A esta altura do baile já não há muita coisa a dizer sobre o Flamengo. Foram 12 meses cornetando sem parar, avisando, admoestando, amaldiçoando e abençoando os ocupantes transitórios do Manto Invencível. E todo o latim gasto foi, de certa forma, inútil. Porque as coisas do futebol se resolvem lá no quadrilátero relvado e depois que a bola tá rolando toda a prosopopeia que a circunda não passa de agitprop. Muito mais longe de onde já estamos não poderemos ir. Finalmente a realidade é cristalina e não suporta qualquer relativização.
Faltam poucas horas para o ultimo jogo do ano. Jogo em que mais uma vez temos obrigação de vencer, se não pelo prazer fugaz da volta olímpica e da inútil bi-vaga na Libertadores, ao menos para evitar uma cava depressão de uma legião de eternos insatisfeitos que julgará ser 2017, sem uma Sulamericana na cristaleira, o pior ano da história rubro-negra presente, passada e futura.
Discrepo muito de tal visão. Talvez porque tenha ainda na memória temporadas do Flamengo indiscutivelmente mais infaustas que a presente. E não estou me referindo a um distante período pré-cambriano de treinos na Rua do Russel ou de campeonatos resolvidos com bicudas na bola em direção à Lagoa, mas de tenebrosas temporadas malogradas ainda neste tão jovem século. Quem diz que o tempo cura cicatrizes nunca perdeu uma final no Maracanã. Para esse tipo de ferida o único remédio é vencer.
Só mesmo a natural e compulsória empatia que surge sem controle entre os rubro-negros é capaz de me colocar sobre os altos saltos desses insatisfeitos para entender, sem crítica ou juízo de valor, o amargor de tantas expectativas frustradas como se fossem minhas também. Sorri pra mim/ Porque preciso enganar a dor/ Surpreender o mal interior/ Qualquer motivo pra me libertar. Me compadeço porque já aprendi que ficar puto é pior. Continuo convicto que o Flamengo ganhar a Sulamericana não o fará um milímetro sequer maior do que já é. Sou Campeão Mundial! Mas não abro mão de ver que mais uma taça, mero artefato material que simboliza conquistas imateriais, juntando poeira num canto qualquer da sede da Gávea.
Por isso é tão natural que muita gente esteja encarando o jogo de hoje como se fosse um four de ases na última rodada da mesa. E, num all-in meio suicida, empilhando todas as fichas do esporte, politica, religião, artes e comportamento no centro do pano verde, na esperança de remissão de um ano que termina muito mais complicado do que se poderia prever em janeiro. Ah, se eu pudesse a regra mudar/ Lavar as sujeiras do mal/ Flutuar em águas limpas/ Seria depressa o caminho ideal. Cada um com seu cada um, o que se vai apostar é uma questão de foro íntimo. Mas não custa nada avisar mais uma vez que racismo, desigualdade, concentração de renda, ideologia de gênero, legitimidade das cortes e justiça fiscal não estão em jogo. Isso aqui é Flamengo. E já é muita coisa.
Flamengo que tem tudo para cumprir sua missão e satisfazer a torcida. Menos a obrigação de resgatar o orgulho ferido do brasileiro de quem o governo, o deus mercado, os políticos e as igrejas parecem a cada dia querer tirar mais um pedaço. Porque preciso enganar a dor/ Surpreender o mal interior/ Qualquer motivo pra me libertar. Para aqueles que querem justiça não existe dia certo ou errado para lutar por ela. Hoje eu sou só Flamengo. Hoje eu só quero ver gol.
Mengão Sempre
Eu vou falar já não basta ficar engolindo em seco com o que se passa a minha volta nesse Brasil sendo comido como um autêntico Bananão por esses orangotangos corruptos que nos cercam, não demora muito e vamos voltar a ser conhecidos pela nossa capital Buenos Aires. Vou falar sobre o que se passa em volta do Flamengo, pois é a única coisa que vejo a minha frente ( ainda tenho fôlego para tal), além do beco e do morro dos cabritos. Primeiro, essa nossa torcida é decepcionante, só aparece nas notícias policiais em meio de quebra-quebras, crimes os mais variados, desde falsificações de ingressos até acusação de assassinato, as organizadas nem pensar, pior, com a cumplicidade da diretoria. A corrupção que envolve o país alastrou-se no meio de nossa torcida. Onde o romantismo de outrora? Onde o sorriso puro do negão com desfalque de dentes no Canal 100? Agora escalam time, expulsam jogadores quebram tudo quando estão contrariadas, torcer que é bom, nada. Qualquer meia dúzia de gatos pingados adversários nos sufoca em pleno Maracanã. O silêncio é sepulcral. A charanga do Jaime de Carvalho sendo vilipendiada com urros incompreensíveis de feras enjauladas. Coitada da Nivinha, linda, rouca de tanto berrar suas frustrações, um lírio puro nessa massa disforme. E escalam times, e vaiam jogadores nos momentos errados. Será reflexo do que se passa no restante do país? Há que se fazer urgente uma autocrítica também nesse setor. E acabar com essa cumplicidade espúria de diretores que se borram de medo das organizadas e esses indivíduos que se dizem rubro-negros mas não passam de arruaceiros da pior espécie. E tem mais: Gabigol é o caralho! Mais um enganador a peso de ouro, sedo sondado, foi sumariamente recusado na Europa, é o maior critério para ser contratado pelo Flamengo, enquato nossa prata da casa lustra o banco. . Estou terrivelmente deprimido, e com muita pena do que foi o meu Flamengo. Ainda bem que há o Rivotril, o fiel Teacher, o morro dos cabritos que não tem cabrito, e gato que já foi obeso, velhinho, velhino, continua vesgo e minha enferrujada máquina de endireitar raciocínio que emperrou, desistiu diante de tantas sandices. E lá vou eu rumo ao meu querido armário do qual nunca deveria ter-me afastado.
Belíssimo ! ! !
Fez-me um bem extraordinário ler algo tão simplesmente poético !
Palmas de pé, emocionadas .
SRN
FLAMENGO SEMPRE
Na minha humilde, vontade não faltou. Mas vontade sem consciência não ganha mais nada faz tempo.
Pra mim só se salvam César (Digno reserva pro excelente Diego Alves), Juan (infelizmente a idade já impõe necessidade de economizar suas participações), Paquetá (símbolo de raça e empenho) e Lincoln (merece ganhar mais espaço). Vinícius Júnior já está encaminhado. Todos os mencionados até aqui, não por acaso, são crias do Flamengo. No entanto, apostaria dinheiro que os executivos especialistas em Excell vão às compras buscar refugos, que chegarão sempre com as mesmas desculpas de falta de adaptação, e provavelmente sem identificação com nossas cores.
Cuellar, na minha visão, ainda tem espaço. Lamentável que tenha feito sua pior partida com nossa camisa justo numa final, sendo negativamente decisivo (mas alguém aí preferiria o merdalhão do Márcio Araújo no lugar? Eu não!).
Rueda tem brio e competência e merece a oportunidade de fazer uma temporada inteira ano que vem.
Além desses, pra mim, não se salva ninguém.
Diego, enormíssima decepção. Everton Ribeiro ainda tem a desculpa da dificuldade de adaptação. Veremos como será ano que vem. Nada me faz crer que será substancialmente diferente. Parece um clássico caso de pecho frio, sem identificação com nosso clube.
Arão deve muito há uns 2 anos.
Pará e Trauco são brincadeira de mau gosto.
Everton poderia muito bem participar de uma nova versão de O mágico de Oz, no lugar do espantalho sem cérebro.
Vizeu e Réver não saem tão queimados. O garoto, na medida do possível, deu conta de substituir Guerrero. E Réver, se não um zagueiro do sonhos, mostrou empenho e profissionalismo, pelo menos.
Mas a raiz de todos os fracassos não entra em campo. Presidente Bandeira de Melo obtuso e Rodrigo Caetano incompetente. Não é mais questão de dinheiro, de superávit. Podem dar um orçamento de Real Madrid pra esses caras, duvido que algo será diferente. Nada apaga o vexame que foi Conca.
Em última instância, como bem citou alguém no Twitter: Não fosse um pênalti absolutamente ridículo do jogador do Vitória no último minuto do último jogo do Brasileiro, o Flamengo teria que disputar a pré-Libertadores.
Eu não sei nem por onde começar. Mesmo com toda a confiança, a energia positiva emanando da torcida, o New Maracanan com ares de Maracanã, as arquibancadas fumegando, o caldeirão fervendo… e há quem aponte o problema ser a torcida. Torcida “nutella”, dizem alguns.
“Nutella”, pra mim, foi no que o Senhor Eduardo Bandeira de Mello transformou o clube que amo. O clube que era reconhecido por sempre chegar forte em decisões e dificilmente perder, hoje é motivo de chacotas por ser o clube do cheirinho. Mas, tudo bem, agora temos um time que joga League of Legends. As grandes contratações e manchetes são de e-sports, ou seja lá que praga que seja isso.
Aliás, o tal cheirinho nós mesmos inventamos e hoje é uma arma de zoação dos antis. E, mais uma vez, ficamos no cheirinho.
Rueda errou? Na minha visão sim. Errou ao insistir com Trauco. Todos sabem que esse rapaz não tem a mínima noção de marcação, fator crucial para um jogador de defesa. Mais uma bola nas costas da Avenida Trauco e um buraco na zaga se forma. Cuellar tem que sair ensandecido pra cobrir o horroroso lateral, e o pênalti é marcado. Imagino que essa vá pra conta do Cuellar, e não do Trauco né?
Nem achei que foi pênalti, mas com tudo isso, as falhas na marcação pelo lado esquerdo de nossa defesa se repetem várias vezes em todos os jogos, não consigo entender o motivo de se insistir nesse rapaz.
Quanto ao restante, Rueda não tinha muito mais o que fazer. Fez o que deveria ser feito mesmo. Não vi em momento algum covardia ou time recuado. Nem falta de raça. Vi falta de técnica.
Dos três substituídos, Paquetá e Cuellar sairam por cansaço. Cuellar jogando por ele e o sanguessuga do Arão e Paquetá jogando por ele, pelo Diego e pelo Vizeu. Aí não há quem aguente mesmo.
Everton a mesma nulidade de sempre no ataque. Perdeu um gol que, se eu perder na pelada do churrasco de fim de ano aqui da empresa, não me deixam mais jogar. Mas ele insiste que é atacante. Não sei quem o enganou quanto a isso.
Rodrigo Cai-tano, depois de tantos milhões gastos, nos fez chegar a uma decisão de campeonato internacional sem laterais, sem meio-campo e sem ataque. Vizeu em momento algum chegou a assustar os caras. Os meninos da base, os mesmos que o ex-treinador deles não queria usar, foram a solução que o Rueda tirou da cartola.
Entramos em campo com Pará, Trauco, Arão, Diego, Everton e Vizeu pesando contra, apesar da vontade e disposição da maioria desses. Nem goleiro teríamos, não fosse o desacreditado César ter ressurgido das cinzas.
Sério que tem alguém que não veja que um dos principais culpados, perdendo o primeiro posto apenas pro Bandeira, é o Cai-tano?
Mesmo com tudo isso jogando contra, eu acreditei, confiei, torci, gritei, me desesperei, não dormi.
Não vejo a hora da era Bandeira acabar.
“Ah, mas ele é um bom dirigente, um bom gestor, bom administrador.”
Me digam, se alguém tem um comércio, mergulhado em dívidas, pega o plano montado por uma equipe, coloca em prática para começar a sanar as dívidas e começa a ter êxito… mas o principal produto, o que mais vende, o que dá mais retorno financeiro, vai de mal a pior, não vende mais nada, o pouco que vende é porque tem alguém que ainda acredita que um dia esse produto vai voltar a ser bom. Os clientes são maltratados. Os clientes reclamam dos péssimos serviços prestados pelos funcionários (inclusive com provas e gravações de vídeos mostrando esses péssimos serviços) e o tal bom gestor declara publicamente que não se importa com o que os clientes acham, que esses funcionários são seus protegidos, e quanto mais os clientes reclamarem, mais ele vai protegê-los… esse cara é realmente um bom gestor? Faça-me o favor.
Mais um vexame internacional pra conta. Vexame não por conta da derrota, alguém tinha que perder, nós perdemos mas, de fato, não faltou vontade. Vexame pela forma como tudo aconteceu.
Pra mim, tá na conta do Banana e Cai-tano, principalmente.
Enquanto esses caras estiverem lá, é melhor passarmos a torcer por joguinhos de video-game, o tal e-sports.
Um feliz 2019 a todos!
SRN
De pleno acordo, amigo Legolas.
Não queríamos, você, eu, tantos outros mais, que fosse como você bem descreveu, mas não teve jeito.
Tá MESMO na conta do Banana e do Cai-tano.
Fraternas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Pois é, meu amigo Moraes. Pra me deixar menos animado ainda com 2018, estão ventilando (alguns dando como certo) o nome do Gabigol. Sério mesmo? Espero que não. Não é possível que esta trupe de incompetentes não tenha aprendido a lição.
Tá mais do que EXPLICITADO que o Flamengo não é time para jogadores que se acham super craques do futebol mundial, que durante o jogo se preocupam mais com o penteado, que a chuteira colorida não tem travas, mas um salto agulha. Precisamos de um time composto por jogadores que vendam muito caro a derrota (porque elas acontecem sim, com todos), como foi o Paquetá, que saiu de campo exausto, como era o Beto Cachaça, que mesmo lesionado não quis ser substituído, como foram os nossos guerreiros dos títulos de 13 de dezembro.
Para finalizar este comentário, vou nomear os que eu gostaria de ver na barca de fim de ano, que não vai acontecer. São eles: Muralha, Pará, Rafael Vaz, Renê, Trauco, Márcio Araújo, William Arão, Rômulo, Diego, Everton Ribeiro, Guerrero, Berrío, Gabriel, Eduardo Bandeira de Melo, Fred Luz, Rodrigo Caetano, Fernando Gonçalves, Jayme, Mozer e Vítor Hugo.
Esqueci de alguém? Talvez… alguém não merecia estar nesta lista? Pode ser. Até porque sei que não é tão simples assim se desfazer dessa galera toda e não passa de um sonho. Mas é o que eu gostaria de ver.
Pra não ter um 2018 igual a 2017, a 2016, a 2015, a 2014….
SRN
Claro que os nomes constantes da barca não estão em ordem de culpabilidade pelos fracassos recentes do Flamengo. Bandeira deveria ser o capitão da barca, assessorado de perto pelo Cai-tano, o homem que tem mais rebaixamentos do que títulos no currículo, mas ainda assim ganha uma baba pra gastar muito dinheiro e entregar nenhum resultado.
Interessante observar que estamos chegando ao último ano de dois mandatos do EBM e o time não tem uma espinha dorsal. Talvez tenha que se começar tudo quase do zero.
Taí o gestor sensacional que é o EBM. Taí o trabalho do melhor presidente do Flamengo de todos os tempos. Taí a eficácia da melhor diretoria do mundo.
Conta outra…
SRN
Vamos manter uma espécie de conversa entre amigos (recomendo, de qualquer forma, o novo artigo do Arthur, predominantemente sobre o tema VIOL~ENCIA, que tenho também como importantíssimo e, em grande parte, mais uma responsabilidade desta irresponsável Diretoria).
Para mim, você, grande pai da Lara, matou o X da questão.
O TIME NÃO TEM ESPINHA DORSAL.
Este o grande mal do Zé Burro, que seus admiradores insistem em NÃO querer ver.
Ficou ano e meio (algo assim) à frente do Flamengo e NÃO CONSEGUIU formar um time.
Enganou-se e enganou a muitos.
É treinero mesmo para times de segunda, de garotos talvez, e olhe lá.
Ficamos batendo punheta para cheirinhos, não para um time que JOGASSE futebol, que fosse um CONJUNTO.
Impossível se formar um time – COM ESPINHA DORSAL – tendo, como um dos elementos centralizadores, um jogador tão medíocre como o coitado do Márcio Araújo.
Não dá, simplesmente, NÃO DÁ.
O Zé Burro, prestigiado pelo Banana e pelo Cai-tano (como você escreve), jamais percebeu esta evidência, em tão longo período.
Tenho até pena do Rueda, que teve os seus erros, mas que tinha uma missão quase impossível.
Também do Paquetá, um exemplo de doação.
Ainda do Cuellar, que falhou sim, no penalty que EXISTIU sim, mas que, além de todas as atribuições normais, tinha a mais a de ^marcar^ as burradas do Trauco, por sinal, totalmente fora da referida jogada, que, em princípio, seria dele.
Vou parar por aqui.
Forte abraço e, apesar de tudo, preparem uma linda festa para a menina, que ainda não sofre pelo Flamengo.
TINHA
certeza que iriamos ganhar.
Essa certeza durou exatamente … 30 segundos e fez lugar a uma duvida enorme.
Foi quando o nosso jogador velho, velho sendo no caso uma palavra otimista, velho, no caso do futebol, tendo que ser alguem que em situação de pressão fica frio e faz o melhor, no caso arma bem e nao se desespera, cabeça levantada, olhos erguidos, dando assim um exemplo de um farol do time …. esse jogador velho, agora jah soh velho mesmo, sem condições, bota a bola, completamente livre, sem adversários por perto, e sim uns 5 dos nossos, sem a menor necessidade
pra lateral.
Hmmmm, eu me disse. Se isso é o lema, estamos ferrados.
E nao é que foi?
Depois de uma noitada pessima, a raiva pela “demonstração” continua.
Raiva por eles terem aceito internamente que nao iriam ganhar, soh se deus, o ” todo poderoso”, ajudasse. Deles mesmo nao partiria a vitoria. Eles seriam meras ferramentas da vontade divina. Assim rezaram, assim jogaram, assim choraram.
Como esse ser nao existe, a vontade dele existe menos ainda….
Porra, que pessoalzinho de merda. Jogadores que ganham bem, sao treinados o ano todo para fazer algo de bom, jogam cada 5 anos uma partida importante – e nessa nao estão preparados, afundam completamente como um bando de imbecis.
Que vao pro inferno!
SRN
Não é sacanagem, menos ainda perseguição.
Apenas, constatação.
Eudardo Bandeira de Melo, segundo o companheiro Rasiko e muitos outros o Eduardo Banana de Merda, é, como PÉ FRIO, rigorosamente INCOMPARÁVEL.
Fora os carioquetas obrigatórios, NAAAADDDAA, eis que, quando da Copa do Brasil/13, ainda era a Rainha da Inglaterra do Primeiro Ministro Sir Wallim Intoleravelmente Arrogante.
O ^golpe^, no bom estilo temerário, veio depois …
Apavoradas e amedrontadas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Curiosamente o Flamengo acabou o jogo com um bando de jovens feitos na base, a velharia toda estava com um palmo de língua pra fora.. A indefectível pergunta que não quer calar: por que esses meninos não vêm sendo treinados já há algum tempo?Fleitas Solich, esse sim, feiticeiro , já há milênios gostava de trabalhar com jovens. Solich, assim como Gentil Cardoso, achava que futebol era basicamente deslocamentos e rapidez, portanto, coisa de jovens, com sangue fervendo nas veias, aliás, o que fizeram muito bem os jogadores do Independiente e ao contrário do primeiro jogo em que cansaram, não o demonstraram ontem, mantiveram o controle do jogo do início ao fim. Continuo a achar que esse negócio de “futebol cadenciado” é coisa de velho, são os professores que inventaram para conservar seus empregos, adaptar o time aos bagaços que voltam da Europa, ainda a peso de ouro,a chamada sopa no mel, ditam suas cátedras e satisfazem os dirigentes que sabe se lá por quais jabaculês os trouxeram de volta. Portanto, fora Diego, fora Everton Ribeiro, fora Geovânio, fora Rômulo e…claro, fora Temer.
Não precisa COMENTAR, basta COMPARAR.
13 de dezembro de 1981 – Tóquio, Japão
FLAMENGO 3 x 0 Liverpool
Raul – Leandro, Marinho, Moser e Júnior – Andrade, Adílio e Zico – Tita, Nines e Lico
Técnico – Paulo Cesar Carpeggianni.
Presidente – Antônio Augusto Dunshee de Abranches
^A CLASSE OPERÁRIA CHEGA AO PODER^
13 de dezembro de 1987 – Maracanã, Rio de Janeiro
FLAMENGO 1 x 0 Internacional
Zé Carlos – Jorginho, Leandro, Edinho e Leonardo- Andrade, Ailton e Zico – Renato Gaúcho, Bebeto e Zinho
Técnico – Carlinhos
Presidente – Márcio Braga
^APESAR DOS ASSALTANTES^
13 de dezembro de 2017 – MaracANÃO, Rio de Janeiro
Flamengo 1 x 1 INDEPENDIENTE
César – Pará, Rever, Juan e Trauco (Everton) – Cuellar (Everton Ribeiro), Willian Arão e Diego – Lucas Paquetá (Lincoln), Felipe Vizeu e Everton (Vinicius Júnior)
Técnico – Reinaldo Rueda
Presidente – Eduardo Bandeira de Mello, vulgo Pé Gelado
^O FRACASSO DOS NOVOS RICOS^
Um time que tem Éverton como peça fundamental tem que se tocar que mediocridade é a sua marca. Mas o que mais me impressiona é a absoluta inutilidade do Diego e do Éverton Ribeiro, dois dos salários mais altos e que não entregam nada de volta. Literalmente.
Não foi pênalti, o juiz deveria ter dado pelo menos 5 minutos de acréscimo em cada tempo, os argentinos, como sempre, fizeram cera até não poder mais, mas não creio que mudasse alguma coisa e, se vencesse, não mereceria.
É muito ruim esse time do Flamengo. E o maior responsável pela montagem desse elenco “extraordinário” é o Banana de Merda e seu assessor predileto, Rodrigo Caetano. Que o EBM não entende porra nenhuma de futebol, Luxemburgo já tinha berrado em alto e bom som. A diferença – enorme! – é que o RC é pago pra isso, e pago como sendo uma das grandes estrelas nacionais da área. O que o cara faz de estupidez, uma atrás da outra, beira o inacreditável, todo mundo sabe e vou me poupar a descrição de cada uma delas.
Me recuso a ouvir as palavras bem soletradas e racionais do Diego com sua voz monocórdia que em momento algum traduz o inconformismo que ele diz sentir. O Éverton Cardoso, pelo menos, é lutador, tem sangue nos olhos, dedicado, etc., mas o grande Diego Ribas, homão da porra, seleção brasileira (???), é o furo na meia desse time, mais ainda que o Éverton Ribeiro, que chegou a pouco, não teve pré-temporada, tá há um ano e meio sem férias e outras desculpas mais.
Pra mim ficou claro que a solução, se tiver, tá na base. Paquetá que o diga. Esses “importados” não têm ideia do que é o Flamengo. Vestem a camisa mas não vestem o espírito. Como vêm que o exemplo de cima – dirigentes – não é dos mais estimulantes, seguem a mesma toada, com discursos prontos, a maioria com desculpas esfarrapadas.
Meu sentimento é de nojo e, no auto-enfrentamento, me julgo um completo idiota por ainda, nessa altura da vida, perder tempo e energia, permitindo que um bando de mercenários de um lado e incompetentes de outro me desgastem com emoções que só cabem numa mente infantil e retardada.
O lado positivo – sempre tem – é que o título iria mascarar as incontáveis falhas no departamento de futebol e, claro!, Banana de Merda e sua tropa estariam fazendo virulentos discursos contra os “falsos flamenguistas”, enaltecendo os perebas de sempre, aos quais se juntaram as estrelas recentes, e projetando um 2018 espetacular.
Se o Flamengo não muda, eu mudo.
Quem um dia viu o Flamengo de Zico e cia. jamais vai aceitar o Flamengo de hoje….Se não era na bola, ia na força, mas jamais se entregava em campo. Eu vi, e isso é o único sentimento que me mantem de pé….A certeza que a Glória mesmo que passada permanece pra sempre na memória e no coração….Uma vez Flamengo….Flamengo até morrer.SRN……
Eu também vi …
Por isso mesmo, limitei-me a afirmar – NÃO PRECISA COMENTAR, BASTA COMPARAR
TRISTE? NAO! COM RAIVA DO ASSISTIDO.
Bem, esclareceram-se algumas coisas:
Nao temos time – disso jah sabiamos
Nao temos torcida – disso eu suspeitava
O futebol brasileiro mostra nos ultimos anos a mesma face over and over:
Mal e porcamente se organiza em campo, odeia taticas e é INCAPAZ de manter qq uma durante 90 minutos. Depois de um certo tempo, desiste e vira bando, correndo pra cima e pra baixo sem a menor meta .
E perdem.
Finalmente choram como crianças.
Mas se acham fodoes.
Jah os torcedores, quietos, calados em momentos cruciais, nem selfies tiram mais – choram, copiosamente, mesmo antes do apito final. Buaaaahhh.
Apoiar, soh se o time estiver ganhando.
E isso soh no intervalo entre uma selfie e uma outra.
Como enche o saco ver torcedor e jogador brasileiro nesse chororo ridiculo de retardados, mentalmente despreparados para qq pressao maior. Como se deus, o proprio, o pai, nao eles mesmo, nao a responsabilidade deles mesmo, os tivesse traido. Umas vitimas – da vida.
Nojo puro.
Temos jogadores que nao deveriam mais aparecer em gramados nossos em 18.
JUAN – que partida, parece que estava dopado em pé. Jah é uma lesma, mas hoje se superou. Alguem deveria ter dado umas bofetados no cara para ele acordar. A lentidao do pensamento dele beirava a de um cabra de 90 anos. E sempre falando do passado, ou seja, jogando pra tras.
REVER – muito melhor que a lesma, mas tb nao suficientemente bom. Soh que nao temos nem UM na reserva. Obrigado, „diretoria“!
TRAUCO – ja era. Chega.
CUELLAR – fez tudo o que tinha feito bem nos ultimos tempos, mal. Fico na duvida. Que penalti infantil! Mortalmente cansado apos 50 minutos? Como, se a semana toda ficou descansando?
PARA – o mesmo de sempre. Pode ir ou pode ficar, nao importa, nao é perda, nem lucro.
DIEGO – nao jogou nada. Continua sendo o nosso melhor jogador. Mas sem um meio campo bom, ajudando, nao vai dar. Tanta classe nao tem para levar o time inteiro nas costas.
ER – que saia correndo. Que cabra ruim!
EVERTON – fazendo o gol, muda o jogo. Mas nunca foi goleador. Como o de 900mil tb nao foi.
ARAO – bom jogador, quando as estrelas, o dia, a noite anterior, e 300 outras coisas foram de forma boa e correta. Senao é essa merda que estamos vendo, merda que se arrasta e deixa marcas no gramado.
PAQUETA – nosso melhor hoje. Mas tb limitado. Talvez melhore com os tempos.
VJ – sei nao. Nao mostra muita coisa. Mostra firulas. Boa venda. 45 milhoes, otima venda. Na Europa ou ele vira bom jogador ou vai desaparecer rapidamente e viajar como eterno talento de clube para clube até se aposentar. Ai o Flamengo dos anos 2037 compra ele.
VIZEU – mal tocou na bola. Gosto do futebol dele, mas nao é pra jogar sozinho na frente. Como alias o Flamengo nao deve jogar com UM atacante. Mas mais nao temos…
CEZAR – bom goleiro. Mas jah tem 25 anos, para isso me parece um pouco criança, sem personalidade, o que um excelente goleiro tem.
RUEDA –
errou feio em colocar o Trauco.
Errou feio em nao botar o time a jogar pra frente.
Errou feio em nao ensaiar, melhor ensinar, jogadas rapidas.
Errou feio em nao mandar marcar em cima e sim o espaço.
Trocou tarde e sem coragem.
Mas continua com crédito, e nao pouco.
Enfim, esse timeco COVARDE e mentalmente fraquissimo, nao mereceu mais.
Levou um BANHO dos hermanos que nunca se descomporam, marcavam em cima e quase nunca se desesperaram.
Melhores jogadores eles nao tem, mas alguns mais inteligentes e mais calmos que essa turminha nossa que finge ser jogador de futebol.
Tem gente que acha que 17 foi bom, soh porque nao foi tao ruim como os anos anteriores. Os 30 anos anteriores, sejamos claros.
Sim, sem duvida, estamos melhor classificados. Do zero, subimos à quatro.
Mas pelo que o Flamengo diz ser e querer, nao é aceitavel a gente ficar satisfeito com essa mereca, esse feijao aguado e salgado demais.
Ainda falta uma INFINIDADE, e nao uns retoques, para sermos alguem no mundo do futebol. No do futebol, repito. No IMAGINARIO jah somos fodoes. Basta somente colocar tanta grandeza no gramado. Fazem quase 40 anos que isso nao acontece.
Nao é perdendo as finais importantes que vamos mudar alguma coisa disso.
E nao é com essa merreca que mostramos em 17 que em 18 iremos arrebentar.
Ou soh se for o meu saco.
SRN
Discordando frontalmente no que se refere ao Juan, onde os exageros e injustiças são evidentes, há que ELOGIAR um EXCELENTE comentário.
Acabou…..Ponto final….Nada mais precisa ser dito….Um ano inteiro de observações e críticas, mas o time não ouviu….Paciência….Torcer é o que resta…Té.
Fudeu.
Só um comentário;
No lo creyo em brujOs, mas que lOs hay, lOs hay.
Apesar de tudo,
FLAMENGO SEMPRE
PS – além da presença do BRUJO, do nosso lado a … do PÉ DE GELO.
BANANA, pede as contas. Já chega de tanto azarar o nosso Mengão.
Olha só, se liga Bandeira de Melo, seu arrombado…Barca: Diego Pipoqueiro (vtnc, com esse salário tinha que fazer 3 gols por partida. O cara sumiu do jogo), Everton Ribeiro (paulista de merda, pipoqueiro do caralho…outro que some), Arão (pipoqueiro botafoguense)…ENTENDEU.? Quer que desenhe?
Olha, não tem essa de preparar terreno para “pagar pau”, não. Se eu não fosse paranormal e não soubesse que vamos levar essa por 3 x 1 (pode escrever aí…), estaria cagando de medo….
Nao existe necessidade de ficar falando uma porção de coisas, bem ou menos-bem escritas.
O buraco é simplesmente mais embaixo – ganhar!
E nao confiar na camisa e sim no próprio empenho. E esse tem que ser de jeito que se veja suor de sangue.
Soh isso.
E soh vitoria serah aceita.
SRN
Grande Arthur,
Nesse azarado ano das expectativas exageradas (como de praxe em termos de Flamengo), não podemos deixar de bater na tecla de que até a ‘tragicomédia’ na Liberta, chegamos a ser felizes.
Muitas coincidências cercam esse 2017, do longínquo 1995 do Centenário. Com a diferença que dessa vez, vencemos o Flor nas finais do Carioca e estamos mais uma vez em uma final de torneio continental. Parece-me então que finalmente teremos nossa redenção contra outro adversário que nos derrotou a 22 anos atrás.
Nada melhor, para finalmente iniciarmos uma nova era, tirando os esqueletos do armário e exorcizando os fantasmas do passado.
Como afirmei em resposta a outro post no site ‘Futebolzinho.com’, acredito na mística de um título redentor, no apagar das luzes desse ano azarado. Já vivemos anos muito piores, mas estamos sendo bem-acostumados a almejar o topo e lá permanecermos de uma vez por todas.
Merecemos um 2018 decente, disputando e vencendo o título continental e o Brasileirão.
Isso Aqui é Flamengo.
Saudações Rubro-Negras!
Seremos campeões!
Disse-o bem, meu caro Arthur, estamos melhor do que nos vários anos que não disputamos porra nenhuma, só a possibilidade de não cair pra segundona. Paradoxalmente, aí é o ponto crucial, a angústia tenebrosa que eu sei que sinto, mas tem muita gente aí fora que não a identifica e fica extravasando do modo mais enviesado possível, o tal gauche drummoniano. Já se fôssemos um insaciável gargântua, papador de títulos que o nome do Flamengo merece, poderíamos até perder, seria somente mais uma e muito mais fácil minimizar, no velho “fica pra outra,também não se pode ganhar tudo”, mas ao contrário estamos sempre na nonta do chá, só dá pro gasto, o atual, “se não for dessa vez, não vai ser mais. É agora ou nunca”.
Tem que ser campeão. Mas se não for, podemos comemorar a eliminação do Vasco no primeiro mata-mata da pré-Libertadores logo no comecinho de 2018.
Ótimo texto.
Concordo que esse título não trará mais grandeza ao Flamengo, o Flamengo já é maior do que o monte Everest.
Massssss, esse título trará um gás a mais a instituiação Flamenga pro próximo ano. É digo mais, se não ganhar…..vixiiiii, fudeu…o ano morreu.
Tem que ganhar, sim!