Campeonato Brasileiro, 9ª rodada.
Na manhã de 31 de março de 2019, pouco antes de Flamengo e Vasco entrarem em campo para decidir o segundo turno do campeonato estadual, torcedores rubro-negros se reuniram em frente à sede náutica, na Lagoa, para homenagear Stuart Edgard Angel Jones, bicampeão de remo pelo clube e integrante do grupo de resistência MR-8, assassinado no Centro de Informações da Aeronáutica, Base Aérea do Galeão. (Isso não é pregação ideológica, é história.)
Obviamente, a homenagem tinha caráter político, num ano em que, pela primeira vez desde a criação da pasta, em 1999, o Ministério da Defesa redigira e distribuíra uma Ordem do Dia com a orientação oficial para que a data do golpe militar de 1964 fosse comemorada nos quartéis.
Mais do que depressa, no dia seguinte à manifestação na Lagoa, o clube divulgou nota oficial garantindo que a homenagem nada tinha a ver com a instituição e era uma iniciativa pessoal de alguns rubro-negros. O texto afirmava que o Flamengo “não se posiciona sobre assuntos políticos”, o que é, inclusive, “estatutariamente vedado”.
Para surpresa de todos os que têm pelo menos dois dias de memória, quarenta e oito horas depois o diretor de marketing Alexsander Santos desfilou pela ilibada Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro a distribuir camisas do clube, uma delas a Rodrigo Amorim. O deputado estadual quebrador de placas a exibiu, todo pimpão, em suas redes sociais.
Alexsander Santos e Marcos Braz têm o direito democrático e inquestionável de votar em quem bem entenderem. Porém, nos cargos de diretor de Marketing e vice-presidente de Futebol de um clube que proíbe, por estatuto, a ligação de seu nome a manifestações políticas, saíram muito mal na foto, com indisfarçável oportunismo e uma cara de pau maior que a de Hélio Negão.
Ontem, procurando no youtube um vídeo com Taiguara cantando “Berço de Marcela”, para enviá-lo a uma querida amiga que tem o mesmo nome da musa inspiradora, encontrei uma gravação ao vivo, em que o compositor e cantor fala para a plateia, que pedia insistentemente a canção: “Vamos obedecer às ordens. É isso o que resta a fazer no Brasil. Manda quem grita.” (“Berço de Marcela” faz parte do álbum Carne e Osso, lançado em 1971, mesmo ano da morte de Stuart Angel. O show deve ter acontecido por aí.)
A quem interessar, o link é https://www.youtube.com/watch?v=nwd91Os21B8
Mudando de assunto, foi um jogo tão estranho, mas tão estranho, que Rodinei bateu um bolão. Mas a estranheza maior ficou com o fato de que, ao contrário do que costuma acontecer em situações semelhantes, em nenhum momento eu temi por um resultado que não fosse a vitória. Nem mesmo nos intermináveis cinco minutos e trinta segundos de DR entre o juiz Douglas Flores e a turma do VAR, para decidir se tinha sido ou não pênalti de Willian Arão. Diante do que tenho visto na maioria dos lances semelhantes, pensei: marca logo esse pênalti, bate, faz o gol e vamos virar esse troço. Considerando os acréscimos habituais, restavam cerca de setenta minutos a ser jogados, dava e sobrava para que a escancarada superioridade se transformasse em três pontos.
Dominamos o primeiro tempo – César mal tocou na bola – e desperdiçamos inúmeras chances. Continuamos a dominar no segundo – César fez apenas uma defesa meia-boca – e a perder gols. Só que, como eu já tinha visto mais de um comentário a respeito, o time do CSA sempre prega nos últimos trinta minutos. Seria impossível resistir.
No segundo tempo, Everton Ribeiro, Vitinho e Rodinei comeram a bola. Aliás, foi ali pela direita que o Flamengo construiu doze das catorze oportunidades reais de gol que teve em toda a partida.
É evidente que as coisas ficaram mais fáceis devido à venda, pelo CSA, do jogo para Brasília. Entretanto, da mesma forma que vale lembrar que foi em Maceió que o Palmeiras deixou os únicos dois pontinhos que perdeu até agora, não se pode ignorar que os comandados de Felipão contaram com o benefício de enfrentar o Botafogo também em Brasília, na partida com mando de campo do time carioca. Enquanto os clubes brasileiros continuarem vivendo a pão e água, esse tipo de atitude antiesportiva irá acontecer, diminuindo a tão exaltada – e discutível – justiça trazida pelos pontos corridos.
Agora, todos param para trinta dias de descanso, proporcionados pela Copa América. Competição que empolga tanto o torcedor brasileiro quanto a disputa de bolinha de gude que dois meninos travavam aqui ao lado de casa, hoje pela manhã, na Praça Benedito Calixto.
Lances principais.
1º tempo:
Aos 7 minutos, o CSA saiu jogando errado, Wiliian Arão roubou na intermediária, adiantou a Everton Ribeiro e daí a Vitinho. O goleiro Jordi abafou, defendendo com o pé direito, e o rebote ficou com Everton Ribeiro que, de cabeça, buscou Gabriel na pequena área. Com Jordi batido, o centroavante quis tocar com elegância e não deu em bola, perdendo ótima chance. Celsinho afastou para escanteio.
Aos 23, Everton Ribeiro trabalhou pela esquerda, rolou para Renê, recebeu bom passe de volta, invadiu a área e cruzou. Jordi espalmou nos pés de Renê. Ao tentar servir Arão, livre no meio, nosso lateral-esquerdo bateu de tornozelo.
Aos 27, o Flamengo apertou mais uma vez a saída de bola do CSA. Cercado por Piris da Motta e Vitinho, Didira foi desarmado e a sobra ficou com Everton Ribeiro, que avançou e bateu forte. Jordi espalmou, Vitinho completou e o goleiro salvou com o pé esquerdo.
Aos 31, Willian Arão fez falta em Jonatan Gómez, junto à linha lateral. Carlinhos levantou na área, Leandro Souza subiu mais que Thuler e escorou de cabeça, Apodi emendou e a bola bateu no braço de Arão. Depois de cinco minutos e meio de conversa com o pessoal do VAR, Douglas Flores decidiu não marcar o pênalti. Pra mim, não foi; pela atual orientação da Fifa, parece que sim.
Aos 42, Thuler fez o desarme no campo do Flamengo, empurrou para Vitinho e daí a Gabriel, que deixou Bruno Henrique sozinho com Jordi. Ele passou pelo goleiro em velocidade e tocou para o gol, mas Celsinho chegou na cobertura e salvou para escanteio.
Aos 45, bom contra-ataque. Everton Ribeiro desarmou Didira na chegada à área rubro-negra. Thuler ficou com a sobra e ligou rápido a Bruno Henrique, que lançou Gabriel na meia-esquerda. Jordi saiu bem, fechando o ângulo, e Gabriel bateu mal, para fora.
Aos 47, Rodinei escapou pela direita e tocou no meio para Gabriel, quase na risca da área. Ele ajeitou para o pé esquerdo e chutou forte, Jordi fez boa defesa.
2º tempo:
Com menos de 1 minuto, Vitinho e Rodinei trocaram passes pela direita, e Vitinho cruzou na medida para Gabriel, quase na pequena área. Ele tocou com o lado de fora do pé, em conclusão semelhante à de Rodrigo Caio no gol da vitória sobre o Corinthians, pela Copa do Brasil. O zagueiro Rodrigo Caio pôs lá dentro, o finalizador Gabriel mandou por cima do travessão.
Aos 10, ótima arrancada de Rodinei desde o campo do Flamengo. Ele recebeu de Willian Arão, disparou, deu um drible estranho em Carlinhos e tocou na frente para Vitinho. O chute saiu cruzado e com perigo, perto da trave direita de Jordi.
Aos 13, outra jogada muito boa de Rodinei. Ele trocou passes com Arão, levou para o meio e serviu, novamente, Vitinho. Dessa vez a conclusão ganhou a direção do gol e Jordi fez uma defesa difícil.
Aos 15, lançamento de Nilton para Apodi, nas costas de Renê. Apodi dominou e enxergou Jonatan Gómez no outro lado. O meia recebeu livre e chutou colocado, buscando o canto direito de César, que espalmou a escanteio.
Aos 18, Willian Arão virou o jogo da esquerda para a direita, até Everton Ribeiro. Ele recolheu, levou para o meio e, da entrada da área, bateu à meia-altura, no canto esquerdo de Jordi, que se esticou para salvar.
Aos 19, o CSA mais uma vez se enrolou na saída de bola. Didira recuou no fogo para Leandro Souza, Gabriel tomou e tabelou com Vitinho, mas demorou a decidir o lance, se atrapalhou todo e Leandro Souza conseguiu colocar para escanteio.
Na cobrança, aos 20, depois de tantos escanteios levantados nas mãos de Jordi, Everton Ribeiro cobrou curto para Rodinei, recebeu de volta e pôs na cabeça de Vitinho, que testou para o barbante. Um a zero.
Aos 31, depois de boa manobra com Vitinho pela direita, Everton Ribeiro lançou Arão, que invadiu, livrou-se de Gérson e chutou. Jordi espalmou e Gabriel completou de cabeça para o gol vazio. Dois a zero.
Aos 36, mais uma jogada esperta pela direita. Everton Ribeiro, Rodinei e daí a Vitinho, que cruzou para Gabriel no outro lado. Ele dominou e chutou forte, Jordi defendeu, soltou, salvou com o pé, Everton Ribeiro ficou com a sobra e concluiu mal, longe do gol.
Ficha do jogo.
CSA 0 x 2 Flamengo.
Estádio Mané Garrincha (Brasília), 12 de junho.
CSA: Jordi; Celsinho, Gérson, Leandro Souza e Carlinhos; Nílton (Patrick Fabiano), Didira e Jonatan Gómez; Apodi (Maranhão), Cassiano e Victor Paraíba (Gersinho). Técnico: Marcelo Cabo.
Flamengo: César; Rodinei (João Lucas), Thuler, Rodrigo Caio e Renê; Piris da Motta, Willian Arão e Everton Ribeiro; Vitinho, Gabriel (Berrío) e Bruno Henrique (Lincoln). Técnico: Marcelo Salles (interino).
Gols: Vitinho aos 20’ e Gabriel aos 31’ do 2º tempo.
Cartões amarelos: Leandro Souza, Didira, Jonatan Gómez; Gabriel.
Juiz: Douglas Flores. Bandeirinhas: Emerson Carvalho e Miguel Costa.
Renda: R$ 2.949.665,00. Público: 37.673.
os comuna PIIIIIRA !!!!!!! viva o Mito !!!!!!!!!!
Eu aqui com síndrome de abstinência do Mengão, louco pra acabar logo essa Copa Patética pra ver o Flamengo jogar de novo, com grandes chances de título tanto na Libertadores como na Copa do Brasil, em que pegaremos duas carnes assadas nas próximas fases, e vcs aí:
“Ainnn, a diretoria não fez homenagem pra guerrilheiro que dirigia grupo que queria implantar ditadura comunista. Vou cancelar PST”
“Ainnn, um dirigente do clube tirou foto com o Bozo, que é serial killer, não vou mais a estádio”
“Ainnn, a empresa que o Flamengo contratou para gerir seu marketing não usa o termo favela por ser considerado politicamente incorreto. Vou mudar de time”
Que patético.
A diretoria atual fez ótimas contratações, baixou o preço dos ingressos, o Flamengo enfim tem estádio e joga com Maracanã lotado jogo sim, jogo também, estamos ganhando títulos, estamos classificados em todos os campeonatos que disputamos, estão chegando reforços pra posições carentes, temos um treinador de uma escola europeia de referência e vocês aí nesse mimimi sem sentido, apenas porque não admitem que a diretoria não seja de esquerda.
Uma dica: parem logo de torcer pra um time comandado por essa diretoria fascista. Cancelem PST, sumam dos estádios, torçam para um time mais afeito aos seus ideais políticos. Sugiro o Corinthians, com seus Lulas, Andrés Sanches e outros eméritos esquerdistas. Vale a pena, eles ganharam campeonatos brasileiros com juiz comprado e até um estádio superfaturado construído com dinheiro público por uma empreiteira corrupta. Uma maravilha. Lá é todo mundo pró Lula Livre.
Mas na torcida do Flamengo, vcs não passam de uma pequena minoria. Não farão falta.
Só não quero ver ninguém comemorando título do Flamengo aqui no fim do ano hein.
É proibido torcer para o sucesso dessa diretoria de riquinhos capitalistas fascistas do Flamengo, assim como é proibido torcer para o sucesso do governo Bolsonaro.
Sejam coerentes.
cara,para de misturar politica com futebol.
aqui todo mundo é flamengo.
mais paz no coração.
SRN !
murtinho,
ainda bem que temos esse espaço para falar de coisas comum a nós mesmo,pricipalmente falar do flamengo.
sem o time no campo,resta especular contratações ou emprestimos.
qual a maior necessidade do elenco hoje?
seria as laterais ou a zaga?
um centro-avante….
a contratação do novo treinador,foi acertada?
essas são minhas duvidas !
SRN !
Fala, Chacal.
Beleza, ponto muito importante.
Acho que a avaliação de um elenco deve sempre levar em conta a capacidade de investimento do clube.
Apesar de me expor a tomatadas, não considero Renê e Arão tão ruins assim. Mas nenhum dos dois está à altura do time que, nesse momento da nossa história, o Flamengo pode ter. E aí a conta vai para quem monta o grupo de jogadores, na minha opinião trabalho feito com vários erros desde os tempos de Rodrigo Caetano.
Precisamos de um lateral-esquerdo para assumir, de imediato, a titularidade (na direita, vamos torcer para que Rafinha se adapte rapidamente). Precisamos de um zagueiro, porque a temporada é complicada, estamos nas três competições e o que temos é a conta do chá. Já percebemos que, por motivos físicos, não dá pra contar com Rhodolfo. Imagine se, num jogo decisivo contra o Palmeiras, por exemplo, Léo Duarte está suspenso e Rodrigo Caio lesionado. Vamos entrar com Dantas? Rafael Santos? É muita responsa. Aí, repito, entra a questão financeira. Se for possível trazer alguém para ser titular absoluto, beleza. (Não sei como estão no momento, mas pelo que jogaram no futebol brasileiro, Jemerson e Gil seriam caras assim. Não me lembro do tal do Jardel, do Benfica, que tem sido citado como indicação de Jorge Jesus.)
Sim, precisamos de gente para o comando do ataque. Embora limitados, saíram dois caras dali (Henrique Dourado e Uribe) e é preciso saber, de uma vez por todas, se Lincoln e Vitor Gabriel são capazes ou não de resolver. De qualquer modo, Gabriel tem um jeito de jogar que não deixa ninguém seguro e confiante em relação ao desempenho nas grandes partidas.
Ou seja: olha aí o problema. Das posições que você citou (além delas, há a questão do segundo volante), na boa, temos necessidade de reforços em todas elas. Talvez seja por isso que, numa troca de comentários em outro post, tanto você quanto eu consideramos o elenco do Palmeiras superior ao nosso.
Em relação a Jorge Jesus, apesar de nunca ter acompanhado os times que ele dirigiu, me parece uma aposta ousada e importante. Em algum momento o Flamengo precisaria fazer algo assim e o fracasso de Abel antecipou as coisas.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Pedindo licença e mais uma cerveja pra bela e jovial garçonete, me convido a entrar nesse papo porque venho me repetindo que o elenco do Flamengo não é essa coca-cola toda de jeito nenhum. Das 4 grandes contratações do início do ano, na real só uma até agora disse a que veio: Rodrigo Caio. Mesmo o BHenrique entrou no vermelho pela sequência de atuações pífias nos últimos jogos. Gabriel Barbosa é daquele jogadores que me deixa irritado só de lembrar que ele existe e, pior, muito pior, veste a camisa do Flamengo e é titular inquestionável. E, enfim, Arrascaeta, que já mostrou o cartão de apresentação, é verdade, mas precisa confirmar e tomar conta da posição. Não temos laterais. O Pará, da minha parte, não merece comentário. É vergonhoso que ele esteja no Flamengo a tanto tempo. O Renê, pelo menos, é bom defensor, mas não consegue dar passe de 2 metros e quando se arrisca invariavelmente dá no pé do adversário. É verdade que a defesa ficou menos vulnerável com o Fera, mas em compensação o Arão deixou de atuar avançado, às como elemento surpresa, e com isso perdeu sua característica mais produtiva fazendo ultrapassagem pela direita. Ele só é bom no ataque. É igual ao Trauco. Não sabe marcar. Ou deixa passar, molenga que é, ou faz falta perto da área. Everton Ribeiro é O Cara desse time. Cuellar e Rodrigo Caio completam a lista dos esteios e intocáveis. Quanto ao goleiro continuo em dúvida, mas faz tempo que sinto mais firmeza no César. Não sei se é simpatia, orgulho (apostei nele desde o início) ou realidade dos fatos, mas ele me passa mais segurança – tem uma envergadura maior e também com os pés o César é melhor. Dos volantes, numa 1ª impressão, o Hugo Moura me chamou mais atenção do que o Ronaldo, embora este seja um bom jogador. O tal do Klebinho, que nunca vi jogar, deve ser horroroso. Não conseguir nem uns minutinhos em campo sendo reserva do Pará e do Rodinei deixa o cara sem ter como explicar em casa. Pega mal em qualquer currículo. E o que dizer da irresistível simpatia do nosso Blecaute colombiano, Orlando Berrío? Junto com o Rodinei, poderia formar uma dupla de qualquer coisa – fora do campo. Fico uma mistureba de envergonhado com raiva de ver o Manto ser emporcalhado dessa maneira.
Enfim… O Flamengo tem um bom elenco se comparado com os outros, não sei (não sei nada sobre os outros times, portanto não posso opinar sobre o elenco do Palmeiras). Mas não tem um grande elenco. As ausências do Cuellar e do Arrascaeta deixaram isso claro.
srn p&a
faço das suas observações as minhas….
elenco nós temos ,tanto é que a simples troca de treinador o time já ficou mais compacto e deixou de dar tantos sustos na torcida.
pelo que andam falando do português,nós vamos evoluir bastante,além disso tem a expectativa de vir um ou outro jogador mais gabaritado.
além disso tudo o tempo vai ser um bom aliado nessa parada para a copa américa.
SRN !
Rasiko, ouvi que o Portuga pediu um novo atacante e de que não tolera o retorno de cágado dos atacantes quando da retomada de bola pelo adversário. Me parece que os dias estão contados para o Tiririca.
Suas observações estão perfeitas. Faltou incluir o Piris da Mota. Vamos dar um tempo para uma melhor análise. A priori, bem fraquinho.
Gabriel: atacante mediano, tem velocidade bom chute, participa bastante do jogo. Não é craque, não vale o que recebe, mas é um atacante acima da média no Brasil. Estamos no meio da temporada e tem mantido boa regularidade e boa média de gols, apesar da média de gols perdidos ser maior.
Bruno Henrique: muito veloz, forte e decisivo. Não fosse seus gols decisivos, principalmente em clássicos, nem o carioca teríamos ganho com o bando do Abel.
Arrascaeta: impossível avaliar pelo pouquíssimo tempo que esteve em campo. Mas, mesmo nos poucos minutos que jogou, mostrou muito mais técnica, nteligência e verticalidade que o titular Diego, vulgo enceradeira atômica, que não decide nada pra gente desde que assinou contrato com o Flamengo
Rodrigo Caio: zagueiro mediano, supervalorizado pela mídia paulista, que começou falhando muito, mas acabou se tornando sem dúvida a referência da defesa, apesar da chuva de gols que o time levou na era Abel.
Acho que as 4 contratações foram boas, na balança dos prós e contras.
A diretoria pisou na bola ao não investir em um segundo volante no início do ano.
Pra Lateral-direita eu poderia dizer o mesmo, mas cabe ressaltar a carência de bons jogadores dessa posição disponíveis no mercado.
O erro crucial, entretanto, foi a contratação do Abel. Erro esse que já foi corrigido, espero que a tempo de não comprometer o restante da temporada.
Enfim, acho que, na balança, o Flamengo foi bem ao mercado. E a diretoria me parece muito menos passiva que nos tempos pavorosos da era Banana.
Troop, esse nome já traz no bojo algo de violento, acho até que por seu estilo identifiquei alguém que já andou comparecendo sob outro codinome, tão violento como você, tudo bem você tem lá suas opiniões, mas já está enchendo o saco com essa seu lado vesgo de ver as coisas. Fiquei na sua, discuta só futebol, agora ficar falando só em política é que não dá, pior, demonstrando ódio com os que não concordam com você é típico de certa ideologia vigente nessas bandas que já foi um país respeitável. . Respeita a opinião alheia, ou então vai cantar em outra freguesia, aí você pode vociferar contra quem quiser, mas para de torrar os bagos de pessoas que só querem discutir o Flamengo.
Grande Xisto.
Copio e colo, aqui, o que escrevi na resposta ao último comentário do Trooper:
Vamos em frente, agora torcendo para que a aposta em Jorge Jesus dê certo, para que os reforços que vierem se adaptem rapidamente e comecem a ajudar logo, para o Palmeiras perder pontinhos aqui e ali, para vacilarmos cada vez menos e para conquistarmos pelo menos uma das duas maiores competições. (Claro: se formos à final da Copa do Brasil, vou torcer feito um louco, mas não consigo equipará-la, em importância, ao Campeonato Brasileiro e à Libertadores).
Abração. SRN. E, mais do que nunca, Paz & Amor.
Entre algumas paixões da minha vida, eu posso destacar: mulher, filhos e Flamengo. Entretanto, nenhuma delas me cega, nenhuma me afasta da razão.
Por isso, me sinto à vontade de voltar ao tema relativo às arbitragens. Vejam, por exemplo, o absurdo de mais de 5 minutos com o jogo parado para os mafiosos constarem que a bola havia tocado entre o ombro e o antebraço do Arão. Se vocês se lembram, em lances em que a bola tocou realmente no braço de jogador do São Paulo – quase ao apagar das luzes da partida – e do Fluminense, em lances nítidos de pênalti, ninguém, nem VAR, nem árbitro, nem auxiliares, se manifestaram.
É choro meu? Estou querendo com isso esconder as deficiências do time?
Não. Claro que não.
Desde o início desde ano, repetitivo como o Bolero, de Ravel, eu venho afirmando que não confio no time, no técnico (no caso o Abel) e na diretoria.
Creio que não estava errado. O time não deslanchou, Abel já foi para o espaço e a diretoria… Bem, quanto à ela, o Rasiko já disse tudo.
Portanto, meu querido Carlos Moraes fique tranquilo porque não tenho o hábito me deixar embaçar por paixões.
Eu mudo de opinião, sem a mínima vergonha. Immmanuel Kant, em célebre frase, afirmou:
“O sábio pode mudar de opinião. O ignorante nunca.”
Infelizmente, o nosso Brasil de hoje está esta povoado por uma considerável massa de fundamentalistas, que em suas definitivas e profundas convicções, jamais consegue enxergar o outro lado da moeda.
Ontem mesmo, eu perguntei a um desses:
– Se um hacker invadisse o telefone celular da sua esposa e descobrisse que ela está lhe traindo, o que você faria: me contratava para ajuizar o divórcio ou ficava com raivinha do hacker?
Estou ainda aguardado a resposta.
Por fim, e quanto ao fato de o Bolsonaro e o Moro vestirem a camisa do Flamengo, talvez eu tenha um entendimento um pouco divergente da maioria dos nossos comentaristas.
Na nossa grande Nação Flamenga, nós temos de tudo: comunistas, socialistas, fascistas, nazistas, peronistas, e tantos outros “istas” por aí afora.
No lamentável fato do jogo de Brasília, o que mais me agrediu foi a presença de membros da diretoria do Flamengo. Esses filhos da puta não podem e não devem juntar política (com minúscula mesmo) com a instituição Clube de Regatas do Flamengo, de quem são apenas representantes e não donos.
E, em relação ao Bolsonaro, aquele que gosta de brincar de Legus, equilibrando lata de leite condensado, sob pacote de goiabada e garrafa de cachaça, não me surpreendeu a sua grotesca atitude de beijar o escudo do Flamengo. Eu não perco o meu tempo com esse tipo de ação feita por esses personagens.
Já o Moro parecia estar bem distante daquilo tudo.
E, se desde o início do ano venho afirmando que não confio no time, no técnico (Abel) e na diretoria, eu espero que ao menos possamos dizer em breve:
“In Jesus we trust.”
SRN!
Meu caro Aureo.
Talvez eu não tenha conseguido deixar isso claro no texto, mas o problema não foi com Bolsonaro ou Moro, e sim com os representantes do Flamengo.
Foi o que você disse: temos de tudo. Eduardo Cunha é flamenguista doente, fazer o quê? Mas o mínimo que a diretoria do clube poderia fazer seria honrar a nota oficial que publicou.
Abração. SRN. Paz & Amor.
PS: Não quero provocar, apenas cutucar. Quer dizer que não foi pênalti do Willian Arão? Aí começamos a nos entender em relação a esse assunto.
Meu querido Murtinho,
é sempre um prazer debater divergências com você. Pode me provocar à vontade. (risos)
Realmente, a bola na mão do Arão não se caracterizou como um lance de pênalti, apenas porque a bola bateu entre o ombro e o seu antebraço. Tivesse batido mais em baixo, o pênalti teria sido assinalado.
Observou o pênalti assinalado contra a Bolívia? Injusto não é? Também acho. Mas trata-se de aplicação das novas orientações sobre o entendimento de bola na mão no futebol.
Antigamente, essa questão de mão na bola e bola na mão gerava muita discussão, porque a configuração da infração dependia única e exclusivamente da interpretação do árbitro. Assim, para acabar de vez com a dúvida, a FIFA procurou simplificar a regra.
Infelizmente, quando se quer prejudicar, muda-se tudo.
Um forte abraço.
SRN!
Fala, Aureo.
Não foi pênalti do Arão. Ok. Pelo menos metade das nossas divergências acabaram convergindo.
Passemos à outra metade: você não acha que, se houvesse uma intenção deliberada de prejudicar o Flamengo para beneficiar o Palmeiras ou sei lá quem, aquele pênalti seria marcado? Na transmissão do PFC, por exemplo, Sandro Meira Ricci disse que daria o pênalti.
De todo modo, ainda não me convenci dos benefícios da mudança, e continuo preferindo a regra da intenção/não intenção. Acho que essa nova orientação deriva da vontade da Fifa em aumentar o número de gols nas partidas de futebol, o que é uma rematada tolice.
Mas vamos ver se a gente discute isso no post que pretendo publicar, em breve, sobre o VAR.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Não, não foi pênalti. A bola bate 1º na cabeça do Arão e dali desvia pro antebraço, ou braço. Ou seja, a interceptação acontece com a cabeça e não com o braço ou antebraço. Portanto, para nossa surpresa e gáudio, o juiz acertou.
Concordo.
De qualquer modo, precisa demorar cinco minutos e trinta segundos pra chegar a essa conclusão?
Conforme anteriormente prometido ao Carlos Moraes, vou ver se aproveito a Copa América pra publicar um post sobre o VAR e a gente discutir o assunto aqui.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Cena da “greve geral” de hoje:
Uma meia-duzia de baderneiros com camisas e bandeiras vermelhas tentando fechar uma via movimentada em pleno horário de rush. Já seria lamentável pela falta de empatia e respeito ao próximo, por pretenderem impedir o direito de ir e vir das pessoas que estavam voltando pra casa cansadas do TRABALHO.
Mas conseguiram piorar. Em dado momento os estranhos indivíduos que não demonstravam qualquer respeito ao direito dos demais começou a gritar Lula Livre.
Foi quando levaram uma sonora vaia dos demais passantes e das pessoas que estavam nas janelas do prédio, que começaram a gritar “Brasil”.
Uma cena inacreditável, protagonizada por uma minoria que insiste em não aceitar o resultado das urnas e acha que defender um condenado em 3 instâncias é a solução para o país.
Nenhum presidente de qualquer país, presente em qualquer estádio, em um evento de qualquer modalidade esportiva, no planeta, seria ignorado por torcedores, dirigentes e jornalistas.
Recepcionar o presidente da república em um evento oficial não é fazer política. É praxe. Sempre foi assim, e sempre será. Foi com Médici, foi com Lula, foi com Bolsonaro, será com Bolsonaro novamente.
A diferença é que os últimos presidentes presentes em estádio não eram aplaudidos efusivamente por 99,9% dos presentes. Muito pelo contrário. Indubitavelmente, Bolsonaro é um dos presidentes mais populares da história do país, tal qual Lula, antes de ser condenado. Negar isso é apenas um mecanismo de fuga da realidade, oriunda da dificuldade de aceitar o resultado acachapante das urnas.
O mimimi todo por causa de uma foto de um dirigente que sequer é o máximo da instituição, não passa de hipocrisia barata. Baratíssima. Se fosse o político da preferência dos que estão criticando, como já aconteceu mais de uma vez, não teria crítica alguma.
Uma hipicrisia tão barata quanto aquela que leva um político a provar sua popularidade publicamente vestindo a camisa do Mengão, que deixa qualquer um bonito e popular.
Trooper,
Vou repetir o que eu achava que tinha deixado claro: Bolsonaro ganhou a eleição com larga e indiscutível diferença de votos. Não se discute.
Vou dizer mais: apesar de palmeirense confesso, acho até que foi uma delicadeza e um gesto de boa educação o presidente ir ao estádio vestindo uma camisa do Flamengo, pelo que pude perceber, assinada pelos jogadores. Ganhou o presente, achou de bom tom ir ao jogo com o presente que acabara de receber, beleza. Claro que capitalizou, mas não se poderia esperar nada diferente de político nenhum do mundo.
O problema, Trooper, está na atitude dúbia da diretoria do Flamengo. Seria melhor, mais corajoso e mais honesto fazer como o Atlético Paranaense, que – seja por ideologia, seja pelo dinheiro de Luciano Hang – assumiu o apoio à candidatura de Bolsonaro nas eleições de 2018, inclusive com frases que remetiam à candidatura estampadas nos agasalhos com que o time entrava em campo.
O erro está em vender um peixe, entregar outro e tentar nos fazer de bobos.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Prezado Jorge Murtinho, tua delicadeza em responder a todos os comentários dos teus textos já demonstram o caráter e o teu respeito pelos debatedores. Muito legal. Parabéns e obrigado pelo carinho.
Quanto ao tema em debate, que cane confessar que é rico em diversidade de interpretações, talvez o que vc e demais debatedores não estejam considerando é que não estamos mais em fase de campanhas presidenciais, de forma que caberia ao Flamengo assumir apoio à candidatura de X ou Y.
Bolsonaro não é candidato a nada. Ele é o presidente do país. Goste-se ou não dele.
Recebê-lo e registrar a sua presença não tem nada a ver com “apoiar o Bolsonaro”. É praxe. Quase uma obrigação.
Quanto às camisas do Flamengo que os membros da comitiva vestiam, foram arremessadas pelos próprios torcedores, não foram doadas pelo clube em “apoio ao nazi-fascismo”.
Cancelar Sócio-Torcedor, dizer que “nunca mais torce para esta merda de clube”, como teve famoso dizendo, dizer que o “clube deveria se envergonhar”, antes de não encontrar fundamento em fatos, pois não houve qualquer homenagem oficial do clube em apoio ao governo Bolsonaro, ainda é uma total intolerância com quem pensa diferente, que, pasmem, é a GRANDE maioria.
Pra esse pessoal, gostaria de dizer uma coisa: passou da hora de aceitar a derrota das urnas, de aceitar que o PT não governa mais o país. Como em qualquer democracia saudável, alternância de poder é necessária.
Ganharam as últimas 4 eleições. Perderam a última. Aceitem, lutem para ganhar a próxima. Mas, se são incapazes de aceitar a derrota, e vão passar 4 anos sendo intolerantes com tudo e todos que não comunguem do mesmo pensamento, pelo menos não envolvam o Flamengo nisso.
Vilipendiar o nome do clube por causa de fanatismo e intolerância ou defender que o clube seja prejudicado, com campanhas de cancelamento de ST, como tenho visto por aí nas redes sociais é canalhice vergonhosa.
Que mudem de time, não farão a menor falta.
Não é o seu caso, claro, prezado Murtinho. Vc é um grande flamenguista e um dos melhores escritores que já tive o prazer de ler.
Abraço
Beleza, Trooper.
Obrigado pelos elogios e vamos em frente, agora torcendo para que a aposta em Jorge Jesus dê certo, para que os reforços que vierem se adaptem rapidamente e comecem a ajudar logo, para o Palmeiras perder pontinhos aqui e ali, para vacilarmos cada vez menos e para conquistarmos pelo menos uma das duas maiores competições. (Claro: se formos à final da Copa do Brasil, vou torcer feito um louco, mas não consigo equipará-la, em importância, ao Campeonato Brasileiro e à Libertadores).
Abração. SRN. Paz & Amor.
Vou me inserir no contexto, ^no de leve^.
Foram citados três Presidentes, distanciados, do ponto de vista ideológico, como da água para o vinho.
Em comum, em relação aos dois primeiros, o amor pelo futebol, que sempre deixaram claro.
Do terceiro, nunca se soube, sendo que seus admiradores afirmavam se tratar de um torcedor do Botafogo, no Rio, e, principalmente, do Palmeiras, no seu Estado natal, sendo certo que o seu próprio nome foi uma homenagem a um então jogador esmeraldino (termo da época).
Da imensurável distância ideológica existentes entre os três, não cabe aqui qualquer comentário.
Não há que se entrar neste aspecto.
Há, no entanto, um outro aspecto diferente a ser apreciado, obrigatoriamente.
A MOTIVAÇÂO, quando se faziam presentes em estádios.
Aí está o busilis da questão, não interessando saber quem deu as camisas, se era quase obrigação ser recepcionado pelos dirigentes e assim por diante.
O gravíssimo aspecto de toda essa história infame é a MOTIVAÇÃO dela.
O Presidente não foi ao estádio para ver um jogo de futebol.
Foi fazer política, com letras minúsculas, eis que falamos de uma política das mais repelentes.
Fez questão de levar a tiracolo o seu Ministro da Justiça, centro de uma seríssima discussão.
Em suma, APROVEITOU-SE do Flamengo para fazer política rasteira.
Como autêntico torcedor rubro-negro, além de não aceitar atitudes demagógicas, menos ainda tolero que se APROVEITEM do meu clube de coração para fazer politicagem de quinta categoria.
Autênticas SRN
FLAMENGO SEMPRE
PS – aproveito a oportunidade para uma recomendação. A Globo, até diria infelizmente, tem um nível muito acima das demais emissoras. Quando quer (quase nunca), produz acima da média. Não percam a FABULOSA PARÓDIA do último
Zorra, ainda por cima com música do incomparável Chico Buarque. Simplesmente GENIAL.
Muito obrigado pelo texto! É uma dádiva ter um espaço como o RPA para vir ler coisas sensatas, inteligentes e divertidas. Eu estava enojado e com a imagem dos canalhas emporcalhando o manto com seu oportunismo e desespero ( a água já tá batendo na bunda!).
Com o nojo turbinado pela postura escrota da diretoria do Flamengo, você e o Arthur chegaram pra salvar o meu dia. Dois textos foda!
SRN
Fala, Mauricio.
Obrigado pela moral.
Se Arthur não aparecer por aqui, me encarrego de levar a ele seus agradecimentos. Valeu.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Tem alguma coisa sinistra nessa diretoria do Flamengo que não me agrada nada. Acho que eles são Illuminatis ou integrantes de uma seita satânica qualquer tipo a KKK dos fundões do Alabama. Não confio nesses caras. Todos são suspeitos até prova em contrário. O Departamento de Comunicação e Marketing (que, como observou alguém, nada tem a ver um com o outro) é uma vergonha inexplicável dado o fato de o clube ter condições de contratar os melhores profissionais da área. Qual o mistério? Porque permanecem os incompetentes fazendo cagadas sucessivas? – Vamos combinar que são, sim, lambanças até certo ponto graves, como foi o caso de proibir o termo favela causando uma avalanche de exposição negativa, trocando foto de jogadores famosos como Andrade e Adílio, escrever Jorge Jesus vai “estreiar”, em vez de “estrear” e asneiras outras pra servir de chacota dos anti e manchar a imagem profissional da instituição, que tem OBRIGAÇÃO de produzir as peças mais criativas do mercado, apoiada que é por uma massa apaixonada de 40 milhões de insanas criaturas, únicas e verdadeiras patroas, e a quem essas peças devem ser dirigidas para reconhecer e enaltecer o seu valor, sem a qual, A TORCIDA, o mundo da bola perderia a fantástica vibração que o caracteriza e que é sua essência.
A Torcida é o Eu Sou do futebol. Sem ela, nada disso existiria.
srn p&a
Esqueci de citar a vergonhosa atitude dessa nefasta diretoria negando participação no episódio da homenagem ao Stuart Angel, ex-remador do clube e, durante a ditadura, um dos presos políticos mais barbaramente torturados até morrer. E foi no dia 14 de junho de 1971, completando hoje, portanto, 48 anos de uma tétrica página que foi escrita com sangue e vísceras num país onde a mente estreita, dogmática, doutrinária e moralista do “pensamento” evangélico estabelece as regras e procedimentos.
Coitado desse país!
srn p&a
Boa, Rasiko!
Comentário cheio de razão e de picardia. Me amarrei, em especial, na suposição dos illuminatis. Sensacional.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Foi corrigido, em parte.
Tinha feito o comentário referente ao Franz e ao Dionísio como se fosse independente, quando era uma resposta/concordância às colocações brilhantes do Fernando Amadeo.
Conseguiram retirar o comentário, não o pedido para tanto.
Deve ser difícil mesmo.
Sempre confessei o meu analfabetismo tecnológico, nas coisas mais banais.
Não é difícil não, eu é que me enrolo.
É que escrevo as respostas aos comentários numa página interna do blog, e às vezes me confundo, não sei a quem já respondi e a quem ainda preciso responder, coisa de velho.
Confere lá, por favor, acho que agora retirei.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Ridícula essa foto do Bozo e o Marreco fazendo populismo barato às custas do Flamengo. Um é Palmeirense e o outro athleticano e o Marco Braz é um baba ovo que envergonha as tradições democráticas do Mengão.
Fala, Ricardo.
Marcos Braz não estava ali como pessoa física, e sim como vice-presidente de Futebol. Alexsander Santos não estava ali como pessoa física, e sim como diretor de Marketing. Ambos representavam o clube que diz não se posicionar sobre assuntos políticos.
Para coroar a lambança, como fiquei sabendo pelo comentário do Michel Miranda, o instagram oficial do Flamengo publicou a foto.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Argh, Murtinho, que gente feia, nunca vi o Flamengo tão mal vestido, que tal pedir emprestado ao Arthur, uma Brigite Bardot, Jane Fonda ou a desparecida coeva (epa!)do Carlos Moraes, Claudia Cardinale, poraí…
Grande Xisto!
E já que tudo aconteceu em Brasília, talvez seja o caso de pedir ajuda a Renato Russo: festa estranha com gente esquisita, eu não tô legal, não aguento mais birita.
Sobrou alguma dose do Teacher’s ou Miki mamou tudo?
Abração. SRN. Paz & Amor.
A polêmica postagem na página oficial do Flamengo da foto do Presidente da República e do Ministro da Justiça com dirigentes rubro-negros, às 00:10h do dia 14.06.2019, conta algo em torno de 140.000 curtidas e coraçõezinhos fofos, contra 38.000 carinhas irritadas.
Interessante, apesar da lavada, ver a quantidade de flamenguistas que dizem que vão cancelar Sócio-Torcedor e deixar de torcer para o Flamengo, por causa de uma foto com o Marcos Brás ao lado das supracitadas autoridades.
Pessoal afetadinho né?
Fluminense tá precisando de sócios (as). Fica a sugestão.
Duas sugestões.
Uma correta, abandonar o PST.
Outra totalmente equivocada, além de criminosa, pois o STF brilhantemente já decidiu quanto ao homofobismo.
Já tinha visto de tudo na internet, incluindo “flamenguista” fazer campanha para prejudicar o clube, com saída do PST, porque um dirigente tirou uma foto com um político que ele não gosta.
O tal de Carlos Moraes não foi inovador nisso.
Já taxar de crime uma tradicional brincadeira com a torcida do Fluminense, porque supostamente o STF disse que é, aí é bem inédito.
Parabéns pelo pioneirismo. Inovação é tudo.
Infelizmente pra vc, Carlos, seu intento em prejudicar o Flamengo ficará apenas no campo das ilusões.
O PST do Flamengo só cresce, para felicidade geral da Nação, e a tal foto polêmica fez maior sucesso na página do clube, apesar dos ataques de uma pequena minoria de intolerantes anti-democráticos que se recusam a aceitar a derrota nas urnas.
Além disso, estamos no meio da temporada, levantamos todas as taças que disputamos até agora, estamos classificados em todos os campeonatos que disputamos e temos um técnico europeu, famoso pela ofensividade dos seus times.
Só notícia boa. O horizonte é promissor.
Espero que não se mate de desgosto, Carlos, com o Mengão forte e poderoso que está se desenhando. PST vai bombar.
Política é um assunto delicado. Passado que envolve figuras queridas. Tempos nebulosos. Cada qual com suas peculiaridades. Mas de uma coisa tenho certeza, é preferível ter uma imagem oportunista com o atual Presidente do que com o presidiário Luladrão. Como diria um certo narrador de basquete: ” É o caos!!”.
Afinal, esses caras torcem pelo Flamengo ou pelo Bolsonaro/Lula (2 lados da mesma moeda)? Será que os idiotas convictos acham mesmo que entre 40 milhões de cabeças todas vão “pensar” a mesma coisa sobre todas as coisas, exceto o Flamengo? Se a diretoria do clube não é flor que se cheire, imagine a do país!
Fala, Trooper.
Bolsonaro ganhou a eleição, e com boa margem. Não é isso o que está sendo discutido.
O que pegou mal foi a posição dúbia da diretoria do Flamengo. Se o estatuto do clube proíbe, tá proibido.
Como dizia Stanislaw Ponte Preta, já citado aqui pelo Carlos Moraes, “ou locupletemo-nos todos, ou restaure-se a moralidade.” Tem que valer pra todos os lados.
Quanto a cancelar o sócio-torcedor, concordo com você. Acho que não se devia misturar as coisas.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Brilhante amigo Jorge Murtinho,
A minha bola de cristal funcionou !
Na primeira oportunidade que tive, fiz a indagação – ^será que vale a pena ir ao jogo, aqui em Brasília, contra o CSA (Int.)^
Ela me respondeu, de forma imediata e taxativa – NÃÃÃO !
Apesar de não entender a razão de tanta segurança, pensei melhor, refleti que já estou com 81, que o adversário era o vice-lanterna e que, na verdade, nada poderia haver de proveitoso, eis que o Jesus ainda está por chegar.
Conformei-me com a televisão.
Dia dos Namorados, o meu de número 56, jantamos fora, com um dos filhos (o outro, coitado, foi ao Mané Garrincha, logo o mais politizado, que você conheceu no Rio) e, ao voltar, preparávamo-nos para ver pela TV.
Eis que, não mais que de repente, surgem duas figuras abjetas, dois demagogos fantasiados de rubro-negros.
Fiquei IRADO.
Lembrei-me, de imediato, das badaladas histórias tão bem reproduzidas por você neste artigo.
Alexander Santos nunca vira mais gordo.
Marcos Brás, apesar de 2009, sempre foi um boçal mal disfarçado.
Para não prejudicar a digestão de um jantar maravilhoso, não tive a menor dúvida.
Desliguei a ^máquina de fazer doidos^ (Stanislaw), babando na inexistente gravata de tanta raiva que sentia.
Foi uma das poucas vezes que o Flamengo deixou-me PROFUNDAMENTE IRRITADO.
Não vi a pelada, logo, não comento.
Parabéns pela coragem de reportar o que se fazia necessário, inclusive com a fotografia dos quatro cavaleiros do Apocalipse.
Aborrecidíssimas SRN
FLAMENGO SEMPRE
Meu amigo Carlos Moraes.
Sem falsa modéstia, considero esse brilhante aí um tanto exagerado. Como disse o – esse sim – brilhante Arthur em resposta a um dos comentários no último post do Dunlop, se eu fosse brilhante estaria vivendo em Paris, com o burro na sombra e a baguete sob o braço.
Já que você não viu o jogo – eu vi duas vezes, na segunda para poder registrar os lances -, o que tenho a fazer é cumprimentar, você e D. Vera, pelos 56 anos de namoro. Principalmente D. Vera, que há 56 anos atura essa maluquice chamada Flamengo.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Sobre essa passagem política de nossa história, recomendo a obra 1968: O Ano Que Não Terminou – Zuenir Ventura. Uma visão imparcial desse nebuloso período.
Voltando ao campo esportivo, um primeiro tempo horroroso com a não marcação de um pênalti em favor do adversário. Pela superioridade técnica, a vitoria veio normalmente sem nenhum brilho expressivo. Uma atuação fraca.
Conforme havia comentado no post do Arthur, o que me deixou chateado foi a intervenção na escolha do melhor em campo. A inovação da participação do narrador e do comentarista, junto com o voto popular. Mais uma vez a vontade do povo foi relegada a segundo plano. Uma imoralidade. Caso houvesse deboche, como no caso de Sidão, o segundo mais votado ganharia. Simples.
Colocar uma pessoa com imparcialidade é vital para todos os seguimentos sociais. A paixão clubista tem de obrigatoriamente ser deixada de lado. Era a oportunidade do jogador de pequeno clube ter a possibilidade de ganhar um prêmio de projeção nacional. Falo de Jordi, goleiro do CSA. Foi aclamado pela votação popular como o melhor em campo. Merecidamente.
Por uma intervenção clubista, referendada vergonhosamente pelo narrador, o humilde arqueiro perdeu o prêmio de maneira parcial e amoral. Um mal exemplo.
O Clube e o jogador escolhido não precisam disso. Esse protecionismo deve ser evitado.
Vamos respeitar a vontade popular.
SRN
Mau exemplo
Zuenir é muito bom. Também gostei do livro, pelo menos é o que lembro, mas não lembro de mais nada.
Fala, João.
Por morar em São Paulo, dificilmente assisto aos jogos pela Globo, que obviamente transmite a partida de um dos quatro times paulistas. (Na hora de Flamengo e CSA, aqui pra SP a Globo transmitiu Santos e Corinthians.) Além disso, não gosto da transmissão. Quando posso optar entre Globo e SporTV/PFC, escolho a segunda opção. Essa escolha do melhor em campo só acontece na Globo, né?
De qualquer forma, seu comentário me deixou com uma dúvida: devido à intervenção do comentarista e do narrador, quem foi escolhido o craque do jogo?
Abração. SRN. Paz & Amor.
PS: O livro do Zuenir Ventura é imprescindível.
Fala, Murtinho.
Devido à interferência solar, a imagem do Premiere e SporTV, perdem a qualidade em HD. ( Todo ano, nesse período, se repete). Então, só me restou a imagem da Globo em HD.
Fui obrigado a aturar os comentários parciais do nosso grande ex-jogador Júnior. Nada contra o jogador. Mas como comentarista, me deixou profundamente irritado pela puxação de saco na escolha de um jogador do Flamengo.
Seria até um estímulo ao jovem goleiro. Merecidamente escolhido pela galera.
Torço para que as transmissões voltem ao normal. Que fique livre de aturar as transmissões em canais abertos, sempre obedientes aos critérios da direção.
Imprensa livre. Sempre. Salve, Mauro Cezar Pereira!
Everton Ribeiro foi o escolhido. Na minha opinião, imerecido. Como os demais jogadores, fez um primeiro tempo horroroso.
Um abraço
Valeu, João.
Obrigado pelo esclarecimento a respeito do melhor em campo.
Rapaz, não entendo picas dessas coisas, mas nunca tinha ouvido falar nesse problema de imagem especificamente nessa época do ano. Bem curioso.
Quanto ao Mauro Cezar, sem dúvida: salve, salve!
Abração. SRN. Paz & Amor.
É que moro em outro Brasil. Precisamente, Manaus/AM. Sujeito a todas as intempéries da natureza.
Tá explicado.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Quando vi a foto na conta do Flamengo no Instagram, imediatamente expus minha indignação completa com o oportunismo barato do marketing do FLA. Isso queima e mancha a imagem do clube quando se associa a esse Hitlerzinho de M. e ao marreco corrupto de Curitiba.
Espero, como um rubro-negro de casta, que atitudes como essa não se repitam mais.
Então, Michel.
Acho que a questão maior é a dubiedade da diretoria.
Confesso que, por mais estranho que possa parecer, não sigo o Flamengo no instagram e em rede social alguma. Mas, como alega a tal nota oficial citada no post, se a instituição “não se posiciona sobre assuntos políticos”, tem algo muito errado aí.
Ou há um sabotador administrando a conta de instagram do clube, ou a diretoria está sendo hipócrita.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Caro Murtinho,
Pessoas muito pequenas, né? Homúnculos, como acabo de ouvir o Lúcio de Castro definir…
Eu, pelo menos, fico um pouco aliviada por ter outro clube disputando com o Palmeiras essa vontade louca de ter uma nota de rodapé na lata de lixo da história. Vontade que não é exclusiva de nenhum clube, como cansamos de ver Perrella, Aécio, Andrés, Marco Aurélio Cunha, Kalil, Eurico, Patrícia Amorim (aliás, eu queria saber como um clube que proíbe manifestação política em seu estatuto cansou de ser palco para campanhas da ex-vereadora e seus aliados… acho que o estatuto de clubes de futebol, assim como outros estatutos por aí, como o da magistratura, por exemplo, são um pouquinho flexíveis). O que acontece é que esses, pelo menos, eram uma causa “normal” de vergonha para os torcedores. O Bolsonaro e o indiscutível bolsonarista Sérgio Moro, citando o Lúcio outra vez, não admitem conjunções adversativas, não são normais.
Eu vi alguém comentar que a imagem do Bolsonaro pegando o constrangido Moro pelo braço no estádio Mané Garrincha era imagem de livro, era cena para abrir documentário. Um chucro que foi tolerado pela elite econômica e intelectual porque em tese seria tutelado por “super ministros” finalmente esfregando na cara de todos que quem tutela é ele, desfilando sua qualidade de magnânimo com o super ministro enrolado… E o Flamengo de pano de fundo… E eu dando graças a Deus de não ser o Palmeiras jogando em Brasília ontem…
Parabéns !
Magníficas observações !
Aborrecidíssimas e envergonhadíssimas SRN
FLAMENGO SEMPRE
não gosto de falar de politica,pricipalmente em um espaço reservado para o futebol.
mas ver o torcedor do porco colocando a camisa do mengão para ter popularidade ,isso não tem preço.
SRN !
É isso aí, Chacal! Copo meio-cheio é mais ixperto. Com exceção do Kajuru, político é tudo farinha do mesmo saco – meu mantra eterno contra a política.
Fala, Chacal.
Você tem razão, também não gosto de falar de política aqui.
Só que, como disse nosso amigo Platão (disse mais ou menos, porque acho que não foi bem isso), “o problema de quem não gosta de política é que vai ser governado por aqueles que gostam muito de política.”
Eu preferia falar do Everton Ribeiro, do Vitinho, do Rodinei, mas aí vem a diretoria do Flamengo e confunde a cabeça da gente. Fica difícil.
Abração. SRN. Paz & Amor.
Perfeito, o post do Murtinho e o comentário da Bia. Perfeito também o podcast do Mauro Cezar e do Lúcio de Castro, citado pela Bia. Recomendo fortemente a quem eventualmente não conheça: Muito mais do que futebol, no youtube, no spotify etc.
O Flamengo é maior do que esses caras. Incrível que alguns não percebam, e se curvem tanto, a ponto de mostrar a bunda.
Pois é, Pedro.
Quando comecei minha carreira publicitária, na Caio Domingues & Associados, ali na Rua das Laranjeiras – curiosamente, numa casa vizinha à sede carioca da famigerada TFP -, um dos diretores de arte da agência era o português Joaquim Pêcego (sim, o Pêcego dele se escrevia com c). Sempre que a agência adotava uma postura excessivamente servil junto aos clientes, Pêcego soltava a pérola, com o maravilhoso sotaque de Leiria, sua terra natal: “Ai, ai, ai. Quem muito se abaixa, a bunda se lhe aparece.”
Abração. SRN. Paz & Amor.
Minha amiga Bia.
Você tem razão. É impressionante a voracidade que os dirigentes dos nossos clubes demonstram – e quando digo “nossos”, não me refiro exclusivamente ao meu Flamengo e ao seu Palmeiras – quando se trata de bajular os poderosos, me arrisco a dizer que de qualquer partido ou tendência ideológica.
Quanto ao estatuto do Flamengo, estamos percebendo que ele é bastante flexível, e esta flexibilidade se põe a serviço do mandachuva de plantão.
Genial o último parágrafo do seu comentário. Tem toda a pinta disso mesmo.
Beijo grande. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, assisti hoje a Brasil x Austrália feminino. Realmente, o futebol brasileiro está na UTI! As australianas, ruins de bola, mas boas de tática, engoliram as pobres brasileiras, que chegaram a fazer 2 x 0, sabe-se lá como, mas não resistiram à melhor organização das adversárias. O que vi de bom nesse plantel (afinal, agora somos todos portugueses desde pequenininhos) foram os gols de cabeça da Cristiane. Lembraram-me de imediato nosso Dionísio, o Bode Atômico. Aliás, em um dos jogos deste ano no Maracanã, um dos ex jogadores homenageados foi o grande goleiro Franz! Fiquei emocionado! Franz, e agora o saudoso Dionísio, titulares absolutos do meu time de botão! Eita tempo bom! SRN!
Também assisti e concordo em tudo e por tudo.
Rapaz, sabe que do Franz tinha me esquecido.
A idade é fogo.
Foi aquele bom goleiro que começou no São Cri Cri, não é.
Do Bode Atômico sempre fui fã. Um dos melhores cabeceadores de todos os tempos.
Pena que o meu time de botão era Jurandir, Newton e Norival – Biguá, Bria e Jayme – Valido, Zizinho, Pirilo, Perácio e Vevé.
Todos já em outra dimensão !
Nestes assuntos, não posso ficar aborrecido.
SRN, apenas e tão somente
FLAMENGO SEMPRE
Carlos, isso mesmo. Flamengo o trouxe do São Cristóvão. Foi um grande goleiro. Pena ter se machucado feio. Veja o link que o Murtinho me passou.
Meu time de botão é bem mais modesto: Franz; Murilo, Ditão, Jaime e Paulo Henrique; Carlinhos e Fefeu; Carlos Alberto, Dionísio, Silva, “O Batuta”, e Oswaldo “Ponte Aérea”. Vai levar um vareio do seu. Deixa quieto. Obrigado pelas palavras de incentivo. Sou fã dos seus comentários.
Desse time, do Jurandir ao Vevé, lembro meu pai recitando, quando tinha 5 ou 6 anos – nasci em 1944 -, como se fosse um mantra divino, embevecidas suas faces se tornavam instantaneamente. O 1º jogo pra valer, já citei aki várias vezes, foi Flamengo x Arsenal de Londres para a estréa do goleiraço Sinforniano Garcia defendendo a meta rubro-negra em São Januário. Mas não demorou muito e o timaço de 53-54-55 logo começou a dar as caras numa formação inesquecível onde não se sabia quem era melhor, o titular ou o reserva. E tinha como escolher a não ser pela melhor condição física no momento? Joel ou Paulinho? Dida ou Evaristo? Esquerdinha ou Babá? Henrique ou Índio? Duca ou Benitez? Servílio ou Jadir (talvez o zagueiro mais seguro que vi jogar)? Jordan não tinha concorrente técnico nem físico na lateral-esquerda – o cara não se machucava nunca e rarissimamente fazia uma falta. Garrincha o considerava o melhor marcador. Pavão era o rei da área. Só de olhar pro tamanho, cara e jeito de mafioso que ele tinha, era o suficiente pro atacante pensar só um pouquinho mais antes de fazer qualquer gracinha. O meio-de-campo formado por Dequinha e Rubens era um brilho só, cada um desfilando sua técnica refinada na direção do gol. E daí pra frente um leque de opções de deixar qualquer treinador dando cambalhotas de alegria. Isso, sim, era um baita elenco. Ah, ainda tinha o Moacir (outro craque), o Joubert e o Milton Copolilo que estavam metendo o nariz na porta antes de se infiltrarem.
Futebol sem arte, no princípio, é irritante; no fim, é sonífero.
Era diferente? Claro que era. O objetivo era jogar futebol e não dar cotovelada, carrinho com o pé levantado, sair rolando pra encenar uma gravidade que não existe, ganhar de qualquer maneira, excesso de faltas e por aí vai o feio futebol de resultado.
Era outra praia. Bem mais limpa. Bem mais plástica, onde se sobressaia a qualidade técnica. Como havia mais espaço pra jogar, a técnica não só aparecia na condução da bola como podia ser aprimorada ali mesmo, durante o lance. O resultado era consequência e não causa. Mas era previsível, já que o time jogava pra frente com verdadeira obsessão pelo gol, demonstrando uma garra e comprometimento que solidificou a imagem da Raça Rubro-Negra. Como eram jogadores que tinham muita qualidade, foi a época em que o Rolo Compressor se tornou marca registrada.
Não assisto jogos de outros times, nem os da Europa, portanto tenho poucos elementos pra julgar, mas nas eventuais bisolhadas de 10 a 15 minutos em que me permito perder um tempo irrecuperável não vejo nada de muito diferente ou que atraia meu olhar sedento por um balé de chuteiras. Como só o vermelho e o preto saciam minha sede, sou refém do seu impacto visual. E é esse impacto que pega todos nós. O vermelho da carne viva; o preto do absoluto, de onde tudo vem, até mesmo a luz. O físico e o metafísico. A matéria e a energia. Ninguém se livra dessa cores depois que elas penetram na pele.
srn p&a
Fala, Fernando.
Que maravilha ler um comentário que relembra Dionísio e Franz.
Dionísio vi jogar muitas vezes, excelente cabeceador e ótimo centroavante. Franz não cheguei a ver. Mas lembro de meu pai falar muito sobre ele e o azar que deu. Depois de ler seu comentário, fiz uma busca rápida no google e encontrei um link curto, que cita alguns jogadores esquecidos pela sorte em momentos cruciais da carreira e se estende um pouco mais no caso Franz:
https://jornaldebrasilia.com.br/blogs-e-colunas/historias-da-bola/o-interrompido-goleiro-franz/
Abração. SRN. Paz & Amor.
Murtinho, obrigado pelo link. Uma pena. Foi um grande goleiro. E muito obrigado pela atenção. Sias crônicas, e a de todos do RP&A são um bálsamo. SRN!