Em 1971, o amadorense Jorge Fernando Pinheiro de Jesus completou dezessete anos de idade, e é provável que jamais tivesse escutado uma canção de Milton Nascimento.
Naquele ano, alguns integrantes do que viria a ser conhecido como Clube da Esquina se encontraram casualmente, em Diamantina, com o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek e armaram uma descontraída roda de violão.
Uma das músicas que tocaram foi Beco do Mota. O trecho final da letra de Fernando Brant diz que “Diamantina é o Beco do Mota / Minas é o Beco do Mota / Brasil é o Beco do Mota / Viva o meu país”. Para quem não sabe, o extinto Beco do Mota estava para Diamantina do mesmo modo que a Pinto de Azevedo para a cidade do Rio de Janeiro. Ou, como disse Cazuza com menos sutileza, na letra de O Tempo Não Para: “Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro / Transformam o país inteiro num puteiro / Pois assim se ganha mais dinheiro”.
Nascido em Diamantina, JK não conhecia a canção, que fora gravada em 1969. No entanto, arteiro e serelepe, tudo indica ter frequentado, na juventude, o local que a inspirara. Ao ouvir os versos finais, deu um sorriso maroto para os talentosos músicos mineiros e comentou: “Vocês são uns safados.” Mais de meio século depois de Beco do Mota, o Brasil segue parecendo uma zona de meretrício de dimensões continentais, e isso talvez seja fundamental para entender a decisão tomada por Jorge Jesus.
No dia em que o Mister anunciou oficialmente sua saída, conversei por WhatsApp com meu genro, Caio, que mora em Portugal. Na troca de mensagens, mandei: se eu fosse ele, teria feito a mesma coisa.
Aos motivos.
Primeiro: o vitorioso treinador está a cinco dias de completar 66 anos, e apesar de suas inúmeras conquistas em terras lusitanas, nunca teve a carreira tão em alta. JJ jamais levantou um título com tanta importância para o futebol português quanto a Libertadores tem hoje para o nosso. Tornou-se o único técnico a vencer, na mesma temporada, o Campeonato Brasileiro e a mais cobiçada competição das Américas. (Basta uma gota de imparcialidade para admitir que é forçar demais a barra afirmar que o Santos conseguiu o mesmo na década de sessenta. Em 1962, Pelé e seus companheiros ganharam a Taça Brasil enfrentando dois adversários e disputando cinco jogos. Em 1963, foram dois adversários e quatro partidas. Chamar isso de Campeonato Brasileiro é uma ofensa ao bom senso. A Libertadores de 1963 também foi levantada com somente quatro jogos contra dois adversários.) A temporada de 2019 deu a Jorge Jesus um prestígio que ele não tinha ao partir de Lisboa para o Al-Hilal e nem quando veio, em seguida, para o Flamengo. E a gente não pode esquecer: o esporte que está sendo jogado no mundo inteiro, com estádios desertos, é algo que lembra vagamente o futebol. Dá um azar, o time desconcentra, é eliminado nas quartas de final da Libertadores, perde para o Atlético Goianiense no Campeonato Brasileiro, pimba, demissão. E aí? A garantia de voltar por cima da carne seca era agora. Assinar um contrato de três anos. Enfiar no bolso a grana que lhe assegura uma aposentadoria abastada e tranquila. Estar ao lado da família e dos amigos de fé. Usufruir as delícias das casas de pasto preferidas. Viver em um belo país – que há muito deixou de ser motivo de piada –, ao contrário da esculhambação que insistimos em ter por aqui. Foi o que eu disse ao Caio: não sei por que o Mister demorou tanto para decidir.
Segundo: em momento algum JJ deixou transparecer que sua vinda para o Flamengo representava um projeto profissional de longo prazo. Acredito que a ideia tenha passado por sua cabeça, devido ao estrondoso sucesso e à idolatria da torcida rubro-negra, porém sempre se falou em cláusula de saída se chegasse alguma proposta europeia. Não enganou ninguém.
Por fim, o que está com toda a pinta de ter sido o elemento inesperado, incontornável e decisivo: os sacrifícios exigidos pela pandemia, amplificados pela estranha maneira com que o país decidiu (não) enfrentar o problema, com negacionismo, loas a um medicamento ineficiente, ausência de ministro da Saúde etc. Trata-se de uma conjectura, claro, mas pode ser que, se tivéssemos feito o dever de casa assim que o coronavírus desembarcou aqui, estaríamos agora com a situação melhor encaminhada e um ritmo de vida menos distante do velho normal, o que incluiria o futebol. E isso teria colaborado – quem sabe? – para outro Dia do Fico. Hoje, domingo, 19 de julho, Drauzio Varella encerra sua coluna na Folha de S.Paulo com a seguinte frase: “O Brasil desanima a gente.”
Jorge Jesus é tão competitivo e apaixonado pelo que faz que, durante a acanhada celebração pelo título estadual, no gramado do Maracanã, ele conversava com Everton Ribeiro a respeito de questões táticas. O Mister mostrava os três dedos centrais da mão esquerda, como a indicar o posicionamento correto, Everton Ribeiro retrucava. A obsessão pelo Mundial – que eu, particularmente, não compartilho – foi varrida pelo cancelamento do torneio. Libertadores permanece uma incógnita. Falta o calor das sessenta mil vozes a entoar olê, olê, olê, olê, Mister, Mister. E, convenhamos, o distanciamento na solidão aumenta as saudades da família, dos amigos, da terrinha e da cabeça de garoupa do afamado Solar dos Presuntos – restaurante onde JJ joga em casa.
Em artigo publicado no UOL na sexta-feira, 17 de julho, Rodrigo Mattos afirma que “Jorge Jesus deu uma rasteira no Flamengo”, raciocínio apoiado no silêncio com que ele conduziu as tratativas junto ao Benfica. Discordo. Comparando laranjas com bananas: trabalhei por quase quatro décadas em propaganda, profissão em que, nos tempos das vacas gordas, era constante a troca de um bom emprego por outro melhor ainda. Não conheci ninguém que, ao receber a sondagem de uma agência a respeito de uma eventual mudança, tivesse batido à porta do chefe ou patrão para dizer: olha, tenho falado com a agência tal e se eles chegarem ao que eu quero, vou aceitar. Nas vezes em que isso aconteceu comigo, mantive segredo até dos familiares. Voltando ao excelente Rodrigo Mattos: se o Grupo Globo o chamasse para uma conversa, ele voltaria à redação do UOL e contaria ao editor os detalhes daquele primeiro papo, ou esperaria a proposta se concretizar?
Agora, cabe à torcida rubro-negra não se comportar como aquele ex-namorado que sai por aí dizendo cobras e lagartos da antiga paixão. Jeito nenhum. A revolução que o Mister operou no Flamengo me faz elevá-lo à condição de mais notável entre centenas de treinadores que vi no clube. O futebol jogado pelo Flamengo de JJ virou unanimidade, objeto de admiração, inclusive, de assumidos desafetos e dos incrédulos de primeira hora. É forçoso admitir: apesar da qualidade superior e de tantas glórias alcançadas, nem o time do início da década de oitenta conseguiu isso. Durante um bom tempo os antis rotularam Zico como “jogador de Maracanã” e, no Sul, o Flamengo era chamado de “time da Globo”. Sobravam ironias quanto à conquista do Brasileiro de 80, pela expulsão de Reinaldo na partida decisiva, e incômodos risinhos pela expulsão de cinco caras do Atlético Mineiro, no jogo que definiu a passagem às semifinais da Libertadores de 81. Nas conquistas de 2019, não houve o que se discutisse ou questionasse. O respeito imposto pelo Flamengo de Jorge Jesus achatou achismos, arcoirismos, bairrismos e quaisquer outros ismos, bicando para escanteio todo tipo de despeito ou tentativa de alfinetada.
Espero que nossos adeptos coloquem, acima de tudo, o muito que houve de bom e emocionante na jornada do Mister, desejo sorte e sucesso a ele, e torço para que o Flamengo acerte uma vez mais na escolha. Lembremos: os caras que cuidam do futebol do clube têm crédito. Depois de errar feio na primeira decisão que tomaram – a opção por Abel –, em todas as outras foram na mosca. Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí, Filipe Luís, Gerson, Arrascaeta, Gabriel, Bruno Henrique, JJ. Que continuem com a mão boa.
Tanto em termos táticos quanto anímicos, a passagem de Jorge Jesus pelo Flamengo encontra sua mais completa tradução no título do filme O Homem que Virou o Jogo. Não podemos andar para trás, seria estupidez abandonar as lições que ele trouxe e aqui deixou. Dos nomes citados até agora como possíveis substitutos, confesso conhecer apenas os dois que comandam times da América do Sul. Marcelo Gallardo faz ótimo trabalho no River Plate e, nas vezes em que vi jogar o Independiente del Valle, dirigido por Miguel Ángel Ramírez, gostei bastante. Os demais, não conheço direito. Como também mal sabia quem era o Mister, pouco palpito. (Indicado pelo próprio JJ, Leonardo Jardim parece largar na pole position.)
Só por birra, pinta uma certa vontade de ver o clube convidar um dos treinadores brasileiros que tentaram relativizar a importância do trabalho de Jorge Jesus, sob o argumento de que o Flamengo montou uma seleção e assim fica fácil ganhar tudo. Chamar, por exemplo, Renato Gaúcho e dizer: agora vai lá, bonitão, e faz igual.
Ainda bem que vontade é coisa que dá e passa.
A coisa mais louca do futebol é esse paradoxo entre a ganância fria dos profissionais e a paixão selvagem e desinteressada do torcedor. Podemos criar mil teses, mas a questão é muito simples nesse mundo paralelo ao dos homens comuns, onde os milhões se empilham e nunca saciam a volúpia dos seus amantes: quem paga mais leva. Então é o seguinte: sem lamentos, sem mágoas, sem saudade e sem gratidão. O português fez o seu trabalho e recebeu muito bem por isso. Boa sorte pra ele na sua “aposentadoria tranquila e abastada”…
Uau, como disse em outro comentário no texto do Dunlop, vcs são feras, eu fico sempre em paz e com leveza de alma ao ler aqui nesse oásis de leituras e também comentários bem escritos, e vc meu amigo de blog, é o Gandalf mesmo não tendo a cabeleira dele, kkkkk, mas consegue ver longe e descrever com maestria .
Como não guardar só lembranças memoráveis de nosso querido mister, eu realmente só tenho a agradecer ao jesus que conseguiu fazer milagres e deixou vários ensinamentos de como é ser flamengo, se não enchergarem isso, é muito egoísmo e orgulho no coração.
Obrigado, obrigado e muito obrigado Jorge jesus por esse ano mágico onde a nação foi tão feliz ainda sente essa felicidade no ar.
Uma pena que acabou, mas nada de decepção, eu só tenho que agradecer muito, que Jorge jesus tenha todo sucesso em sua nova jornada e que os deuses do futebol façam que o raio caia duas vezes no mesmo lugar, trazendo outro técnico vitorioso para voltarmos com tudo no próximo ano , ganhando tudo de novo, hehehe.
Como é ótimo ser flamenguista e saber que temos uma nação que ama o Flamengo assim como eu, o Murtinho e mais de 40 milhões espalhado pelo mundo.
Alessandro,
assunto pessoal.
Já é papai (INT)
Grande Moraes, ainda não nasceu mas ao que tudo indica antes do final do mês chega mais uma flamenguista no mundo e vai ser pé quente, vamos ganhar o mundo de novo, hehehe, quando chegar mando as novas .
Como é ótimo ser flamenguista e saber que temos os cavaleiros da nação que amam o Flamengo assim como eu e vc.
Ps. Um abraço a todos do grupo e em especial ao nosso querido Bruxo.
Concordo inteiramente com o comentário de Áureo Rocha. Assim como ele, reconheço o talento, dedicação e sucesso do estratego amadorense, mas não posso deixar de enxergar a forma descortesa como deixou o Flamengo. Em Portugal, dir-se-ia porta pequena; aqui, porta dos fundos.
Sintetizando o que quis dizer, penso que nem Portugal seja essa maravilha toda, nem que o Brasil seja tão ruim assim. Conheço bem os dois países, pelos quais tenho grande apreço, e enxergo qualidades e defeitos em ambos. Em minha opinião o texto, muito bem escrito por sinal, enxerga Pindorama sob um viés negativo e Lusitânia sob outro poético.
Também teria ido e talvez não tivesse nem renovado contrato com a pandemia mostrando as garras cada vez mais afiadas num Brasil controlado por homens descontrolados. Junte-se a isso o fator família, a pressão que exerceu pra sua volta, tanto por ela não poder vir como por ele estar se expondo, não só pela inclusão no grupo de risco, mas também inserido num cenário apocalíptico reservado a um país comandado por um genocida. Tudo isso é compreensível e a soma desses fatores, e mais alguns que a gente desconhece, devem ter feito a balança pesar pro lado de lá.
Só não concordo com as comparações feitas com as propostas de trabalho, tanto as suas quanto as do Rodrigo Mattos. No caso de vocês se tratava de uma mera transação comercial, only business, onde a máxima “o segredo é a alma do negócio” tinha indiscutível justificativa. Mas não tinha o essencial, que torna a comparação sem sentido: A Torcida – sempre ela. E não estou me incluindo, não. Como torcedor sempre fui elite. Seja nas cadeiras perpétuas ao lado da tribuna de honra no Maracanã ou na tribuna de imprensa ou de honra no Beira-Rio – meu ex-sogro foi um dos patrocinadores da construção. A Torcida a que me refiro é aquela que está sempre presente, antes, durante e depois do jogo, que encara trajetórias épicas pra estar onde o Flamengo estiver, que não mede esforço financeiro, seja pra pagar ingressos cada vez mais caros, seja pra comprar o Manto por preços exorbitantes, pra portar bandeiras ou imprimir faixas, pra tornar o Flamengo o centro de suas vidas, de preferência com toda a família . Não tenho direito nem merecimento pra me incluir. Mas fico de fora olhando enternecido, admirando e batendo palmas. O vídeo que viralizou esses dias com o menino aos prantos “porque o Jesus foi pro Benfica” é de rachar o coração. Pouco me importa se sou “muderno” ou não, se essa maneira de ver o jogo pertence ao século XX, como diz o Arthur, o que sei, como respondi a ele, é que sem os ingredientes da paixão, fidelidade e amor à camisa, se envolver com a mística de um clube não se justifica. E, de novo, observo que não estou falando de mim, pois consigo ver a situação com um certo distanciamento e o abalo emocional é zero, mas sinto pelas pessoas que sofrem, mesmo que por ignorância, e me emputece constatar que o causador desse sofrimento não seja capaz de ter empatia, compreensão e um gesto de consolo que deixasse clara sua preocupação através de palavras dirigidas direto ao coração do torcedor. Ele não é um homem frio, pelo contrário, foram muitas suas atitudes afetuosas. Poderia ter fechado com chave de ouro. Mas não fechou.
Jesus não teve a sensibilidade de entender que devia uma satisfação a essa Torcida, fosse através de uma coletiva dirigida a ela e só a ela ou através de um vídeo onde demonstrasse um sincero sentimento de gratidão e retribuição a tanto carinho recebido. Que pensasse mais nela, que não deixasse sua declaração anterior “nunca fui tão acarinhado” parecer vazia e hipócrita, pois na hora em que deveria se mostrar verdadeira, a verdade não mostrou as caras.
Também não concordo com a comparação com o Flamengo do Zico. Na época, em diferentes temporadas, tínhamos vários outros bons times pra fazer frente ao Flamengo, não só o Atlético Mineiro. Em 2019 foi uma baba. O suposto maior rival, o Palmeiras, tomou uma tunda de 6×1 no agregado e ficou 16 pontos atrás no final; o “copeiro” Grêmio do falastrão levou um sacode de 5×0, também 6×1 no agregado, fora os 4 gols anulados, que se não valeram pro var, valeram pra mostrar a abissal distância entre um e outro. O jogo mais difícil foi contra o River, quando todo o time jogou mal, muito mal. Já vi e revi incontáveis vezes e vou rever mais. Todos tiveram atuações muito abaixo, talvez com exceção do Rafinha, e tivemos que esperar o River cansar pra tirar as ferramentas da caixa e achar 2 gols na bacia das almas. Creditar todo o sucesso ao JJ carece de isenção, distribuição de méritos e lúcida percepção do contexto.
Nada do que estou escrevendo apaga a enorme capacidade dele como profissional, mas, no momento, e até segunda ordem, as loas que dediquei ao caráter dele foram deletadas. Mas se tiver que dar um control z, será com alívio e satisfação.
Grande abraço
srn p&a
Rasiko, meu amigo, logo após o Jorge Jesus ter assinado o novo contrato, no início de junho passado, em entrevista para as redes sociais, cujos vídeos encontram-se à disposição de todos na internet, Jorge Jesus questionado por que havia decidido renovar com o Flamengo, respondeu:
“… ou escolhes sua carreira esportiva ou escolhes sua carreira financeira. Eu felizmente escolhi o que eu quis para a minha carreira esportiva. Foi o que eu fiz ano passado quando vim para o Flamengo, e foi exatamente o que eu fiz este ano continuar no Flamengo, porque não pus à frente a minha carreira financeira.”
Como você bem pode constatar, essa hipótese de que Jorge Jesus esta indo para o Benfica por questão salarial não possui a mínima base de sustentação. Dinheiro nunca foi o projeto pessoal do Jorge Jesus.
Por outro lado, em outra entrevista, nos mesmos moldes da primeira, perguntado se ele não sentia saudades da família, Jorge Jesus respondeu:
“Aquilo que me apaixona é muito mais forte do que a saudade que tenho da minha família. A minha profissão é mais forte que a saudade que eu tenho da minha família.”
Então, meu caro Rasiko, o fator família não pode ser defendida como causa da volta do JJ para Portugal, a não ser que em menos de 40 dias ele tenha mudado radicalmente de opinião. Eu não acredito.
Quanto à pandemia como causa ensejadora do rompimento contratual, eu somente admitiria esta hipótese se de junho para cá estivesse ocorrendo um acentuado número de mortes e de casos no Rio de Janeiro, o que efetivamente não ocorreu. Muito longe disso. Hoje o Rio de Janeiro é um dos seis estados do Brasil que vêm registrando gradativamente a redução de mortes por covid-19.
Por outro lado, os equívocos atualmente cometidos pelo Governo Central no combate à pandemia são os mesmos do início do mês de junho, quando JJ renovou com o Flamengo. Nada mudou.
Portanto, devemos buscar outras razões para justificar a saída do Jorge Jesus do Flamengo e abandonar, salvo melhor juízo, estas que trago a debate neste comentário.
Sempre Flamengo.
#somos70porcento
Muito grato, Áureo, por proporcionar um debate em torno do assunto que nos move neste momento. É exatamente o que me proponho aqui no RPA com os meus quase sempre extensos comentários. Sem resposta(s) a eles não há debate (discussão, jamais) e sem debate me sinto um doidão de hospício falando sozinho tendo as paredes como interlocutor.
O fato é que não sabemos da motivação real e decisiva pro JJ romper um contrato recém assinado e rubricado com as justificativas que ele mesmo deu em relação às questões financeira e familiar que você menciona. O que torna o mistério ainda maior. Então, porque, se nada mudou nesse curto período? O que o fez abandonar uma posição privilegiada junto a torcedores, jogadores, diretoria e até mídia e onde as possibilidades de sucesso – títulos – são, no mínimo, de 80%? Aí o enigma toma proporções que extrapolam minha capacidade de compreensão. Observo a bela advogada cruzando rapidamente minha tela mental com seu sorriso encantador, mas, embora não seja descartável, me recuso a entrar nesse tema, não por implicações morais, já que, nesse latifúndio, sou assumidamente amoral e considero a monogamia uma doença fruto de um repressivo condicionamento cultural que tem como objetivo a manipulação e o controle – a monogamia só se justificaria se não tivéssemos o poder da escolha (basta, como exemplo, o nosso querido amigo Carlos Moraes casado há 200 anos com sua adorável companheira, mas que certamente não hesitaria diante da irresistível Claudinha – nem eu). Minha recusa se justifica por ser assunto pessoal e não se enquadrar na equação Flamengo-torcida-profissional e no intransigente respeito que tenho pela privacidade alheia.
Você foi perfeito e direto ao ponto no seu comentário. De fato, nada mudou, como também nada mudou no meu ponto de vista, onde continuo enfatizando o desprezível desprezo dele para com a torcida, razão maior de ser de todos os protagonistas do futebol, trem pagador de salários milionários e construções de CTs e estádios de 1º mundo, além de bancar, inadvertida e inocentemente, as corrupções em fifas, cbfs, ferjs e afins mundo afora – sem esquecer as bilionárias empresas de material esportivo. Sem torcida, futebol não passa de peladas de aterro. Mas como sempre nesta sociedade desequilibrada e doente, seu pilar é tratado com desdém, só que sem ele ela não se sustenta – o que explica tanto investimento em inteligência artificial, robôs e drones.
srn p&a
A impressao que tenho é que alguns se sentem cornos.
A maravilhosa beleza, a mulherona hermosa, correu do matrimonio e os deixou na mao.
Agora a acusam de tudo, de qq coisa, de trair os bem intencionados.
Eu sugiro, jah que nao ha salvaçao para o matrimonio, de colocar o foco em outra coisa:
relembrar as phodas magnificas, os momentos magicos e exuberantes que vivemos enquanto juntos durante mais de um ano.
Eh bem mais satisfatorio e bem mais proximo da vida real.
E depois, isso feito, se levantar, sacudir a poeira e olhar para o que nos espera.
Porque pode jaja pintar uma inacreditavel parceira, de tao gostosa que nem merecemos.
SRN – bora olhar pra frente !
Salve, Murta! Também entendo os motivos dele ir embora, apesar das saudades que vai deixar.
Sempre fui torcedor do Flamengo. Agora também sou adepto do Mister.
Abraço e se cuida aí.
Certa vez um cliente procurou um escritório de advocacia para elucidar uma questão.
– Dr. quem está com a razão neste caso?
Perguntou o cliente, passando a relatar os fatos.
Após ouvir atentamente, o advogado perguntou:
– Qual a sua posição nesta questão? O senhor é o autor ou o réu?
Então, respondeu o cliente:
– A mim, isto não importa. Eu só desejo saber quem está certo ou errado, para ver qual o procedimento que vou adotar.
O advogado, então, convidando o cliente a acompanha-lo, entrou na sua biblioteca e explicou:
– Está vendo todos aqueles livros na estante à sua esquerda? Pois bem! Todos dizem que a razão está com o autor do caso que o senhor me traz. Entretanto, todos os livros na estante à sua direita, ao contrário, afirmam que a razão está com o réu.
……………………………………………………………………….,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,…
Eu venho notando nas redes sociais que diversos torcedores, cronistas esportivos e profissionais da área, se utilizam dos livros à esquerda da estante, enquanto outros o da direita, para analisar o caso saída Jorge Jesus do Flamengo.
Quem não encontra erros na forma como JJ deixou o Flamengo analisa a questão sob um ângulo. Quem encontra erros vê sob outro prisma.
De tudo que eu já afirmei aqui no RP&A, apenas acrescento que Jorge Jesus realmente tratou o Flamengo, nessa questão, como se fosse o clube uma das casas da Pinto de Azevedo:
1 – deu o sim ao Benfica, antes de comunicar a sua decisão ao Flamengo;
2 – manifestou a intenção de levar parte da equipe técnica do Flamengo, como médico, preparador físico, massagista, entre outros profissionais;
3 – pretende enfraquecer o nosso time, levando alguns jogadores para o Benfica;
4 – proibiu a presença de auxiliares técnicos brasileiros nos treinos, tendo inclusive determinado o afastamento do Fera, não deixando dessa forma nenhum legado do seu trabalho.
Por outro lado:
1 – tratou a imprensa brasileira de modo descortês, uma vez que foi a imprensa portuguesa a primeira a saber da sua decisão;
2 – desconsiderou o imenso amor e carinho que a Nação Rubro-Negra lhe dedicou, ao deixar de dirigir à torcida palavras de agradecimentos, se limitando a uma simples nota distribuída por assessores. (se bem que aqui ainda pode se redimir)
Desde já, quero esclarecer que em nenhum momento deixei de reconhecer e aplaudir o magnífico trabalho desenvolvido pelo Jorge Jesus no Flamengo, ao qual serei eternamente grato.
Mas continuarei defendendo o entendimento de que o Jorge Jesus saiu pela porta dos fundos do Flamengo, até que consigam me provar em sentido contrário.
Saudações Rubro-Negras.
#somos70porcento
Aureo, discordando do seu ponto de vista, como já deixei claro, embora respeitando-o, entro para endossar a primeira parte, eis que aconteceu comigo e alguns colegas exatamente o relatado, com uma figura de proa – uma das maiores – das letras jurídicas brasileiras.
Acho que até já relatei ou aqui ou no Urublog, tantas vezes já contei a mesma história,
Parte final dos anos 50.
Um grupo de alunos, obviamente com a minha presença, é levada à casa do genial Pontes de Miranda, na verdade uma mansão em Ipanema.
O Embaixador, como ele gostava de ser chamado, recebeu-nos na Biblioteca.
Após uma breve preleção disse, enfaticamente.
A beleza do Direito está na capacidade de raciocínio de cada um, tanto que se me pedirem, como já tantas vezes me pediram, um parecer, não teria a menor dificuldade de dar num ou noutro sentido.
Estes livros aí, autorizam-me a tanto.
Pontes ainda fez ver, como também sempre afirmava, que, não acreditava no ^tal de bom senso^, pois importante mesmo era o conhecimento jurídico.
O dele, insuperável.
O meu, apenas aceitável.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Excelente texto Murtinho! Acompanho o site já tem um tempo, mas esse é meu primeiro comentário, só pra fazer uma pequena correção. O pessoal do futebol não errou na contratação do Abel pq não foram eles que fizeram a contratação. Quem conduziu o processo ainda no final de 2018 foi o Bap, antes sequer do Braz ser chamado pro cargo. Quando o Braz assumiu, o Abel já tava contratado. Bizarrices de Flamengo. Ou seja, o Braz não só acertou em tudo ano passado, mas o único erro não foi dele. Não tem como não confiar nesse homem agora.
Mesmo admirando o estilo e elegância do texto, não deixo de percerber nas entranhas do autor o fenômeno tão bem descrito por Nélson Rodrigues: o complexo de vira-lata!
Talvez, no caso, nao se trate do “complexo” de vira-lata e sim do contrario, da soberba dos vira-latas: a de achar que todos são vira-latas e que isso é o único e o correto jeito de ser cachorro.
Sintetizando o que quis dizer, penso que nem Portugal seja essa maravilha toda, nem que o Brasil seja tão ruim assim. Conheço bem os dois países, pelos quais tenho grande apreço, e enxergo qualidades e defeitos em ambos. Em minha opinião o texto, muito bem escrito por sinal, enxerga Pindorama sob um viés negativo e Lusitânia sob outro poético.
Mesmo admirando o estilo e elegância do texto, não deixo de percerber nas entranhas do autor o fenômeno tão bem descrito por Nélson Rodrigues: o fenômeno de vira-lata!
UAÚÚÚÚÚÚÚ
que texto foi esse ???
parece até aquela musica q diz,que tiro foi esse ?
SRN !
O Arthur, com quatro palavras, definiu perfeitamente o texto.
Abre-me espaço para comparar as minhas opiniões com a do nosso querido Murtinho.
Aliás, um trabalho fácil, pela identidade de pensamentos.
É um absurdo, com as devidas vênias aos que pensam em contrário, dizer-se que o Mister saiu pela porta dos fundos.
Ainda bem que a Nota Oficial do Flamengo, as anteriores tão criticadas por mim, descartou essa idéia desbaratada e injusta.
O comportamento do português foi exemplar.
Antes de renovar o contrato, afirmou categoricamente que haviam uns poucos clubes para os quais o coração dele pendia. Não escondeu tal detalhe, tanto que, pelo que dizem, constou cláusula no contrato assinado que não haveria multa rescisória caso surgissem propostas de Portugal e da Inglaterra.
Evidentemente, ninguém é obrigado a procurar os seus superiores para afirmar – olha aí, o Benfica está fazendo uma proposta tentadora. Ridículo afirmar-se ao contrário.
Além do mais, tenho para mim que o silêncio foi mantido muito em função da disputa pelo título carioca, por mais que extremamente inferior aos títulos já conquistados, um nacional e outro internacional (além daquelas baboseiras do início do ano).
Por outro lado, é evidente que a situação que se vive no País pesou, como deveria acontecer..
Vejam que o próprio Murtinho tem uma filha que, junto com o marido, mudou-se exatamente para a terrinha.
Da minha parte, conheço inúmeros outros jovens que já tomaram o mesmo caminho, além dos que foram para o Canadá ou para a Irlanda, ainda a Austrália.
Não adiantam Fake News para tentar apagar os fatos que aí estão.
Por fim, o novo técnico.
De há muito, na convicção que o JJ não ficaria, tenho os meus favoritos,
Meus favoritos, mas com rateio altíssimo na disputa pela indicação.
Pai e filho, apenas afetivos.
Os argentinos Marcelo ^El Loco^ Bielsa e Marcelo Pochetino.
Quem quiser que vote contra.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Assino embaixo, Carlos. Eh isso ai.
No que consta o futuro, 2 coisas: uma o técnico, a segunda os jogadores.
Nao sei se o trabalho dos técnicos argentinos seria mesmo uma continuação do feito por JJ. Talvez vc saiba mais.
Os nomes sao evidentemente maiores que o de um Jardim. Mas quem conhecia o JJ? O que nao quer dizer que jardinagem de certo, so por plantar alguma semente esquecida no jardim, semente da terrinha.
Como nao tenho conhecimento, nao adianta bancar que tenho. O que posso dizer é que a diretoria fez o trabalho dela MUITO bem, até quase bem demais, TUDO deu certo, impressionante.
Então confio no próximo tiro deles.
Ja na quesito jogadores, o q nao foi comentado até agora, ja que a saída do JJ jogou sombra sobre tudo, acho essa questão FUNDAMENTAL.
Ao time faltam jogadores, falo isso desde a chegada do mister. Nao curto os laterais, por exemplo.
Agora, perder o BH equivaleria a um desmonte. Mais do que perder o Gerson. Os que chegaram, Pedro e Michael, até agora nao me convenceram. Nao tem nem perto a classe do BH.
Esse dai eu nao deixaria ir por grana alguma (jeito de falar). Acho dificílimo encontrar um cara tao especial em algum mercado do mundo. E 29 anos é uma idade perfeita.
Peço pra diretoria nao o deixar ir.
Mas ai vem a velha conversa. Se o mister o quer, se ele achar que Europa é Europa e podem-se abrir outras portas etc., enfim, a velha conversa, nao ha como segurar. Leider.
Mas, acho eu, nao podemos perder peças essenciais do time. O entrosamento e a convivência deles é a de um ano, o que poucas vezes aconteceu no Flamengo dos últimos 20 anos. Isso vale outro, ou melhor, pontos e vitorias.
Temos que agora acenar para o mister, dar um adeus, e lutar ferrenhamente para que o time nao perca substancia.
SRN
onde esta “isso vale outro”, leia-se (claro) “ouro”
Ah é – mais uma coisa de grande importância: a comissão técnica. Ela desapareceu com o JJ.
Nao sei se o próximo técnico vai trazer uma inteira como o portuga fez.
Se nao, outra coisa urgente para montar.
Seja como for: a saída do JJ vai nos balançar. Com certeza.
SRN
Carlos Moraes, meu amigo, há alguns equívocos no seu comentário:
1 – ” não haveria multa rescisória caso surgissem propostas de Portugal e da Inglaterra…”.
No contrato do Jorge Jesus, ficou estabelecida uma cláusula de rescisão amigável, sem incidência de pagamento de multa, na hipótese da sua transferência para uma das cinco maiores potências da Europa. Portanto, o Benfica não fazia parte desse rol – até por não ser um clube de grande expressão -tanto que a multa esta sendo paga.
2 – ” Evidentemente, ninguém é obrigado a procurar os seus superiores para .
afirmar – olha aí, o Benfica está fazendo uma proposta tentadora.”
Em termos financeiros, a proposta não foi tão tentadora, quanto você imagina, em comparação ao que ele recebia no Flamengo. Também concordo que ninguém é obrigado, nos termos legais e contratuais, a dar satisfação aos seus superiores quando está negociando com um outro empregador. Entretanto, quando ele teve intimamente a convicção de que iria aceitar a proposta do Benfica, o Jorge Jesus deveria, em atendimento aos princípios éticos e morais, comunicar em primeiro lugar ao Flamengo, para depois dizer o sim ao Benfica, e não o contrário, como ele fez.
Importante destacar, Carlos Moraes, que como você bem sabe nem tudo que é legal ou contratual é ético ou moral. Por exemplo, há menos de 15 dias, o Capitão Cloroquina vetou a obrigação de o Governo fornecer água potável, higiene e leito hospitalares para o povo indígena. Ele agiu estritamente nos termos da lei.
3 – “é evidente que a situação que se vive no País pesou, como deveria acontecer..”
A situação em que hoje vive o Brasil já é bem melhor do que ele vivia no mês de junho, quando da assinatura do novo contrato. Observe que os campeonatos estaduais estão recomeçando e as atividades comerciais estão sendo reativadas e o campeonato brasileiro começa agora no mês de agosto. Em junho, quando Jorge Jesus assinou o contrato, a situação da pandemia do covid-19 era muito pior.
Por outro lado, querer politizar a saída do Jorge Jesus, comparando os governos de Portugal e do Brasil, eu não encontro argumentos para tanto. Jorge Jesus foi embora por outras razões. Nada com pandemia ou o governo do Brasil.
Um forte abraço.
Saudações Rubro-Negras,
#somos70porcento
Fiz uma observação ao seu comentário sem ter lido esta sua colocação ao meu.
Quero esclarecer que acreditei numa outra comentarista, de nome Vania, que, lá atrás, comentando um dos muitos artigos brilhantes do Arthur, colocou que havia a possibilidade do não pagamento da multa para qualquer time de três países, pois, na verdade, estou esquecido do restante. Cumpre destacar – um comentário objetivo e muito bem feito no seu todo.
Fiz a ressalva – ^segundo dizem^.
SRN
LAMENGO SEMPRE
Jorginho, brilhante amigo: a crônica e suas observações com conteúdo e exposição de fatos e motivos relevantes na decisão do JJ.
Como os jovens falam a fila anda e q venha outro com este perfil, o time do Flamengo é muito forte (elenco, e estrutura de trabalho de primeiro mundo)
Receba um forte abraço, sou seu fã!
Salve Jorge, obrigado! Bela crônica para virarmos a página.
Para complementar a informação e PVCiar o artigo, contei aqui: Jorge Jesus foi o 96º homem a comandar o Flamengo do banco.
Que o 97° seja ainda melhor. SRN!
Tenho-a mesma impressão em relação ao filme “O homem que mudou o jogo”. JJ fez uma revolução no Brasil. Acho que nosso grande problema vai ser as comparações do novo técnico com o JJ. Excelente texto. Parabéns!
Belo texto, Murtinho! Parabéns!
Apenas discordo quanto à sua opinião sobre a decisão da saída do Mister estar, principalmente, relacionada ao nosso eterno subdesenvolvimento. Até porque JJ, e todas as demais estrelas do Flamengo, vivem e convivem na Barra da Tijuca, em condomínios luxuosos, um oásis no RJ, inteiramente à margem das nossas mazelas urbanas. O próprio projeto arquitetônico da Barra, assim como o de Brasília – aliás, ambos criados por Lúcio Costa – são projetos que não dão vez aos pedestres e, por tabela, naturalmente eliminam os moradores de rua, que ficam sem ter a quem mendigar (somente se vê pedintes na Barra nos sinais de trânsito).
A falta de torcida no Maracanã, o isolamento, a distância da família, a volta para casa com um bom contrato, por longo período, por um valor expressivo, esses sim me parecem motivos suficientes para a tomada dessa drástica decisão.
E o melhor: sair por cima, como nos ensinou Pelé.
Como disse Marcos Braz, com propriedade, “vida que segue”.
Também acredito muito na Diretoria. Saberá trazer o profissional certo, para o lugar certo. E na vontade de ganhar tudo desse espetacular elenco que o Flamengo montou, agora acrescido do desejo, penso eu, de “dar ao Mister” o tão sonhado mundial.
SRN! Pra cima deles, Flamengo!
Fernando, como alguem que vive no exterior, uma remarca: Eh exatamente esse isolamento social que faz a gente se sentir inconfortavel. Nao ha como disfarçar que o pais é desigual e oppressor ao extremo. Quem tiver uma certa idade nao vai querer condominios luxuosos e sim vida fluindo sem sustos.
Entendo o mister 100%.
SRN
Entendo, Henrique. Agradeço pelo seu aparte.
Aproveito a deixa para complementar meu comentário, agradecendo por tudo que o Mister nos proporcionou. Fazia tempo que não ia ao Maraca torcer e me deliciar com futebol bonito, envolvente, vencedor. Até então somente havia visto isso com os saudosos Coutinho e Carlinhos.
Sucesso ao Mister, nessa nova empreitada, exceto contra o Flamengo, é claro.
SRN! Pra cima deles, Flamengo!
Entendo , Henrique, e agradeço pelo seu aparte.
SRN! Pra cima deles, Flamengo!
Lindissimo texto! Assino em baixo de tudo. Ta bem, nao de tudo, da “vontade que passa” nao. Nem tenho.
Um grande abraço RN !
Racional, ilustrativo, culturalmente relevante.
Sensacional, Murtinho! Que textaço!
Abração