República Paz & Amor

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Meus amigos flamengos

Por | 27 de agosto de 2019
11 Comments
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    Pedro Henrique Trajano 5 anos ago Responder

    Comentando só agora mais esse texto sensacional… ps. A história da Nova Zelândia eh demais rsrs

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    Pedro Rocha 5 anos ago Responder

    Voltando a este post pq me aconteceu um causo hoje (sexta, 13/9/2019).
    No mercado, na hora do caixa, dois meninos, de uns 10 a 12 anos, pagam a compra. Um, mais gaiato, pergunta ao empacotador:
    “Tu torce pra qual time?”
    O cara, apático, só mexe a cabeça negativamente. Não torce pra ninguém.
    Percebo a decepção do menino.
    Pergunto, então:
    “E vocês, torcem pra quem?”
    “Flamengo, tio! E tu?”
    “Mengão tbm! Vão ver o Flamengo e Santos amanhã?”
    “Vamo!”
    “Querem ver gol de quem?”
    “Gabigol” (já fala lançando a comemoração do artilheiro)
    Eu digo que quero ver gol do Bruno Henrique.
    O outro menino diz:
    “Eu gosto mais do Arrascaeta, pq ele faz a bicicleta bem bonita”
    Os meninos saem, eu fico olhando, orgulhoso dos rubronegrinhos.
    É isso, senhores.
    Mengão tá fazendo a gente sorrir e sonhar como criança de novo.

    (um pouco depois, já no carro, fico um pouco triste lembrando dos garotos do ninho, é verdade. espero que justiça seja feita logo para as famílias. essa é a nódoa no nosso – finalmente – ano mágico.)

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    João Neto 5 anos ago Responder

    Final do Brasileiro de 2009. Domingo. Na segunda-feira tinha uma audiência. Teria que viajar após o final do jogo. O único problema é que não tínhamos ingressos. Eu, um colega e seu pai.

    Nessa época o ingresso era comprado com a apresentação de um produto Nestlé. Custava R$ 30,00. Eu acho.

    Sai de Manaus na sexta-feira à noite. Os dois iriam no sábado. No sábado de manhã fui ao Maracanã atrás de cambistas. O local estava cheio de PMs à caça dos negociadores. Após um contato, combinamos para uma conversa em um bar próximo. Comprei os 03 ingressos. R$ 1.200,00. R$ 400,00 a unidade.

    No domingo saímos cedo. 13 h. Ao chegar próximos a catraca, várias pessoas estavam sendo barradas por ingresso falso. E agora? Deu tudo certo. Entramos e nos posicionamos junto à Raça Rubro-negra. Atrás do gol onde p jovem zagueiro empatou o jogo. David Braz. Setor verde.

    No intervalo, me despedi dos dois. Eles iriam na segunda. Me dirigi para me posicionar no meio-campo, de frente para a rampa que dá acesso à Estátua do Bellini. Saída estratégica.

    Demorei mais de 20 minutos para descer. Era tanta gente que o caminho delimitado para a saída não existia. Enfim, cheguei ao local. Vi Ronaldo Angelim marcar o gol do título.

    Faltando 5 minutos para o término da partida, desci a rampa e avistei um cidadão sendo agredido por pessoas que entram com a abertura dos portões. Se aproveitaram que estava só e tentavam furta-lo. E agora, José? Encaro as figuras? A minha sorte é que vinham descendo atrás de mim um grupo de PMs. Os indivíduos se posicionaram nas laterais da rampa. Aproveitei e na correria passei por eles. Peguei um táxi em frente à Estátua e me dirigi ao Aeroporto do Galeão. Hoje, Tom Jobim.

    Para minha surpresa, o aeroporto estava apinhado de torcedores do Flamengo. O Brasil inteiro estava representado no jogo. Todos tiveram a mesma idéia e necessidade de chegar a tempo em seus locais.

    Hoje, não sei se faria essas loucuras. Sem ingresso, quase assaltado e a despesa vultosa.

    Valeu a pena.

    SRN

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    Xisto Beldroegas 5 anos ago Responder

    O Chico, na frente dele a gente chamava de professor, por trás era Chico galo cego, baixinho, mulato sarará, cabelo carapinha meio avermelhado, autêntico mesmo, ainda não acaju, óculos fundo de garrafa à frente de um dos olhos de coloração meio azulada, saltado, além de rubro-negro fanático era metido a comer mulher, e contava as suas aventuras sem nenhuma cerimônia, ninguém duvidava, tamanha a riqueza dos detalhes, boquirroto dos bons, o nosso Galo Cego. O Chico como professor de curso noturno devia ter facilidade nas conquistas com as sua alunas já bem crescidas e ainda não havai a tal figura do assédio sexual, ele não fazia segredo e durante suas narrativas erótica mostrava uma língua gigantesca, dando a entender que ali estava o grande segredo que as mulheres caíam fascinadas por ele. O cretino era casado, nunca conheci sua mulher, deveria ser loura, não sei se oxigenada ou não, porque ele quando se referia à esposa, dizia “a minha russa, loura”, quase sempre com um “se ela sabe a metade disso”.Íamos sempre ao Maracanã, e eu praticamente irradiava o jogo pra ele, pois ele não enxergava bem lá do alto das arquibancadas, sem ser nenhum Oduvaldo Cozzi eu narrava o jogo a minha maneira, não chegava ficar rouco, pois alguns lances mais próximos ele até que enxergava. Esqueci de acrescentar, a cegueira aumenta na proporção ao teor alcoólico na corrente sanguínea, aí estou me referindo também ao locutor que vos fala. Um dia no final de uma chopada combinamos ir a São Paulo ver Flamengo e Santos no Pacaembu. Mais dois caras toparam, meu irmão e um amigo dele, claro, todos tremendos pés de cana. A porranca fora sábado, sairíamos domingo pela manhã. Cedinho, eu e Chico já estávamos na praça Mauá, lá era o terinal rodoviário, tudo quanto é ônibus saía dali, tinha até topônimo, o edifício até hoje está lá não sei se com o mesmo nome. Perdemos o primeiro ônibus, pois meu irmão e o outro cara passaram a noite na esbórnia e chegaram atrasados, para variar, viraram redondo. Dentro do Pacaembu os quatro já devidamente de porre, um dilúvio, não sei como consegui irradiar o jogo para o Chico através daquela chuva, primeiro pela cortina de água que quase impossibilitava de se ver o gramado, depois pela rapidez de Pelé e companhia, impossível de ser acompanhada a olho nu. O resultado bem normal, parece que o Santos goleou de 5 a 2 ou 5 a 1, não me lembro. Na volta eu e Chico roncando nossa ressaca no ônibus, os dois outros ficaram por lá perdidos, desvairados na pauliceia.

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    Heric Dehon 5 anos ago Responder

    Deixa contar minha história…

    Sou de família baiana mas nasci no Rio. Um dia minha mãe liga de lá pro meu tio, em Santaluz-BA “vem pro Rio ser padrinho de Heric”. Meu tio chama um amigo “Burica, vamos pro Rio de Janeiro que vou batizar meu afilhado” (eu fui o primeiro de muitos). Burica topa. No dia seguinte meu tio tá arrumando a mala no fusca e chega Burica de calça, sandália de dedo e uma sacolinha de papel embaixo do braço.

    São 1.600Km de Santaluz pro Rio de Janeiro. Estamos falando em uma viagem de fusca em 1975!!!!

    Os dois pegam a estrada com tanque cheio. Param pra tomar café. Seguem pela estrada. Depois param pra almoçar às custas de Burica… mais estrada. Gasolina… quanto chegam perto de Vitória da Conquista-BA Burica pergunta “falta muito?”. “Falta. Por quê?”. “É que tô ficando sem dinheiro. Aquele almoço foi caro”.

    Pensem em uma merda no resto da viagem inteira!!!!!

    Eles chegam no Rio, tudo lindo. No sábado tem FlaxFlu. Meu pai, meu e Burica tio vão ao Maraca. Não sei o resultado. Sei que meu pai toma umas e vai pra casa. Meu tio e Burica seguem o rumo deles.

    No dia seguinte era o meu batizado. Meu tio ainda estava tão bêbado que saiu da igreja pra vomitar e meu pai acabou “me batizando” 🙂

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    Marcos 5 anos ago Responder

    Hahahahahahaha muito foda, tava fazendo falta Dunlop…. está “cuellando” pra ser negociado para outro blog? SRN

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    Ronaldo Segundo 5 anos ago Responder

    Final do Carioca 1999. O Vasco tinha um timaço e a gente se virava com o que tinha. Pra se ter uma ideia, o Maurinho era titular ABSOLUTO da lateral direita… Eu já estava roendo o osso do dedo indicador direito, pois a unha e a carne já tinham ido embora no final do primeiro tempo. 0x0 que dava o título para os caras e tudo indicava que iam fazer um gol a qualquer momento – tornando a virada (impossível) obrigação para evitar a tragédia. Falta pra gente, batida seca de Rodrigo Mendes e desvio na barreira, bola morrendo mansa no canto inferior direito de Carlos Germano e intermináveis 15 minutos para o fim do jogo. O juiz apita, eu abraço a tv e começo a chorar convulsivamente. Minha mulher entra na sala, me dá um esporro – “onde já se viu chorar por causa de futebol” ; e eu respondo ” me deixa em paz, mulher insensível”.

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    Eu tenho um amigo que certa feita deu de cara com o hotel do Mengo em um jogo contra o Flu. Foi de carro acompanhando a caravana e por fim ele percebeu que aquilo não havia dado certo. Fla perdeu. Passou um tempo, Fla e Bota decidem a final do turno do Carioca. O que ele fez? Claro, ficou lá encarando os jogadores do Bota entrar um a um no ônibus. Pegou o carro e foi atrás do ônibus. Gênio. Flamengo campeão.

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    Rasiko 5 anos ago Responder

    Dunlop, tu tá parecendo o Arrascaeta: passa o jogo inteiro chupando manga e de repente, não mais que de repente, aparece e marca um golaço.

    srnp&a

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    Mario S Dunlop 5 anos ago Responder

    Outra ótima. Parabéns pelas histórias, daquelas que só acontecem com rubro-negros. Beijos

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    Leonardo tauil 5 anos ago Responder

    Excelente como sempre
    Abracos

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