Campeonato Brasileiro, 5ª rodada.
Na décima terceira rodada do Campeonato Brasileiro de 2009, o Flamengo empatou com o Barueri no Maracanã e o técnico Cuca perdeu o emprego. Tinha comprado briga com Delair Dumbrosck – que assumira a presidência do clube devido aos problemas de saúde de Márcio Braga – ao não engolir o retorno de Petkovic, fazia um trabalho meia-boca e alguns jogadores o acusavam de falar mal deles pelas costas. Quando dançou, o Flamengo ocupava o décimo primeiro lugar na tabela.
Contratado quarenta dias depois pelo Fluminense, que estava na lanterna e com os matemáticos atribuindo-lhe 99% de chances de rebaixamento, Cuca obteve resultados espetaculares. Enfileirou uma sequência de seis vitórias, ganhou 30 dos 48 pontos possíveis e manteve o Flu na primeira divisão.
Após derrotar o Cruzeiro, no Mineirão, Cuca respondeu com sinceridade uma das perguntas da entrevista coletiva, dizendo mais ou menos o seguinte: “No futebol, a gente não consegue explicar tudo. Contra o Goiás optei pelo 3-5-2, não deu certo, só conseguimos o resultado quando mudei para o 4-4-2. Hoje comecei com o 4-4-2, não deu certo, e só viramos quando voltei para o 3-5-2. Às vezes a coisa funciona, às vezes não.”
Embora ciente de que no futebol nem tudo pode ser explicado, me senti especialmente ignorante com as opções de Abel Braga no segundo tempo da partida com o Atlético Mineiro.
O comportamento do Flamengo deixou uma desagradável sensação de déjà vu. Com muito mais qualidade técnica e enfrentando um adversário que ficou mais de cinquenta minutos com um a menos, voltamos aos tristes tempos recentes em que tomávamos um gol e virávamos um bando.
Lembro que eu ficava embasbacado com a segurança daquele Boca Juniors que venceu a Libertadores de 2007. O técnico era Miguel Russo e quem mandava em campo era Riquelme. Mesmo nas ocasiões em que as coisas não iam bem e eles levavam, sei lá, um ou dois gols, o Boca continuava atuando do mesmo jeito que começara. Havia variações, e nenhuma delas contemplava o desespero. Nas derrotas, chegava a dar a falsa impressão de alheamento – algo impensável no Boca. Era como se seguissem uma cartilha cujo artigo primeiro dizia: no futebol, pode-se ganhar ou perder, e as chances de ganhar são muito maiores se você não abandonar seu jeito de jogar.
Na derrota para o Atlético Mineiro, vimos um técnico desesperado e um resultado inexplicável. Não é o fato de ter perdido. Se um dia o Flamengo conseguir montar o melhor esquadrão do planeta, certamente vai perder aqui ou ali. Porém, não é admissível que o clube contrate Arrascaeta, Bruno Henrique, Gabriel e Rodrigo Caio, que tenha Cuéllar, Vitinho e Everton Ribeiro, e que – já estamos no meio de maio – o time continue sem demonstrar firmeza.
Houve falhas individuais, e apesar de termos nos habituado a tentar justificar tudo por elas, tiveram menos importância do que a sensação de impotência com que assistimos ao segundo tempo. No primeiro gol do Atlético, uma saída arriscada desde o começo, com Diego Alves, até o vacilo anunciado de Rodrigo Caio. No segundo, Léo Duarte tirou mal, de cabeça, a bola que foi parar no pé direito de Chará.
Erros não deveriam acontecer, em alguns momentos decisivos eles simplesmente não podem acontecer, só que acontecem. Cabe aos bons times saber lidar com eles e superá-los. Ao contrário disso, no Estádio Independência o Flamengo se transformou em um amontoado de gente pulando dentro da área do Atlético, com um esquema tático que reproduzia o bom e velho “valeu!” das linhas de passe.
A receita adotada pelos treinadores brasileiros é manjada. Se estão ganhando, tiram um atacante e põem um volante. Se estão perdendo, fazem o movimento inverso. Contra o Atlético Mineiro, Abel se superou. E o pior de tudo foi o desespero. Numa partida pela quinta rodada do campeonato – ou seja, ainda com 99 pontos a ser disputados –, mostrou insegurança. Se há algo que um treinador de futebol não pode passar aos comandados é insegurança.
Fosse para colocar Vitinho, puxando Bruno Henrique para o meio, fosse para apostar em Lincoln ou em qualquer ser que respire, Abel deveria ter sacado Gabriel já no intervalo. A saída de Léo Duarte não foi má ideia, já que o Atlético Mineiro voltara para o segundo tempo sem centroavante, mas é um erro primário acreditar que a melhor maneira de tornar o time ofensivo é entupi-lo de atacantes. Tudo o que fizemos foi levantar bolas na área.
Veloz e tecnicamente limitado, Berrío é um ponta que precisa de amplos espaços para render. É improdutivo lançá-lo quando o adversário aglomera todos os seus jogadores lá atrás. Vitinho, na direita (por onde esteve dos 14 aos 31 minutos do segundo tempo), fica claramente desconfortável. É uma insistência inútil. Se a ideia – ou a falta dela – era cruzar bolas, não seria o caso de trocar Renê por Trauco? E já que Arrascaeta não aparecia o suficiente, por que não colocar alguém com o mínimo de capacidade para ajudar Everton Ribeiro na armação? Com Diego suspenso, esse cara talvez fosse o Ronaldo. Quem sabe até o próprio Trauco.
Entretanto, repito, mais do que qualquer decisão tática equivocada – e foram várias – o que mais impressionou foi a combinação entre insegurança e desespero.
Já vi grandes times de futebol com as mais diversas características. Nunca vi nenhum que tivesse uma dessas duas.
Lances principais.
1º tempo:
Aos 8 minutos, Willian Arão interceptou uma arrancada de Réver pelo meio, tocou para Rodrigo Caio e daí a Everton Ribeiro na direita. Ele rolou a Pará, recebeu de volta junto à linha de fundo, deu um drible de corpo espetacular em Luan e buscou Gabriel na pequena área. Gabriel só conseguiu desviar a bola muito de leve, com o bico da chuteira, Victor fez grande defesa e Réver afastou para escanteio.
Aos 16, Rodrigo Caio e Cuéllar trocaram passes na altura do meio-campo e a bola chegou a Renê, que fez ótimo lançamento para Bruno Henrique, entrando em velocidade nas costas do lateral Guga. Com Réver sendo atendido fora de campo, não havia cobertura. Bruno Henrique invadiu a área e, sem o ângulo adequado, concluiu. Victor fez ótima defesa.
Aos 17, bela e paciente troca de passes, com a participação dos onze rubro-negros. Diego Alves, Rodrigo Caio, Willian Arão, Léo Duarte, Rodrigo Caio, Cuéllar, Arrascaeta, Léo Duarte, Arão, Arrascaeta, Rodrigo Caio, Renê, Arrascaeta, Bruno Henrique, Arrascaeta, Renê, Cuéllar e Renê, até a bola chegar a Everton Ribeiro, que deu uma aula de movimentação e armação ofensiva. Ele tocou a Wilian Arão, daí a Pará, Gabriel, Arão, Everton Ribeiro, Cuéllar, Everton Ribeiro, Bruno Henrique, Everton Ribeiro, Renê, Everton Ribeiro de calcanhar a Renê, que cruzou. Réver cortou e Zé Welison pôs a escanteio. Na cobrança, Arrascaeta levantou, Rodrigo Caio ganhou no alto de Igor Rabello e, livre na pequena área, Bruno Henrique cabeceou muito mal, nos pés de Réver, que salvou cedendo mais um escanteio.
Aos 22, Luan dominou no meio-campo e lançou Chará na direita do ataque atleticano. Ele recuou a Guga, que cruzou para a marca do pênalti. Elias emendou de sem-pulo, a bola subiu demais, descaiu e, por precaução, Diego Alves tocou com as mãos para escanteio.
Aos 25, Patric fez boa jogada pela esquerda, livrando-se de Everton Ribeiro e Pará, e cruzou por baixo. Ricardo Oliveira antecipou-se a Léo Duarte e cutucou para o gol. Diego Alves defendeu, soltou e tornou a defender, evitando que o próprio Ricardo Oliveira aproveitasse o rebote.
Aos 28, Diego Alves saiu jogando na fogueira com Renê, que atrasou na fogueira para Rodrigo Caio, próximo à linha de fundo. Rodrigo Caio se complicou e acabou chutando em cima de Ricardo Oliveira. A bola sobrou para Cazares dentro da área, e ele fez uma jogada de muita categoria. Ameaçou bater, deu um corte em Léo Duarte para a esquerda, ameaçou novamente, com um só toque deixou Rodrigo Caio e Diego Alves no chão, e empurrou no canto esquerdo. Um a zero.
Aos 30, Arrascaeta tomou uma bola no meio-campo, avançou e serviu Gabriel, que devolveu a Arrascaeta, recebeu na tabela e rolou para Willian Arão, daí a Bruno Henrique na esquerda. Bruno Henrique deu sorte no drible em Guga – a bola bateu no lateral do Atlético e voltou para ele –, entrou na área e acertou um difícil chute cruzado. Um a um.
Aos 32, Cuéllar desarmou Elias e rolou para Arrascaeta, que adiantou para Everton Ribeiro. Mesmo desequilibrado por Zé Welison, Everton Ribeiro achou Gabriel na meia-lua. Ele errou o domínio, mas Igor Rabello, que vinha no embalo, não conseguiu frear e acabou cometendo falta quase na risca da área. Arrascaeta não fez a escolha certa e cobrou muito mal, dando um totozinho por cima do travessão. (A distância era muita curta para a bola encobrir a barreira e cair dentro do gol.) Virar o jogo, naquele momento, poderia desestruturar o Atlético e mudar o resultado da partida.
Aos 45, Elias entrou na maldade em cima de Renê. A jogada prosseguiu, Gabriel recolheu, avançou e serviu Everton Ribeiro, que cruzou na cabeça de Bruno Henrique. Dessa vez, a testada saiu forte e certeira, Victor fez grande defesa e a zaga atleticana afastou o perigo. Alertado pelo VAR, o juiz Paulo Roberto Alves Júnior reviu o lance entre Elias e Renê, e expulsou o meio-campista atleticano. Tudo indicava que, na volta do intervalo, as coisas ficariam mais fáceis para o Flamengo. Amarga ilusão.
2º tempo:
Com 1 minuto, a surpresa que levou treinador e time do Flamengo ao descontrole. Guga cobrou lateral, Léo Duarte cortou com um toque de cabeça curto demais e Chará emendou, de primeira e sem ângulo, uma cacetada que nunca mais vai acertar na vida. Golaço, dois a um.
Aos 25, Pará bateu lateral para Willian Arão, recebeu de volta e cruzou na área. Vitinho completou de cabeça e, dividindo no alto com o atacante rubro-negro, Léo Silva salvou para escanteio.
Aos 27, depois da rebatida de Patric, Everton Ribeiro tocou no fundo para Vitinho, que cruzou forte. Livre na pequena área, Lincoln perdeu grande chance, escorando de pé direito por cima do travessão.
Aos 34, Vitinho – agora jogando pela esquerda, com a entrada de Berrío no lugar de Gabriel e a ida de Bruno Henrique para o meio – recebeu de Cuéllar, gingou à frente de Guga, trouxe para dentro e colocou. Victor espalmou.
Aos 36, Pará cobrou escanteio rapidamente para Everton Ribeiro, que levantou na área. Rodrigo Caio ganhou de Guga no alto e cabeceou com perigo. Victor saltou sem alcançar e a bola raspou a trave esquerda.
Aos 39, Everton Ribeiro e Vitinho trabalharam pela esquerda. Everton Ribeiro cruzou, Lincoln subiu mais que Patric e testou junto à trave esquerda de Victor.
Aos 42, Pará cobrou mais um escanteio, Lincoln disputou com Patric e rolou atrás para Renê, que completou da meia-lua, de pé direito. A bola desviou em Léo Silva e ia entrando no canto esquerdo. Victor fez uma defesa espetacular.
Aos 49, Everton Ribeiro driblou Zé Welison e sofreu falta. Vitinho bateu forte e no meio do gol, Victor espalmou por cima do travessão. O jogo terminou com dezenove escanteios a favor do Flamengo. E dois a um no placar para o Atlético Mineiro.
Ficha do jogo.
Atlético Mineiro 2 x 1 Flamengo.
Estádio Independência, 18 de maio.
Atlético Mineiro: Victor; Guga, Réver (Léo Silva), Igor Rabello e Patric; Zé Welison, Elias e Cazares (Vinícius Góes); Chará, Ricardo Oliveira (Adílson) e Luan. Técnico: Rodrigo Santana.
Flamengo: Diego Alves; Pará, Léo Duarte (Vitinho), Rodrigo Caio e Renê; Cuéllar, Willian Arão e Arrascaeta (Lincoln); Everton Ribeiro, Gabriel (Berrío) e Bruno Henrique. Técnico: Abel Braga.
Gols: Cazares aos 28’ e Bruno Henrique aos 30’ do 1º tempo; Chará a 1’ do 2º.
Cartões amarelos: Victor, Léo Silva, Luan; Hugo Moura. Cartão vermelho: Elias aos 49’ do 1º tempo.
Juiz: Paulo Roberto Alves Júnior. Bandeirinhas: Ivan Bohn e Vitor Hugo dos Santos.
Renda: R$ 501.165,00. Público: 13.616.
Fala Murtinho,
Quer apostar que o covarde do Abel vai barrar o Leo Duarte e manter Diego Alves, Pará e Gabigol no time titular contra o AP no domingo?
Gosto do Thuller, mas se é pra barrar quem está mal tem muita gente na fila antes, não acha?
SRN
Não se comparam aos da RP&A, mas surgiram dois comentaristas esportivos a quem admiro.
De um deles, já escrevi aqui, o antigo craque Paulo César Caju, sendo o outro o Carlos Eduardo Mansur.
Este último, bem recentemente, escreveu algo interessante. Em um campeonato de pontos corridos e em turno e returno, obviamente com inversão de mando de campo, deveria ser proibida venda de jogos para outras praças, como vai acontecer no nosso jogo contra o CSA.
Sem a menor dúvida, será uma vantagem do Flamengo em relação aos demais clubes que irão se deslocar até o Rei Pelé, onde, apesar da fraqueza do time local, ainda alguma resistência pode oferecer, até como já aconteceu em relação ao Palmeiras.
Outro problema é a utilização de jogadores reservas, o que já se tornou um hábito.
O alegado cansaço pode acontecer, tanto que ao redor do mundo tal prática é também utilizada, com certa constância.
Imaginem, como recentemente aconteceu, jogar contra os reservas do Barcelona em jogo que valha o rebaixamento, por exemplo.
Certamente ficaria furioso, se fosse torcedor de um Girona da vida, caso o Messi – bastava ele – fosse poupado no jogo contra o Celta.
Que baita desvatagem para o time pobre da Catalunha, isto valendo vaga para continuar ou não em La Liga.
Pior, no entanto, o que aconteceu ontem, em Curitiba.
Queria que alguém – poderia ser um Zé qualquer – viesse a me explicar o motivo do Genérico ter enfrentado os gambás com um time formado tão somente por reservas.
Cansaço, não pode ser. Só voltam a jogar, exatamente contra nós, no próximo domingo. Uma semana inteira para descansar.
Ah !, tinham jogado no meio de semana pela Copa do Brasil.
Verdade, foram até Fortaleza enfrentar o perigosíssimo time local.
Joguinho meia-boca, que vi pela TV, exigindo muito pouco dos athleticanos (só um bestalhão teria a idéia de acrescentar o H).
Não tenho a menor dúvida.
Se ocupasse um cargo de relevo na Diretoria, exigiria do técnico explicações ao menos razoáveis, para que não fosse imediatamente demitido.
Jogou três pontos deliberadamente pela janela e oferecendo os mesmos, de graça, aos paulistas.
Positivamente, futebol não é coisa séria em terras tupiniquins.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Carlos, o Athetico Paranaense vai decidir a Recopa Sulamericana contra o River Plata. Primeiro jogo na quarta-feira. Razão pela qual utilizou o time reserva.
Um abraço.
SRN
Peço desculpas ao técnico, dirigentes, a todos envolvidos, eventualmente.
Não sabia, embora procure acompanhar, ao máximo, o que vai pelo mundo do futebol.
Enfio a carapuça – ^falador (ou escrevinhador), como o apressado, come cru^.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – Obrigado, João Neto, sendo certo que você NÃO é um Zé qualquer.
Fique tranquilo. Intranquilos ficarão grande parcela dos torcedores do Mais Querido que continuarão vislumbrando a imagem do inventivo e moribundo treinador à beira do gramado. É bem provável que o Clube Paranaense jogue com os reservas no próximo domingo. Com razão, eles estão dando preferência ao inédito título em disputa. A segunda partida acontece dia 30, na Capital Argentina.
Professor Abel e suas invenções…Desventuras em série.
SRN
Proibir a venda de mando de campo = proibir os clubes de ganharem dinheiro.
Típico intervencionismo nocivo, que não faz qualquer sentido em um país pobre, com clubes pobres que precisam lucrar para se manter competitivos.
Além do que, levar jogos de primeira divisão a distantes confins que quase nunca têm a oportunidade de ver in loco seus times de coração, especialmente Fla, vasco, palmeiras e corinthians, é um grande barato. O povo fica feliz, e estado fica lotado, os clubes ganham dinheiro, todo mundo sai ganhando. Os times que se sentirem prejudicados podem fazer o mesmo, olha que lindo. São as vantagens do livre mercado. Fãs do tio Marx não vão compreender.
Aqui não é Inglaterra, em que até a terceira divisão tem estádios lotados, e nosso campeonato não é Premier League, com seus clubes riquíssimos, em que cada um tem um lindo estádio sempre lotado pra jogar.
Defendo que os clubes joguem onde quiserem, ganhem quanto dinheiro puderem e que assim possam melhorar o futebol horroroso que seus times praticam.
A CBF se encarrega de equilibrar o campeonato, marcando rodadas em datas FIFA, desfalcando os clubes que mais investiram e estrangulando 38 rodadas de Brasileirão em 6 meses, ferrando com a vida dos clubes que vão longe na CB e na Libertadores, obrigando-os a jogar o campeonato com reservas.
A argumentação do The Trooper é perfeitamente válida.
Fica-se entre a cruz e a caldeirinha.
Ganhar dinheiro versus um campeonato igual para todos.
Nas dificuldades que quase todos os clubes atravessam no momento, na maioria dos casos por culpa deles mesmos, que são terrivelmente imediatistas, soa como dolorosa uma eventual proibição de troca de praças.
Estou argumentando como não gosto, eis que não sei se há parâmetros prévios estabelecidos, um deles bastante possível, qual seja a limitação de jogos que possam ser negociados em busca de melhores rendas.
Antevejo a possibilidade de um problema maior, pois, quem escolhe prejuízo técnico em favor de melhores ganhos, pode perfeitamente pretender, com o campeonato mais adiantado, auferir vantagens financeiras por meios de todo reprováveis.
Deixemos para lá, para abordar outro tema, também bem colocado.
Falo da Premier League, sem a menor dúvida o melhor cmapeonato nacional do mundo, na atualidade.
Aproveito, de passagem, para fazer uma crítica aos antis.
Desprovidos de argumentos, invocam, na Libertadores de 81, a falta de times argentinos, o que não é verdade, e, no Mundial correspondente o ^fraco^ adversário, que não era um espanhol de ponta (Real Madrid/Barcelona), um alemão (Bayern) ou italiano (Juventus).
Lamentável equívoco.
À época, o domínio do futebol europeu pertencia esmagadoramente aos times da Inglaterra.
O próprio Liverpool fora bi-campeão, em 77 e 78, em seguida o outrora grande Nottingham Forest, mesmo desfalcado do Robin Wood, também bi, em 79 e 80, voltando o Liverpool em 81, para concluir o HEXA o Aston Villa em 82.
Domínio absoluto.
Pulando dois anos, eis novamente os ingleses, mais uma vez através do Liverpool, na final, perdida para o Juventus de Platini na tragédia de Bruxelas.
Punidos correta e severamente, foram afastados de toda e qualquer competição no continente por CINCO ANOS.
Aacabrunhados por um lado, envergonhados por outro, mas sem perder a inteligência.
Reformaram tudo (menos os estádios, sendo, aliás, alguns bem pequenos).
Surgiu a Premier League.
Em pouco tempo, o Manchester United torna-se um dos mais poderosos times do mundo, apesar do predomínio espanhol.
Neste ano, fizeram barba, cabelo e bigode, passando a usar banheiras com leite de cabra para evidenciar o seu predomínio.
O amor de ingleses e alemães pelo futebol, lamento afirmar categoricamente, NÃO tem COMPARAÇÃO no resto do mundo.
São extremamente organizados, não há dúvidas, mas a razão maior do sucesso é a presença maciça de público, o que não acontece entre nós, em qualquer país das Américas e mesmo em qualquer outro da Europa.
Vai ser bem difícil, imagino, recuperarmos a nossa hegemonia.
Um bom tema para debates.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Acho que esse debate não vai longe, meu amigo. A possibilidade de o Brasil retomar a hegemonia do futebol mundial beira o zero, se já não estiver lá. E as razões são contundentes.
Situação sócio-cultural-econômica. Só aí a distância é tão grande e profunda, que não há ponte que alcance o outro lado. É impossível atravessar.
Os meninos que rebentam como Vini Jr, Paquetá, Rodrigo, etc., vão embora muito cedo, empobrecendo o futebol daqui. Há um consenso, especialmente entre nós mais velhos, que a qualidade dos espetáculos piorou muito. Os craques sumiram (não considero nem Paquetá nem VJr craques), os melhores desaparecem do outro lado do Atlântico e o por aqui ficam os manimenis.
Com isso os jogos são chatos, esquemas manjados, jogadores satisfeitos com seus altos salários (os da série A, pelo menos), perdendo ou ganhando a farra continua. A declaração do BHenrique de que tinha ficado puto foi mais falsa que nota de 1 real. Esses caras só existem na altura dos pés. O dano cerebral deles é irreversível. Eles mal conseguem articular uma frase. Como a maioria dos jogadores é jovem, seria uma boa ter uma escola pra esses caras. A ignorância deles e a total falta de espontaneidade, parecendo sempre numa saia justa, são constrangedoras
Isso tudo sem falar na bendita grana que, na verdade, é quem está regendo o espetáculo. A recuperação financeiro-jurídico-administrativa do Flamengo foi fantástica e deveria servir de modelo pros outros clubes. Mas, veja, mesmo assim gastamos mais de 100 milhões com jogadores que não podem ser chamados de craques e nem mesmo de grandes jogadores. Na melhor das hipóteses, num bom momento, muito bom jogador. E olhe lá.
Não vejo possibilidade nenhuma desse quadro mudar, nem a longo prazo. Sem falar na cbf e nas federações em geral. O que não consigo entender é a omissão dos clubes e a perpectiva nula de que eles se unam em prol de um melhor e mais lucrativo futebol pra eles e não pros vampiros da ferj e adjacências. A ignorância cultural brasileira é de envergonhar e isso traz reflexos negativos no futebol também.
Melhor vc escolher um time da Premier League pra torcer. Como eu gosto de me fuder em grande estilo, em 2 continentes logo de uma vez, escolhi o Arsenal pra torcer (contra quem o grande Sinforiano Garcia estreou no Flamengo em 1949 em São Janú).
srn p&a
Saí de meu armário rapidinho e vim dar uma olhada aqui fora e me deparei com uma acalorada discussão sobre vender mando de campo. E mais uma vez senti o característico gosto de fel na boca, o Flamengo era useiro e vezeiro em fazer isso, a praça preferida era Brasília , para gáudio ( ou desgosto?) do Carlos Morares. Em certa ocasião , nem me lembro mais quem nos pregou a peça, o Flamengo vinha de longa invencibilidade, o técnico , se não me engano, era o Oswaldo nãoseidas quantas, levamos um temendo sacode, também não me lembro mais de quem, só acho que era de timeco . Bem feito, concluíram os torcedores, quem manda ser ambicioso. Era no tempo das vacas magras, quer dizer, em grana, e em futebol também. Hoje dinheiro há, o futebol continua a lesma lerda.
Nem lembrar desse jogo, Xisto.
Um trânsito de amargar, duas horas na fila para entrar no estádio e, já no primeiro tempo, 2 x 0 para eles (placar final), o fantástico time do Coxa Branca de Cu/oritiba.
Também não me lembro mais do nome do técnico.
Seria o Oswaldo de Oliveira, sei lá.
Esse besteirol que escrevi teve um mérito inquestionável.
Provocou a intervenção, entre outros, de duas figuras notáveis deste RP&A (o que de melhor há do Flamengo, atualmente), quais sejam o Xisto e o Rasiko.
Emocionadas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Caro Murtinho,
Como eu não assisto todos os jogos, o que eu acabo pegando depois da rodada são as entrevistas. Pois bem, a TV estava ligada e tinha algum jogador do Flamengo falando à beira do gramado, não vi quem era. A explicação que o sujeito mandou era que o Flamengo tinha “dado bobeira” de tomar dois gols.
Peraí, os dois times tinham assinado contrato antes do jogo? O combinado era acabar um a zero para o Flamengo? O Flamengo estava proibido de fazer mais dois gols e ganhar o jogo por três a dois? O Flamengo foi honesto e cumpriu o acordo enquanto o Galo foi sacana e passou a perna no Flamengo? O jogador não tem que justificar por que tomou dois gols, nem que seja o goleiro, nem que seja o capitão, nem que tenha dado os dois gols para o adversário.
O problema do Flamengo não é tomar dois gols num jogo. O problema maior do Flamengo e acho que é um problema bem claro é: por que um time em que se gastou tanto e contratou tão bem (se comparado com o que outros grandes times contrataram) não é capaz de virar um jogo nem quando fica mais da metade do jogo com um a mais? Contra um adversário que menos de um mês atrás não foi capaz de passar da fase de grupos da Libertadores (foi superado pelo time horroroso do Nacional do Uruguai) e tomou uma chapuletada do maior rival na final do Campeonato Mineiro…
Quer dizer, a hora de atropelar um time desses era agora (com todo o respeito ao Galo, mas todo mundo viu que a torcida deles comemorou como se fosse uma final de campeonato, o Flamengo fez aquele papel de levantar defunto, de dar moral para um time desalentado). Se a esta altura do campeonato uma derrota dessas é uma derrota normal na cabeça dos jogadores e do técnico do Flamengo, significa que em outubro quando jogar de novo com o Galo, teoricamente mais forte, perder deles ou empatar no Maracanã tem tudo para ser considerado mais normal ainda.
Um time quer ser campeão assim como? Se perder de todo mundo é normal? Seguindo essa lógica que parece que impera no vestiário do Flamengo, no final do ano tem que comemorar não ser rebaixado. Nessas a gente entende aquela cena ridícula da diretoria e dos jogadores do Flamengo fazendo festa no gramado por ter terminado em sexto lugar no Campeonato Brasileiro. E aí eu até concordo que o problema maior não é o técnico, porque é a mesma bananice de quando o Abel nem estava.
Na conta do Abel vai a incapacidade de armar nem que seja uma jogadinha manjada de ataque como fazem Felipão e Carille. Que eu sei que jogam um futebol medonho. Mas tem gente que tá jogando um futebol medonho e tá ganhando e tem gente que tá jogando um futebol medonho e tá perdendo…
Oi, Bia. Tudo bem?
Sei que você não viu o jogo, que aconteceu na mesma hora de Palmeiras e Santos, e tenho quase certeza de que essa entrevista foi do Rodrigo Caio – que vacilou no primeiro gol.
Mas deixa eu te falar uma coisa: se tem algo que eu não levo em conta, apesar de fazer parte da cultura do nosso futebol, é entrevista de jogador na saída do gramado, principalmente depois de uma derrota. O cara tá esgotado, o cara tá puto, chega a ser maldade aquele assédio. Você não vê isso em lugar nenhum do mundo. O cara dá entrevista depois que tomou banho, depois que tomou esporro do técnico no vestiário, depois que superou as discussões com o companheiro que vacilou, depois que já deu uma esfriada na cabeça. A torcida do Flamengo tem implicado muito com o Diego por causa disso, acho bobagem.
Lembro quando Seedorf (acostumado às coisas do jeito que aconteciam na Holanda, na Espanha e na Itália) estava no Botafogo e interrompeu uma entrevista de Vitinho na saída para o intervalo, tendo que dar um empurrão para livrá-lo do repórter. Depois, questionado pela atitude, Seedorf usou o argumento de que aquilo tira o foco e o time do Botafogo tinha de estar sempre focado. Recentemente, Felipe Melo se chateou com um repórter, por causa de uma pergunta que, segundo Felipe Melo tinha a clara intenção de tumultuar o ambiente. Particularmente, acho que isso deveria acabar.
Quanto ao jogo: o Flamengo fez um primeiro tempo bastante bom. O time do Flamengo, mesmo com todos os senões, é incomparavelmente melhor que o do Atlético. Mas falta alguma coisa ali que é difícil explicar. (Por isso a opção de começar o post com a historinha da falta de explicação do Cuca.) Era pra ter ido para o intervalo com dois gols de vantagem. Você via as jogadas organizadas pelo Everton Ribeiro, como a que eu descrevi aos 17 minutos, e percebia o Estádio Independência calado. Parecia que os torcedores do Galo estavam pensando: hoje nós vamos tomar um sacode. Até os caras do SporTv que participavam da transmissão (Luiz Carlos Júnior, Casagrande e Bob Faria) se mostravam impressionados com o domínio rubro-negro. Tá legal, Murtinho, mas o primeiro tempo terminou um a um. Pois é. Isso daí é, exatamente, o que eu não consigo entender – e muito menos explicar.
Concordo: para um time que gastou o que o Flamengo gastou e levou quem o Flamengo levou, perder não pode ser considerado normal. É o que você disse: se é normal perder do Atlético porque o jogo foi em Belo Horizonte, se é normal perder do Inter porque foi em Porto Alegre, como é que esse time quer ser campeão?
Abel é, claramente, um treinador superado. Da mesma forma que Felipão. Só que deram a Felipão um tremendo de um elenco, para os nossos padrões, e ele foi campeão brasileiro. Fizeram o mesmo com Abel. Será que ele vai conseguir algo parecido?
Só tenho uma reclamação a fazer: na boa, você precisava lembrar a cena da fotografia depois de Flamengo e Vitória? Tenho vergonha daquilo até hoje.
Beijo grande. Paz & Amor.
Acho a explicação mais simples que parece.
O time tem bons jogadores do meio para frente. Mas do meio para trás tem jogadores que poderiam tranquilamente estar disputando posição em times como Avaí, Sport e Vasco.
Arão, Pará e Renê dispensam maiores comentários.
Até mesmo o superestimado Rodrigo Caio é famoso por falhar em jogos grandes e errar saídas de bola desde a época do São Paulo, cuja torcida comemorou sua saída. Vem mantendo a média no Flamengo.
Por fim, a bagunça generalizada defensiva do Flamengo vem comprometendo também a atuação do Léo Duarte, que foi disparado nosso melhor zagueiro em 2018.
Mesmo nossos bons meias e atacantes não estão conseguindo jogar, à exceção da máquina Bruno Henrique, sem o qual nem o carioquinha teríamos ganho e o Abel já estaria em algum outro clube ou em mais um “período sabático”.
O time é uma zona e tem jogadores fracos como titulares. Essa é a realidade
Com a permissão de ambos, gostaria de entrar nessa conversa.
Primei ro a Bia e suas colocações sempre pertinentes. É isso aí que vc disse e mais um pouco. O Flamengo que a gente quer ver (e parece que até uma palmeirense também) só se mostra por inteiro em momentos quase espasmódicos. É um brilhareco de um Everton Ribeiro aqui, outro do BHenrique ali, um lançamento do Arrascaeta que dá certo… lampejos. Mas continua aquela coisa insossa que não dá pra engolir antes de torrar. O Flamengo não se impõe porque os próprios jogadores não se sentem seguros quanto ao esquema tático a ser seguido, nem eles sabem, a bagunça generalizada que é o time já foi denunciada há muito tempo. Todo mundo já viu isso. O Arrascaeta claramente não está sendo bem aproveitado, e isso é trabaho do técnico. As atuações do Gabriel Barbosa são patéticas não justificando nem um salário mínimo, quanto mais 1.300.000. A possibilidade do Trauco ajudar o Flamengo tendo uma boa cobertura é tão grande quanto a distância técnica entre ele e o Renê.É outro que não vem sendo bem aproveitado pela falta de visão do Abel, embora tenha sido dos melhores em campo nas últimas partidas em que foi titular. Venho cantando essa pedra faz tempo. Acabam perdendo o jogador insatisfeito pela falta de oportunidades, que vai rebentar ali na frente se encontrar um treinador que reconheça suas qualidades.
Quanto às entrevistas dos jogadores à beira do campo, Jorge, elas são de uma inutilidade patética que se repete incessantemente como uma cena de teatro do absurdo. Não há uma só vez que eu não me sinta constrangido e envergonhado por eles, os jogadores. São sempre, invariavelmente, as mesmas declarações, com a mesma entonação, com zero de espontaneidade, meros robôs programados. Mesmo os mais capazes de falar coisa com coisa, não têm nada a acrescentar, pelo menos não ali, naquela hora e condição. Uma boa ducha é o objeto de desejo deles naquele momento. Sugiro que eles mesmos tomem a iniciativa de não parar pra entrevistas ainda no gramado com todo mundo no bagaço. Se arrumadinhos não sai nada que preste…
srn p&a
ah, esqueci! #foraabelpraontem
Pergunta mais que pertinente e que tb me passou pela cabeça ao longo do segundo tempo
“Se a ideia – ou a falta dela – era cruzar bolas, não seria o caso de trocar Renê por Trauco?”
Não é, Marcos?
Vai entender.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Abel será salvo pela tabela até a parada da Copa América, pois dos 5 jogos a serem disputados até lá (1 pela CB e 4 pelo BR), 4 serão no Maracanã! Sendo que esse único jogo “fora” será contra o CSA em Brasília.
Então, tomara que o time embale e o Abel possa ganhar confiança!
SRN
lembrar que na liberta a tabela tbm era uma uva e deu no que todo mundo viu…corremos um risco ENORME de ficar pelo caminho.
SRN !
Tive uma missa, que não poderia, em hipótese alguma, deixar de comparecer.
Só cheguei em casa quando já esta no segundo tempo, aos 13 minutos.
Qualquer comentário, como de todo óbvio, fica prejudicado.
O que ví, foi tétrico.
Um bando em campo, chuveirando, chuveirando e chuveirando.
A rigor, um chute desajeitado do Lincoln e o do René, que desviou em um zagueiro, foram os únicos momentos de perigo que criamos.
Pelos quase 40 que assisti (devido aos muitos minutos de acréscimos), jogaria todo mundo no mesmo panelão fervente, sendo evidente que o Abel fez uma tremenda barafunda, pois nosso ataque terminou com quatro jogadores, Berrio, Lincoln, Bruno Henrique e Vitinho, sem ninguém para alimentá-lo.
Vi os gols em repeteco e, principalmente, a entrevista do Chará.
Cheguei a pensar que o colombiano fosse chegado ao retardado mental, pois, até então, ainda não vira o gol que fez.
Indagado pelo foca, que elogiou a beleza do gol, Chará ficou rigorosamente sem saber o que dizer, apenas balbuciando – ^deu certo^.
De fato, o impossível deu certo.
Estão culpando (na verdade, os seus eternos críticos) o Diego Alves. Nunquinha. Aquela bola nem Yaschin. Primos mineiros que tenho, garantem-me que viram no Horto o sombrio Sobrenatural de Almeida.
Houve falha do goleiro, isto sim, na reposição de bola para o Renê, no primeiro gol. Mal feita, como também o toque do nosso horroroso lateral esquerdo para o Rodrigo Caio.
Não tenho a menor dúvida em apontar o GRANDE culpado. Rodrigo Caio. Não estava pressionado. Está (no presente do indicativo), isto sim, mascarado. Quiz driblar o adversário e perdeu infantilmente a bola.
Nada diminui a beleza da ação do equatoriano Cazares. Recebido o presente, enrolou os nossos defensores, inclusive o goleiro, que já estava vendido no lance.
Todos os três gols foram provenientes, no momento fatal, de três belas ações de seus autores.
As falhas de Rodrigo Caio e, no segundo, do fraco Léo Duarte (está esgotando o limite da minha paciência) aconteceram, mas os arremates foram lindos, assim como o do nosso Bruno Henrique, bafejado, como você bem fez constar, pela volta da bola, na medida, depois de tocar no marcador.
É isto aí.
Preocupa-me a vantagem que o Palmeiras já abriu.
Tem um timaço, consequentemente tudo para o Bi.
Preocupadas SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – a minha brincadeira prossegue. Agora já são CINCO jogos, ou seja, 450 minutos. A melhor defesa do certame, a do Palmeiras, só levou UM gol. Em contrapartida, o pior ataque, o do CSA, só fez UM.
Imaginem o impossível. Esse único gol, de autoria de nosso campeão da Copinha, o Matheus Sávio, foi exatamente o único cedido pela estupenda defesa verde.
… e viva o FUTEBOL ! ! ! ! !
Meu amigo Carlos Moraes.
Espero que o sermão tenha sido inspirado, pois me arrisco a dizer que a missa fez você perder uma bela atuação do Flamengo, no primeiro tempo, com Everton Ribeiro gastando a bola. No segundo, o desespero vindo de fora do campo contagiou quem estava lá dentro e, como se dizia antigamente, tocou horror.
Concordo que não dava para Diego Alves defender o chute de Chará, e já que você falou em missa, lembrei de uma boa história que você deve conhecer. O fervoroso católico e botafoguense roxo Carlito Rocha assistia a um dos jogos de seu time no banco. Em certo momento, o atacante adversário acerta um petardo lá na forquilha. Golaço. Sentado ao lado de Carlito Rocha, alguém comenta: “Essa nem Jesus pegava!” E Carlito responde, sério: “Não diga isso. Jesus pega todas.”
Discordo quanto a Rodrigo Caio estar mascarado. É assim que ele joga, sempre tentando sair com a bola. Mas o bom zagueiro sabe quando deve sair jogando e quando é hora de espanar. O curioso é que, naquele lance, ele tentou espanar, mas demorou a tomar a decisão, deixou Ricardo Oliveira se aproximar demais e, como diria o filósofo Renato Gaúcho, deu mole. A lambança já esteve para acontecer algumas vezes, como alguém comentou aqui (acho que foi o Trooper). Por isso, no post, chamei de “vacilo anunciado”. Se servir de lição, foi bom ter acontecido no início do campeonato.
Também discordo quanto a Léo Duarte. Não acho que seja (pelo menos até o momento) o zagueiro de seleção que boa parte da torcida do Flamengo acha que é, mas considero bom zagueiro.
Palmeiras é, sem dúvida, fortíssimo candidato ao título. Mas está muito cedo ainda.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Carlito Rocha – um mito (não falso, como os atuais) botafoguense. Campeão de 1948, em cima do Vasco, que tinha a seleção brasileira. Time extremamente bem treinado e o mesmo, praticamente em todas as partidas. Perdeu somente o jogo de estréia, tomando um balaio do São Cristóvão (4 x 0). Figura central – o mascote Biriba, um viralata alvinegro. A frase é muito conhecida, sendo que acredito, PIAMENTE, ser verdadeira. Era um católico de quatro costados, mas também cheio de cismas, daqueles de usar a mesma cueca em todos os jogos.
Pena que não ví o primeiro tempo.
Acredito, também piamente, nas suas considerações. Devemos ter jogado bem, embora ninguém houvesse comentado isso. É o tal negócio – notícia ruim vende mais jornal. Ficaram todos com o segundo tempo e suas confusões táticas.
Dupla de área, Léo Duarte e Rodrigo Caio.
Admito ter exagerado, da mesma forma que exageram, não poucas vezes, nos elogios aos dois. Eu mesmo defendi, entre amigos, a convocação do Rodrigo Caio. Tite deve estar às gargalhadas.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Circo dos horrores. Festival de bizarrices. Abel entrou no caixão e ele mesmo fechou a tampa. A paciência da torcida tem limite e ontem ele ultrapassou em muito.
Se não for demitido, fica clara a incoerência da diretoria desmentindo a própria entrevista do Landim quando em campanha, em que acusou a administração Banana de ser condescendente com a derrota.
srn p&a
Na semifinal da Taca Guanabara, Fernando Diniz no jogo contra o Flamengo tira zagueiros e coloca atacantes. O Flu ganha de 1×0. Foi considerado genio. Se o Fla tivesse ganho do Galo, e poderia ter tido, o Abel teria sido genio tambem? Acho um pouco demais as criticas em relacao ao suas mudancas taticas.
O que vc acha, não é da minha conta, assim como não deveria ser da sua o que eu acho. Dessa maneira, com respeito mútuo e sem ninguém meter a colher na sopa do outro, o Paz e Amor sobrevive.
Só para os comentaristas de resultado.
Quem consegue analisar minimamente o que se passa em um campo de futebol tem a exata percepção que o fluminense deu um vareio de bola no Flamengo na final da TG, assim como o time D do Ajax o houvera feito na Copa Mickey (é o caralho).
Assim como sabe bem que não estamos jogando bulhufas desde que o Abel assumiu o time. Não passa de um bando desordenado, em que ninguém consegue jogar bem e até os que estavam bem ano passado estão sofrendo (como o Léo Duarte).
Esse papo de perdeu é burro e ganhou é gênio é pra quem não entende a regra do impedimento.
Fala, Altamirando.
Não sei não, rapaz. Fernando Diniz recebe muitos elogios, e muitas críticas também. E os elogios não ocorrem apenas por decisões pontuais, como a que você citou. Eles vêm por causa de uma filosofia de jogo que, mesmo com elencos limitados (Audax vice-campeão paulista de 2016 ou o atual Fluminense), privilegia a posse de bola, a movimentação e a compreensão de que correr riscos faz parte do jogo. Não sei se Fernando Diniz vai fazer sucesso na carreira, espero que sim, mas não me parece o tipo de técnico que põe mais volantes quando está ganhando e mais atacantes quando está perdendo. Como dizia meu falecido pai, isso eu também faço.
Não vi mudança tática nas decisões de Abel no jogo com o Atlético Mineiro. O que vi foi um técnico que não sabia o que fazer e mandou cruzar bola na área.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Fala, Rasiko.
Certas coisas a gente pode até achar, eu posso escrever no blog, vocês podem comentar aqui, mas um treinador precisa segurar a onda.
Depois de todas as críticas à gestão anterior, que parecia passiva diante dos maus resultados em sequência, depois do novo presidente bradar que o Flamengo vai entrar pra ganhar tudo, não dá para o técnico do time dizer que é normal perder. (Mesmo que fosse, ou mesmo que seja.)
A chapa esquentou. Vamos ver o bicho que vai dar.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Aconteça o que acontecer, Jorge, essa diretoria – que eu apoiei – já me decepcionou tanto, por tantos motivos, em tão pouco tempo, que a brochada é inevitável. A postura dos dirigentes na negociação com as famílias dos meninos foi (tem sido) revoltante. As sucessivas cagadas do departamento de comunicação e marketing são inaceitáveis. Trata-se da imagem externa do clube, da instituição, de um monstro chamado Flamengo. Porra, é coisa pra caralho! O Flamengo é o clube brasileiro de futebol mais conhecido no mundo. O basket tem ajudado muito nos últimos anos pra colocar o Flamengo no mapa internacional dos esporte. Quer dizer, é muita responsabilidade pra ser colocada nas mãos de incompetentes e esses caras são inacreditavelmente incompetentes. Negar ao Leandro um título nacional por decisão monocrática? Logo ao maior lateral-direito da história do Flamengo e do mundo em todos os tempos? Os cara tão loko, meu? Você conhece o assunto melhor que eu, Jorge, e acho, não sei, que vai concordar. Não é possível que esse departamento produza em tão pouco tempo tantas peças de domínio público que, no fim, tragam prejuízos à imagem do clube, quando deveria ser ao contrário. Fica claro até pros que têm o QI abaixo do nível do mar que o trabalho desses caras é péssimo e isso é grave, sim.
Não sei se pela idade, pelo tédio da repetição burra ou as duas se desconjuntando mutuamente, o fato é que o pau, por mais que se esforce e concentre, não endurece. É aquela coisa, ela até que é bonitinha, mas é tão sem sal!
srn p&a
Altamirando !
Trouxe-me saudadess do grande Stanislaw Ponte Preta, pois o famoso primo era um de seus personagens mais diabólicos.
Feita a constatação, tenho a impressão que houve uma certa confusão.
No Fla-Flu, estava em jogo a possibilidade de um título.
Era tudo ou nada e a partida aproximava-se de seu final, com o placar em branco.
As substituições se impunham, pois era fundamental tentar a vitória.
Bem diferente de uma partida da quinta rodada em um campeonato com 38.
O jovem técnico mineiro, totalmente desconhecido para mim, mexeu muito bem, no intervalo.
Tirou o centroavante, veteraníssimo, colocando no lugar do meia expulso um outro meia.
Por outro lado, era preciso o Abel tomar uma providência ofensiva.
Não critico a substituição do Léo Duarte, que seria uma peça inútil pela saída do Ricardo Oliveira, pelo Vitinho.
Ouvi e concordei com o Casagrande.
Errada foi a outra mexida, apenas passados três minutos.
Não deu para ser feita uma avaliação de como ficara o time,
Além do mais, nessa oportunidade, a substituir alguém não poderia ser o armador (De Arraascaeta), mas sim o inútil Gabriel.
Bastaria Gabriel por Lincoln.
Repito. Não vi o primeiro tempo inteiro e o início da etapa final (13 minutos)
A bem da verdade, só posso afirmar da inutilidade do Gabriel pelo que ouvi de terceiros, dando crédito total em razão de suas péssimas atuações anteriores.
Por fim, concordo integralmente com o Murtinho.
Não se julga um técnico em razão de uma partida.
Chama-me a atenção a preocupação do Fernando Diniz, com TIMES FRACOS, de jogar futebol, impondo um estilo diferenciado do comum de quase todos os demais.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
#FORAABELJA! SRN!
Fala, Fernando.
Essa hashtag aí tá bombando. Resta saber quem seria o cara a substituí-lo – e é disso que tenho receio.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Caro Murtinho, desculpe a demora na resposta. Como cinquentenário torcedor de arquibancada, apaixonado pelo RP&A e seguidor de alguns comentaristas, aqueles que considero confiáveis e sensatos – que chamam de “setoristas” (termo estranho para mim) – vejo que existem bons técnicos estrangeiros à disposição. Gostei muito do trabalho do Rueda, incluindo sua equipe, principalmente do preparador físico (Arão reclamou da “excessiva carga de trabalho”). Não sei se está disponível. É cascudo, deu um bom padrão ao time, jogo pra frente, com alegria. Deu oportunidades reais aos garotos (VJ, Paquetá, Vizeu). Mas existem outros, que a Diretoria tem a obrigação de pesquisar, avaliar e trazer o melhor para o Flamengo. #FORAABELJA! SRN
murtinho,
tenho prestado muita atenção nas entrevistas do abel ,pós jogo.
uma coisa tem chamado atenção…. a covardia da imprensa com ele,uma espécie de respeito pela trajetoria vitoriosa ou quem sabe medo de levar um fora pela cara,pois seu abelão anda encarando todo mundo com cara de poucos amigos.
gostaria muito de ver mauro cezar e abel braga frente a frente….
quem vcs acham que perderia a linha primeiro?
cartas para a redação.
SRN !
Fala, Chacal.
Como já disse outras vezes aqui, não tenho muita paciência com entrevistas coletivas. E um dos motivos certamente é esse aí que você falou.
Ninguém faz as perguntas que precisam ser feitas, não há possibilidade de tréplica – dizem, por exemplo, que na convocação da seleção brasileira, semana passada, Tite só respondeu o que quis, o resto ele pôs para debaixo do tapete.
Quanto ao duelo, creio que Abel perderia a linha. Mauro Cezar, acho que não.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Ficam provocando o Abelão, dizendo que ele não é bom estrategista, ultrapassado e retranqueiro.
Aí o time sofre o segundo gol e o treinador resolve inventar, desmonta o time sacando zagueiro, esvaziando o meio-campo e enchendo o time de atacantes.
Deu no que deu. Ou será que contrataram o Abel pensando que era o Klopp?
Fala, Ricardo.
Pois é. Quando se contrata um treinador – seja quem for -, é importante saber o que é que dele se pode esperar. O mesmo acontece quando se contrata e se escala um jogador.
Não adianta contratar o Márcio Araújo e querer que ele arme o time feito o Everton Ribeiro. Não adianta contratar o Everton Ribeiro e querer que ele marque como o Márcio Araújo.
Não me parece que Abel esteja fazendo nada muito diferente do que dele se podia esperar. Quem pariu Matheus que o embale.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Tirar zagueiro nunca é boa ideia. Nem perdendo em jogo de mata mata. Porque a partir daí, a insegurança é geral: ninguém sabe que vai estar lá e se o Cuellar tem de recuar para a zaga, o meio de campo fica vazio. Bastava fazer o simples, tirar o Gabigol e seguir jogando bola direito. Quando o técnico transmite ao time a ideia de que só no desespero vai ganhar, é isso que o time faz. Quando o time precisa do técnico e ele aparece para atrapalhar, tem algo muito errado.
Fala, Maurício.
Eu acho que tudo depende de treinamento.
Em princípio, claro que você tem razão. Mas eu me lembro de ter visto, várias vezes, Guardiola escalar o Bayern de Munique com três zagueiros – não os três zagueiros de área que Muricy usou no tricampeonato do São Paulo ou que Sampaoli tem usado no Santos. Era um lateral-direito (Philipp Lahm), um zagueiro central (Boateng) e um lateral-esquerdo (Alaba). Ou seja: apenas um zagueiro de área. Porque, se você pega um jogo como o de sábado, o que Léo Duarte e Rodrigo Caio iriam fazer depois do gol de Chará, estando o Atlético Mineiro com dois a um no placar, menos um em campo e tendo sacrificado Ricardo Oliveira? A resposta me parece óbvia: iam virar mais dois a pular na área adversária, tentando cabecear o sem-número de bolas cruzadas. Sei lá.
No mais, sem dúvida: era tirar Gabriel e continuar jogando como no primeiro tempo, quando o time foi muito bem. Quanto ao desespero (e à insegurança), o post bate exatamente com o seu comentário.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Não me recordo de ter visto jogos do Manchester City em que tenham sido utilizados três zagueiros de área, embora o time tenha quatro excelentes zagueiros.
A dupla que vem jogando, Konpany e Laporte, além da dupla que já atuou muitas vezes, Stones e Otamendi.
Não há dúvida que o esquema pode ser bom.
Há, na Inglaterra, onde se pratica atualmente o melhor futebol do mundo, a nível de clubes, um time pequeno que me agrada muito – o Wolverhampton Wanderers.
Tirando os seis grandes é o melhor de lá, até como comprova a colocação obtida nesta temporada, quando terminou em sétimo.
É, curiosamente, um ^time português^, pois-pois tanto o técnico como cerca de seis jogadores são lá da terrinha.
Nuno do Espírito Santo foi considerado, pela imprensa inglesa, o melhor técnico … evidentemente depois do Guardiola.
Ora, pois-pois, somente jogam – EM TODAS AS PARTIDAS – com três zagueiros, que não são portugueses. E jogam bastante bem, eis que muito bem treinados e acostumados.
Você está absolutamente certo, Murtinho.
Tudo depende de muito treinamento, que, sem a menor dúvida, há na Inglaterra.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Murtinho, acredito que tacitamente, grande parcela dos torcedores haviam dado um salvo conduto para o treinador. E ele vinha modificando as próprias idéias e simplificando, principalmente, no posicionamento dos atacantes. Depois das aberrações de ontem, fica difícil sua manutenção.
Na minha terra existe um campeonato de peladas chamado Peladão. Inúmeros times participam, com grande premiação. A regra diferencial em relação ao profissional é que não existe impedimento. Então, os times mais fracos jogam em dois blocos. O da defesa e o do ataque. Um esquema tático de 4-6. Inexiste meio-campo. A ligação é feita a base de chutões e de chuveirinhos na área. Assistindo o segundo tempo do jogo, veio à lembrança essa associação ao esquema proposto pelo treinador. Uma autêntica pelada. Como antigamente se jogava no futebol inglês. Bola lançada na área e seja o que Deus quiser. Até eles mudaram a forma de jogar, chegando ao ápice no Futebol Europeu.
Acredito que o treinador deveria cuidar da saúde física e mental. Sua fisionomia é de uma pessoa abobalhada. Sem desmerecimento. Apenas uma constatação.
Sua análise está perfeita, apenas divirjo em relação ao goleiro. Na minha opinião ele falhou nos dois gols. Bizarramente no segundo gol. Como no gol sofrido contra a LDU, ele se apequenou, contribuindo para a derrota e a perda do moral coletivo. Ele se acorvadou ante o impacto com bola. Me fez lembrar um goleiro de futebol de salão. Patético!
Aguardemos o que a omissa Diretoria poderá ou não fazer.
Um abraço.
SRN
Fala, João.
Você sabe, rapaz, que eu quase usei um argumento bem parecido no texto? Nos tempos em que eu tinha joelho e disputava o Campeonato de Pelada do Jornal dos Sports, no Aterro do Flamengo, havia um time chamado Roxo Futebol Clube. A diferença é que era campo de terra batida e formato de soçaite, com sete na linha. Apesar de nunca ter sido campeão, o Roxo quase sempre chegava entre os dezesseis ou oito primeiros (eram mais de mil times, com jogos obviamente eliminatórios). E o Roxo jogava desse jeito aí que você falou. Eles tinham um zagueiro que batia bem na bola. Pegava junto ao goleiro e pimba, metia perto do gol adversário, onde dois caras grandes armavam um fuzuê. Era um inferno jogar contra o Roxo, só que aquilo não era futebol.
Na hora de finalizar o post, achei que ia ficar muito grande e preferi o argumento do Cuca – da falta de explicação -, pra fazer a brincadeira com o comentário que todos nós fazemos na adolescência: não entendi, professor.
Quanto ao Diego Alves: eu não o defendi no post, mas defendo agora. Não sou fã de carteirinha, não considero que ele passe confiança absoluta, acho um bom goleiro e ponto. Só que não vi falha nos gols. Quer dizer, no primeiro foi ele que começou a lambança generalizada, dando aquela bola no fogo para Renê. (Certos times pegam exemplos alheios e se esquecem dos jogadores que têm. Não dá para querer que o Renê domine a bola e saia jogando como se fosse o Marcelo em seus melhores momentos de Real Madrid. Ou, trazendo o exemplo pra nós, o Leandro. É a mesma coisa que o Fernando Diniz querer que o time saia tocando com Matheus Ferraz e Digão. A ideia é louvável, mas a chance de dar cagada é gigantesca.)
Voltando ao Diego Alves. Errou feio na saída de bola, concordo, mas quando Cazares dominou dentro da área, já estava completamente vendido. No segundo gol, ele e todos nós fomos surpreendidos pelo chute do Chará. Um chute que, como escrevi lá, não vai acertar nunca mais na vida. Mas a comparação com os goleiros de futebol de salão foi ótima. Pareceu mesmo.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Fora Temer! Xi, errei, esse já foi, quis dizer fora Abel !, Esse time de merda me deixa tão confuso…Antes de ir pro meu armário e bater um papo com meus ratinhos de estimação e mergulhar em trevas totais, como diria o Vinícius, deixo o tonitroante berro: vai a merda todo mundo, desde o técnico, diretoria, jogadores o cacete a quatro, vão fazer outra coisa, deixem o futebol em paz que isso é a última coisa que vocês sabem fazer.
Eita! Agora o hômi virou bicho.
Grande Xisto! Calma, meu amigo, consulte novamente os ratinhos, convide-os para compartilhar o Teacher’s e bola pra frente. De preferência, sem ser via cruzamentos altos para a área.
Abração. SRN. Paz & Amor.
ele já não tem mais energia para esses raciocínios pouco acima do elementar.
Tirar arascaeta e botar trauco? nem nunca pensou nisso (mas sabemos possível, visto que o lateral peruano vez por outra joga pelo meio) e/ou não teria menor coragem.
Berrio é peça útil, mas com o flamengo VENCENDO o jogo, em especial fora de casa. Aí Flamengo jogará com muito espaço na frente. Ontem foi PROVA de que abel não tem mais condições de ser tecnico de futebol.
DIRETORIA, a época dele PASSOU. Fato PROVADO ontem.
e não adianta… deve ganhar no domingo contra o atletico PR, deve passar pelo corintians. Mas não vai longe, com ABEL , em nenhuma das competições.
Fala, Fred.
Exato. Precisando de inteligência, visão de jogo e bom passe, mantivemos Trauco no banco e lançamos três atacantes. Com Arrascaeta apagado e Diego suspenso, Trauco poderia ser uma boa saída.
E o Berrío é isso aí.
Quanto ao futuro do time, vamos torcer para que você esteja errado. Mais um ano de seca vai ser brabo.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Maiores explicações? É mandar passar no RH e adeus!
Fala, Marco.
Não discordo, mas confesso que continuo confuso.
Se a decisão for por trocar o técnico, teremos o mês da Copa América para o novo treinador trabalhar. (Se não houvesse esse intervalo aí, eu seria contra.) Entretanto, morro de medo da escolha que seria feita por quem responde pelo futebol do Flamengo.
Já reproduzi aqui, em resposta a um comentário que não lembro quem fez, um antigo ditado da minha família: “Atrás de mim virá quem bom me fará”. Lembra do Celso Roth? Do Lula Pereira? Da invencionice que foi Washington Rodrigues? Do Silas? Do Ney Franco? Do próprio Mano Menezes?
Ah, mas o Flamengo passou dessa fase, os caras que hoje dirigem o clube são uns putas profissionais. Tá bem. Comigo não cola. Nossa capacidade de fazer bobagens continua ilimitada.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Fala, Murtinho!
Honestamente, depois de ver o time terminar a partida com um zagueiro e 5 atacantes, além da covardia com o Leo Duarte (minha teoria é que a presença do DA no gol deixa toda a zaga insegura), fora as entrevistas patéticas (só as do Luxa conseguem ser piores), não vejo outra solução a não ser mandar o cara embora.
Minhas sugestões? Dorival ou Rueda. Se nenhum dos dois toparem, tentaria tirar o Ceni do Fortaleza. O futebol coletivo do Fortaleza é muito superior ao praticado pelo Flamengo. Imagino o que ele poderia fazer com o material humano que o Flamengo dispõe atualmente.
SRN.
Fala, Marco.
Também pensei nessa história do Léo Duarte. Se ele não tivesse falhado no gol, ok. Como falhou, ficou parecendo um castigo. Os elencos costumam reagir de maneiras diferentes a esse tipo de coisa, não sei como caiu junto ao nosso.
Não costumo ter esse tipo de pensamento, digamos, “vingativo”, mas eu não contrataria o Rueda. Da mesma forma que, se ele fosse bom pra cacete – e não é -, também não contrataria, por exemplo, o Mano Menezes.
Nada contra o Ceni, só não concordo com o raciocínio de que se está fazendo isso lá, imagine o que não faria aqui. Não é assim que funciona. Lembra do Jair Ventura no Botafogo? Falavam a mesma coisa. Foi pro Santos, foi pro Corinthians, durou pouco, sumiu.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Talvez pelo fato de ter enorme simpatia pelo jeito tranquilo e educado do Rueda, mas tb pelo fato de achá-lo um bom técnico (me lembro bem quando ele lançou o Trauco de meia na Liberta quando perdeu o Diego por contusão, além de achar as substituições dele perfeitas na maioria das vezes). Não guardo mágoa dele, queria muito ver ele de volta com esse time nas mãos.
O Dorival, só de ter barrado o DA naquela ocasião, já ganhou crédito comigo. Além do mais, claramente trata-se de um sujeito sério, comprometido e, mais importante, fez o Flamengo voltar a jogar um bom futebol na reta final do último brasileiro.
Quanto ao Ceni, é um cara que ganhou tudo, sabe tudo de futebol, embora seja meio chato, talvez por ser perfeccionista demais, o que cairia muito bem com tantas opções que ele teria para testar no Mengão.
Se eu tivesse que apostar num treinador jovem hj, definitivamente seria nele.
Só o que não dá é continuar com o Abel. Escala mal, mexe pior, e parece carregar um elefante nas costas.
SRN.
Bons argumentos, Marco.
Permita-me treplicar.
1) Eu acho que o Rueda não demonstrou o menor saco para conviver com a politicagem do Flamengo, e isso talvez tenha sido a grande causa da saída. Entendo e aceito, só que ele não precisava ter cozinhado o clube. O Rio de Janeiro inteiro sabia que Rueda ia embora – menos Rodrigo Caetano -, e o Flamengo não se preparou para substituí-lo. A questão é que a politicagem no clube continua e vai continuar sempre, ainda mais agora, constantemente alimentada pelas redes sociais.
2) Também concordei com Dorival no assunto Diego Alves e, embora seja meio cabaço falar isso, o que faltou ao time no final da competição foram detalhes. O gol que Lucas Paquetá perdeu contra o Palmeiras, o gol que Vitinho perdeu contra o São Paulo, e por aí vai. O time estava bem sim. Ele teve peito de barrar Diego Alves, teve peito de deixar Diego no banco, fez um trabalho bastante decente. Mas o cara acabou de sair, vai chamar de volta? Será?
3) Rogério Ceni meio chato é bondade sua, né? Teve até aquela boa piada que circulou no ano passado, a respeito do amistoso entre os Amigos do Rogério Ceni e os Amigos do Neto: foi cancelado por falta de amigos. Mas não me importo com isso. Poderia ser uma aposta sim, mas lembre-se que fracassou onde, pelo menos em tese, é rei.
A imagem do Abel carregando um elefante é perfeita.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Tá bom Murtinho, concordo, o Ceni é chato pra cacete hehe.
Abraço, SRN.
Para mim o que mais impressionou foram as justificativas.
Até crianças de 8 anos em plenas faculdades mentais sabem que a vantagem de se ter um jogador a mais é sempre ter um livre para receber a bola, o que facilita as tabelas e triangulações. É tocar a bola com paciência, girar o jogo, fazer o adversário correr atrás da bola, que o gol daí naturalmente.
Abel disse na entrevista depois de jogo que, com um a mais, a melhor maneira de chegar ao gol era com bolas aéreas.
Isso dispondo em seu elenco dos melhores meias e atacantes dentre os que atuam no país.
Ou ele estava doente ontem, com alguma virose acarretando uma forte febre embotando seu raciocínio, ou alguém tem que chegar pra ele e pedir maiores explicações sobre isso.
Porque é simplesmente inadmissível.
Fala, Trooper.
Não vi a entrevista do Abel. Seria demais para uma friorenta noite de sábado paulistana, regada a chuveirinhos. Mas o seu comentário é perfeito.
Ao optar pelo jogo de bolas levantadas na área, você despreza a vantagem de estar com um a mais em campo. Eu falava pra minha mulher, que tinha acabado de chegar do trabalho: “Olha só o que está acontecendo. O Flamengo tem um a mais em campo, certo? Agora, conta rapidamente quantos caras do Flamengo estão dentro da área e quantos do Atlético. Ou seja: a vantagem está anulada.”
Concordo: inadmissível.
Abração. SRN. Paz & Amor.