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Flamengo Educador

Por | 7 de novembro de 2019
18 Comments
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    Inspirado no meu ídolo Muhlenberg, me atrevi a também escrever uma crônica sobre a pelada de ontem e sobre esse arremedo de Botafogo que assistimos. Lá vai:

    Nada sintetiza melhor o último Botafogo X Flamengo do que a imagem do Joel Carli vociferando impropérios sobre um Bruno Henrique caído na área após uma disputa de jogada. E, em seguida, simulando uma agressão para tentar forçar a expulsão do adversário.

    O Botafogo encarou essa partida como uma verdadeira guerra: cedeu aos torcedores do Flamengo apenas 3 mil ingressos e tratou a partida com uma motivação extra, por ser contra seu adversário histórico e líder inconteste do Campeonato. A proposta clara era “entrar para rachar” em todo e qualquer lance do jogo, demonstrando a tal “raça” para os seus sofridos torcedores e tentando compensar o evidente desnível técnico com uma vontade extra de vencer.

    Se tudo tivesse funcionado, o Botafogo arrancaria um pontinho no jogo e seus torcedores sairiam festejando. Talvez festejando mais os dois pontos retirados do Flamengo do que seu próprio ponto conquistado.

    Após o jogo, Jorge Jesus demonstrou indignação com relação à postura do adversário, injustificável sobretudo em um campeonato de pontos corridos, onde todo e qualquer jogo vale os mesmos 3 pontos. E, colocando em alto risco de contusão os atletas do Flamengo, a apenas duas semanas de seu jogo mais importante dos últimos 40 anos, uma final de Libertadores.

    Em resposta, Valentim, o técnico do Botafogo respondeu dizendo que “nosso time veio para jogar, fomos aguerridos, os jogadores estão de parabéns”. E ainda disse, com total despeito e falta de educação, que “Jesus devia ficar de boca calada”. O técnico ainda disse que “foi um pecado tomar o gol. A expulsão nos dificultou”. Como se a expulsão de algum dos atletas não fosse uma consequência óbvia e natural da orientação dada por ele a seu time!

    Essa declaração veio de um técnico que acumula 10 derrotas nos últimos 12 jogos e que desmontou o bom esquema de jogo do técnico anterior, Eduardo Barroca, que ao invés de dar pontapés, valorizava a posse de bola, apesar da limitação técnica do elenco. Vale lembrar o excelente jogo do primeiro turno, um jogo limpo e equilibrado em que o Flamengo venceu de 3 x 2.

    Essa postura do clube mostra que o Botafogo se apequenou como instituição. Ao invés de assumir e respeitar a superioridade de outros clubes – como o fez o Grêmio, de forma muito digna após os acachapantes 5 x 0 – , opta pelo caminho da mediocridade, orgulhando-se de sua falta de futebol e excesso de “vontade”, que descamba naturalmente para a violência.

    É por meio dessa linha de atuação que o Botafogo está traçando seu caminho inarredável para a segunda divisão. Dessa vez, é possível que lá permaneça por vários anos, em função de seu número baixo e decrescente de torcedores, de sua dívida financeira gigantesca e da sua opção escancarada pela pequenez.

    E quando os saudosistas se lembrarem dos tempos gloriosos do Fogão de Mané, Didi e Nilton Santos ou até de Mauro Galvão, Dodô e Túlio Maravilha, essa visão será inevitavelmente confrontada pela imagem de Carli, um pereba metido a xerife, um misto de Felipe Melo e Augusto Nunes, desfilando seus pontapés em um atacante “folgado” do Londrina. Para aplausos efusivos de sua reduzida torcida no Engenhão, numa terça-feira à noite

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    Ricardo 5 anos ago Responder

    Brilhante seu texto Mullemberg!
    Flamengo educador teve muito trabalho com a turma do fundão no meio de semana. Estavam boladões, distribuindo porrada, tentando intimidar.
    O professor de artes deles parece que é um desses nacionalistas xenófobos tão na moda hoje em dia.
    O campeonato desse ano parece uma versão tupiniquim da “Noite dos desesperados”, aquele filme com a Jane Fonda. Todo mundo dançando até não conseguir parar em pé.

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    Rasiko 5 anos ago Responder

    Daqui pra frente nada vai ser diferente – todos os times vão dar a vida pra parar o Flamengo, não importa de que jeito, sabendo que contam com a complacência dos títeres do gaciba/cbf. Tivemos sorte de não ter nenhum jogador gravemente ferido. Mas pro azar dos anti, as deusas da justiça cósmica estão do nosso lado. Mesmo parecendo um lutador de sumô, Lincoln foi pro jogo e tirou o pão da boca tanto dos caçadores de homens (ui!) como da porcalhada consumidora de ventiladores, leques e abanadores.

    srn p&a

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    Rodolfo Gonçalves 5 anos ago Responder

    Seus textos são foda, Arthur. SRN.

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    O artigo do Arthur é ótimo.

    A foto da Claudinha, na frente do Deux Magots, é fantástica e traz recordações que se tornam ainda mais inesquecíveis.

    Portanto, palmas, palmas de pé e gritando bis, como nos velhos tempos do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

    Emocionadas SRN
    FLAMENGO SEMPRE

    PS – e ainda dizem que não há Justiça nesse nosso Brasil brasileiro. Um tanto ou quanto demorada, vá lá …

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    Fred 5 anos ago Responder

    DISCORDO que a final unica tenha sido, em si, um erro. Pode-se discutir se são mais.legais dois jogos, mantendo a tradição. Mas QUEM poderia imaginar que no incensado Chile, do qual falavam maravilhas há anos, viraria essa zona?
    teria sido um ERRO da Conmebol colocar na Venezuela ou Bolívia, por exemplo. No Chile, achava-se, não havia lugar mais organizado, na América do Sul.
    Foi na verdade um azar da confederação.

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    Marcelo 5 anos ago Responder

    Nunca comento em blog nenhum, mas preciso deixar registrado: você é foda. Parabéns pelos textos incríveis, que são um colírio no meio do mar de asneiras que são escritas e faladas pelos ditos “especialistas” que se multiplicam nos intermináveis blogs, colunas e mesas de debate. SRN

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    Willame Batista 5 anos ago Responder

    Que texto primoroso! Em todas as nuances, em todos os aspectos! Do social ao nosso sentimento de torcedor. Parabéns!

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    Rasiko 5 anos ago Responder

    “… o Flamengo aprende ensinando”. Insight de sábio.

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    Marcos 5 anos ago Responder

    O roubo a favor do VARmeiras tem sido tão frequente que a galera até esqueceu de tecer comentários sobre mais uma antologia do Muhlenberg.

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    eduardo leao 5 anos ago Responder

    Exito muito antes de entrar nessa corrente de “cuidado com a cbf, var, esquemas de paulistas etc etc “.
    Não que eu duvide disso, mas porque me faz parecer torcedor daquele time de chorão, que sempre acha que vai perder mesmo antes de jogar….
    Vamos pra cima deles e, agora, “eles” são ” tudo que sobrou que não seja o FLAMENGO, todo o resto mesmo …..”
    Saudações

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    Pedro Rocha 5 anos ago Responder

    Lances em que o VAR ou a arbitragem foram determinantes para o Palmeiras conseguir vitórias:

    – possível falta contra o Vasco (+ 2 pontos)
    – impedimento contra o Ceará (+ 2 pontos)
    – pênalti da poça d’água contra Avaí (+ 2 pontos)
    – 10 minutos de acréscimo contra a Chapecoense (no mesmo jogo expulsão questionável do simpático Gum) (+ 2 pontos)

    Seriam Só do que lembro de cabeça. Certamente há mais lances.

    Mesmo assim seremos campeões com sobras. Acho até melhor. Time bom ganha de juiz, de confederação, de tudo. Vergonha pra eles.

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      Pedro Rocha 5 anos ago Responder

      “Seriam 8 pontos a menos na tabela”, quis dizer, na frase cortada.

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    Xisto Beldroegas 5 anos ago Responder

    Ontem assisti um dos piores espetáculos da terra, o horror! o horror! como disse o personagem de Conrad, e, pra variar, o tal timeco que se diz na cola do Flamengo ganhou com gol roubado, um juiz indescritível, ladrão assumido, essa incerteza é que mata, o futebol do Flamengo está muitos furos assima do que se joga por aí e , no entanto, não ganhamos nada. Futebol é imprevisível, dizem os filósofos ( ou astrólogos metidos a filósofos) previsíveis, e eu tenho horror, o horror a esta frase, acho o que é imprevisível é um jogo, se esse porco verde tivesse vergonha nas fuças mesmo, num rasgo de humildade suína, já teria entregue o título ao Flamengo e acabaria com essa brincadeira cansativa de gato e rato, ou melhor, de gato e porco.

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    chacal 5 anos ago Responder

    O CBF VAI SE FUDER O MEU FLAMENGO NÃO PRECISA DE VC.

    SRN !

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    Gleidson Martins 5 anos ago Responder

    O mais fudido da mais valia da mão invisível imaginada pelos homens que tomam as decisões, foi a não escolha do jogo em Assunção, país vizinho aos nossos, o que facilitaria a vida das pessoas comuns que sustentam, vivem e sofrem nesse sistema. No final das contas, quanto mais sofrimento das pessoas inseridas no sistema, mais benefícios para aqueles que o administram.

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    Olho nos paulistas. Q esquema escancarado de apoio ao Palmeiras, para impedir que um Tsunami chamado Flamengo seja Campeao! Ontem o Vasquim, foi garfado, como o foram todos os que cruzaram com os verdes!

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    Felipe 5 anos ago Responder

    Melhor calçar o sapatinho no campeonato brasileiro.
    A armação orquestrada coma baranga mostra que as forças das trevas andam se movimentando pelos corredores escuros do var.
    Abre o olho Mengão.

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