Campeonato Brasileiro, 12ª rodada.
Há algum tempo, Pelé foi o convidado especial de Jô Soares em seu programa de entrevistas na TV Globo. Entre os temas abordados por Jô, a experiência do Rei nos Estados Unidos e como ele lidara com a rejeição dos americanos ao que eles chamam de soccer. No meio da resposta, Pelé disse que costumava brincar com seus amigos do norte, valendo-se de um argumento interessante: ele os provocava dizendo que, enquanto no football só o quarterback pensava, no soccer os onze são obrigados a pensar o tempo inteiro. (Imagino o que o Rei deve sofrer com as decisões tomadas por Pará e Rodinei na maioria dos lances de que participam.)
Pois o clássico entre Flamengo e Botafogo nos mostrou que, após um longo período de privações e desespero, voltamos a ter um lateral-direito que pensa.
Rafinha marcou presença nos três gols do Flamengo. No primeiro, seu avanço sem bola, junto à linha lateral, facilitou as coisas para a confiante jogada e a batida perfeita de Gerson. No segundo, teve excelente participação, iniciada com a esperta meia-lua em Jonathan. No terceiro, tocou, infiltrou-se, recebeu bela devolução de Gabriel e deu o gol de bandeja a Bruno Henrique. Ainda se mostra distante do condicionamento físico ideal, porém a ausência de velocidade é compensada por inteligência e visão de jogo. Cabe a Jorge Jesus encontrar a maneira de não o expor defensivamente, sobretudo diante de pontas rápidos e atrevidos, e explorar ao máximo sua capacidade ofensiva. Creio ter sido isso o que o técnico tentou no primeiro jogo com o Emelec, e não deu certo.
Também merecem elogios as atuações de Gabriel e Gerson. Gabriel tem se envolvido de forma decisiva nas manobras lá da frente – bem mais, por exemplo, do que Bruno Henrique –, e a conclusão no segundo gol foi difícil e precisa. O tipo de chute que, se não pegar de jeito, quebra holofote do estádio e entope de vaias os ouvidos de quem chutou. Confesso que Gerson tem me surpreendido. Bom de bola sempre foi, mas nos primeiros tempos de Fluminense me parecia frio e um tanto alheio, mais ou menos na linha do Ganso, do Pato e do nosso querido Vitinho. Que nada. Pode ser que eu não o tenha observado o suficiente, no começo da carreira, pode ser que ele tenha evoluído à beça em sua passagem de três anos e meio pelo futebol italiano. Melhor para nós, que passamos a dispor de um jogador com boa técnica, consciência tática e intensa movimentação. Quanto a Pablo Marí, se não foi possível avaliar qualidades ou defeitos, destaque-se o mérito de ter feito uma partida sóbria, cozinhando o nutritivo feijão com arroz que a fome exigia.
Além de ter nos aproximado ainda mais do Palmeiras e nos mantido vivos na cabeça da bagaça – querer que o Santos perdesse pontos seria pedir demais –, a vitória serviu para reerguer o moral da tropa, justificadamente abalado com a derrota em Guayaquil e a sequência de contusões de gente graúda. O que, registre-se, amplia a importância das atuações de Gabriel e Gerson, ambos cientes do aumento de suas responsabilidades na busca pelas soluções ofensivas de que o time necessita.
Tirar a vantagem obtida pelo Emelec no jogo de ida, sem tomar gols – da mesma forma que a Champions League, a Libertadores segue adotando o estúpido critério do gol qualificado –, vai exigir concentração absoluta e erro zero.
Embora longe de ser fácil, a tarefa não tem nada de impossível.
Lances principais.
1º tempo:
Aos 4 minutos, ótimo lançamento de Trauco para Bruno Henrique. Ele avançou, driblou Marcinho, ficou indeciso entre tocar para Lincoln e tentar o chute direto, acabou sem fazer nem uma coisa nem outra. A bola cruzou a pequena área, Gatito Fernández só acompanhou.
Aos 6, Rafinha fez boa jogada com Gerson, chegou à linha de fundo e cruzou na pequena área. Joel Carli roçou de cabeça, Bruno Henrique completou fraco, em cima de Gatito.
Aos 11, falta de Trauco em Diego Souza, junto à linha lateral. Jonathan levantou na área, Pablo Marí e Carli subiram, Marí tocou para escanteio. No lance, Rodrigo Caio sentiu a virilha e teve que ser substituído por Thuler. Na sequência, aos 13, Jonathan cobrou o escanteio fechado, Trauco subiu pouco, Diego Alves saiu mal, Cícero desviou para a rede. Um a zero.
Aos 29, depois de uma boa manobra entre Trauco e Cuéllar, Willian Arão recebeu na meia-esquerda e concluiu forte, rasteiro. Passou com perigo, junto à trave direita de Gatito.
Aos 34, o Flamengo trabalhou a bola da esquerda para a direita. Arão, Cuéllar, Trauco, novamente Arão, Bruno Henrique, Rafinha e Gerson, que carregou para o meio, entrou na área, livrou-se de Jonathan e deu um belo chute de canhota, no canto direito de Gatito. Um a um.
Aos 41, Cuéllar desarmou Rodrigo Pimpão na área rubro-negra e iniciou o contra-ataque com Rafinha, daí a Gerson, Arão, Bruno Henrique e, já na intermediária botafoguense, Trauco. Ele avançou e chutou forte, com efeito, Gatito rebateu para o meio da área, Lincoln não conseguiu pegar o rebote, Carli afastou.
Aos 45, falta feia, por trás, de Cuéllar em Marcinho. O próprio Marcinho cobrou, a bola desviou em Trauco, Diego Alves espalmou.
2º tempo:
Aos 4 minutos, Luiz Fernando arrancou pela esquerda, driblou Willian Arão, Rafinha, Cuéllar, e tentou colocar no ângulo de Diego Alves. Bola fora.
Aos 7, jogada de Alex Santana e Diego Souza pelo meio, a sobra ficou com Rodrigo Pimpão. Thuler chegou pressionando e a conclusão de Pimpão encobriu o gol de Diego Alves.
Aos 8, Trauco fez boa jogada e achou Gabriel do outro lado. Gabriel tocou de calcanhar para a passagem de Rafinha, que deu uma meia-lua em Jonathan e cruzou. Carli cortou de cabeça nos pés de Gabriel, e ele emendou de primeira, da risca da área, no canto direito de Gatito. Dois a um.
Aos 20, falta desnecessária de Thuler em Diego Souza, a seis passos da meia-lua. Diego Alves armou a barreira de um jeito esquisito, Diego Souza bateu forte, nosso goleiro não alcançou. Dois a dois.
Aos 28, mais uma paciente troca de passes do Flamengo – da qual só não participaram Diego Alves, Thuler e Marí –, até que Rafinha acelerou, rolou para Gabriel, recebeu um bolão de volta e cruzou rasteiro, na pequena área. Livre, Bruno Henrique apenas empurrou para a rede. Três a dois.
Aos 31, Marcinho cruzou, Alex Santana cabeceou fraco mas a bola ia morrendo no ângulo direito. Diego Alves fez uma defesa difícil para escanteio.
Aos 45, Carli recuou para Gatito, ele tentou sair pelo meio e entregou nos pés de Cuéllar, que rolou para Bruno Henrique matar o jogo. Só que ele concluiu mal, pegou muito embaixo e mandou por cima do travessão.
Ficha do jogo.
Flamengo 3 x 2 Botafogo.
Maracanã, 28 de julho.
Flamengo: Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio (Thuler), Pablo Marí e Trauco; Cuéllar, Willian Arão e Gerson; Gabriel (Piris da Motta), Lincoln (Lucas Silva) e Bruno Henrique. Técnico: Jorge Jesus.
Botafogo: Gatito Fernández; Marcinho, Joel Carli, Gabriel e Jonathan (Lucas Barros); Cícero, João Paulo (Victor Rangel) e Alex Santana; Rodrigo Pimpão (Lucas Campos), Diego Souza e Luiz Fernando. Técnico: Eduardo Barroca.
Gols: Cícero aos 13’ e Gerson aos 34’ do 1º tempo; Gabriel (F) aos 9’, Diego Souza aos 21’ e Bruno Henrique aos 28’ do 2º.
Cartões amarelos: Rafinha, Trauco, Cuéllar, Gerson, Gabriel (F); Gabriel (B) e Rodrigo Pimpão.
Juiz: Raphael Claus. Bandeirinhas: Marcelo Van Gasse e Neuza Back.
Renda: R$ 1.645.403,00. Público: 45.627.
Murtinho, dei uma mergulhada naquela caixa de neurônios escondida num canto de meu cérebro e descobri uma coisa terrível, não acredito nem um pouco nessa classificação, podemos e vamos ganhar, mas não vai dar. Já são tantas as desilusões (epa! meu lado samba-canção falou mais alto) que eu não acredito mais, só milagre, e faço minhas as palavras de Nelson Rodrigues tão citado nesse blog, eu só acredito em milagres. Essa entidade Flamengo para mim é coisa pessoal, funciona como se fosse um poder superior, a minha maneira, então, tudo que acontece com essa coisa abstrata, geralmente as más coisas, que, nos últimos anos acontecem umas em cima das outras, parece que está me ofendendo pessoalmente. É aquela velha história, que dizemos antes dos fracassos: que mal eu fiz a Deus. Eu, tô nessa, cara, que mal eu fiz ao Flamengo pra ele me querer tão mal?
Caro Xisto
Tenho observado o seu desânimo nas últimas publicações. De minha parte, acatei os conselhos do sábio Murtinho de que não conseguimos largar essa cachaça (Flamengo). Deixe de birra e ouça os conselhos do sábio Miki: Liberte a criança em seu interior. volte a torcer efusivamente pelo nosso amado Mengão.
Por linhas tortas, o time está tomando jeito.
Ontem foi mais um jogo para testar o coração. Apesar da quase flamengada, seguimos em frente.
Um abraço
Excelente análise sobre o jogo, eu só discordo de um ponto a respeito do gol qualificado, mesmo que seja injusto com alguns times que são melhores do que outros e que o valor matemático seja o mesmo, marcar um gol fora de casa vale muito. Um dos casos mais emblemáticos foi o Tottenham onde os três gols que o time marcou contra Manchester City (4 x 3) e Ajax (2 x 3) ajudaram o time inglês a chegar a final. Não existe regulamento perfeito, mas acho que o gol qualificado dá mais emoção ao futebol.
Um dos casos recentes foi o último confronto entre Fluminense e Cruzeiro na Copa do Brasil. Acredito que é mais fácil marcar um gol no Fluminense no Maracanã (quase neutro) do que marcar dois gols no Mineirão (onde é mais difícil). Um dos fatores que destruiu a Copa do Brasil em sua essência, onde é quase impossível chegar as finais sendo um time inferior tecnicamente.
Um grande abraço
SRN.
Fala, Wagner.
O tema é controverso.
Minha maior crítica ao critério do “gol qualificado” é a seguinte: desde que assistimos à primeira partida de futebol, desde que pisamos pela primeira vez num campinho de pelada, aprendemos que no futebol nenhum gol vale mais do que outro. O gol nascido de uma jogada coletiva bem trabalhada e completada por uma indefensável bomba no ângulo vale o mesmo que um gol de canela feito sem querer. Pra mim, não há nada mais antifutebol do que considerar que um gol marcado lá vale mais do que um gol marcado aqui.
A ideia do “gol qualificado” nasceu para incentivar os visitantes a atacar. Só que na maioria das vezes tem virado um tiro no pé, pois o que vemos é o mandante jogar com medo de levar gol.
Nas quartas de final da Libertadores 2013, o então treinador do Fluminense Abel Braga teve a cara de pau de afirmar que, jogando em casa, era melhor empatar em zero a zero do que vencer por dois a um. Como castigo, o Flu foi eliminado pelo Olimpia depois de um empate em zero a zero no Rio e uma derrota por dois a um em Assunção.
Nessa noite de terça-feira, saí para jantar com minha mulher e minha enteada. Agora, ao chegar em casa, vi que o Cruzeiro foi eliminado pelo River Plate nos pênaltis. Primeiro jogo, em Buenos Aires: zero a zero. Segundo jogo, no Mineirão: zero a zero. Parece que a ideia de incentivar os visitantes a atacar de nada adiantou.
Quanto à principal razão para a “destruição da Copa do Brasil na sua essência”, também discordo. Se as chances de título do Criciúma, do Juventude, do Santo André, do Paulista de Jundiaí e do Sport desapareceram, não foi pelo fim do critério do “gol qualificado”, e sim pelo fato de que, a partir de 2013, a competição passou a contar com a participação dos melhores times do país. (Até 2012, quem disputasse a Libertadores não jogava a Copa do Brasil.)
Tomemos a atual edição. Os quatro semifinalistas – Grêmio, Athletico Paranaense, Internacional e Cruzeiro – vieram da Libertadores. As chances dos pequenos dançaram.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Algumas constatações…
O time do Flamengo está sofrendo muito com as seguidas contusões de seus jogadores.
Quando tivemos todos os atletas à disposição, ou quase todos, o time mostrou um futebol vistoso e contundente, deixando de ser “arame liso” e se tornando um “arame farpado” de respeito.
Entretanto, quando começamos a perder os nossos melhores jogadores, a coisa parou de funcionar.
No jogo de volta contra o Athletico-PR, tínhamos o total controle do jogo e criávamos várias chances para marcar enquanto Arrascaeta estava em campo.
A coisa só começou a mudar quando o uruguaio saiu. Mas, mesmo assim, saímos na frente e não poderíamos dar o mole que demos na parte final do jogo para permitir o empate deles. De resto, vale lembrar que a cobrança de pênalti ridícula do Diego encheu os paranaenses de moral e afundou os demais cobradores do time.
Nos jogos seguintes sem Arrascaeta e Éverton Ribeiro a coisa se complicou. Mesmo porque, alguns jogadores ainda não estão em suas melhores condições (Gérson e Rafinha, principalmente). E colocá-los em jogo sem ter o entrosamento e a forma física necessária para aguentar o padrão tático de Jorge Jesus foi algo temerário. Mas, obrigatório.
Perdemos Vitinho no jogo contra o Corinthians; perdemos Diego para o resto da temporada no jogo contra o Emelec; perdemos Rodrigo Caio e Lincoln no jogo contra o Botafogo e perdemos o Léo Duarte negociado com o Milan. Ou seja, tá osso…
As notícias ruins são muitas. Mas, temos também boas notícias para o jogo de amanhã. Rafinha ganhou moral e confiança para mostrar o seu futebol (mesmo nível de Pará e Rodinei – na palavras do “animal” Edmundo). Gérson disse que era rubro-negro desde pequeno e começou a mostrar a raça característica desde o primeiro jogo em Itaquera (ainda que fora da forma ideal e sem ritmo de jogo). Entretanto, mostrou as suas melhores características jogando na posição em que se destacou nos Flores, ou seja, aberto pela direita.
A nova dupla de zaga, por força do destino, também mostrou segurança. Os gols sofridos no jogo não foram por falha no posicionamento ou erro de marcação. Duas bolas paradas, com falhas de outros jogadores, é que possibilitaram tais gols. Então, esperamos que o desempenho deles seja tão bom quanto foi no jogo de domingo.
Ah, e por falar da zaga. A imprensa paulista sugeriu que o time devesse jogar com Rodholfo e Pablo Marí contra o Emelec, já que o garoto Thuler pode sentir a decisão. O que mostra o quanto os caras querem “fuder” o Mengão.
Como é que um time que joga adiantado e pressionando o adversário pode ficar com os dois zagueiros mais lentos do elenco em um jogo desses?? Só podem estar de sacanagem em alentar uma proposta dessas?
Pablo Marí tem bom passe e bom posicionamento, mas não é tão veloz quanto Thuler nem Rodrigo Caio. E um jogador desse tipo precisa ter um jogador mais veloz como companheiro de zaga. Seria o mesmo que escalar Rodholfo e Réver, coisa que nem Cristóvão Borges faria.
Portanto, para esta grande decisão de quarta-feira, o time deve ser quase o mesmo que terminou o jogo do domingo: Diego Alves, Rafinha, Thuler, Pablo Marí e Renê; Cuellar, Arão, Gerson e Bruno Henrique; Gabigol. Faltou um jogador aí?? Faltou. E vai depender de quem terá condições de ir pro jogo: Éverton Ribeiro ou Arrascaeta.
Se apenas ER7 estiver em condições, eu o colocaria na armação central e deixaria o Gérson pela direita. E são dois os motivos pra isso: primeiro que o Gérson terá mais condições físicas de fazer a marcação pela lateral e conhece bem aquela posição; segundo que o ER7 sabe jogar muito bem como armador central e está voltando de contusão. Por isso, deve ser preservado o mais possível em relação à recomposição para marcação.
Se apenas Arrascaet estiver em condições, eu o colocaria na esquerda, adiantaria o Bruno Henrique para ser o 2º atacante e deixaria o Arão na armação central. Pois acho que o Gérson, nas atuais circunstâncias, irá render mais se for mantido do lado direito do ataque.
Vamos torcer para ver o que acontece amanhã. Condições de vencer por mais de 2 gols o time tem; basta ter tranquilidade para finalizar bem nas chances que tiver.
SRN a todos!!
Fala, Vagner.
É um prazer ver sua participação aqui na caixa de comentários do meu humilde espaço. Bacana.
Comentário irretocável. Apenas alguns destaques:
1) A respeito da abalizada opinião do “animal”, respondi do modo mais direto possível no comentário do Marcos. Não há dúvida: em matéria de comentaristas esportivos, estamos na roça.
2) Embora tenha muito o que evoluir – a desnecessária falta que fez em Diego Souza, no segundo gol do Botafogo, foi muito parecida com a que tinha feito em Alexandre Pato, no jogo com o São Paulo -, Thuler é um zagueiro que transmite confiança. Ano passado, quando Réver se machucou, compôs uma boa dupla com Léo Duarte e saiu-se muito bem em paradas duríssimas, como na partida contra o Palmeiras, no Allianz Parque, ocasião em que, inclusive, marcou nosso gol de empate em bela e consciente cabeçada.
3) Na sua escalação, faltou a temida terceira opção: e se nenhum dos dois – nem Arrascaeta, nem Everton Ribeiro – tiver condições de começar jogando? Entra Berrío? Entra Lucas Silva? Entra Vitor Gabriel? Apesar dos pesares, ainda assim eu ficaria com Berrío. E que Zico me perdoe.
Apareça sempre. Você faz muita falta aqui.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Kkkkkkkk aí Murtinho, vc viu o comentário do Edmundo sobre o Rafinha? Vou rir disso até o Vasco ganhar uma final da gente kkkkkkkkk
Fala, Marcos.
Edmundo foi um excelente atacante. Na função de comentarista, joga no time dos fanfarrões.
Abração. SRN. Paz & Amor.
“…O Acaso Vai Me Proteger…”
Essa música dos Titãs retrata a realidade do Mais Querido. O nosso melhor desempenho é decorrente dele, o maior reforço, o Acaso. Senão, vejamos:
1. O jogador caranguejo se machucou em disputa de jogo. Em apenas uma partida, foi constatada a ausência dos insistentes chuveirinhos sobre a área, consagrando os beques e goleiros adversários. Ao contrário, o que vimos foi jogo rasteiro e tabelinha; O substituto, conseguiu um feito que há muito não se via – um petardo de fora da área. Relembrando os velhos tempos de Andrade. É cedo para soltar rojões, mas de boa…o usurpador da camisa dez não faz a mínima falta. Para desespero da milícia de internet, composta por incautos que o defendem encegueiradamente.
2. O jovem Lincoln se machucou. Eu sempre defendo a categoria de base, mas tem limites. Uma das críticas que fazia a ele era da falta de explosão. Para um atacante é primordial. O que vimos no jogo do Equador foi um atacante em completa fora de forma. Se já não tinha, como irá ganhar disputa com sobrepeso? Após sair, o time conseguiu o terceiro tento com a presença de um homem de área. Custo a crer que ele faria o gol. A sua ausência irá posicionar Gabriel ( nunca critiquei!), mais perto da área. Não entendi a insistência pelo jovem jogador, deixando o goleador distante de seu objetivo. Se o jogador está costumeiramente fazendo gols, por que escalar um jogador sem vibração e força física? O Acaso mais uma vez veio recolocar os valores em seus devidos lugares.
Essas imprevisões junto com o olhar aguçado do treinador, começam a moldar uma estrutura de time.
Só esperamos que não tenha recaídas. Rodinei…Não!
Não poderia finalizar e deixar o meu pitaco sobre um jogador que não gosto. Desde jovem , escuto que um grande time começa por um grande goleiro. Se fosse atacante, diria que é um PEREBA! Esse sujeito inspira desconfiança nos zagueiros. Diria que é um tiranossauro Rex – Braços curtos. Chutou no canto…um abraço.
A Diretoria gasta horrores com jogadores de linha, acho que já passou da hora de contratar um goleiro de ponta. De momento, César na titularidade. Vaza, frangueiro!
SRN
Fala, João.
1) Concordo inteiramente.
2) Concordo inteiramente, volume 2.
3) Também cansei de ouvir isso. Todo grande time começa com um grande goleiro. Nossos times campeões brasileiros tinham Raul (80, 82 e 83), Zé Carlos (87), Gilmar (92) e Bruno (2009). Ótimos goleiros, os quatro. Não chego a achar Diego Alves um pereba, mas a mim também não passa confiança absoluta. O tal goleiro de ponta é difícil de ser achado. Vale a procura, pro ano que vem.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, depois da eliminação do Cruzeiro e dos problemas que assolam o clube, é um bom momento para fazer uma investida em Fábio.
Uma ótima aquisição.
Então, João.
Fábio é muito bom goleiro, mas vejo alguns problemas.
1) Faz 39 anos agora em setembro. Embora com menor desgaste físico, goleiro é uma posição que exige reflexos apuradíssimos e velocidade de reação – duas características que, nessa idade, já deixam a desejar.
2) Não sei se, com esse negócio do Cruzeiro usar time reserva, ele já completou sete jogos pelo Campeonato Brasileiro. Se completou, um abraço.
3) Não conheço o regulamento da Libertadores, mas é possível que ele não possa defender outro clube.
Ou seja: se não consegue nos ajudar esse ano, para o futuro acho que não é o caso.
Abração. SRN. Paz & Amor.
O Flamengo tem 3 excelentes goleiros na reserva: César, Hugo Souza (o que, salvo engano, foi convocado pra seleção) e o Gabriel Batista (que dizem ser o melhor). Todos jovens, altos, fortes o suficiente pra espantar atacantes, ágeis e braços longos.
Não precisa procurar fora o que tem em casa.
srn p&a
Então, Rasiko.
Há um detalhe curioso nessa história: o apoio que os torcedores do Flamengo dão aos jogadores de linha formados na base costuma faltar quando se trata de goleiro.
Foi assim, por exemplo, com Marcelo Lomba e Paulo Victor, ambos quase escorraçados pela torcida. (E, de certa forma, também com o próprio César, quando saiu emprestado para a Ponte Preta.)
Paulo Victor virou titular absoluto do Grêmio, quando Marcelo Grohe foi embora, e Renato Gaúcho nunca se preocupou em procurar outro goleiro. Parece feliz com ele.
Marcelo Lomba foi escolhido o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro de 2018, naquela eleição promovida pela CBF, e ficou em quarto lugar no prêmio Bola de Prata, organizado pela ESPN. À frente de Cássio (Corinthians e seleção brasileira), Victor (Atlético Mineiro) e até do Fábio.
Entre os quatro goleiros que citei em uma das respostas aqui – os campeões brasileiros Raul, Zé Carlos, Gilmar e Bruno -, não há nenhum formado em nossa base.
Mistérios da nossa magnética.
Abração. SRN. Paz & Amor.
O único receio desses jogos de mata-mata é exatamente o goleiro. Foi o mesmo com Muralha. A Diretoria contratou um goleiro com fama de pegador de pênalti – Esqueceu que a penalidade máxima é apenas um detalhe no transcorrer do jogo.
Debaixo das traves se mostrou um goleiro medíocre Para não dizer, ruim. Mais uma vez há demora para reposição e completa ausência crítica de desempenho.
Espero que ele não venha comprometer o ano. Decididamente, não confio.
Tudo bem com o folclore de São Judas Tadeu, mas ele não entra em campo, assim como Deus, além do Zico, não existe.
Pra ganhar vai ter que entrar com sangue nos olhos, faca nos dentes e espora nas botas.
A Magnética vai lotar e garantir o apoio.
Se fizer 2 x 0 eles vão ter que sair pro jogo e então uma goleada histórica é possível.
Arraxca e Everton Ribeiro treinaram hoje e devem ficar ao menos no banco.
Apesar do RCaio ser um baita desfalque, confio no Pablo e no Thuller.
Já o Lincoln está perdendo uma oportunidade atrás da outra – não é desfalque, mas reforço.
O problema é se o JJ escalar o Berrío.
srn p&a
Sugiro esse excelente vídeo sobre as finanças do Flamengo em comparação com os outros clubes.
https://www.youtube.com/watch?v=al5BOYpkSb0
Fala, Rasiko.
Concordo. É melhor deixar São Judas Tadeu quieto no canto dele e tratar de jogar muita bola.
Lincoln é uma pena mesmo. Ou se perdeu no caminho, ou nunca foi aquilo que diziam ser. Tendo a ficar com a segunda hipótese.
Quanto ao Berrío, não estou vendo muito jeito. Opa! Não havia pensado nisso: Rodinei na ponta-direita, que tal? (Foi só brincadeira, só pra relaxar.)
Abração. SRN. Paz & Amor.
Prezado Murtinho, é uma dádiva voltarmos a ter lateral direito. E parece-me também, quando RC retornar, uma zaga confiável, apesar do menino Thuler ter dado conta do recado. Aliás, creio que o LD foi acometido do mesmo “vírus Milan” que derrubou Paquetá ano passado!
Quanto a antiga lerdeza do Gerson, presenciei uma cena que me chamou atenção, e talvez explique sua atual atitude “ligada em 220V”: no terço final do 2º tempo, após uma disputa junto à lateral direita do ataque do Flamengo, Gerson, já bem cansado, ficou caído fora de campo, demorando a levantar-se. Imediatamente o assistente João de Deus, agachado junto ao banco de reservas, gritou, gesticulou e Gerson, de pronto, religou o 220 e voltou ao jogo. Bons novos velhos tempos! A nossa tão cara mística rubro-negra dando sinais de retorno! Foi assim na virada sobre o Atlhetico PR, ainda com Abel, e agora com JJ, que, esperamos, seja o retorno definitivo! A Nação agradece!
SRN! Vamo virá Mengô! Vamo virá Mengô! Vamo virá Mengô!
Fala, Fernando.
Essa janela de transferências no meio da temporada quebra as pernas do futebol brasileiro. (Ano passado, o time do Flamengo despencou, depois da Copa do Mundo, muito por conta da saída de Vinicius Júnior.) Já a saída de Lucas Paquetá contou com um erro primário de condução, por parte da nossa diretoria de Futebol.
Eu me ponho no lugar de um desses garotos. Com menos de 18 anos, Vinicius Júnior se viu diante da possibilidade de enfiar alguns milhões de euros no bolso. Paquetá com 21, Léo Duarte com 23. É a chance da vida. Não consigo imaginar como fica a cabeça de um cara desses, e compreendo perfeitamente eventuais quedas de produção.
Nesse ponto, temos de tirar o chapéu para Vanderlei Luxemburgo: sempre que se deparava com situações semelhantes, ele imediatamente afastava o cara do time.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Mais uma vez brilhou o nosso amigo Murtinho.
Mencionou o essencial.
Primeiro ponto – temos, ave ! ave !, lateral direito. Quase seis anos, sem contar o período que o Léo Moura já estava só embromando.
A citação do Pelé foi um achado, pelo menos na minha opinião. O Negão, nos dias atuais, iria sofrer muito, logo ele que, pelo lado direito, tinha, no Santos, o parente e polivalente Lima, e, na seleção, o bom Capita, que, se não foi craque, chegou bem perto do nosso Leandro, o maior de todos.
Em seguida, Gerson.
Sempre tive a mesma opinião. Desligadão. Até escrevi, no site do Bruxo, neste sentido, colocando algumas, senão muitas, reticcências na contratação.
Ontem, foi bem diferente. Será que é rubro-negro, indago.
Também não o acompanhava sempre, mas o pouco que vi no Fluminense e na Roma deixava-me com um pé atrás.
Na Fiorentina, nada vi. Zero à esquerda.
Por fim, Gabriel, o Gabigol, com toda justiça.
Em relação a este, principalmente, estou revendo todos os meus conceitos.
Desculpem-me, mas o gol de ontem foi de craque.
Está jogando um bolão, com notável empenho.
Cabe ser alertado na parte emocional, onde, além do mais, é um chato de galochas.
Já não jogará contra o Bahia e, se os contundidos não retornarem, não sei como conseguiremos marcar um golzinho que seja.
Bruno Henrique só não conseguiu perder o presente do Rafinha, mas, em seguida, conseguiu desperdiçar o do Cuellar.
Esperarei os novos comentários – e as ponderações do Mestre Incomparável – para, quem sabe, voltar ao ataque.
Felizes SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu amigo Carlos Moraes.
Então, rapaz, eu acho que Carlos Alberto era craque sim. Talvez tenha sido o único craque, no rigor da palavra, que vi jogar na lateral-direita. (Leandro era de outro mundo, não conta.)
Também tinha minhas dúvidas quanto à capacidade de Gerson chegar e resolver, felizmente estou me enganando. Melhor assim.
Eu acho que um dos problemas do Gabriel foi o fato de lhe terem pregado na testa, cedo demais, o carimbo de craque. A começar pelo maldito apelido. (Não sei se você já reparou, mas jamais o chamei, em meus posts, pelo ridículo nome de “Gabigol”.) Já vimos, no futebol brasileiro, várias situações em que o endeusamento precoce transforma boas promessas em retumbantes fracassos. Gabriel subiu muito de produção na volta após a Copa América. A enfiada para Rafinha, nesse gol de Bruno Henrique, foi milimétrica. E o gol a que você se refere foi, além de difícil, muito bonito. Sim, os chiliques enchem o saco e atrapalham o time. Por isso, alguém precisa, urgentemente, puxar-lhe as orelhas e o enquadrar.
Abração. SRN. Paz & Amor
Boa tarde Murtinho, realmente um ser pensante faz total diferença em qualquer posição do nosso time, e quando isso acontece é que fica evidente como em alguns casos alguns jogadores fazem um mal irreparável no Flamengo, veja os casos dos laterais que no ano todo não acertam um cruzamento e em dois jogos um ser pensante como Rafinha já deu mais passes para o gol que o grande Diego enceradeira Ribas, mas enfim, deixa quieto que tem gente que ainda acha o Diego o maestro do time e o que é mais intrigante é que o técnico Jesus em momentos “acho eu” de fraqueza falou isso também.
Agora com relação ao jogo de quarta , tudo pode acontecer , sendo que a probabilidade de sermos eliminado como de costume na libertadores é enorme, mas vamos lá acreditar em algum milagres vindo desse time, como por exemplos:
1°- O nosso goleiro não levar gols bestas
2°- A nossa nova Jaga está entrosada em tão pouco tempo.
3°- 0 meio do campo consiga fechar o buraco negro desde do jogo de ida contra o Emelec.
4°- Que o bruxo Danilo consiga prender essa bruxa que está solta no CT do Flamengo, pelo menos até quinta. Hehehe
5°- Que o nosso ataque esteja inspirado por nosso decisivo e verdadeiro maestro Deus Zico.
Obs. Que merda de tecnologia avançada do Flamengo que não consegue ver quais os jogadores estão no limite , isso acaba com qualquer discípulos de Cristo, será que o diabo pegou a torcida do Flamengo pra ser o Cristo, kkkkk, vamos orar e acreditar em dias melhores.
Como é bom ser flamenguista e saber que somos uma religião e acreditamos até no último minuto de jogo, .
Que essa quarta seja a ressurreição do Flamengo aguerrido e destemido, que a santa ceia dos 12 guerreiros ( 11 jogadores, 1 torcida enlouquecida) e Jesus seja de muita comemoração e alegria ao término dessa batalha. Assim seja, assim será.
Fala, Alessandro.
Pois é, meu camarada. Como o seu comentário deixa claro nos cinco itens, o bicho vai pegar. Fácil não vai ser, mas tem que dar.
Também não compreendo a avaliação positiva que, depois da contusão, passou a ser feita do Diego. Me parece um profissional correto, se entrega, honra a camisa – três virtudes que, diga-se de passagem e sem querer fazer comparações estapafúrdias, o Márcio Araújo também tinha -, mas caiu assustadoramente de produção após a séria lesão no joelho que teve em 2017.
Já vimos isso acontecer com vários caras – inclusive bem mais novos -, só que não é legal misturar as coisas. Diego vinha rendendo pouco e, a meu ver, atrapalhando a dinâmica do time.
Em relação ao seu último parágrafo, amém.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Saudações Rubro Negras
Obs 1: Desde a saída de Léo Moura que não tinhamos um lateral direito decente … finalmente, graças a Deus, que diferença brutal do Rafinha para os cabeças de bagre!
Obs 2: Alguém acha que o nosso lesionado “camisa 10” consiguiria tirar da cartola um gol, que nos pôs de volta no jogo, como o do Gérson? Sigo achando que a sua lesão foi a melhor coisa que aconteceu ao Flamento e pode representar o ponto de virada do time …
Vamo virar mengoooo
Fala, Dieguito.
Belo codinome arrumaste para teu endereço de e-mail. Também sou fãzaço do cara.
Quanto à observação 1: eu acho que mesmo Léo Moura já vinha se arrastando em seus últimos contratos – ou ao menos no último deles. Rafinha é um alento. Agora é torcer para que ele melhore rapidamente o condicionamento físico e não se lesione – toc, toc, toc.
Quanto à observação 2: não, acho que ele não tiraria da cartola um gol daqueles. É outro estilo. Dizer que a lesão dele foi o que de melhor aconteceu ao Flamengo é um pouco desumano, mas é aquilo que tenho repetido nessa caixa de comentários: atribuo boa parcela dessa culpa aos caras que cuidam do futebol rubro-negro, que em várias ocasiões têm deixado o copo encher até derramar. De qualquer modo, sou obrigado a concordar que tudo o que um time que se pretende ganhador de títulos importantes não pode ter é um meia que passa boa parte das partidas girando em torno de si mesmo e cruzando bolas na área. Certamente não foi para isso que o Flamengo gastou, só esse ano, algo em torno de 200 milhões de reais.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Prezado Murtinho ,
Concordo com todas as suas colocações no texto , e sobre o time que irá enfrentar o Emelec penso eu que poderíamos manter o Trauco no lugar do Renê ; mas acima de tudo chegou o momento do Flamengo mostrar ao que veio neste ano de 2019. Chegou a hora de provar ao mundo que toda a política austera e de boa governança , investimentos , CTs , enfim… precisamos classificar , não importa se temos desfalques ( e temos mesmo , uma puta infelicidade de sucessivas contusões que não acabam nunca) , precisamos fazer diferente e fazer a diferença . Não é mais possível que adversários como o Emelec , e o próprio Botafogo ontem , cheguem duas vezes ao nosso gol e façam dois gols . Gols de falta do meio de campo , bate e rebate , bola desviada em nossos jogadores , chega disso , chega dessa maré de azar e azar.
É possível sim e vamos reverter isso , o Flamengo é muito muito melhor que esses buchas equatorianos , só que isso tem q ser provado dentro de campo , com entrega , com lucidez , consciência tática , e um bocadinho da ajuda de São Judas…
Pra cima deles Mengooo!!
SRN !!
Fala, Roberto.
Não há como virar esse jogo sem correr riscos, ao mesmo tempo em que não podemos pensar em levar gol. Isso nos obrigaria a fazer quatro. O segredo está, acredito, na concentração absoluta, na seriedade total, na boa e velha receita de “jogar o jogo da vida”. Erro zero, no futebol, é dificílimo, mas tem que ser perseguido tanto no ataque quanto no sistema defensivo.
Vamo que vamo.
Abração. SRN. Paz & Amor.