Tranquila vitória do Mengão sobre os chilenos. Tranquila até demais. O torcedor do Flamengo já está familiarizado com a dinâmica da fase de grupos da Libertadores. Já cansaram de ver o Flamengo passear como uma ala de passistas sambando na avenida nas segundas rodadas só pra se fuder de forma humilhante nas sextas. Não é hora de empolgação e nem de apostas enlouquecidas. Cada um que controle suas glândulas, liberar os fluidos empolgatórios antes da terceira rodada da fase de grupos é cabacisse.
Bem verdade que essa Libertadores, a exemplo da anterior, contraria tudo que os 58 anos de fortuna crítica acumulada ensinaram aos povos sobre a terrível competição quebra ossos do continente. Especialmente no seu aspecto ambiental e, consequentemente, na ação das forças intangíveis e inquantificáveis que foram decisivas em tantas e tantas Libertadores.
A diferença entre jogar uma Liberta com torcida e sem torcida é exatamente a mesma entre nadar 100 metros crawl numa piscina olímpica e rastejar 100 metros na areia. Sem as torcidas a diferença entre os jogos em casa e fora é só o deslocamento, e os grandes clubes já dominam a logística para que os danos físicos nas viagens pelo continente sejam mínimos, desprezíveis. O nível de competitividade caiu violentamente.
Poder falar sobre a última Libertadores a gente nem pode, porque o Arão perdeu aquele penal de bobeira no Maraca deserto. Mas, se não fosse a bizarra pandemia que se abateu sobre o planeta provocar a interdição dos estádios da América quando seria possível que dois times meia-boca e com torcida miúda como Santos e Palmeiras chegassem a uma final dando olé em Bocas e Rivers? Nunca. Palmas pra eles que, como tantos empreendedores no país, se beneficiaram da calamitosa zona em que a pandemia transformou as nossas vidas.
Não existe no mundo competição onde as torcidas sejam tão decisivas como na Libertadores. Talvez os huka-hukas nos Quarups cheguem perto. Sem a presença do torcedor nos estádios, e nas ruas, aeroportos, porta de hotéis e cadeias, morteiros, rojões e buzinaços, tudo que acontece dentro das quatro linhas ganha uma importância desproporcional. Podendo inclusive levar à ideia errada de que as Libertadores se ganham na bola. Um erro primário de leitura de cenário que já levou muitas torcidas imensas, inclusive a do Flamengo, às mais amargas decepções.
Nesse panorama que nos força a negar tudo que sabíamos sobre como jogar e torcer numa Libertadores, o Flamengo é, ao mesmo tempo, o mais prejudicado e o mais beneficiado. Nos prejudicamos mais que os outros times quando jogamos sem torcida. Não que nossa torcida seja a mais foda, cada um sabe da dor e da delícia de ser o que é, mas a torcida do Flamengo é a que mais joga junto com o time. O Flamengo tem se apoiado na Magnética, e dela extraído forças que a rigor não possui, há 109 anos.
Por outro lado, neutralizadas as forças parafutebolísticas geradas pelas torcidas e seus maus modos, o futebol, no seu aspecto puramente esportivo, passa a ter um peso extraordinário na Libertadores. Hoje na Libertadores há uma inédita tendência para que os melhores times se imponham diante de seus adversários usando apenas a força, o talento e a sorte de seus jogadores. O localismo perdeu.
Claro que alguma influência na CONMEBOL e sua proba Comissão de Arbitragem sempre ajuda, mas o Flamengo, que tem o melhor elenco da América, acaba se beneficiando desse estranho estado de coisas. Até tem alguns times bons, mas o Flamengo é o malvado. Pra nós é até melhor que essa Libertadores seja jogada toda assim, pela TV. Encarar a Fla-Mureta e outras ardentes arquibancadas do Brasil repletas de gente bem vestida e muito exigente é um desafio para o qual o Rogério ainda não está preparado.
Foi por causa do talento dos jogadores que o Flamengo ganhou do Union La Calera como se estivesse jogando futmesa na concentração. Ditou o ritmo do jogo, não correu demais, esperou os cara abrir pra chegar tocando a bola naquele tiki-taka bastardo que já está virando nossa marca registrada. O primeiro gol parecia jogada de FIFA, passes perfeitos entre Gérson, Arrasca e Gabigol, bola no saco.
O segundo gol foi bonito também, Everton Ribeiro, mostrando que os boatos sobre a sua morte eram exagerados, inicia a jogada no campo do Flamengo e toca praqueles 63 quilos de Alcatra voadora, que toca pra Bruno Henrique e recebe ela limpinha de frente pro gol. Saco, mais um gol do imparável 14. Tranquilidade pura, acabou o primeiro tempo.
No segundo tempo o Flamengo voltou com aquele ímpeto de quem vai fazer exame de próstata. Cochilou na sala de espera e o cachimbo caiu. Entregou a bola aos chilenos que agradeceram ao mimo e em menos de 10 minutos já tinham feito um gol, em mais uma homenagem do nosso goleiro ao eterno Raul, não pulando no chute dos caras. Homenagem merecida, ok, mas avisem ao Diego Wallves que não precisa ser repetida em todo jogo. Já tínhamos captado a mensagem na final da Taça Guanabara.
Mesmo havendo um profundo fosso técnico entre os times, os chile, por intermináveis 25 minutos, dominaram o jogo. O Flamengo, com o maior dos desinteresses, administrava a vantagem mínima, sem nem se dar ao trabalho de simular algum empenho ou preocupação. Rogério Ceni, que tem plena consciência de que em caso de tragédia o primeiro cu é o dele, tratou de mexer no time. Quando faltava uns dez minutos pro jogo acabar, o time se ligou outra vez e retomou a bola dos chilenos.
Foi aí que o Bruno Henrique, que apesar da assistência pro gol do Arrascaeta deixou visível a todos que tinha perdido seu mojo outra vez, dá mais um passe daqueles pro Gabigol. Saco, lógico, e assim o cara já fez 14 gols na Libertadores, só está atrás do Zico agora, o moleque é fenomenal.
Resultado garantido, os chile entregues, já tinha Leo Pereira, João Gomes, Michael, Vitinho e Pedro em campo. Geral esperando o jogo acabar quando o Vitinho (que foi quem achou o mojo que Bruno Henrique perdeu) dá uma arrancada daquelas que nós nunca tínhamos visto ele dar na vida e serve o amigo Pedro (aonde você for eu também vou). Pedro domina o couro, entra na área dibrando uns três caras, um deles era o Arrascaeta, e toca por ciminha do goleiro, esculachando mesmo, zero humildade. Golaço, 4 x 1 no placar, Flamengo praticamente em Tóquio.
Mas é só a segunda rodada, ou seja, a vitória só vale três pontos e ainda falta ganhar 21 ao longo da competição pra que o Flamengo seja TRI sem nenhum stress. O que sabemos ser uma meta extremamente difícil. Para alcançá-la não apenas o time, mas a torcida, vai ter que ser pragmática. E abrir mão de certos prazeres em nome de um bem maior.
Secar a arco-íris, por exemplo, é gostoso, divertido e moralmente correto, mas no médio prazo não é exatamente uma atividade benéfica ao Mengão. Reparem que as Libertadores agora são superpopuladas por times brasileiros. Torcer pelo seu insucesso é atentar contra o bom uso do cálculo de probabilidades.
Será muito melhor pro Flamengo que todos os caidinhos, que nos temem, se criem na fase de grupos e ascendam à fase eliminatória. As possibilidades matemáticas de terçar bigodes com algum freguês nacional, quiçá regional (meu sonho), nos mata-mata, aumentam consideravelmente as nossas chances de triunfo continental.
Não nos basta o Flamengo ganhar a Libertadores, nas presentes condições é quase obrigação. Também queremos ver os rivais locais humilhados, se rasgando de ódio, dor e impotência. Essa é a beleza do esporte. Pelas próximas quatro semanas tanto os secadores quanto os oba-obistas mais dedicados podem gozar de um merecido repouso. Os cornetas, não, pra esses tem muito serviço. Acordar o Bruno Henrique é o mais urgente.
Ainda não ganhamos nada nessa temporada! Sapato, sapato, sapato!
Mengão Sempre
Xará, vc deu a ordem e eu prontamente atendi assumindo a responsabilidade pelas minhas babaquices e vendo o quanto eu tava sendo infantil, mas o cara cheio de ódio e violência nas palavras continua, só que agora com outros nicks com este de hoje Massaranduba Raça Fla. A minha intenção é continuar frequentando o site, lendo teus textos brilhantes e hilários e os dos muitos comentaristas de alto nível que tem aqui, mas se esse cara continuar eu vou sair. Não frequento lugares em que figuras tão nefastas como essa frequentam, me faz mal e me faz ter reações que eu não tô a fim de alimentar. O que não entendo é porque pessoas de tão baixo nível como esse cara não são bloqueadas de uma vez por todas, isso eu não entendo num site com o nome de paz e amor.
ps – escrevi este texto com a ajuda da minha companheira que tem mais estudo que eu e tá tão indignada quanto eu.
Concordo contigo Arthur. Da minha parte simplesmente nao respondo mais. Mas que enche, enche.
Não vou chegar ao ponto do Arthur Maciel, mas o fato é que tanto ERibeiro quanto BHenrique não produzem nada pro time faz tempo. Enquanto isso, Vitinho e Michael se destacam e justificam a titularidade jogo a jogo. Solich, em jogo decisivo, sacou os titulares e escalou a dupla juvenil Duca e Babá sem pensar duas vezes. Quem estava lá sabe o resultado. Não se joga futebol com nome, mas com capacidade de entregar e de entrega. Portanto…
Acho que tá na hora de largar o pé do Ceni. Efetivação do Diego como 1º volante, evidências de recuperação de Michael e Vitnho, Gustavo Henrique melhorando, tudo isso passa pela confiança que ele deposita nos jogadores. Pouco me importa seu passado sampaulino, implicância com as mãos nos bolsos e babaquices do gênero. A tendência clara é de crescimento.
PS-Só não consigo entender porque o Flamengo não contratou o Rodriguinho em vez do Arrascaeta!
Duas breves observasções.
Primeira – salvo engano, Solich lançou, de surpresa, num domingo chuvoso em que enfrentamos e ganhamos o clássico contra o Vasco (na época, verdadeiramente um time grande) a ala esquerda (como se dizia) DIDA e Babá.
Segunda – o Rodriguinho em vez do arrascaeta ! Só pode ser gozação …
Vc tem razão nas duas, mas o Duca também era do juvenil e também foi lançado na mesma leva. Tô enganado?
MICHAEL É SELEÇÃO!
VITINHO É SELEÇÃO!
De fato, Boca e River ganharam por placares apertados (não vi os jogos, logo não sei se jogaram bem ou mal).
Assim mesmo, prefiro não entrentá-los, a não ser na final, sendo que ainda tenho esperanças que o São Paulo ou o Palmeiras possam eliminá-los antes da final.
O meu sonho inclui um sapeca no tricolor paulista também.
Aproveitando a deixa do Márcio.
A primeira fase não pode deixar de ser tranquila.
O próximo jogo, na altitude contra o razoável LDU, é o único que oferece algum problema. Todos os demais são carne assadas, a não ser que o Cenil faça das suas.
Também não é vantagem, eis que, para alegria do Márcio (e minha também), todos os favoritos estão se impondo, facilitando, em princípio, os jogos das oitavas.
Palmeiras, São Paulo, Boca, River (apesar do empate com o Flu) e até o modestíssimo Argentinos Junior (cuja glória maior foi a de ter sido o primeiro time em que jogou o grande Maradona) estão tranquilos em seus grupos.
Por incrível que pareça, continuando a focar as oitavas, só vejo a possibilidade de perigo brasileiro. O Inter, se não for primeiro como ainda pode acontecer, e, acreditem que é verdade, o Fluminense.
Estou com receio até no Cariocão.
Entre Roger Machado e Rogério Ceni, fico com o inglês
Roger é bem superior ao Rogério.
Não dá para tremer, mas é um certo problema na nossa vida.
É ver para crer.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Aproveitandoo a deixa do Márcio.
A primeira fase nãoo pode deixar de ser tranquila.
O próximo jogo, na altitude contra o razoável LDU, é o único que oferece algum problema. Todos os demais são carne assadas, a não ser que o Cenil faça das suas.
Também não é vantagem, eis que, para alegria do Márcio (e minha também), todos os favoritos estão se impondo, facilitando, em princípio, os jogos das oitavas.
Palmmeiras, São Paulo, Boca, River (apesar do empate com o Flu) e até o modestíssimo Argentinos Junior (cuja glória maior foi a de ter sido o primeiro time em que jogou o grande Maradona) estão tranquilos em seus grupos.
Por incrível que pareça, continuando a focar as oitavas, só vejo a possibilidade de perigo brasileiro. O Inter, se não for primeiro como ainda pode acontecer, e, acreditem que é verdade, o Fluminense.]
Estou com receio até do Cariocão.
Entre Roger Machado e Rogério Ceni, fico com o inglês
Roger é bem superior ao Rogério.
Não dá para tremer, mas é um certo problema na nossa vida.
É ver para crer.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Não vou concordar nem discordar.
Quero apenas entender:
Qual o parâmetro vc utilizou para concluir que Roger Machado é muito melhor que o Ceni?
Sem menosprezar o Fluminense, não considero a time das Laranjeiras ameaçador. Diferentemente de Atlético MG, São Paulo e Palmeiras.
Os dois primeiros por termos um histórico recente ruim e por terem táticas próximas às nossas. Já o Fluminense (e Palmeiras em estágio muito superior) executa a velha cartilha de Abel Braga, zaga segura, contra-ataque e efetividade nas conclusões. Tipo de futebol que nossa torcida e diretoria rejeitam felizmente.
Então mais que acreditar no estilo de jogo com posse de bola, o Fla precisa ter melhor estado psicológico, num eventual embate em que sairemos atrás do placar. A ideia de jogo tem que ser fixa pra virar partidas e até nas derrotas. Espero que nossos jogadores já estejam nesse estágio de confiança.
SRN
Que tal essa? Viceínos tão sendo processados em 3 milhões pela… Tia do Espetinho. Os caras não conseguem pagar a tia do espetinho e querem entrar na licitação do Maraca. Mais um querendo se pendurar na nossa aba.
E para ser chato, agora que todo mundo esta relaxado, acho que seria o momento no qual teriamos que falar do Ceni e nao somente quando estivermos em apuros maximos.
Nao vejo que esse senhor consiga arrumar a defesa. Nao se nota traço disso.
Se assisto as mudanças que o Palmeiras fez e virou super competitivo (como eramos em 19), e de novo com tecnico portugues, o que espanta, e se me lembro das derrotas que levamos do SP na temporada passada, temo que estamos parados no tempo.
Os resultados positivos camuflam que o time nao sabe defender, mas nao me fazem esquecer os jogos dificeis.
Como contra o Palmeiras, que nos dominou total no segundo tempo, como contra o Vasco que facilmente fez 3, sem correr muitos perigos, como contra o Union, outro que nos dominou 20 minutos nos quais escapamos de levar o empate.
Nos vejo com o mesmo jogo, sempre. Quando as peças fodas da frente fazem a festa, temos tudo para dar certo. Mas olha que esses devem sempre fazer no minimo 2, ja que 1 levamos com absoluta certeza. Basta UM chute no nosso gol que ja era.
Quando as peças da frente nao fazem festa alguma (Vasco, SP) – a gente se ferra.
A tarefa do senhor Ceni seria arrumar a defesa, o sistema defensivo. Nao esta conseguindo. Torcer pro Arrasca arrebentar é uma coisa, receber salario para nao fazer o dificil é outra.
Quando nao ha avanço averah em breve recuo.
Ciao, Ceni.
SRN
Nada dura para sempre. Partindo disso pensei no time que temos hoje.
Claro que existem clubes interessados em jogadores nossos.
E parece claro que o Flamengo venderia, dependendo da quantia oferecida.
Entao o seguinte: Hoje temos um time dividido em 2 partes distintas.
Os da frente otimos, os do meio craque e outros otimos, e os de tras, bem, como dizer, poxa, ruinzinhos pra karai!
Vendendo toda a defesa, poderia-se repor relativamente facil, claro com desnivel aqui ou ali, mas no total teriamos uma defesa nova completamente igual. Se nao melhor … ou até muito melhor.
Daqui poderia-se vender qq um que nao iria doer.
Vendendo o meio-campista Gérson, o Diego e outros ninguem quer (erro, pq o Diego esta vivendo um momento muito bom) o time vai sentir a falta de passes certeiros e de certa combatividade. Mas acho que Gérson poderia ser reposto. Dificil, mas possivel.
Ja a venda do ER traria um belissimo problema. Encontrar alguem tao bom quanto ficaria dificil e caro. O time cairia de produçao, como o faz quando ele sai e entra um outro qq. Nao é aconselhavel vender ele.
Ai vem o Arrasca. Aqui nao precisa-se alongar muito. Craque nao se vende, e se vender, o time estara abalado e isso feiamente. Sai o Arrasca, fica o feijao com arroz, e um aguado por cima. Entonces, é PROIBIDO vender ele.
Ai temos Gabriel, BH e Pedro. Gabriel e Pedro sao otimos goleadores, muito, muito dificil de encontrar. Vender um quer dizer que nao ha reposiçao no elenco. Se vender tem que encontrar logo alguem que prometa – e que cumpra. E isso imediatamente.
Muito dificil. Desaconselhavel entao as vendas desses.
BH esta jogando muito menos do que estavamos acostumados e do que sabe. Eh uma fase, ja longa, verdade, mas vai melhorar de novo. Eh um jogador de primeirissima categoria. Sua inteligencia e velocidade impares. Nao da pra vender tb. Reposiçao é tb quasemente impossivel.
Ou seja – ai de nos se mexem no time vendendo alguem da frente ou do meio.
O que me leva a preocupaçao de nao haver no elenco peças verdadeiramente boas para colocar em campo, em uma possivel saida (venda/contusao) de um desses. Ta mais do que na hora que trabalhar isso.
O elenco esta fraco demais.
Sem certos jogadores (meio e frente) nao seriamos mais favoritos, simples assim.
SRN
As convocações das seleções serão um problema também.
Na minha novena dos tri, incluí um pedido para o Adenor e sobretudo o Oscar esquecerem os nossos craques. Embora merecida, essa campanha pela convocação do senhor Gérson dos Santos me preocupa.
O Oscar, só se for MALUCO !
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu amigo Pedro é o cara. Que golaço, meu deus.
Com Gabi-máquina de fazer gol titular e um cara desses na reserva o Flamengo é muito favorito.
Pedro também será decisivo, mesmo entrando só nos minutos finais.
“Todos os caminhos são iguais / O que leva à glória ou à perdição”…
” O segundo gol foi bonito também, Everton Ribeiro, mostrando que os boatos sobre a sua morte eram exagerados, inicia a jogada no campo do Flamengo…”, bem bolada essa, tô rindo até agora
Perfeito, mestre.
O lance é torcer para termos uma 1ª fase tranquila a ponto de fazermos a melhor campanha geral e torcer também para que todos os favoritos de seus grupos também avancem em 1º lugar. Porque, assim, dado a grana elevada que é paga em cada fase e o sorteio, as 8ª ficarão em tese mais fáceis e a chapa só esquentaria nas 4ª. Sem contar que esse tempo serviria pro Rogério Ceni ajustar a defesa, porque nos mata-matas não dá pra tomar gol de bobeira.
SRN!
Aproveitandoo a deixa do Márcio.
A primeira fase nãoo pode deixar de ser tranquila.
O próximo jogo, na altitude contra o razoável LDU, é o único que oferece algum problema. Todos os demais são carne assadas, a não ser que o Cenil faça das suas.
Também não é vantagem, eis que, para alegria do Márcio (e minha também), todos os favoritos estão se impondo, facilitando, em princípio, os jogos das oitavas.
Palmmeiras, São Paulo, Boca, River (apesar do empate com o Flu) e até o modestíssimo Argentinos Junior (cuja glória maior foi a de ter sido o primeiro time em que jogou o grande Maradona) estão tranquilos em seus grupos.
Por incrível que pareça, continuando a focar as oitavas, só vejo a possibilidade de perigo brasileiro. O Inter, se não for primeiro como ainda pode acontecer, e, acreditem que é verdade, o Fluminense.]
Estou com receio até do Cariocão.
Entre Roger Machado e Rogério Ceni, fico com o inglês
Roger é bem superior ao Rogério.
Não dá para tremer, mas é um certo problema na nossa vida.
É ver para crer.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
O jogo típico sem torcida…
Flamengo ganhou quando quis do time chileno. Quando quis apertar e acelerar, o jogo ficou fácil pela gigantesca diferença técnica entre os times. Tanto que poderíamos ter feito 3 ou 4 gols tranquilamente no 1º tempo.
Mas, a soberba apareceu e o jogo fácil quase se torna difícil por pura preguiça do time do Flamengo.
Preguiça essa que eu duvido que se instalaria com 70 mil rubro-negros gritando na arquibancada.
Fizemos 4 gols e ainda tivemos 2 pênaltis não marcados pela falta do VAR.
Sem contar com a displicência do Gabigol em algumas jogadas em que a atenção e concentração nos daria outros gols.
Aquela em que o goleiro deles sai errado e toca a bola no pé do Gabigol dentro da área é imperdoável.
Como pode um jogador profissional NÃO fazer o básico do domínio de bola e perder uma oportunidade daquelas??
Bastava dominar a bola com o pé de dentro (o direito) para poder finalizar com o pé esquerdo. Isso é ensinado desde o primeiro dia em uma escolinha de futebol. Mas, parece que os caras fazem questão de fazer a coisa do jeito errado.
Tudo bem, deixa pra lá… espero que não faça falta em um jogo de maior porte.
O importante a notar em termos coletivos é que o Flamengo PRECISA manter a concentração e a pegada na marcação alta o tempo todo.
Nosso time não sabe recuar para se defender com linhas baixas. Afinal, NÃO temos volantes de ofício e marcar o time adversário com a bola dominada no nosso campo é algo nada agradável. Foram-se os tempos em que tínhamos Maldonado, Airton e Williams correndo feito loucos para deixar Pet e Adriano descansando em campo.
Hoje somos nós que fazemos os outros times correrem. E é assim que precisa funcionar na maior parte do jogo. Caso contrário, teremos problemas defensivos em todos os jogos.
O gol dos caras aconteceu EXATAMENTE porque não mantivemos a marcação alta com pressão. Bruno Henrique marcou o lateral deles “com os olhos” e o cara teve tempo e tranquilidade para complicar a nossa marcação alta.
Ora, se não for pra pressionar lá em cima, então que se faça a marcação mais atrás. Os Porcos e os Bambis estão jogando com 3 zagueiros justamente para se protegerem e poderem sair com velocidade para o ataque. Esse estilo de jogo deles é insuportável pra mim, mas admito que também funciona para gerar resultados.
O que nós precisamos é fazer com que o NOSSO estilo funcione melhor que o deles quando for necessário. E isso parece que está, aos poucos, sendo implementado no nosso time em termos defensivos.
Em termos ofensivos não há muito o que mudar. Quando nossos atacantes acertam as finalizações, fazemos ao menos 3 gols por jogo. E isso acontece porque ainda desperdiçamos muitas chances claras. Se tivéssemos um índice de aproveitamento das grandes chances maior, a média ficaria próxima de 4 gols por jogo.
Ainda estamos na 2ª rodada. Mas, pelo que vimos até agora, basta o Flamengo jogar o seu jogo que passa por cima de todo mundo. A dificuldade talvez seja ter um jogo desse nível físico na próxima rodada em Quito. A altitude, mais que a LDU, será o nosso principal adversário. Afinal de contas, a LDU foi, ao nível do mar, totalmente dominada pelo La Calera no jogo da 1ª rodada. E isso mostra bem como o time da LDU fica muito enfraquecido quando não tem a ALTITUDE ao seu lado.
A classificação com boa pontuação é praticamente certa. Mas, em se tratando de Libertadores, é melhor ganhar os jogos para depois comentar.
SRN a todos!!!
Pois, Arthur, para variar, seu texto veio cheio de verdades, a começar pelo nosso goleiro que parece que se especializou em pegar pênalti, tudo que é chute diferente que vai pra dentro, entra. A imobilidade é de um mamute congelado no seu bloco de gelo e não há mais o grito do Zico como nos áureos tempo: porra, Raul, vê se pelo menos vai nela. Petrificado também fica todo mundo ali naquela defesa muito da esquisita pra meu gosto. Agora quanto as conquista, o horror, o horror, do Conrad. Palmeiras e Santos fizeram a mais tenebrosa partida de futebol de todos os tempos, e os idiotas da crônica especializada ( epa!) ainda tiveram o desplante de achar que aquilo era jogo de futebol e, não satisfeitos, gastaram horas fazendo a tal crítica do pavoroso espetáculo. Os porcos confirmaram logo depois, chafurdando em derrotas humilhantes na tal disputa de campeão do mundo. O nosso Mengão não poderia ficar pra trás e levou surra de todo os perebas que disputaram o tal Brasileirão e ainda assim ganhou mais um caneco para entupir os sempre misteriosos porões da Gávea. Tudo indica que esse ano a coisa vai ser mais nítida sem precisar de tropeços nesses subalternos que pululam por aí.
Muito lúcido!
Como sempre lúcido e genial nas palavras.
Mas faço um pequeno adendo, não é de hoje que Bolt Henrique vêm destoando da turma bem vestida, não sei se por falta de espaço ou erro no posicionamento do craque moicano, mas ontem conseguiu, apesar das duas assistencias, ser o jogador mais próximo de mediano em campo.
Ademais, Evertinho voltou a demonstrar futebol razoável, Arão e principalmente Bruno Viana foram bem nas ações defensivas, Gerson e Diego dominaram a meiuca, embora no momento da entrada de Valdivia, um João Gomes fosse bem vindo na meiuca, ou até mesmo uma marcação mais específica de Gersônico.
Gabigol e Pedro, de alguma forma, tem que jogar mais tempo juntos, o que esses caras jogam é sacanagem.
E sem sombra de dúvidas, no alto dos meus 26 anos de idade, não vi um craque igual ao Alcatra vestir o manto, o futebol desse indivíduo uruguaio é simplesmente pornográfico.
Por fim, sigamos no sapatinho, que semana que vem tem mais.
SRN
Perfeito apanhado de pontos. E perfeita alerta.
Ta muito facil para ser verdade.
Mas nao é o BH que é o primeiro a ter que ser acordado. Tem mortos que nao acordarao provavelmente nunca mais.
Nao é somente a neta do Aureo que bota o dedo na ferida. Essa defesa …
O que esse goleiro perdeu de capacidade de jogar com os pés – é fogo. Ou sera que ele sempre nao sabia? Tenho a impressao – mas a memoria falha quando quer – que antigamente, bem antigamente, ele sabia sair com a bola. Desde um ano desaprendeu.
Outro morto é o novato na defesa. Umas bolas verticais boas, outras horrorossas. Contra um time forte, se é que existem, seria fatal.
O queridao la na esquerda, aquele de so um pé e olha la, deu sorte. Fez umas lambanças como sempre faz quando começa a jogar pra tras e coloca os companheiros na fogueira.
A ilha até que nao fez preju. Lucro tb nao saiu.
Arao parece que se acomodou na defesa. Corre menos que antes, isso é bom pra saude. Mas o pior é que nao temos nem sombra de jogador para entrar na posiçao dele na defesa. Nem sombra.
Chegando no BH. Ele nao vai mais a linha de fundo, nao da mais aquelas carreiras loucas. Pq nao sei. Nao aguenta? Nao quer?
Na frente estamos bem servidos, muito bem servidos com craques e otimos jogadores. O Gabriel, mesmo perdendo 2 gols que um saci-perere faria de costas, fez assim mesmo 2. Eh a classe dele. E a desclasse dos chilenos.
Dificil saber onde estamos com esse tipo de adversario que nao quer perder de goleada, joga 20 minutos nos aporriando demais, nao percebendo que isso seria o caminho para levar pontos e se acomodando de novo, leva a nao desejada goleada e a gente fica saboreando a vitoria que nao sabemos se é valida mesmo ou nao.
O outro time que tem 4 pontos e joga na altura vai ser o qual vai definir quem sera o primeiro do grupo. Ele é que vai ser nosso adversario. Pelo jeito, o unico. O que é espantoso.
Desse ponto de vista, do espanto de assistir a jogos tao exquisitos, e que viraram moda, estamos jogando um bolao.
Nada menos que um bolao. Um bolao du karai.
Mas haja confiança nisso.
SRN
Gol dos outros claríssimo erro dos centrais, principalmente do Viana que não somente nao esta na posição correta, mas que perde a corrida por fazer um passe de antecipação – erro que deveria ter visto, com sua experiencia, que nao daria pra interceptar o passe.
E muito rápido tb nao é. Junto com os erros de passe nao achei muito bom sua apresentação.
Nao sei o que achar dele. Se nao melhorar muito foi erro de ter trazido.
Essa LA, depois da rodada de ontem, tá dando a impressão que pode se transformar num “BRÃO de luxo”. Não vejo Boca e River fortes o suficiente esse ano (os demais sul-americanos nem vou comentar). A continuar assim, pode dar outra final brasileira tranquilamente. Se Deus quiser MENGÃO vai estar nela. SRN!!!
Meu prezado escritor Arthur,
Como de hábito, seu texto mostra uma clarão de realidades que nosso técnico RC deveria ler e decorar. Dito isso, vamos à minha análise acerca da partida de ontem: é preciso antes de tudo alertar nosso glorioso plantel do Mengão que jogadores de futebol devem jogar partidas de futebol com duas palavrinhas mágicas que RC deveria enfiar em suas cabeças : CONCENTRAÇÃO e DEDICAÇÃO. Como vosmincê relatou, parecia pelada de solteiros e casados. O técnico nos força a comemorar uma vitória, sempre com aquele “ganhou, mas…” nos transformando em torcida mimimi . Me sinto um imbecil comemorando e ao mesmo tempo criticando a forma de jogar. Culpa de JJ e seu Flamengo de 2019 que nos tornaram arrotadores, bravateadores, gabolas, e assim vai…
Vale destacar que o time jogou bem no primeiro tempo, sufocando e compactando as linhas de defesa e saindo bem no contra ataque, porém, mister saber disso, que ao longo dos 90 minutos é impossivel executar isso sem cansar. O que vimos no início da etapa complementar foi um time que nitidamente não recebe instruções de seu treinador e começa a dar mole. Em confronto com time mais fortes ou etapa decisiva, poderemos voltar pra casa com essa maldita atitude, que poderia ser facilmente resolvida.
SRN.