Até que enfim acabou a temporada 2024 do Flamengo. Uma temporada que apesar de todo o sofrimento que causou termina com o saldo positivo de um carioqueta safado e um campeonato nacional de 2a linha que dá uma bufunfa forte e garante vaga na fase de grupos da Liberta. O dinheiro nós já sabemos que pode ser bem gasto ou mal desperdiçado, inclusive, pro mau gastador quanto maior o orçamento, pior. Depois que colocar a taça na estante o que vale mesmo é a vaguinha na Liberta do ano que vem pra limpar a honra e resgatar o nosso bom nome na competição em que vem sendo enxovalhado desde 2023 por treinadores palha e as estratégias tremendamente equivocadas da diretoria.
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Noves fora a alegria intrínseca de ser pentacampeão de qualquer coisa, ainda mais tirando o cabaço do estádio de um adversário histericamente cretino, a conquista da Copa do Brasil foi também um alívio. Quando Gonzalo Plata recolheu o lançamento de Bruno Henrique, dibrou o beque na corrida e encobriu o goleiro dos caras jogando a gorduchinha no filó o ano de 2024 estava definitivamente salvo.
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Um ano que até então só se diferia do trágico 2023 por conta de um Carioca chumbrega, as campanhas no BR e na Liberta foram tão lamentáveis quanto. A partir do gol, consolidando a vitória construída uma semana antes no Maraca, o Flamengo e sua torcida entraram no modo férias. Milhões de carretas foram removidas das costas do elenco e dos torcedores.
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Ao mesmo tempo, novos traumas se abatiam sobre os atleticanos, derrotados de todas as maneiras possíveis. Durante o passeio rubro-negro pela arena aviária o adversário nos brindava com a exposição despudorada das suas microscópicas dimensões institucionais. O comportamento deplorável da sua recalcada torcida é o resultado de anos de dirigentes que se eximiam da responsabilidade de suas falhas administrativas insuflando o ódio e alimentando mitos persecutórios sem sustentação na realidade.
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Ninguém precisa ter bandido de estimação, basta um mínimo de empatia pra sentir um pouco de pena do torcedor atleticano que vem sendo educado desde os anos 80 pelos seus dirigentes pra se comportar como um negacionista idiota. O resultado foi título e mandos de campo perdidos, estádio interditado, torcida ridicularizada nacionalmente. Bom, pelo menos essa é uma penalidade a qual eles já estão acostumados.
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O jogo até poderia ter sido melhor, mas o Flamengo se comportou flamengamente, uma característica que tinha sido deixada de lado nos intermináveis tempos do Tite e que Filipe Luis soube resgatar rapidamente. O Flamengo hoje joga pra frente, com posse de bola, procurando o ataque enquanto tiver fôlego. Mais simples, impossível.
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No jogo de quarta-feira no Maraca pelo Brasileiro contra nosso vice mais recente foi a mesma coisa. Domínio tranquilo e absoluto do Flamengo, que não levou sustos na defesa, mas perdeu toneladas de chances de gol, um mau hábito que precisa ser extinto o quanto antes. O 0x0 do placar final era irritante, mas justo. Se quiser ganhar todos os jogos que precisa ganhar o time tem que aprender a fazer gols. Legal também que o empate serviu pra sepultar de vez os delírios provocados pela intoxicação matemática que tem embalado dias e noites dos torcedores mais psicopatas. Agora já era, larguem esses simuladores.
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O Flamengo está de férias, a temporada acabou. Agora é aproveitar os jogos do Brasileiro, sem fins reprodutivos, só pra observações mais acuradas do potencial do elenco, quem pode vazar, quem deve vir, etc. Ninguém precisa ficar nervoso, é só fazer o que o treinador pedir e tá tudo certo. É hora de planejar. Em dezembro tem eleição no clube, em janeiro pode ter nova diretoria, nada de afobações. Seja que for o vencedor do pleito parece que Filipe Luis tá garantido no serviço, mas nunca se sabe o que se passa nas mentes privilegiadas da nossa elite dirigente. Melhor ficar esperto, Filipe Luis.

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Boa férias.

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Mengão Sempre