dois tempos distintos. O primeiro, exemplar. Ainda dá tempo para a recuperação dos machucados e o aprimoramento do coletivo.
Com a melhora gradual, nosso colega Xisto, sempre romanticamente e inteligentemente acompanhado, irá voltar a mostrar positividade em suas postagens.
SRN
O Diego deveria ser contratado com a única missão de ser modelo dos novos uniformes. Ele fica bem na foto e é simpático. Talvez esteja na hora de mudar de profissão.
Cuidado, Rasiko! A milícia da internet o protege de maneira agressiva. Fui postar no Instagram um comentário verdadeiro sobre o desempenho do Top Model, só não me chamaram de bonito. Lembrei do Mauro Cezar Pereira. O coitado, diariamente, lida com esse tipo de gente. E ele não alivia.
Concordo plenamente. Para o bem do time, que procure outra atividade ou outro clube. Sua presença é um retrocesso.
Milícia da Internet (Int.)
Sinceramente, essa não sabia (até por que não uso)
Já não seria suficiente a milícia bolsominion !
Esse termo é utilizado por Mauro Cezar Pereira para definir os defensores agressivos que sem base de fundamentação usam termos chulos no afã de intimidar e tentar reprimir a liberdade de expressão.
Ex: Os defensores de Luladrão.
Fala, João.
Creio que essa é a expressão certa: burocráticas bolas aéreas. E o seu comentário se assemelha ao do Trooper, quanto ao jogo rasteiro, inteligente e envolvente.
Nada tenho contra a contratação de outro goleiro, só que não vejo tantas disponibilidades no mercado. No post passado você citou o Fábio, levantei minhas dúvidas, não sei se há mais alguém de bobeira por aí.
Tá com toda a pinta de que o time vai continuar crescendo. E é fundamental que isso aconteça, para termos de volta o otimismo e a positividade do nosso grande Xisto.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Insisto: não precisamos contratar goleiro. Temos excelentes reservas (?) por muitos anos, a começar pelo César e mais o Hugo e o Gabriel.
Sim, Rasiko. Reservas, temos. Só que a rapaziada tem reclamado mesmo é do titular. Acho um certo exagero, mas confesso que também não sinto total segurança – o que, de resto, é muito difícil qualquer goleiro transmitir. Posição ingrata da porra!
Abração. SRN. Paz & Amor.
João Neto – desde que eu acompanho esse blog, o melhor comentarista – perfeita observação sobre a enceradeira quebrada. DUVIDO que se estivesse em campo na quarta teríamos conseguido a vitória. Infelizmente, teve que sair do time da forma como foi. Isso ele não merecia. Mas abriu nossos horizontes, sem dúvida.
Quanto ao goleiro, nem acho que seja caso de experiência, já que isso não falta ao Diego Alves. A verdade é que o Flamengo tornou-se um calvário de goleiros nos últimos anos. Alguma coisa errada não está certa nisso aí. DA teve carreira longa e de sucesso na Europa. Sempre foi bom goleiro. Teria desaprendido?
Ainda acho que nossa camisa 1 está em boas mãos. Mas, de fato, se não voltar à forma de quando chegou ao clube, teremos dificuldades no futuro.
Foi a primeira decisão em muito tempo sem a maior parte do indefectível trio banana em campo.
Com Diego encerando o campo e Pará tomando bola nas costas, errando linha de impedimento atrás e passes e cruzamentos na frente, dificilmente teríamos condições de imprimir a blitz do início do jogo com sucesso.
A verticalidade, velocidade, inteligência e poder de decisão de Rafinha, Gerson, BH e Gabigol foram fundamentais.
Ainda tivemos que conviver com os erros de passe e de posicionamento do último membro do trio, Arão, no segundo tempo. O que impactou nossa capacidade de manter o ritmo no meio-campo. Mas esse é outro que, com todos à disposição, está com os dias contados. Gerson vai cair como uma luva naquela posição.
A se ressaltar a movimentação intensa e a troca constante de posições no ataque, com jogadores sem guardar posição fixa e com movimentos coordenados, nitidamente treinados, para triangulações e tabelas, em vez do velho padrão nacional de “abafa”, de bola no ponta e chuveiro na área. Ainda, a defesa alta o tempo todo. Clube do Vinho deve estar em polvorosa, se perguntando como é possível, já que sempre alegaram falta de tempo para implementar essas coisas.
Enfim, uma decisão sem bananice, com, pasmem, até vitória em cobranças de pênaltis. Incrível, isso já é muita coisa. Os grandes avanços técnicos e táticos podem até ficar em segundo plano.
Fala, Trooper.
1) Não resta dúvida: o time está muito mais rápido, inteligente e agressivo. Vamos tomar bola nas costas – e gols por causa disso – de vez em quando? Claro que vamos. Mas por acaso deixamos de tomá-los quando jogávamos de forma lenta e burra?
2) Rapaz, eu gostei da atuação do Arão. No segundo tempo, caiu de produção como todos caíram, e não podia ser diferente. Ocorre que o time está mais sólido, mais consistente, e com isso todos têm condições de melhorar individualmente.
3) Foi exatamente por isso que fiz questão de usar o termo “abafa” no post. O momento máximo dessa pobreza foi na derrota pro Atlético Mineiro: um show de chuveirinhos, com um a mais em campo em todo o segundo tempo.
4) Pênaltis cobrados com seriedade, né? Até o desengonçado Renê, pra quem sobrou aquela batata quente, bateu de forma indefensável.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Arrepiou do início ao fim, Murtinho. A proeza do Flamengo ontem não foi pequena. Um percentual mínimo de clubes, na Libertadores, conseguiu reverter uma desvantagem de dois gols no jogo de ida. Coincidentemente, todos eles igualaram placares de 2×0, como fizemos.
Ah, e te garanto que daqui de Portugal o estranho sentimento de confiança era o mesmo!
SRN
Avante Flamengo!
Fala, Marcos.
Opa! Quer dizer que estás em terras lusitanas? Que maravilha. Morando ou a passeio?
Sim, essa reversão é sempre difícil. Não há nada do outro mundo em ganhar jogos em casa por dois a zero numa partida normal. Mas quando se tem a obrigação de vencer por este placar, e contra um adversário direto, é muito complicado. Daí o tal percentual mínimo a que você se referiu.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Exatamente, a pressão é que torna as coisas mais difíceis, fosse um jogo de três pontos, aí era muito do normal. Vivo aqui há quase dois anos meu camarada, pensando se volto ou não pro Rio…tranquilidade não tem preço né?
SRN abraço!
Pensa bem, meu camarada, pensa bem.
As coisas no Rio estão complicadas.
Minha filha mora no Porto. Apesar da imensa saudade que eu sinto, se ela disser que vai voltar, eu deserdo.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Disse a mesma coisa pro meu filho: se voltar, deserdo. Ele mora na Europa há 12 anos, agora em Marselha, onde me presenteou com o 1º neto. Mas tem saudades da Bahia… vê se pode! De longe é fácil se iludir.
Em 2008, Portugal quebrou, após uma sequência de governos ao estilo Dilma
Portugueses estavam fugindo para qualquer parte do mundo, inclusive para o Brasil.
Em 2011, uma severa reforma da previdência foi implementada por lá, muito mais severa que a nossa, que se encontra em tramitação na Câmara. Chegou-se a cortar pela metade o valor de quem já recebia aposentadoria, por exemplo, coisa que nem se cogita por aqui. Foi uma gritaria, greves, manifestações, sempre com aquelas indefectíveis bandeirinhas vermelhas em volta, que não eram as de Portugal.
Menos de uma década depois, Portugal virou um dos melhores país da Europa para se viver e o melhor para… se aposentar.
Pois é.
Gente de vários países do mundo tem ido se aposentar em Portugal.
Brasil pode seguir esse caminho ou….
Pensem bem.
Muito boa a comparação com o Dr. Evandro ! Parabéns ! SRN
Fala, Mário.
Obrigado pela moral.
Apareça sempre por aqui, e não necessariamente para concordar. Discordância e debate são sempre bem-vindos nessa humilde república.
Abração. SRN. Paz & Amor.