Quando terminou a partida contra o Nova Iguaçu, Alecsandro disse que, mesmo se aquele jogo tivesse quarenta minutos a mais, a bola não entraria. Este é um dos chavões mais irritantes a que costumam recorrer jogadores e times que não cultivam o saudável hábito de botar a bola pra dentro, como se a pobre-coitada tivesse vontade própria.
O que ninguém jamais poderia supor é que os quarenta minutos de acréscimos citados por Alecsandro seriam esticados para mais de 180. Pois foi essa a proeza que o Flamengo conseguiu: além dos noventa minutos contra o poderoso Nova Iguaçu, ficamos mais 180 sem fazer um mísero golzinho – o que poderia ser até aceitável se os adversários fossem o Chelsea e o Real Madrid. Mas foi o Vasco.
Tá certo. A ausência de Flamengo e Fluminense na final era tudo o que a Ferj queria, e fez por conseguir. As suspensões de Luxemburgo e Fred foram arbitrárias. O Vasco ter oito pênaltis marcados a seu favor em dezessete jogos do Campeonato Carioca representa a mais deslavada sem-vergonhice. (Lembremos que, no Campeonato Brasileiro de 2011, naquele time que tinha Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, em 38 rodadas nenhum pênalti foi marcado a favor do Flamengo.) Com exceção de Carlos Alberto Torres, que a cada participação no Troca de Passes parece assinar um autoatestado de insanidade mental, não vi um só comentarista achar que houve pênalti de Wallace em Serginho. Tudo isso é verdade, mas não é nada disso o que precisamos agora. (Arthur Muhlenberg tem razão: com a justa exceção da Nivinha, reclamar de arbitragem é para os fracos.)
Humildade, isso sim. É disso o que precisamos, para reavaliar o que não funcionou e por quê.
Optamos por dois laterais mais presos à zaga para seguir o padrão – desculpem, mas foi mais ou menos o que nos disseram – dos melhores times do mundo, que só usam no meio-campo gente que joga muita bola. No entanto, na partida de domingo entramos com Jonas, Márcio Araújo e Luiz Antônio. Ouvimos nosso treinador decretar o fim e a morte do centroavante fixo, para logo depois sermos brindados com a titularidade absoluta de Alecsandro. Diante da insistência dos repórteres, já vi Luxemburgo pedir que esqueçam o tal do 10, porque ele não existe mais no futebol brasileiro. Uma pinoia.
Independentemente do estilo, da qualidade e das críticas que podem ser feitas a cada um deles, o São Paulo tem um 10 (Ganso), o Santos tem um 10 (Lucas Lima), o Palmeiras tem um e meio (Clayton Xavier e Valdívia), o Inter se dá ao luxo de ter dois (Alex e D’Alessandro), o Corinthians chega ao cúmulo de ter três (Renato Augusto, Jádson e Danilo). É o tipo de jogador que precisa ser procurado de modo incansável, e até mesmo passando por cima de eventuais limitações e defeitos.
Nas treze últimas edições do Brasileirão, todos – eu disse todos – os clubes campeões tinham um 10 em campo. Diego no Santos de 2002; Alex no Cruzeiro de 2003; Ricardinho no Santos de 2004; Roger no Corinthians de 2005; Danilo no São Paulo de 2006; Jorge Wagner no São Paulo de 2007 e 2008; Petkovic no Flamengo de 2009; Conca no Fluminense de 2010; novamente Danilo, agora no Corinthians de 2011; Deco no Fluminense de 2012; Éverton Ribeiro no Cruzeiro de 2013 e 2014. É difícil argumentar contra os fatos.
Deixemos de lado Eurico Miranda e o triste destino que o risível respeito que ele prega – na verdade, uma infeliz mistura de autoritarismo, atraso e métodos escusos – reserva ao futuro do Vasco. Esqueçamos a inexpressiva figura de Rubens Lopes. Cuidemos da nossa vida.
Desde a primeira rodada, com aquela mal-explicada invasão do vestiário em Macaé, sabíamos que o carioca 2015 não deveria ser levado a sério, embora sejamos forçados a admitir que, se tivéssemos jogado bola, poderíamos superar as diversas armadilhas montadas. Perder nunca é bom, mas pode ter lá seus proveitos quando nos escancara algumas verdades.
Primeira: admitir que a preparação física não foi bem-feita. Nossos jogadores tiveram trinta dias de férias, fizeram uma pré-temporada cuidadosa e, no entanto, na reta final do carioquinha sempre tivemos vários deles sem condições de jogo. No Fla-Flu que vencemos por três a zero o Fluminense entrou completo, enquanto nós não contamos com Samir, Cáceres, Canteros, Everton e Nixon. Na partida de domingo o Vasco mandou a campo todos os seus titulares, enquanto nós não pudemos usar Samir, Cáceres, Canteros, Nixon e Paulinho. Além disso, Marcelo Cirino e Everton, mesmo com uma semana sem jogo e teoricamente dedicada a treinos e descanso, puseram a língua de fora.
Futebol é um esporte de contato, com pancadas e torções que a preparação física não pode evitar, mas nos casos de Samir, Everton e nessa última contusão do Paulinho, as lesões foram musculares. No Brasileirão, um campeonato com jogos duríssimos e longas viagens, compreende-se. No carioca, em que os adversários são ruins de doer e o estádio mais distante fica a menos de duzentos quilômetros, é inadmissível. Não discuto o currículo e a competência de Antônio Mello, mas não reconhecer que a coisa desandou é querer tapar o sol com a peneira.
Na segunda questão, faço uma pergunta bem objetiva ao pessoal que costuma aparecer aqui na caixa de comentários: na boa, gente, quem do nosso elenco merece o carimbo de “jogador do Flamengo”? Da mesma forma que o carioqueta não pode servir de parâmetro para coisa alguma, não adianta comparar com o que tem o Botafogo, o Vasco ou o Fluminense. E, nesse momento pouco inspirado do futebol brasileiro, tampouco vale olhar para os outros estados e afirmar, como eu mesmo já fiz, que não há nada muito melhor por aí. Sim, não há, mas dane-se. Precisamos pensar é no Flamengo. Quantos dos nossos jogadores estão à altura da história do clube?
Os trabalhos de responsabilidade fiscal e resgate da credibilidade que vêm sendo feitos são motivos de orgulho e merecem todos os aplausos possíveis, mas tão ruim quanto não ter dinheiro é gastar mal o pouco dinheiro que se tem. Onde estávamos quando alguém foi lá e levou Lucas Lima para o Santos? Será que negociações mais bem engendradas não teriam sido capazes de trazer o Jádson? A fórmula – seja qual tenha sido – que o Palmeiras usou para repatriar Clayton Xavier é exclusiva e secreta? E por que essa obsessão por Montillo, como se apenas ele resolvesse e só ele interessasse? Está me parecendo que não nos recuperamos do trauma causado por aquele gol de cobertura que ele fez em cima da gente, nas quartas de final da Libertadores de 2010. Qualé, Murtinho, vai dizer que não quer o Montillo? Quero sim, ainda mais perto do que há lá na Gávea, mas, justamente por isso, tenho certeza de que ele não há de ser o único.
A última edição da revista piauí traz um estupendo artigo do escritor americano Walter Kirn, sobre um impostor que se dizia ser Clark Rockefeller. Abrangente e muito bem construído, em determinado momento o texto se refere ao divórcio do próprio autor, e vem com uma pérola: “O que era sentimento se transformou em estatística.”
O trabalho realizado com disciplina e método pela diretoria do Flamengo é admirável. Todos reconhecemos a importância do controle dos números e nos orgulhamos da arrumação da casa. Mas, e o sentimento, onde é que fica? E para que ele sobreviva, é fundamental compreender que a bola precisa entrar.
Muito bom estava precisando ler um texto desse. #papagaiovintém
Valeu, Marcelo. Muito obrigado.
Abração.
AVISO AOS NAVEGANTES ! ! !
Hoje é dia de programação dupla, na Espn, sem contar a Champions League
Às 19.30 H, partida de volta, pelas quartas da Copa do Brasil sub-17, contra o Corinthians, quando temos que descontar o 2x 1 da ida.
Às 22.00 H, jogo de ida pela 2a. fase da Copa do Brasil principal, contra o Salgueiro.
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Querido Carlos Moraes.
Obrigado pelo Boletim Esportivo. (Minha resposta chegou bem atrasada, mas foi o que deu para arrumar.)
Abração.
O Arthur Maia e o Almir não podem ser considerados tentativas de encontrar um 10? #PapagaioVintém
Fala, Ricardo.
Sim, podem, e acho que são dois jogadores que devemos manter no elenco. Mas daí a resolverem, honestamente, tenho dúvidas.
Arthur Maia pela suspeita de que se contunde além da conta. Almir pelo excesso de rodagem em clubes de menor expressão.
De qualquer modo, vamos apoiar.
Grande abraço.
Olha, que texto EXCELENTE, parabéns. Sempre bom ler textos com tantas verdades assim sobre o Flamengo. Em relação aos jogadores, muitos ali não merecem vestir o manto e para mim os que merecem mesmo o carimbo de jogador do Flamengo, como foi perguntado, é Canteros, Éverton, Paulinho (apesar de ter sofrido lesões e não está como em 2013) e Paulo Victor. Esses sim sabem honrar o manto, sabem jogar com raça. Quanto aos outros, ainda precisam mostrar muito ainda ou meter o pé. Precisamos de jogadores que sejam raçudos, que honrem o manto com experiência, camisa 10? Ah, esse é urgentemente necessário. Ficar remoendo carioquinha manipulado não vai fazer o time crescer. Fomos prejudicados? Sim, paciência, mas o time sem sangue, sem garra, também não lutou pra reverter o placar, tivemos 180 minutos para isso e NADA. Agora bola pra frente, foco na Copa do Brasil e Brasileiro. #PapagaioVintém
Obrigado, Phillipe.
Votos contabilizados: Paulo Vitor, Canteros, Everton e Paulinho.
Concordo com os três primeiros. Paulinho ainda me parece uma incerteza. Continuo apostando no Marcelo Cirino e, se conseguir parar de se lesionar, Samir pode dar um caldo.
Você está cheio de razão: jogar a culpa de tudo pra cima do pênalti pessimamente marcado não vai nos ajudar a resolver nossos problemas. O que precisamos fazer é encarar nossas deficiências e corrigi-las.
Abração.
Com sempre acontece, mais um excelente artigo do Murtinho (está certíssimo o Áureo, pois o RP&A é mesmo de encher de orgulho os rubro-negros), apesar de uma discordância, até certo ponto irrelevante, no tocante à suspensão do Fred, que entendi como corretíssima, por flagrante desrespeito ao art. 258 do CBDJ (mais do que fez, seria impossível).
A frase chave, pelo menos para mim – ^CUIDEMOS DE NOSSA VIDA^.
O problema levantado da preparação física é de extrema importância.
Dizia-se, até este ano, que os times, os grandes em especial, precisavam de mais tempo, para que melhor se condicionassem.
Este tempo foi dado, mas o que aconteceu (int.)
No caso do nosso Flamengo, NADA, ou, pelo contrário, as coisas PIORARAM.
Algo há de ser explicado, por quem de direito.
Na formação técnico-tática da nossa equipe, somente uma coisa é certa. O Luxemburgo é um tremendo fanfarrão, que falou demais, em horas mais do que impróprias, mas que não soube – ou não teve como, para atenuar a sua responsabilidade – montar um time.
A maldita escalação de três cabeças de bagre (além do mais, põe cabeças de bagre nisto), que passou a adotar a partir da terceira ou quarta rodada, foi uma catástrofe.
Tudo bem, que Arthur Maia, além de aparente chinelinho (há os precedentes lá do RN, bem abordados pelo romano, com r minúsculo, do Blog), mostrou-se muito fraco, como fracos também já eram outros jogadores, com destaque especial para o Márcio Araújo (notável a carta aberta do Bill Duba, em outro espaço).
Sempre fui um crítico rigoroso – dos pouquíssimos – da atual Diretoria, tendo por motivo principal, embora, nem de longe, o ÚNICO, a péssima contratação, desde 2013, de jogadores.
Talvez surpreenda, mais justamente neste ano entendo que melhoraram.
Claro que o Luxemburgo sempre apronta das suas, como foi o caso do pobre Thallison, que nunca saira de Arapiraca e de lá nunca deveria ter saído, ainda por cima para ser criticado por um defeito físico, absurdamente realçado pelo treinador.
No entanto, apesar de algumas apostas, como Pará, Arthur Maia e Jonas, mais recentemente o Almir, eram ,quero crer, tentativas válidas, tudo compensado pela contratação do Marcelo Cirino.
Evidentemente, o Murtinho está certíssimo em lembrar certos nomes que ficaram apenas na cogitação, com destaque todo especial para o Lucas Pratto (e nós com o Lucas Mugni).
A fixação no Montillo para ser o tão sonhado 10 – que o Luxa entende como desnecessário – também não faz sentido, cabendo lembrar que, entre os citados, o Renato Augusto foi prata da casa, mas sabemos que de prata da casa esta Diretoria tem horror.
Por fim – e no fim – o ponto alto, retifico, altíssimo, do artigo.
SENTIMENTO de um lado, aquele positivo, versus as malditas ESTATÍSTICAS.
Admito que o trabalho com disciplina e método realizado pela atual Diretora possa ser admirável.
Reconeço a importância do controle dos números.
Dados talvez notáveis para constar de estatísticas atuais e futuras.
Mas não é tudo, como venho, de há muito afirmando, quase que clamando inutilmente para o espaço.
Onde entra o SENTIMENTO, onde entra o inexplicável mas imprescindível estado de espírito que só o Flamengo é capaz de produzir (int.).
Da Gávea, ele está sumido, desde janeiro de 2013.
Ainda esperançosas SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – fiquei sem ter certeza. O sentimento que virou estatística (belíssima imagem) é referente ao possível divórcio do próprio Kirn, que não sei quem é, ou ao do fantástico e inacreditável Clark Rockfeller, que foi realidade,
Excelente texto do Murtinho e a sua réplica também Carlos Moraes
Muito obrigado, Cristina.
Beijo grande e apareça sempre.
Discordâncias à parte, assino embaixo esta, caro Carlos Moraes: Luxemburgo é um fanfarrão.
Querido Carlos Moraes:
Faço minhas as palavras da Cristina Martins: seu comentário ficou excelente, redondaço.
E aproveito para esclarecer: o sentimento que virou estatística se refere ao divórcio de Walter Kirn, autor do texto. Mesmo porque, o falso Rockefeller nunca teve sentimento algum por porra nenhuma. (Vale a pena dar uma lida no artigo da piauí. Tenho certeza de que você vai gostar. E o melhor é que ele faz parte de um livro – “Quando a máscara cai” – que será lançado em breve.
Grande abraço.
Obrigado.
Desde já vou reservaar um dinheirinho – que está difícil de sobrar – para comprar o ^Quando a máscara cai^.
Para terminar, estou com o Arthurzão. Apesar de ser um sem vergonha e um sem sentimento, C.R, virou MITO
Murtinho, excelente texto! O melhor que li sobre a nossa desclassificação do Carioca. #papagaiovintém
Ôpa! Muitíssimo obrigado, Eduardo.
Grande abraço.
Ótimo texto. E o 10 há de vir… e essa #PapagaioVintém pode mandar que eu visto com orgulho!
Obrigado pelo elogio, Francisco.
Essa é a esperança de todos nós.
Abração e boa sorte na promoção do manto.
Concordo plenamente.
É lastimável querer se comparar aos grandes clubes europeus quando se entra com três volantes que são Jonas, Márcio Araújo e Luiz Antônio, e na frente temos o grande AlecPoste como camisa 9.
Mais triste ainda é não conseguir enfiar um golzinho sequer na Vasca em 180 minutos.
Vamos aguardar, rezar e ver o que vem por aí, pois como está não pode ficar.
SRN
#papagaiovintém
Isso, Douglas. É isso aí.
Não adianta muito encher a boca pra falar de seleção alemã, dos tempos do Real Madrid, dizer que o lateral vai “negociar com o ponta”, e na hora do vamos ver o time empatar com o Nova Iguaçu e perder do Vasco – o que é mais ou menos a mesma coisa.
Grande abraço.
além dos noventa minutos contra o poderoso Nova Iguaçu, ficamos mais 180 sem fazer um mísero golzinho – o que poderia ser até aceitável se os adversários fossem o Chelsea e o Real Madrid. Mas foi o Vasco.
TEM QUE MELHORAR ALGUMA COISA ALI NA FRENTE! Colocar essa cambada pra treinar!
Como diz o Sábio R9, No futebol ganha quem faz mais gol, ou algo desse tipo. E é assim, não tem jeito. Agora é CB e os gols, principalmente fora, tem importância redobrada!
EI ALMIR, FAZ UM GOL AÍ que a coisa ta nebulosa. E com céu nublado urubu voa baixo.
#papagaiovintem
Pois é, Glauber, a coisa tá feia. E o mais chato da história é que, no ano passado, parecia que tínhamos engrenado.
Será que o Almir vai resolver? Creio que Flamengo é muita areia pro caminhão dele, mas não custa torcer e apoiar.
Abração.
Ótimo texto!!! Tem que ter humildade, precisamos urgente de um camisa 10. #papagaiovintém
Oi, Fabiana.
Muito obrigado pelo elogio. Precisamos de mais gente em mais posições, mas o 10 me parece mesmo nossa maior urgência.
Beijo grande, apareça sempre e boa sorte na promoção do manto.
só espero que a diretoria tenha um comportamento de dirigente e não torcedor nessa hora dificil(perda de uma competição)tivemos muitos problemas de contusão que atrapalhou nossa caminnhada.
temos sim que contratar mais dois ou três jogadores e seguir em frente.
espero támbem poder contar com o luxemburgo para sequência da temporada.
saudações rubro-negras
Sim, Chacal.
Se não contratarmos – e contratarmos bem – poderemos até ter um time arrumado, mas não teremos um grande time.
Com ou sem Luxemburgo, com ou sem o técnico que for.
Abraço.
PRÉ MURTINHO
Antes de abordar o tema murtinhiniano, preciso fazer uma observação diferenciada.
Não são poucos os nossos amigos e coleguinhas de trabalho que afirmam, como já afirmavam lá no Urublog, que NÃO gostam de futebol, apenas do Flamengo.
Deixando de lado o desaparecido Darcy Cruz, que, a exemplo do Bandeira, usava a expressão como uma licença poética, pelo que somente via o Flamengo no horizonte do futebol, a minha modesta inteligência não consegue entender tal conclusão.
Para mim, gostar do Flamengo mas não gostar do futebol é de uma INCOERÊNCIA insuperável !
Digo toda esta babaquice para chegar, somente agora, onde queria chegar.
Que pena que não gostem de futebol !
Que pena que somente vejam o Flamengo !
Perderam, na tarde de ontem, a possibilidade de ver, em segundos, como o nosso esporte preferido é capaz de se transformar em pura arte !
Evidentemente, estou me referindo à jogada do INIESTA que precedeu o gol de abertura da contagem.
Que perfeição estética !
Valeu mais do que todos os jogos de todos os nossos campeonatos estaduais.
Por tais jogadas, AMO o futebol, apesar de ser o Flamengo a minha PAIXÃO !
Encantadas SRN
FLAMENGO SEMPRE
bem lembrado,carlos morais !
o jogo ontem foi uma verdadeira sinfônia com iniesta de maestro !
o que vc não falou e tampouco admite e o talento de neymar..claro que os dois gols de neymar não fizeram diferença para a classificação do barcelona,mas ,admita,neymar está entrosadissimo e jogando igual aos melhores do mundo.
logo logo vai levar o trofêu de melhor do mundo.
depois de CR7 E MESSI…o próximo será neymar !
saudações rubro negras
Chacal, eu não sei não.
Neymar é absurdamente talentoso, sou fã dele, mas tenho a impressão de que o futebol moderno – nesse padrão aí a que você se referiu – exige uma dedicação profissional e um foco que ele não me parece ter. E que, querendo ou não, a gente precisa reconhecer nos outros dois que você citou. Vamos aguardar.
Abração.
concordo com vc !
só mesmo a falta de dedicação profissional para tirar esse titulo do neymar…e o carlos morais não comenta nada do neymar,estou esperando sr morais!!!
moraes !
Querido Carlos Moraes.
Meu problema é outro. Eu gosto demais de futebol, mas não consigo gostar de mais nada. Como diz um grande amigo meu: esporte é futebol, o resto é educação física.
Quanto ao Iniesta: o fato de ele ainda não ter conquistado a tal Bola de Ouro da Fifa – e agora não deve conquistar mais – me faz questionar violentamente os critérios adotados para aquele troféu.
Grande abraço.
murtinho,
eu tbm só gosto de futebol !
nas olimpiadas eu até dou uma olhadinha em outros esportes..
saudações
Téquinfim! Vou mais longe, muito puto que tô: não respeito currículo de ninguém – nem o meu – que não possa atestado no campo de ação. Tanto que, no meu trabalho – psicoterapeuta -, estou sempre dependendo do feedback dos clientes e alunos pra saber se acertei ou não. São eles que avaliam e avalizam a qualidade e, principalmente, os resultados. E mais: resultados a curto prazo têm pouco valor em função da euforia provocada pelo bom momento inicial (tô tentando fazer uma analogia com o futebol, não sei se consigo). Por isso mesmo peço a eles depoimentos sinceros, incluindo melhoras aqui e ali, pra que eu possa estar, se possível, à frente do tempo. Tudo isso com um único objetivo: jamais me acomodar com os louros da “vitória” inicial.
Isso eu acho muito difícil acontecer com o Luxemburgo. A vaidade dele é uma marca pessoal. A identificação que tem com ego de treinador é de uma imaturidade que beira o ridículo. A insistente lembrança de ter sido técnico do Real Madri é constrangedora, especialmente por deixar de fora o fato de que sua passagem foi um fracasso.
Importante lembrar que a identificação que ele tem com a própria personalidade e o caráter cristalizado tornam essa missão impossível.
O time do Flamengo não vem obedecendo os fundamentos básicos do futebol moderno, como a aproximação entre os jogadores e troca de passes de primeira. Revi o jogo e era uma verdadeira aberração a enorme distância entre eles. Isso num time de pouca categoria com jogadores que erram passes de meio metro. Ou seja, mais um motivo pra que a aproximação prevaleça em qualquer tática que se adote.
Escrevo tudo isso depois de ver o jogo do Barcelona ontem, em que ataca-se e defende-se em bloco. O PSG não teve a menor chance.
E, por último e talvez o mais importante: Flamengo sem garra e determinação não existe.
Rasiko: comentário sensacional!
Pode ter certeza de que a sua analogia foi muito bem-sucedida. Vanderlei vive reclamando: “Ah, o Murici já foi o melhor técnico do Brasil, hoje não presta mais?” Não quero discutir aqui o Murici – que o Gilberto Santos até elogiou num dos comentários abaixo -, mas, ora bolas, é isso mesmo.
O trabalho de Luxemburgo no ano passado foi bom – menos por ter livrado o time do rebaixamento, o que não chega a ser tarefa tão complicada assim, mas por ter deixado o bando de Ney Franco com um bom padrão de jogo -, mas esse ano é muito fraco. E aí nós vamos ficar elogiando o que ele fez no ano passado?
Infelizmente, você tem razão: ver o Flamengo no domingo e o Barcelona na terça me lembra o título de meu penúltimo post. É outro esporte.
Abração.
Ótimo texto! Estou com você, precisamos de um camisa 10! #papagaiovintém
Valeu, Diego. Obrigado pelo elogio.
Grande abraço e boa sorte aí na promoção do manto.
Muito bom o texto do Murtinho e enfim, alguém deu porrada onde deve, nas contratações de refugos dessa diretoria, que aliás, com razão, já se espatifou e foi Wallim para um lado, BAP para o outro e ficamos com o menos ruim, o Bandeira, mas, nenhum deles entende de futebol, o negócio deles são as finanças, o que fica bem escancarado nas opções de contratações e na manutenção do Luxemburro como o treineiro e até no treineiro reserva, o Jayme de Almeida e que pode assumir a qualquer momento, se o citado Luxemburro aceitar o convite dos bambis!!!
Perdemos o carioqueta mais fácil de se ganhar dos últimos anos e o pior é que perdemos para o nosso freguês, o Vice da Gama, jogando menos do que eles, no ano passado, mesmo com a vantagem de dois(2) gols, perdemos para outro freguês, a Galinha mineira e depois de botar mais um gol de vantagem, tudo isso por causa de não termos um treinador competente, atualizado, que conheça o elenco e saiba mexer bem no time, pelo contrário, temos um treineiro que não ganha nada que preste há uns dez(10) anos e vive do nome e ainda dá pitaco nas contratações e na manutenção ou não de jogadores do elenco, foi ele quem em 2011 liberou o Petkovic, que ainda daria para jogar pelo menos mais umas duas(2) temporadas, foi o Luxemburro quem trouxe o Pará e mandou o Leo para o Inter, foi ele quem pediu a contratação do Thallyson, do gordo Pico, a manutenção do Márcio Araújo, do Gabriel, do Wallace, esse último ainda por cima, mantido com capitão do time…
O inimigo está dentro do Flamengo!!!
Diretoria, deixem o Luxemburro ir para os Bambis e contratem um treinador de verdade, o Cristovão está no mercado, o Muricí está se tratando, mas, daqui a pouco volta, o Renê Simões está empregado, mas, pode ouvir uma proposta e quanto ás contratações, tem muitos bons jogadores que podem reforçar de verdade o elenco, tragam o Leo de volta para a lateral direita, tragam o Renato Santos de volta para a zaga, tentem a contratação do Danilo do Curica, tragam o Brocador de volta, tragam o Thiago Neves de volta ou tentem a contratação do Diego Souza ou do Guilherme da Galinha mineira, etc, mas, parem de contratar refugos, chega de perebas no elenco, se não servem para os outros clubes é lógico que não vão servir para o Flamengo!!!
Façam parcerias como foi feita a contratação do Cirino e vão ás compras, só não pode é achar que temos um elenco para ganhar títulos e depois ver o clube fazer o mesmo papelão que tem feito no Brasileirão, lutar para não cair, de novo!!!
Esse ano é ano de eleição, cuidado diretoria para não cair do cavalo e ser substituída por aquele povo que fez no Flamengo a maior dívida entre todos os clubes brasileiros!!!
Quem avisa, amigo é…
SRN!!!
Valeu, Gilberto. Obrigado pelo elogio.
Seu comentário-desabafo é bastante preciso, mas me parece que no último parágrafo é que o bicho pega pra valer.
A responsável e correta diretoria do Flamengo precisa compreender, o mais rápido possível, que se o futebol afundar ela afunda junto. Em 2013, a empolgante conquista da Copa do Brasil segurou a onda. Em 2014, a saída da zona de rebaixamento para uma posição tranquila – e com o time realmente dando conta do recado – animou a rapaziada. Mas já tivemos duas fortes decepções seguidas: a eliminação para o Atlético na Copa do Brasil 2014 e essa inexplicável derrota para o fraquíssimo time do Vasco.
Foi mais ou menos o que eu quis dizer quando falei em sentimento e estatística. Jogar esse belo trabalho financeiro por terra, por conta de não se conseguir duas ou três contratações de responsa, seria uma pena.
Abração.
Excelente texto broder!
Tenho medo, receio e uma pontinha de felicidade de acordar amanhã e ler na manchete dos noticiários:
“Luxa vazou e deixou o Jaime no comando.”
Vou ficar bolado, triste, pensativo e feliz!
Do fundo do meu coração, acho que é isso mesmo que eu quero. Luxa mandou bem ano passado, até certo ponto….torço por ele na vida pessoal e até profissional, mas sei lá….muita falação pra pouca ação.
Abracetaralhos!
SRN
#papagaiovintem
Então, Bruno.
Tenho a impressão de que isso é o que está se passando pela cabeça da maioria dos rubro-negros.
Ano passado, não foi apenas a tal história de escapar do rebaixamento: o time estava com padrão de jogo, marcando bem, saindo em velocidade, parecia que esse ano íamos voar. Mas infelizmente, em 2015, ainda não fizemos um só jogo verdadeiramente convincente. E o pior é que o ego do homem tá lá nas alturas.
Grande abraço.
Excelente texto! Um verdadeiro gol de placa!
Quanto a sua pergunta, eu respondo em duas partes:
Dos jogadores já testados, eu carimbo Paulo Vitor, Samir, Canteros e Éverton.
Entretanto, há alguns jogadores que preciso de mais tempo para uma avaliação correta. São eles: Bressan, Jonas, Arthur Maia e Marcelo Cirino. Considero ainda muito cedo e temerário a graça de conceder-lhe ou não o carimbo de jogador do Flamengo.
Jorge Murtinho, infelizmente, vou ter de ser repetitivo. O meu orgulho de ser rubro-negro cresce consideravelmente ao me deparar com os textos que eu leio aqui no RP&A, como este de sua lavra. Parabéns!
Sempre Flamengo.
Porra, Aureo, assim você deixa todos nós encabulados. Em meu nome e em nome dos demais republicanos, agradeço.
Votos contabilizados para Paulo Vitor, Samir, Canteros e Everton, enquanto Bressan, Jonas, Arthur Maia e Marcelo Cirino permanecem sob observação.
Pra mim:
1) Samir precisa parar de se machucar. E a gente precisa parar de atribuir esse festival de lesões unicamente ao acaso – além de uma preparação física possivelmente mal-calibrada. Será que o cara tá se cuidando como deveria?
2) Pelo que já vimos esse ano e por um comentário que o Marco Túlio fez outro dia, tudo leva a crer que Arthur Maia seja mais um desses famosos jogadores de vidro. Aí, não rola. Mas parece mesmo que sabe jogar. (Contra o Vasco, deu uma bela bola para o Gabriel. Pena que o Gabriel fez uma pose danada e atrasou para o Martín Silva.)
3) Marcelo Cirino continua valendo a aposta.
4) Bressan me parece atabalhoado demais. E o Jonas tem que parar de dar porrada. Não dá pra gente contar com um volante que em todo jogo toma cartão amarelo com menos de vinte minutos.
Grande abraço.
Clark Rockefeller: Mito!
Arthur, se você gosta da figura, separe aí uns caraminguás (coisa pouca): o tal artigo da piauí é, na verdade, um trecho do livro “Quando a máscara cai”, do Walter Kirn, que será lançado agora em maio pela Companhia das Letras.
Abração.
PS: Vou ao Rio nesse fim de semana. Se estiver de bobeira, dá uma ligada pra gente tomar uma.
vc perguntou quem é digno de merecer o carimbo de jogador do flamengo,eu respondo,paulo vitor,everton e canteiros.
esses três jogam como jogadores do flamengo…raça,amor e paixão !
saudações rubro-negras
Grande Chacal: votos anotados. Paulo Vitor, Everton e Canteros. Concordo.
Continuo acreditando no Marcelo Cirino e ainda aposto no Samir, desde que pare de se machucar – mas tá difícil.
Abração.
Também penso como vc e acho que agora é a hora da humildade, ou da humilde reflexão, das cartas na mesa, da lavagem de roupa suja, como aprouver. Reafirmo o que disse na coluna do Arthur: sim, a arbitragem foi péssima. Mas não podemos isentar que o Flamengo deixou a desejar. Dentro e fora de campo, pois a desqualificação do campeonato parece ter influenciado os jogadores, além do mau preparo, como você disse aqui, além da evidente carência de um padrão de jogo. Nós não propusemos nenhuma jogada, fomos morosos e sem garra nos três últimos jogos decisivos. Mais, estou certo de que três volantes é um acinte à cultura do Flamengo e que alguns jogadores não têm condições de vestir a camisa do Mengão. Quanto à diretoria, parece que agora ficou claro a diferença entre gasto e investimento. Primeiro que não tivemos competência para trazer um meia brazuca ou ‘enganche’ argentino. Não quisemos pagar cem mil a mais de salário para o Lucas Pratto e ele foi para o galo. Lembro-me como se fosse hoje da famigerada renda da final da copa do brasil que, segundo o wallin (aquele que demitiu o jayme pela imprensa e pulou do barco qdo estávamos ma degola), era para trazer o Elias, e até hoje ninguém sabe, ninguém viu, e o Elias não veio. Então preferimos gastar com araujo, bressan, pará, eduardo, pico, cadu, artur, entre outras bugingangas, e deixar de investir naqueles que realmente fazem a diferença, que chamam a responsabilidade e que dão padrão ao time. E cada um que assuma sua parcela de responsabilidade. Façamos as contas. Ah! Já ia me esquecendo de responder à pergunta: deste elenco atual eu livro o Paulo Vitor, Samir, Walace, Canteros e Everton.
Fala, Elvis Presley.
A questão é essa aí. Precisamos de gente que saiba jogar bola.
Ano passado vi uma entrevista do Marcelo Oliveira, técnico do Cruzeiro, em que ele disse que não se incomodaria de jogar até com quatro volantes, desde que esses volantes fossem Falcão, Carpegiani, Cerezo e Carlos Alberto Pintinho. (Como é mais fácil encontrar um 10 do que quatro caras assim, a busca tem que continuar.)
E concordo que precisamos gastar melhor nossos tão contadinho dinheiro. Votos anotados: Paulo Vitor, Samir, Wallace, Canteros e Everton. Tenho minhas dúvidas quanto ao Wallace, que acho um pouco lento. Samir – que tem tudo para ser um dos bons zagueiros do futebol brasileiro – precisa decidir se vai passar mais tempo em campo ou no Departamento Médico. Também gosto do Everton e do Canteros, e continuo acreditando no Marcelo Cirino.
Grande abraço.