República Paz & Amor

Por favor, aguarde...

República Paz & Amor

Mil, Novecentos e Oitenta e Sete.

Por | 13 de março de 2015
35 Comments
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    Brava gente bem-vestida: antes de mais nada, peço paciência.

    Já sou um senhor e tenho insuperáveis dificuldades tenológicas e internéticas. O que houve foi o seguinte: há muito tempo, quando li o texto “Crise, revolução e traição”, achei muito bom, diria até que definitivo, e guardei o link na minha máquina. Pra garantir, copiei e colei, já que às vezes certos arquivos somem da internet. Quando escrevi o post, tentei entrar no texto através do link e, batata: já não estava mais disponível. Nem me preocupei em procurar, o que vários de vocês, muito mais espertos, fizeram.

    Ponto dois: eu e os demais integrantes do RP&A agradecemos. Mesmo competindo com o capítulo de encerramento da história do Comendador, vocês entraram aqui, leram, comentaram etc. Prestígio é isso aí.

    Vamos lá.

    Edvan: fique à vontade para discordar sempre que for o caso. O mundo – e nosso blog também, claro – seria chatíssimo se todos concordássemos sempre. De todo modo, repito o que escrevi no terceiro e no oitavo parágrafos: considero correta a atitude da diretoria do Flamengo, só que eu não tenho mais saco pra isso. Como se houvesse alguma necessidade – e não há – daquele título ser sacramentado no tribunal. Aceitar isso é acatar a dúvida, e ela não existe.

    Meninos Eu Vi (fiquei confuso, sem saber se o pseudônimo é esse): seu comentário é muito interessante, e aumenta a sensação de que estou certo em desprezar a decisão judicial.

    Eduardo: é exatamente o que eu penso.

    Everton, Rodrigo, Sandro, Fernando José e José Cauneto: o link é esse aí postado pelo André e pelo Tariq, além de copiado e colado aqui, poupando o trabalho de todos, pelo Bruxolobo.

    Aureo: obrigado pela lembrança e transcrição do texto do Grão-mestre. O homem é o capeta, sabe tudo.

    Carlos Moraes e Aureo (de novo): valeu pelas lições gratuitas de Direito. Além disso, Carlos Moraes, falei com a Nivinha e ela me disse que estava correndo atrás da resposta sobre se a sua amiga Andréa é ou não quem aparece no vídeo do Match Day no Dia Internacional da Mulher. Não sei se ela já descobriu algo.

    Bruxolobo: muitíssimo obrigado pela transcrição. Não conheço o Ubiratan Leal, não sei em que estado vive e nem pra que time torce. O mais bacana do texto é que ele é absolutamente imparcial e factual, não toma partido e deixa que cada um chegue à sua própria conclusão. Que, de qualquer forma, é óbvia. Por fim, Bruxolobo, não houve abuso algum. Aqui você manda.

    Abraços para todos. SRN. Paz e Amor.

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    EDVAN SANTOS 9 anos ago Responder

    RÁPIDO: A doutrina e a jurisprudência são pacificas: Não se renuncia a um direito, no máximo, deixa-se de exercê-lo, e não temos, e não existirá nenhuma motivação para: da exaustão de uma contenda em tribunais, se abdicar da conquista tomada do suor na luta esportiva. Passem -se séculos, não desistiremos do consagrado da oficialidade, do seu registro, e do fato jurídico, para que as gerações, futuras,, em ascensão do espírito rubro-negro, catalizem as conquistas do Clube de Regatas do FLAMENGO, e do que lhes dirão respeito do conhecimento da sua história em fecunda paixão. Ora , não se importar com o título 1987, é fazer a prevalência do mérito esportivo minguar no esquecimento,, que se deteriorar, por desprezo das estatísticas expositivas dos acontecimentos. , O FLAMENGO É O LEGÍTIMO CAMPEÃO DO ANO DE 1987, e o que vimos, muitos aqui, não poderão mais contar daqui a 30 anos, só que; o clube continuará, dessa grandeza, atravessando os tempos em rota do seu destino vencedor, .. e que se arrate, perdure, postergue-se, não abro mão desse reconhecimento, a até sugiro, que vá parar mesmo num Tribunal Celestial, e caia o processo, na mesa e em juízo, do Nosso Senhor, Dr. Jesus Cristo…!.

    Edvan-Alagoinhas-Ba.
    PS- .Quem é flamenguista, não se cansa (esperar), do que é seu. Não aceito, o que li…! Não desta vez…!

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      André 9 anos ago Responder

      CARALEO EDVAN meu parça….mandou muito…….aposto que esse seu “SUMIÇO” deve se dar por conta de estar fazendo algum PÓS-DOUTORADO…..

      shaushuashuahsuahsuahsuahsuasuahsuhausuahsuahsuahsuhaushauhsuahsuahusasausuasausassuasuasuasuas

      SRN

      CRN 434356 SEMPRE (nas VITÓRIAS e nas DERROTAS).

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      Abdou 9 anos ago Responder

      muito interessante o apps Lance, para iPhone. Uma pena que ainda ne3o desionibilpzim todos os times da se9rie A, para escolha do time favorito, como e9 o caso do Bahia. Vcs team alguma previse3o?De qq sorte, parabe9ns pelo apps.Sds,Amauri

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    carlos moraes 9 anos ago Responder

    Hoje, positivamente, não foi um bom dia para o nosso Flamengo.
    Uma partida HORROROSA contra o Tigres – a nossa pior do ano – e, ainda por cima, uma derrota dolorosa no basquete.
    Entristecidas SRN
    Mesmo assim, FLAMENGO SEMPRE

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    Meninos eu vi! 9 anos ago Responder

    NUNCA, nunca. iremos ser reconhecidos pelo título de 87.. somos de um país corru’PT’o, aonde um quer levar a melhor sempre em cima do outro.. foi o’que o sport.. e os outros 13 clubes fizeram conosco.. vê se algum foi lá nos defender… não foram.. vê se hoje algum defende ? Não.. não existe co-irmãos não existe clubes amigos.. não tem essa. A CBF sempre nos odiou.. e sempre vai nos odiar..Não adianta . podemos esfregar na cara de quem for . os FATOS e os acontecido da época.. não vamos ter o título oficializado como legitimo NUNCA… mais todos digo TODOS sabemos de quem é o título.. único Mengão… melhor deixar quieto de uma vez.. pois não adianta…um país que aceita viradas de mesa.. títulos roubados.. brigas de torcidas. organização fajunta.. não espero nada. não tem justiça e nunca tera.. isso aqui é BRASIL minha gente, é o jeitinho brasileiro de quem é mais esperto…

    Pra gente basta saber de uma coisa… jogamos contra todos os times grande do país fomos campeões..

    o sport jogou contra os pequenos.. e ainda não terminou a disputa de penaltys .. e cara e coroa não é jeito de ganhar um título da serie B.. VERGONHOSO.. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    Futebol brasileiro é uma bagunça desde sempre, e quem for mais esperto em todos os aspecto dentro e fora de campo. vai se dar melhor. FATO!

    que sejamos mais esperto e que esse fato jamais se repita…

    Saudações rubro negra do HEXACAMPEÃO DO BRASIL MENGÃO PIKA DAS GALAXIAS..

    Chorem, só chorem, eu vi o Gol do bebeto 😉

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    Eduardo 9 anos ago Responder

    Perfeito, Murtinho! Não discuto esse assunto, que aliás só é abordado pelos chatos da arcoíris!

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    carlos moraes 9 anos ago Responder

    Já que se abordou, em se considerando o artigo do Ubiratan Leal, de entidades extintas, como o CND, vou começar por um antigo partido político também extinto, nos idos de 1964.
    O PSD – Partido Social Democrático – do grande Juscelino, sua figura, a meu ver, mais expressiva.
    O PSD era conhecido , com toda a razão, como o Partido em cima do muro. Estava junto, sempre, dos Poderosos, fossem do PTB ou da UDN, o que pouco importava, pois as famosas ^raposas felpudas^ adeririam aos mandantes de plantão.
    A história da Copa União, mais ainda os seus desdobramentos têm tudo a haver com as lamentáveis ^composições^ tão próprias da vida política.
    Vou aderir a este covarde posicionamento, para afirmar, na cara de pau, que CONCORDO e DISCORDO a respeito do artigo, excelente insisto, do Jorge Murtinho.
    CONCORDO que muito mais importante do que tudo foi o resultado de campo, no autêntico Campeonato Brasileiro de 1987, qual seja a Copa União.
    Ontem, a respeito da decisão da Ministra Laurita Vaz (que, em outro momento, voltarei a comentar), li declaração prestada pelo Presidente Bandeira, que tudo resume. ^Ganhamos por 1 x 0, gol do Bebeto.^
    Este deveria ser o pensamento de todos os brasileiros, se a HONESTIDADE prevalecesse neste País, não só de nós, flamenguistas (aqui impossível chamar de rubro-negros), mas, como bem sabemos, não é, muito mais por INVEJA dos ArcoIris do que por posicionamento em que prevalecesse a seriedade.
    Todos já lemos, infelizmente não se limitam às declarações do não assumido Emerson Leão, comentários no sentido de que fugimos da raia, enquanto, na verdade, apenas queríamos a predominância da HONESTIDADE e da SERIEDADE.
    Curiosamente, estes comentários comprovam o DESPEITO que possuem em relação a esta verdadeira NAÇÃO, que é o Clube de Regatas Flamengo, tanto que, DELIBERADAMENTE, ^esquecem^ de mencionar o Internacional que também não aderiu à atitude bandida liderada por patifes da espécie do pior de todos, o EL RICO. Por tal motivo, evito sempre criticar o colorado gaúcho (ou quase sempre, para ser verdadeiro).
    DISCORDO, no entanto, na procura de uma confirmação jurídica para o título, até mesmo para calar, de uma vez por todas, com o bantidismo imperante.
    Confesso que, durante muitos anos, assumi a mesma postura do Murtinho.
    Nunca me interessei, ao longo deste período, pelo abominável lado jurídico de que uma questão esportiva, que SEMPRE deve ser decidida nos estádios, quadras, seja lá o que for.
    Curiosamente, a partir do momento em que aderi ao Urublog, já aposentado, mudei o meu pensamento.
    Passei a ler N comentários – vamos ser justos, em sua maioria de torcedores cariocas e, mais ainda, do FlorminenC e do Vasquinho – acusando o nosso Flamengo disto ou daquilo.
    Mudei, então, o meu modo de pensar, entendendo que a procura ^jurídica^ do título, por mais absurda que fosse, passasse a ser válida e importante.
    Conheci muitíssimo pouco da batalha travada nos Tribunais, não podendo muito opinar, apesar do que, ainda voltarei, neste exato aspecto, à questão.
    Desde já, no entanto, recomendo a todos a leitura de comentário execelente feito pelo colega Áureo Rocha, que pode ser visto nos ^Vídeos da Nivinha^. Extremamente esclarecedor, pelo que tenho como leitura obrigatória.
    Fico momentaneamente por aqui, até porque jjá escrevi muito, até com certo exagero.
    Parabenizo novamente o Murtinho, pela excelência do seu artigo.
    Campeãs SRN, independemente de El Ricos, Leões e Zettis.
    FLAMENGO SEMPRE

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      André 9 anos ago Responder

      Da minha parte, CARLOS MORAES, gostaria muito que você largasse a PREGUIÇA DE LADO (rsrsrsrs) e desse uma analisada nesse caso de 1987, é claro que dentro de suas possibilidades e sem que isso lhe causa estresse ou venha a se transformar numa OBRIGAÇÃO.

      É bom para nós que aqui comentamos, as opiniões suas e do ÁUREO ROCHA nessa esfera jurídica, mesmo que nós flamenguistas, sempre teremos o Clube de Regatas do Flamengo como o VERDADEIRO E LEGÍTMO CAMPEÃO BRASILEIRO DE 1987 DA 1ª DIVISÃO, concordando também, que se houvesse HONESTIDADE no modo de ver as coisas aqui no Brasil, isso deva ser um pensamento de TODOS.

      SRN

      CRN 434356 SEMPRE

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    carlos moraes 9 anos ago Responder

    Excelente comentário, que irei comentar mais tarde, depois de ler o catatau enviado, em necessário e oportuno complemento , pelo nosso Danilo Bruxolobo.
    Na verdade, ainda estou sonolento, logo com bastante preguiça.
    Além do mais preocupado.
    O RP&A está EXCELENTE, todos os cinco são de primeiríssima linha, mas continuo a afirmar que estão FALTANDO os ^nossos^ antigos comentaristas do Urublog, inclusive os da Confraria, como o Taquiupa, além do desaparecidoo Lúcifer, certamente com muitos problemas no seu ^reino^.
    No entanto, faltam ainda outros, muito importantes, como o Fla Sabugador, o Francisco Alves, entre outros, além do Alexandre Estatístico. Se a minha memória não está me enganando, ontem, dia 13, foi o terceiro aniversário da ANNA CLARA, filha do A.E., que vibrava tanto com a família como com o Urublog (por fim, com sua participação religiosa, com a qual nada temos e não podemos nos meter).
    Quando acabar a preguiça, voltarei.
    O tema é da MAIOR IMPORTÃNCIA.
    Sempre CAMPEÃS SRN, não importantdo os medíocres Leões e Zettis da vida.
    FLAMENGO SEMPRE

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    André 9 anos ago Responder

    Outra INCOERÊNCIA nesse tal QUADRANGULAR proposto pela CBF entre o campeão e vice do Módulo Verde e campeão e vice do Módulo Amarelo foi o fato de que no Módulo Amarelo NÃO houve campeão e vice-campeão e sim 2 campeões (jogo final terminou empatado nos pênaltis em 11 a 11) IXPÓRTI e GUARANI.

    SRN

    CRN 434356 SEMPRE (nas VITÓRIAS e nas DERROTAS).

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    André 9 anos ago Responder

    Sobre essa questão do campeonato brasileiro de 1987, fico com uma tirada do Arthur no blog antigo que disse o seguinte, ou coisa que o valha:

    “Como pode o IXPÓRTI ser campeão da 1ª divisão do Campeonato Brasileiro de 1987, se nem campeão da segunda divisão ele conseguiu ser, já que o jogo final contra o Guarani ficou empatado nos pênaltis em 11 a 11 ?”

    SHUASHUASHUAHSUAHSUAHSUAHSUAHSUAHSA

    SRN

    CRN 434356 SEMPRE (nas VITÓRIAS e nas DERROTAS).

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    Aureo Rocha 9 anos ago Responder

    “FIFA Toma Uma Posição Sobre 87.”

    “Preocupada com mais um barraco jurídico a enlamear o futebol brasileiro a FIFA resolveu fazer uma pesquisa com todos os envolvidos. Enviou a cada uma das partes do imbróglio uma carta com a seguinte pergunta:

    “Honestamente, qual é a sua opinião isenta sobre o título de campeão brasileiro de 1987 da primeira divisão de futebol reivindicado na Justiça Comum pelo Sport Club Recife?”.

    A pesquisa foi um grande fracasso. Por quê?

    A imprensa esportiva não sabia o que era opinião isenta. A Justiça comum não sabia o que era futebol. E a CBF pediu maiores explicações sobre o significado do termo honestamente.
    Pra completar, o Flamengo não sabia o que era Sport Club Recife e nem CBF. E o Sport até agora não respondeu a carta porque ainda não sabe o que é um título de Primeira Divisão.”

    Sabem quem escreveu este texto? Acertou quem disse Arthur Muhlenberg. (Urublog, de 15/06/2011).

    Sempre Flamengo.

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      André 9 anos ago Responder

      Bem lembrado, ÁUREO ROCHA…

      shauhsuashuahsuashuahsuahsuahsuhaushaushuahsuahsuahsuhaushauhsuahsuhaushauhsuahsuahsuasau

      SRN

      CRN 434356 SEMPRE (nas VITÓRIAS e nas DERROTAS).

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    Everton Taveira 9 anos ago Responder

    Poste o artigo pf

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    Tariq Silva 9 anos ago Responder

    Achei um link pro site: http://trivela.uol.com.br/crise-revolucao-e-traicao/

    Concordo com você, Murtinho: Quem “conquistou” título em tribunal e virada de mesa foi o time lá de Recife cujo sonho é ser o Flamengo. Nós JÁ conquistamos o Brasileiro de 87, com gol do Bebeto contra o Inter e ponto final.
    Eu não dou credibilidade nenhuma pro STF nesse assunto (em outros também não, mas isso não vem ao caso), então se decidirem pelo título na mão do time de Recife que se foda e se decidirem que Flamengo conquistou, que se foda também, não vou comemorar. O que tinha pra ser comemorado já foi (e está sendo, aliás, porque choro toda vez que vejo vídeos daquele título, especialmente o gol do Renato contra o Atlético.)

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    André 9 anos ago Responder

    Murtinho, veja se é essa matéria:

    http://trivela.uol.com.br/crise-revolucao-e-traicao/

    SRN

    CRN 434356 SEMPRE (nas VITÓRIAS e nas DERROTAS).

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    André 9 anos ago Responder

    Por favor, Murtinho, COPIE E COLE.

    SRN

    CRN 434356 SEMPRE (nas VITÓRIAS e nas DERROTAS).

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    Manda o tal texto ai pra mim Murtinho

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    Sandro Prado 9 anos ago Responder

    Ola. Por favor envie para o meu e-mail tal artigo.

    Um forte abraço

    SRN

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    Fernando José Lacerda Sales 9 anos ago Responder

    Parabéns pelo texto. Gostaria de receber o texto completo sobre 87. Saudações rubro-negras!

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    José Cauneto 9 anos ago Responder

    Bom texto. De fato, não cabe discussão. Mas a Diretoria (ao menos esta) está fazendo o que lhe cabe. Sinto que outras não tenham feito o mesmo na época oportuna.
    Gostaria de receber o texto do Ubiratan Leal.

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    Danilo Bruxolobo 9 anos ago Responder

    Grande irmão Murtinho, consegui achar a matéria a qual vc se referiu e apesar de longa copiei e postei aqui, pois sei que muitos ficaram curiosos a respeito da tal matéria…
    Desculpe se fui abusado…
    SRN
    Confraria Rubro Negra do Urublog na Republica Paz & Amor

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    Danilo Bruxolobo 9 anos ago Responder

    Crise, revolução e traição: a história da Copa União de 1987

    Com o testemunho de 122.001 torcedores que lotavam o Maracanã no fim da tarde de 19 de julho de 1992, o Flamengo empatou em 2 a 2 com o Botafogo e conquistou o Brasileirão. Para o clube, era seu quinto campeonato nacional. Por isso, o capitão rubro-negro Júnior ergueu a Copa Brasil como se tomasse posse definitiva do troféu. Para a CBF, porém, era apenas o quarto título flamenguista e a taça continuaria à espera do primeiro pentacampeão nacional. Diante do impasse, a famosa peça de bolinhas criada pelo artista Maurício Salgueiro foi tirada de circulação e até hoje não tem dono.

    A falta de um destino para esse troféu parece uma questão menor, mas dá um bom sinal de como as autoridades até hoje não equacionaram a disputa entre Flamengo e Sport para definir o campeão brasileiro de 1987. Uma história que muitas vezes é reduzida à validade de um cruzamento entre os melhores do Módulo Verde (formado pelos grandes clubes) com o do Amarelo, mas que envolveu briga política, mudança de regulamentos e até traição.

    Capítulo 1: CBF em crise institucional

    Na metade da década de 1980, já não havia mais condições de manter os Brasileirões inchados, com até 94 participantes. A própria CBF determinou que, em 1987, o campeonato seria reduzido para 24 clubes, definidos pelas posições na segunda fase do torneio no ano anterior. Seria simples, se os problemas não começassem ainda na Copa Brasil 1986.

    No final da primeira fase, o Joinville pediu os pontos do empate em 1 a 1 com o Sergipe alegando que um jogador do adversário foi pego no exame antidoping. O CND (Conselho Nacional de Desportos) contrariou a CBF e determinou que os catarinenses tinham a vitória, o que agradou ao então ministro da educação Jorge Bornhausen. A decisão, porém, tiraria da segunda fase o Vasco. A confederação ainda envolveu a Portuguesa na discussão e, para agradar a todos, nenhum desses três clube foi eliminado. Pior, sob influência do chefe da Casa Civil, o pernambucano Marco Maciel, foram abertas mais três vagas na segunda fase, o que beneficiou Náutico, Santa Cruz e Sobradinho-DF.

    A falta de autoridade da CBF para impor suas decisões não era gratuita. A entidade vivia grande confusão administrativa desde a eleição à presidência da entidade no início de 1986. Nabi Abi Chedid e Medrado Dias eram os candidatos e havia a expectativa de empate. Se isso ocorresse, Dias seria eleito pelo critério de idade. Assim, momentos antes da votação, Nabi inverteu a chapa com seu vice Octávio Pinto Guimarães, mais velho que o concorrente. Guimarães venceu por um voto e assumiu a presidência da CBF.

    Esperava-se que Guimarães fosse presidente apenas formalmente, pois o comando seria de Nabi. “Cheguei a participar de uma reunião que discutiu se Guimarães deveria renunciar meses depois de assumir”, revela Carlos Miguel Aidar, presidente do São Paulo na época, em entrevista à Trivela. Isso não ocorreu e o presidente eleito resolveu fazer valer seu poder, o que desagradou o vice. Sem comando forte, o poder da CBF se deteriorou rapidamente. Os reveses se acumulavam – incluindo a derrota para Estados Unidos e Marrocos na concorrência para sediar a Copa de 1994 – e até a situação financeira da entidade era delicada.

    Capítulo 2: nasce o Clube dos 13

    Enquanto a CBF estava à deriva, os clubes já se organizavam para fazerem valer seus interesses. No caso, a maior preocupação era fazer lobby para incluir na pauta da Assembléia Constituinte – que se formaria em 1988 – um artigo que lhes desse autonomia de organização e funcionamento. A campanha foi bem sucedida e a união de clubes ganhou força. Em abril, Flamengo e São Paulo se negaram a ceder seus jogadores para uma excursão da Seleção Brasileira à Europa e tiveram respaldo do CND. Márcio Braga, presidente do Flamengo na época, saiu da reunião que anulou a convocação da Seleção dizendo, triunfante, que era o “fim do autoritarismo no futebol brasileiro”.

    Em junho de 1987, Octávio Pinto Guimarães anunciou: “a CBF não tem condições de organizar o Campeonato Brasileiro deste ano”. O motivo era a falta de dinheiro para arcar com as viagens dos times e outras despesas da competição. Sob o risco de ficar sem a competição que já era a mais importante do calendário, os grandes clubes resolveram tomar as rédeas da situação. “Liguei para o Nabi e perguntei se era sério o que o Octávio falava. Ele disse que era e ‘deu a bênção’ para que organizássemos o campeonato se quiséssemos”, conta Aidar.

    O dirigente são-paulino propôs a comandantes de outros times tradicionais a formação de uma associação de clubes para organizar o Brasileirão. Foram convidadas as equipes mais tradicionais de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Para evitar o rótulo de elitista, também foi convidado um representante do Nordeste, o Bahia. Assim, surgiu a União dos Grandes Clubes Brasileiros, conhecida como Clube dos 13. O presidente são-paulino passou a comandar também a associação.

    Capítulo 3: a Copa União ganha forma

    Quando foi formatado o novo Campeonato Brasileiro, a intenção foi transfornar a competição em um grande produto para o mercado. O principal atrativo era haver apenas confrontos entre clubes de grande torcida. Por isso, não houve critérios técnicos para a definição dos participantes. Guarani e América-RJ, pela ordem, vice-campeão e semifinalista no ano anterior, foram preteridos. “Nossa idéia era romper os vínculos com modelo antigo do torneio, começar uma nova história”, comenta Márcio Braga, presidente do Flamengo. “Priorizamos os clubes que viabilizariam financeiramente uma competição à beira da falência”, acrescenta.

    Ainda assim, o Clube dos 13 contava com o apoio da CBF. “A única exigência da entidade para oficializar nosso Campeonato Brasileiro foi a inclusão de mais três clubes de outros Estados”, comenta Aidar. Assim, foram chamados Coritiba, Santa Cruz e Goiás, clubes mais populares e donos de melhor histórico nacional entre paranaenses, pernambucanos e goianos na época. Novamente, não se podia falar em critérios técnicos, pois o Coritiba não era campeão paranaense (perdera o título para o Pinheiros) e fora 43º na Copa Brasil de 1986.

    Com participantes definidos, o Clube dos 13 correu atrás de apoio financeiro. João Henrique Areias e Celso Grellet, diretores de marketing de Flamengo e São Paulo, comandaram o projeto comercial. O torneio foi batizado de “Copa União” para ter uma marca que enfatizasse a nova fase do futebol brasileiro e pudesse ser licenciada por diversas empresas. Além disso, a organização obteve o patrocínio oficial de Rede Globo, Coca-Cola e Varig.

    A Coca-Cola colocou seu logotipo nas camisas de todos os clubes que não tivessem patrocinadores (apenas Flamengo, Palmeiras e Corinthians tinham contratos a cumprir) e no círculo central do gramado (depois, a Fifa vetou essa idéia e a marca ficou dentro dos gols). A Rede Globo transmitiu o campeonato com exclusividade, com a permissão de passar as partidas na cidade em que eram realizadas. A condição era que, minutos antes de a rodada começar, a emissora fizesse um sorteio de qual jogo seria visto por todo o país (o que gerou a curiosa situação de, em uma tarde com São Paulo x Corinthians e Flamengo x Fluminense, o Brasil inteiro viu Bahia x Goiás, que acabou sendo a despedida de Mário Sérgio).

    Capítulo 4: traição, e a CBF volta à cena

    A forma como surgia a Copa União deixou vários clubes descontentes. Os líderes do movimento eram América-RJ, Guarani e Portuguesa se sentiam injustiçados, pois teriam direito de estar na elite pelo desempenho no Brasileirão de 1986. “Não dá para aceitar um Campeonato Brasileiro em que os clubes grandes viram a mesa só porque não querem dividir o torneio com ninguém”, brada Homero Lacerda, diretor de futebol do Sport e presidente do clube em 1987. “Os dirigentes de todos os outros clubes sempre foram contra essa atitude autoritária do Clube dos 13 na época.”

    O sucesso comercial da competição organizada pelo Clube dos 13 também saltou aos olhos da CBF. Desse modo, a entidade decidiu organizar uma competição com 16 clubes que estavam de fora da Copa União. Usou como critério a classificação do Brasileirão de 1986, apesar de deixar de lado a Ponte Preta em favor do Sport, e conseguiu o apoio do SBT. A CBF mudou seu discurso e deixou de considerar a Copa União como o Brasileirão. Naquele momento, o torneio dos grandes seria o Módulo Verde e o outro, o Amarelo. Os dois melhores de cada módulo se enfrentariam para definir o campeão nacional.

    O Clube dos 13 decidiu boicotar o cruzamento. No entanto, a CBF contou com um apoio de dentro da união de clubes. “O Eurico Miranda era vice-presidente de futebol do Vasco e ficou como nosso interlocutor na CBF”, comenta Aidar. “Ele nos traiu e deu sinal verde para a CBF virar a mesa, mesmo contra a determinação dos outros 12 clubes de não fazer cruzamento com o Módulo Amarelo.” O Clube dos 13 não assinou o regulamento proposto pela confederação, mas já estava aberta a brecha para a confusão.

    Os dois torneios caminharam e não se falava em cruzamento. Para a mídia, o título brasileiro se decidia na Copa União. O Flamengo conquistou o torneio ao surpreender o invicto Atlético-MG de Telê Santana na semifinal e ao bater o Internacional na decisão. O Módulo Amarelo teve percalços. Nem a possibilidade de cruzamento contentou América-RJ e Portuguesa, que decidiram boicotar o torneio. A Lusa voltou atrás posteriormente, mas os rubros, de fato, não jogaram uma partida sequer. No final, Guarani e Sport dividiram o título após empate em 11 a 11 na disputa de pênaltis.

    Em janeiro daquele ano, a CBF impôs seu regulamento e determinou que seria realizado um quadrangular entre Flamengo, Internacional, Sport e Guarani. Flamenguistas e colorados confirmaram a decisão de boicotar o cruzamento e não compareceram às semifinais. Assim, Sport e Guarani fizeram a final, vencida pelos pernambucanos. As duas equipes representaram o Brasil na Copa Libertadores e foram oficializadas pela CBF como campeão e vice do país em 1987. O CND tinha outra visão e deu o título ao Flamengo. Anos depois, o Rubro-Negro de Recife ganhou o campeonato na Justiça.

    Capítulo 5: legado

    Não demorou para o Clube dos 13 se aliar à CBF e o movimento não teve continuidade. “Não chegamos a tomar o poder na época por falta de continuidade do caráter político do movimento”, avalia Carlos Miguel Aidar. Hoje, a associação de clubes tem como principal função negociar os direitos de transmissão do Brasileirão.

    A confederação voltou a organizar o Brasileirão, apesar de o nome Copa União ter sido mantido em 1988. “A Globo apoiou com força o torneio de 1987 e se sentiu traída pelos clubes no ano seguinte”, afirma o jornalista Juca Kfouri, comentarista da emissora carioca na época e notório entusiasta da Copa União de 1987.

    Ainda assim, não se pode dizer que o torneio não deixou seus rastros. A competição organizada pelos grandes clubes teve público médio de 20.877 pagantes, o segundo maior da história do campeonato nacional. Com o dinheiro vindo de patrocinadores, os clubes arrecadaram o equivalente a uma média de público de cerca de 40 mil pagantes. Ficou evidente a demonstração de força dos clubes, que ganharam mais voz nas discussões sobre o destino do futebol brasileiro.

    Desde então, o principal torneio de clubes do país passou a prever sistema de promoção e rebaixamento (as exceções foram em 1993, com uma virada de mesa para resgatar o Grêmio, e em 2000, com a criação da Copa João Havelange após a batalha jurídica entre Gama e CBF). “O que era para ser uma revolução se transformou em uma transição, mas não deixou de ter sua importância histórica”, comenta o jornalista Celso Unzelte, pesquisador da história do futebol brasileiro.

    O fato de sempre haver um asterisco quando se fala no campeão brasileiro de 1987 não abala o Sport, detentor de direito do título. “Essa confusão toda até foi boa para a gente, pois todos se lembram que somos os campeões de 1987. Ninguém fala no título do Bahia em 1988”, ironiza Lacerda. Para o jornalista Roberto Assaf, autor de três livros sobre a história do Flamengo, o fim da polêmica depende da CBF. “Enquanto a CBF não determinar que o Flamengo também é campeão de 1987, sempre vai se discutir a legimitidade da conquista do Sport.”

    E o troféu Copa Brasil? Bem, quando foi criado, em 1975, ele teria posse definitiva do primeiro clube que conquistasse três Brasileirões consecutivos ou cinco alternados. Pelos critérios da CBF, até hoje a peça não tem dono. Pelo Clube dos 13, é do Flamengo. Para não aumentar a confusão, a confederação desistiu da taça, esquecida em um cofre da Caixa Econômica Federal no Rio de Janeiro.

    OS ATORES DA PEÇA

    Clubes grandes
    Estavam dispostos a se unirem para ganhar autonomia e mudar a estrutura do futebol de modo que explorassem melhor seu potencial econômico. Aproveitaram a desistência da CBF em organizar o Brasileirão de 1987 e criaram o Clube dos 13.

    Clubes pequenos
    Alguns, como América-RJ, Guarani e Portuguesa, se sentiram prejudicados pela falta de critério técnico na definição dos participantes da Copa União e muitos falaram que era uma “virada de mesa”.

    CBF
    Com presidente e vice que não se entendiam, a entidade estava desgovernada, sem força política e em crise financeira. Não tinha mais condições de segurar a vontade dos clubes de se organizarem por conta própria.

    CND
    O Conselho Nacional de Desportos foi criado por Getúlio Vargas para regular os esportes de competição no Brasil. Era o meio de o governo interferir no esporte, mas, na metade da década de 1980, o CND era presidido por Manuel Tubino e tinha uma visão mais progressista, incentivando o aumento de autonomia dos clubes. O órgão foi extinto em 1993, no governo de Itamar Franco.

    Patrocinadores
    Globo, Coca-Cola e Varig viram na Copa União o primeiro Campeonato Brasileiro em torno do qual haveria uma grande mobilização nacional. Assim, apoiaram o Clube dos 13 e criaram diversas ações de marketing específicas para a competição.

    UM PARA LÁ, DOIS PARA CÁ

    A dança de clubes que participariam do Brasileirão de 1987 foi bastante confusa. Veja como seu time fez parte desse vaivém:

    1) Pela Copa Brasil 1986, os seis primeiros de cada grupo da segunda fase teriam vaga no Brasileirão do ano seguinte. Com a briga na Justiça entre Joinville, Vasco e Portuguesa, a CBF determinou que seriam os sete primeiros de cada chave.

    América-RJ, Atlético-GO, Atlético-MG, Atlético-PR, Bahia, Bangu, Ceará, Corinthians, Criciúma, Cruzeiro, CSA, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Guarani, Internacional-RS, Internacional-SP, Joinville, Náutico, Palmeiras, Portuguesa, Rio Branco-ES, Santa Cruz, Santos, São Paulo, Treze e Vasco

    2) Com a desistência da CBF organizar a competição, o Clube dos 13 decidiu realizar seu próprio campeonato

    Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos, São Paulo e Vasco

    3) O Clube dos 13 ainda convidou as três equipes mais populares de Estados que não tinham vaga na Copa União para tornar a competição mais nacional.

    Coritiba, Goiás e Santa Cruz

    4) A CBF decidiu organizar o Módulo Amarelo com os clubes que se classificaram entre os 28 da Copa Brasil 1986 e não estavam na Copa União. Ainda convidou Sport e Vitória.

    América-RJ, Atlético-PR, Atlético-GO, Bangu, Ceará, Criciúma, CSA, Guarani, Internacional-SP, Joinville, Náutico, Portuguesa, Rio Branco-ES, Sport, Treze e Vitória. Em protesto pela exclusão na Copa União, o América-RJ não disputou o Módulo Amarelo

    5) Para definir os 24 participantes da Copa União de 1988 (já organizada pela CBF), foram utilizados os participantes do Módulo Verde de 1987 e dos oito primeiros do Módulo Amarelo. A exceção foi o América-RJ, que ficou com a vaga da Internacional-SP como compensação pelo ano anterior.

    América-RJ, Atlético-MG, Atlético-PR, Bahia, Bangu, Botafogo, Corinthians, Coritiba, Criciúma, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Goiás, Grêmio, Guarani, Internacional, Palmeiras, Portuguesa, Santa Cruz, Santos, São Paulo, Sport, Vasco e Vitória

    Obs.: reportagem originalmente publicada na edição nº 15 (maio de 2007) da revista Trivela

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