Na minha infância rolava na Gávea “O Almoço da Família Rubro-Negra”, uma lembrança dos sonhos, Zico e família, Adílio e Família, Andrade e Família, Vivi Mariano e Família. É. Hoje o tempo voa, Gabi. Escorre pelas mãos. Eu, quando te vejo em campo, tenho sensação de almoço em família na Gávea. Você driblando as cadeiras, chutando pro gol imaginário entre as mesas. Eu quero crer no amor numa boa, Bruno Henrique, que isso valha pra qualquer pessoa, que realizar a força que tem uma paixão. É você. Sou eu. É a força de todos nós rubro-negras e rubro-negras. O tempo tá passando tão rápido, eu não estou dando conta. Por isso perguntei para o meu sobrinho Arthur, de 4 aninhos, “O que é o amor?” Ele respondeu como um gol de bicicleta, teu Arrascaeta: “O Amor é amizade.” Vem meu craque, vamos viver tudo que há pra viver, vamos nos permitir.
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Pensava nisso enquanto esperava minha vez na ante sala da sessão de análise. Aquela vontade louca de abraçar o Diego Alves antes dele entrar em campo e falar no ouvido dele, sem esconder a boca: Eu vejo a vida mais clara e farta, repleta de toda satisfação, que se tem direito do firmamento ao chão, quando você faz uma defesa daquelas. Lulu Santos não falha. Eu estava bem nervosa pois tinha decidido falar sobre minha relação com o Flamengo para a analista, tendo a certeza que nesse caso, nem Freud explica. Como eu resumiria a minha vida naquela sessão. Lembrei da elegância do Filipe Luís. Hoje o tempo voa, amor. Escorre pelas mãos. Mesmo sem se sentir.
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Nesse momento notei um olhar na minha direção. Era um menininho todo uniformizado, brincando com o escudo no short. Renasci. Puxei assunto: “Como você está bonito com o manto sagrado.” Ele soltou um sorrisinho. “Você está sozinho aqui?” “Não, minha mãe está lá dentro falando com a tia.” Entendi, e passei dos limites: “O que você fala com a tia quando está lá na salinha?” “A gente brinca, conversa e eu falo do Flamengo.” Meu coração disparou. Eu precisava falar do Flamengo, e de como minha vida girava em torno dele. E eu queria tornar essa relação mais leve, para evitar taquicardias quando um jogador cai em campo, às vésperas de uma decisão. O menininho agora estava com o olhar fixo nas minhas tatoos. Perguntei para ele: “Você é Flamengo porquê?” Ele segurou o meu braço, pra ver melhor as tatuagens e respondeu: “Porque meu pai também é.” E completou: “Você tem pai?” Não consegui responder e já entrei na sala chorando. Para me recuperar, tive uma conversa carinhosa e imaginária com o Michael: Eu vejo um novo começo de era, moleque! De gente fina, elegante e sincera, com habilidade pra dizer mais sim que não.
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Falei muito de Flamengo depois disso. Eu também era uma boneca de pano. Até que, tal qual a Emília, tomei uma pílula, e tagarelei, tagarelei, a falar. O tempo fez um acordo comigo, com minha história, com a ausência do meu pai, com a chegada do Arthur, de tudo que Vivi e NÃO Vivi, com a presença e a ausência do Mais Querido da minha vida. Lembrei do Rilke, cujo livro está na minha relação dos dez mais, “Cartas a um Jovem Poeta”, quando em umas das cartas, datada Paris, 17 de Fevereiro de 1903: “Pois bem – usando da licença que me deu de aconselhá-lo – peço-lhe que deixe tudo isso. O senhor está olhando para fora, e é justamente o que menos deveria fazer neste momento. Ninguém o pode aconselhar ou ajudar, – ninguém. Não há senão um caminho. Procure entrar em si mesmo. Investigue o motivo que o manda escrever; examine se estende suas raízes pelos recantos mais profundos de sua alma; confesse a si mesmo: morreria, se lhe fosse vedado escrever? Isto acima de tudo: pergunte a si mesmo na hora mais tranquila de sua noite: Sou mesmo forçado a escrever? Eu morreria se me fosse vedado escrever sobre o Flamengo. Ver um jogo do Flamengo. Amar o Flamengo. Era sobre isso que eu queria debater com o Freud. E com o meu pai. E com Arão. Isla, Diego, Rodrigo, e claro, com você aí que está guardando meu lugar imaginário no Centenário.
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Na semana seguinte não encontrei mais o menininho rubro-negro que tinha mudado de horário. Mas, a psicanalista me encaminhou uma foto que ele mandou pra mim da tatuagem na mãozinha dele, feita de canetinha, do escudo do Flamengo. “Mostra praquela tia. Eu agora sou igual a ela.” Eu quero crer no amor numa boa. Que isso valha pra qualquer pessoa. Principalmente pro time todo do Flamengo. Avante, Mengão. Nosso time é forte.
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Pra vocês,
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Paz, Amor (Fora Renato) e La Glória Eterna.
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Vivi…. Eu não quero crer, eu creio no “Amor numa boa” e sei que isso vale “pra qualquer pessoa” que Ama o Mengão e tem seus textos para ler. Beijos e Feliz 2022.
O nível de nosso futebol é bem a cara desse jogo. Esse senhor que está sendo galgado a gênio da vez, não tinha plano nenhum novo, apenas um Felipão repetido ( ou redivivo), o que, aliás, o Felipão fazia muito bem. Jogar todos atrás e lançamentos pra frente, à espera da tal bola do jogo ou da vez.Se essa mixórdia é esquema ou tática ou filosofia ou outras bobagens só esses novos imbecis que estão pululando em cada canto da internet ou da TV enxergam. Deu certo porque o Renato é mais incompetente do que ele. Tão retardados quanto esse novo gênio são os analisas que o criaram.Depois tentam explicar os 7 a1 da vida. Em tempo, o português já está querendo se pirar porque sabe que é mais um embusteiro nesse país de embusteiros.
O Renight abriu o berreiro diante do grupo como se fosse uma despedida. Agora não adianta chorar o leite derramado. Grande parte da torcida e da diretoria são os grandes culpados por trazerem o Renight para o Flamengo, caíram no canto de sereia dele que só queria treinar o Flamengo em proveito próprio, pois estava certo de que seria tricampeão da Liberta com aquela maravilha de time de duzentos milhões. Chegou mesmo a recusar proposta do curíntians visando esse propósito. Ele, com sua incompetência, um Midas às avessas, transformou em merda os vários times alternativos do elenco que caíram em suas mão, usando desculpas mais esfarrapadas que o mendigo da esquina.Contrataram esse incompetente,ambicioso, mas que com sua arrogância nunca estudou nada sobre sua profissão, é de um primarismo gritante, tão ruim como os outros técnicos brasileiros.Vamos parar de hipocrisia. Fora Renight com ou sem chororô bostafoguense. Queimei mais uma vez minha língua. Na disputa passada da Libertadores entre Santos e Palmeiras, achei que vi o pior jogo de futebol (?) na minha vida. O de ontem se não superou foi igual. Dois times jogando sabe-se lá o quê e que os incompetentes cronistas esportivos(epa!), analistas ou que merda sejam, teimam e analisar como jogo de futebol. Pior, criaram um novo gênio no pedaço, um português que também não passa de um farsante e não sabe porra nenhuma do mais rudimentar futebol. Pobre futebol brasileiro. .
Perfeito.
Nada a acrescentar.
Perfeito.
Nada a acrescentar.
https://www.youtube.com/watch?v=ihsYH3yKZWo
A diretoria do Flamengo precisa ver esse vídeo URGENTE!
Sou iineiramente favorável à contratação do Gallardo.
Jogador de primeira linha, técnico também, ainda por cima em constante ascensão.
Muito boa a matéria.
Sou iineiramente favorável à contratação do Gallardo.
Jogador de primeira linha, técnico também, ainda por cima em constante ascensão.
Muito boa a matéria.
Lindo. Minha reverencia.
Vivi, essa passagem do Rilke eu sempre cito pros meus alunos e clientes quando chegam com a mufa derretendo e a frase fatal “Não sei o que eu faço da minha vida”.
É uma outra maneira de dizer “Siga o caminho do coração, é o único que garante o sucesso”, como dizia o D. Juan do Castañeda,”
Essa menina é uma PAIXÃO.
Mais nada a dizer.